Confessionário escrita por Ursula Gomes


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :3 fiz com amor e sangue :3



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- ok, vamos brincar de alguma coisa.
- Brincar? serio? Quantos anos você tem?
- Para Tiff, pode ser legal, e a gente precisa relaxar. Vamos Mike, fala ai.
- Bom é o seguinte, vamos girar essa garrafa e em quem a boca parar vai ter que falar algo a ver com tal tema. Ai quando todo mundo tiver jogado mudamos o tema.
- OK, você começa Mike.
- Não Lili, vamos deixar a Tiff começar, afinal se é pra ficarmos mórbidos que seja logo no inicio.
Todos riram, e tenho certeza que corei, eu não era mórbida, apenas realista, e é difícil - ao menos para mim - ficar dando risadinhas em pleno fim do mundo, mas claro Mike não se importava muito com isso, tendo maconha para ele qualquer coisa estaria bem.
- Você é um babaca Malcom.
- Uii! Ela usou meu nome. Fujam para as colinas.
Eu peguei a garrafa que ele me entregava e a girei enquanto falava.
- Eu escolho o tema... O que sinto falta de antigamente.
- Viu, MORRRRRRRRRRRRRBIDAAAAAAAAAA.
Sem exagero, eu vi cada r e a exagerado dessa palavra, como se alem de falar o maldito escrevesse ela na minha cara. Mas como todos os dias... eu o ignorei.
A primeira a falar foi a Lili.
- O que eu mais sinto falta.... deixa ver... Acho que de me arrumar... Tomar um bom banho, passar centenas de cremes, arrumar o cabelo por Horas, essas coisas.
Lili tinha sido a típica patricinha de filme ruim americano, só faltava ser líder de torcida. Loira, não muito alta, mas de uma forma que a deixava delicada, de olhos azuis grandes e que te faziam acreditar em tudo que ela dizia. Ate a maldita risadinha de menininha ela tinha. E era minha melhor amiga, não sei como.
Ela girou a garrafa novamente e o próximo foi Bob, o "nerd" da turma.
- Internet cara, nada supera.
Mais uma vez e dessa vez foi o Dylan, a única pessoa que nunca pensei em matar desse grupo. Não que ele fosse muito melhor que os outros, apenas suportável.
- Acho que a musica, viver sem musica... Bom... nada aqui é viver mesmo, mas se ao menos tivesse musica.
A maior parte de nós concordou com a cabeça ou murmurando algo. Não podíamos fazer muito barulho, ou eles iriam nos encontrar, e nossas balas estavam no fim.
A garrafa girou e o Próximo foi o Mike.
- O Mike nem precisa falar o que ele sente falta.
Disse Lili com a sua insuportável risadinha de garota bonita e boba.
- Verdade, afinal deve ser muito difícil ficar doidão com xarope para gripe e restos de maconha.
- Querido Bob... Não duvide do meu talento, mas sim, sinto falta de minhas queridas viagens. E vídeo game, vídeo game de zumbis.
Todos olharam para ele com cara de " jura?" mas eu, eu dei minha risadinha mais sarcástica, e ele me olhou com a melhor cara de "ta achando graça é?" e depois disse sorrindo com maldade .
- Então nossa amiga mórbida, do que sente falta?
- Eu? Sinto falta de Jantar.
- Bom se não percebeu, você teve um belo jantar.
- Eu sinto falta de um jantar FEITO pela minha mãe, e não que o jantar SEJA a minha mãe.
- Bom, é o que tem agora, acostume-se. Pelo ritmo que estamos apodrecendo vamos viver assim um bom tempo.
Eu fiquei calada, afinal era verdade. E então um barulho de tiro, e Lili caiu morta com um buraco na cabeça, devo dizer, finalmente. E o resto de nós fez o que Zumbis fazem. Fomos atrás do próximo jantar.
Havia um ano que o apocalipse tinha começado, e tinha um ano que eu comia pessoas, e não sentia uma gota de remorso por isso.


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Notas finais do capítulo

Então, deixei pra falar da fic no final para não estragar a surpresa, espero que tenham gostado dessa fuga dos zumbis água com assucar e tauz, querem saber mais sobre a fic, comentem :3



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