Beyond the Vengeance escrita por Mello


Capítulo 7
A promessa do fracasso


Notas iniciais do capítulo

Fala aí galera, tudo certo?
Atrasou, mas chegou.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559457/chapter/7

Eu estava à beira de um penhasco. Estava escuro, mas consegui identificar o mar ao longe. O chão estava vários metros abaixo, duzentos pelo menos. Entre o mar e o penhasco se estendia uma mancha escura que imaginei ser uma densa floresta. A minha esquerda havia uma vulto igualmente escuro. No começo pensei que era apenas uma pedra grande, mas nem com minha visão noturna eu conseguia enxergar direito àquela coisa. Percebi que aquilo realmente devia ser preto. Pensei em me aproximar, mas a coisa começou a se mover. Então notei o que me pareceu ser penas se eriçando. Como se um arrepio a tivesse atingido. Reconheci a forma de asas, tão grandes que escondiam quase totalmente quem às possuía. Ela se virou revelando o corpo que as grandes asas negras escondiam.

Uma mulher com asas estava a minha frente, mas com certeza não se tratava de um anjo. Ela tinha o olhar de uma assassina, usava um peitoral de bronze e, pendurado no cinto da saia de couro, uma espada ensanguentada. As asas negras projetavam-se de suas costas. Ela sorriu maliciosamente ao me ver e caminhou em minha direção. Pensei em recuar, mas havia um precipício de duzentos metros às minhas costas.

— Muitos teriam se jogado — ela disse como se tivesse lido meus pensamentos.

— Q-q-quem é você? — gaguejei.

— Sou sua vingança. O que te impulsiona a seguir em frente — ela chegou mais perto — Sua promessa.

Engoli em seco.

— Nêmesis? — balbuciei.

— Exato — ela confirmou — Finalmente podemos conversar, só nós dois.

O jeito como ela disse aquilo não me agradou.

— O que você quer? — tive que me esforçar para não gaguejar. Só a presença daquela deusa já era arrepiante.

— Eu só quero ter certeza de que a balança esteja equilibrada no final.

— Como assim?

— Você procura vingança, mas será que pode pagar o preço de tal coisa?

— O preço? Que preço?

— A vingança é uma via de mão dupla. Tudo que vai, volta. Me pergunto se você irá aguentar.

— Do que, exatamente, você está falando?

— Seu inimigo é forte. Só com o que tem não vai conseguir derrotá-lo. É disso que estou falando.

— Tudo que preciso saber é onde ele está.

— Você tem determinação. — ela riu — Gosto disso. Mas não se engane. Você não está nem perto de derrotá-lo. Talvez um dia esteja, mas saiba de uma coisa: — ela se aproximou ainda mais, falando em voz baixa — Sua vingança vai te levar mais longe do que pode imaginar. Esteja preparado para pagar as consequências. Um dia o sacrifício vai ser exigido e neste dia eu estarei te observando. De perto

— Espere, que sacrifício?

— Vai ser de sua escolha. Estou curiosa para saber o que vai escolher, mas com certeza será doloroso. — ela deu um sorriso maléfico — Muito doloroso. Escolha bem seus caminhos, pois eles não terão volta.

A deusa se virou para o precipício, parecendo pensativa.

— Quem sabe não nos encontremos de novo. Talvez bem aqui nesse lugar. Se isso acontecer eu te farei uma pergunta: Você vai simplesmente se deixar cair? Ou talvez aprenda a voar durante a queda? Esteja pronto para responder.

— O que…? — tentei perguntar o que aquilo significava, mas fui empurrado precipício abaixo. As árvores abaixo se aproximaram rápido e quando eu estava prestes a me chocar com uma delas meus olhos se abriram.

Acordei em um salto. Estava ofegante por causa do pesadelo. Estava indignado por ter sido empurrado. E mais indignado por não ter tido uma boa noite de sono. De novo.

O sol já havia nascido, mas todos os meus irmãos ainda estavam babando em seus respectivos travesseiros. Rapidamente me levantei e fui ao banheiro tomar um banho rápido apenas para me despertar por completo. Estava decidido de uma coisa: se eu quisesse ter alguma chance na minha vingança, precisava treinar. E muito. Infelizmente também sabia que não podia contar com a ajuda de Quíron. Depois da nossa briga ele se recusaria a me treinar sabendo o que eu almejava. Eu também não poderia treinar na arena. Assim decidi treinar na floresta.

O sol lançava raios alaranjados pela quadra de vôlei. Ao ver ele me lembrei de Liza e em seu pesadelo. O jeito como ela parecia se assustar enquanto contava ele pra mim. Não custava nada dar uma passada por lá.

Um dos seus irmãos tinha acordado cedo e observava o sol nascendo recostado na parede externa do chalé. Quando perguntei de Liza ele lançou um olhar desconfiado pra mim e logo em seguida olhou para dentro do chalé. Quando olhou pra mim novamente simplesmente balançou a cabeça negativamente e voltou a observar o sol.

Quando cheguei à floresta chamei Adam usando a pulseira. Logo ele pousou em meu braço e olhou pra mim impaciente.

— O que foi? — perguntei tentando esconder o sorriso.

Adam piou ainda mais impaciente. Eu sabia o que ele queria. Eu havia prometido trazer um rato na próxima vez que nos encontrássemos. E lá estávamos nós. Eu já havia conseguido o rato, mas não resisti em fazer uma pequena brincadeira.

— Você quer isso? — perguntei mostrando o embrulho com o rato morto. Eu sei o que você está pensando. Onde é que arranjo tantos ratos assim? Bom, pergunte aos filhos de Hermes. Eu não sei como conseguem, mas sempre tem um ou outro bicho morto para pregar peças em outros campistas. Os preferidos deles eram os ratos. Talvez seja porque o chalé de Afrodite odeia ratos. Eles já fizeram isso milhares de vezes. E a piada nunca ficava velha.

Adam estava animado para receber o presente, mas antes que pudesse arrancá-lo de minhas mãos eu o escondi novamente. Adam piou revoltado.

— Se você quiser — disse — vai ter que pegar.

Ele inclinou a cabeça como se perguntasse do que eu estava falando, mas não dei tempo para ele pensar.

— Vai!

Ao meu comando Adam começou a subir, voando a minha volta. Percebi que ele estava confuso. Voava em círculos ao meu redor olhando para mim a toda hora.

— Pega!

Arremessei o rato para cima com toda a força. Por um momento tive a impressão de que ele não tivesse me ouvido, pois ele continuou voando normalmente, mas quando o rato começou a cair Adam mergulhou em sua direção, apanhando-o a poucos metros do chão. Ele pousou em uma árvore para saborear sua refeição. Olhei orgulhoso para ele que, por sua vez, lançou um olhar nada amistoso pra mim. A mensagem era clara: “Jamais faça isso de novo”.

Enquanto esperava Adam terminar a refeição me sentei ao pé de uma árvore. Uma pequena parte de mim me condenava por não estar treinando, mas eu precisava daquele tempo. Minha mente parecia um furacão. Pensava em milhares de coisas ao mesmo tempo. Uma parte tentava inutilmente formular um plano: como iria treinar? Como deixaria o acampamento? Como sobreviveria fora dele? Como acharia o assassino? Meu cérebro estava dividido em tantos “comos” que ficava difícil ter alguma conclusão. Isso sem contar outra pequena parte que ainda ficava revivendo momentos passados: minha chegada ao acampamento, a filha de Afrodite morrendo em meus braços, a briga que eu tive com um boneco de palha logo depois, os momentos que passei com Liza. Eu ainda lembrava como nós dois ficamos conversando enquanto observávamos o pôr-do-sol. Mesmo depois de tudo nós estávamos ali, como se fosse apenas mais um dia normal. Lembrei de como ela me contara sobre o sonho, o medo de ficar sozinha. De repente me dei conta de que, após uma semana, eu a deixaria e não voltaria por muito tempo. Aquilo me atingiu como um soco. Me senti culpado, mas já havia tomado uma decisão.

Após alguns minutos Adam deu um fim no rato. Ele parecia bem mais amistoso agora, de barriga cheia. Começamos então a treinar. Eu gritava algumas ordens enquanto ele voava em meio às árvores e eu corria acompanhando-o. Treinamos o que pareceu séculos atingindo inimigos imaginários pela floresta até chegarmos a uma clareira.

Parecia que nossos inimigos imaginários estavam ganhando. Na minha conta estava 1 a 0 para eles. Não conseguimos atingir nada, mas eles me derrubaram uma vez quando tropecei nas raízes de uma árvore. Eu já estava completamente ensopado de suor e Adam também parecia estar cansado. Disse para que ele descansasse e, após cinco minutos de intervalo, recomecei o treino. Ensaiei golpes variados com a espada e, logo depois, variei também as armas. Descobri formas diferentes de atacar combinando ataques de espada, lança e adaga. Juntando as três armas em movimentos ensaiados conclui que seria quase impossível pará-los após o primeiro golpe. Ainda tinha dificuldade ao executar os movimentos rápidos o bastante, mas fiquei feliz por ter aproveitado o treino.

O sol já estava bem acima de mim quando parei. Devia ser meio-dia. Até aquele momento não tinha percebido o quanto eu estava faminto. Não tomar café da manhã não tinha sido uma boa ideia. Quando cheguei ao refeitório também estava morrendo de sede. Nem me preocupei em saber o que estava comendo, simplesmente mandei goela abaixo. Tentei avistar Liza na mesa do chalé de Apolo, mas ela parecia não estar em lugar nenhum. Antes de voltar ao chalé passei pela enfermaria, mas ela também não estava lá. Depois de uma manhã inteira de treino eu precisava urgentemente de um banho. Após o banho ainda passei no chalé de Liza. Dessa vez pelo menos consegui uma resposta.

— Ela saiu.

Sete letras. Acho que posso registrar isso como recorde pessoal. Letras conseguidas como resposta dos irmãos de Liza: Sete.

Fiquei um pouco preocupado com o que poderia ter acontecido com ela, mas logo afastei o pensamento. Ela não havia desaparecido. Simplesmente tinha saído. Depois procuraria ela. Agora tinha outras coisas em mente.

Passei o resto da tarde estudando mapas e livros que pudessem me ajudar na minha busca. Afinal havia milhões de quilômetros quadrados aonde o assassino poderia se esconder. Também pensei em onde iria depois de fugir do acampamento. Depois de longas cinco horas, cheguei a seguinte conclusão: Não fazia ideia de onde ele poderia estar escondido e não havia nenhum lugar para onde eu pudesse ir. A única coisa que decidi é que iria para o lugar onde ele estaria escondido, o que não era muito promissor já que eu não sabia onde ele tinha se escondido.

Quando saí do chalé notei que o sol estava se pondo. Eu ainda estava querendo ver Liza então fui até a árvore perto do lago. Ela estava lá admirando o pôr-do-sol como fizemos ontem, mas dessa vez algo estava errado. Ela olhava mais para o chão em sua frente do que para o sol, abraçava as pernas, encolhida. Parecia perdida em pensamentos. Não notou minha presença até que eu estivesse bem perto. Perto demais para ela limpar as lágrimas do rosto e fingir que estava bem. Mesmo assim ela o fez.

— Terry… — ela começou. Sua voz soava contida como se tivesse medo de que ao falar começasse a chorar novamente.

— Liza… o que houve?

Ela olhou pra mim durante um minuto e depois desviou o olhar. Voltou a se encolher. Me sentei ao lado dela.

— Liza — chamei.

Ela olhou pra mim. Estava contendo o choro ao máximo, mas não conseguiu. Ela agarrou meu braço e começou a chorar com o rosto junto ao meu ombro como se quisesse esconder as lágrimas. Ela abraçou meu braço com força. Como uma garotinha abraçaria seu ursinho de pelúcia numa noite assustadora. Eu queria desesperadamente consolá-la, mas nem mesmo sabia o que a tinha feito ficar assim. Ela chorou por vários minutos. Depois se acalmou, mas ainda continuava agarrada ao meu braço. Quando finalmente olhou pra mim sequei as lágrimas de seu rosto com os dedos. Perguntei novamente o que tinha acontecido. Por um terrível momento achei que ela ia chorar de novo, mas então ela simplesmente se ajeitou e repousou a cabeça sobre meu ombro, exatamente como fizera na noite anterior. Simplesmente fiquei ali ao lado dela. Lembrei do que meu tio me dissera certa vez: “Às vezes as pessoas não querem palavras reconfortantes, apenas alguém para ficar ao lado delas”. E foi isso que eu fiz. Ficamos ali até que começasse a escurecer. Então Liza se levantou e eu a acompanhei.

— Obrigada — ela disse. Apenas assenti com a cabeça.

— Você está bem?

— Estou — ela não disse o motivo pelo qual estava chorando. Não a pressionei.

Eu a acompanhei até o chalé. Não trocamos nenhuma palavra durante o caminho. Tentei imaginar o que a tinha deixado daquele jeito, mas nada me veio à cabeça. Quando paramos em frente ao chalé de Apolo ela me abraçou forte. Do mesmo jeito que abraçara meu braço enquanto chorava. O abraço durou bastante tempo, mas não me importei. Quando ela já estava pronta para entrar no chalé quebrei o silêncio.

— Você não quer jantar? — acho que a pergunta a pegou de surpresa. Todos já deviam estar no refeitório comendo. Todos menos nós.

— Não estou com fome — ela disse por fim. Percebi que ela não olhava pra mim. Quis mais do que nunca perguntar o que tinha acontecido, mas fiquei com medo de que ela chorasse de novo.

Nos despedimos com mais um abraço demorado. Observei ela entrar no chalé. Acho que fiquei ali por um tempo depois me dirigi ao refeitório.

Ninguém deu muita atenção pra mim quando cheguei atrasado, exceto Quíron que me lançou um olhar de reprovação, mas logo voltou à atenção ao seu prato. Eu também não estava com fome. Acho que fui ao refeitório por teimosia. Joguei a maior parte da comida na fogueira enquanto fazia uma prece silenciosa à Atena pedindo que me ajudasse com todos aqueles problemas.

O pouco de comida que sobrou no meu prato só serviu como distração. Fiquei ali remexendo a comida de um lado para outro. Parecendo pensativo ao mesmo tempo em que não pensava em nada realmente, quase como se estivesse hipnotizado, uma das muitas “vantagens” de se ter TDAH.

Olhei em volta enquanto a maioria dos campistas acabava o jantar e saía da mesa. E eu ali com o prato intocado. Quando olhei de novo para a mesa de Quíron notei que ele me encarava. Se estivesse um pouco mais animado teria ganhado a disputa, mas não estava. Desviei o olhar, mas então percebi algo. Ou melhor, não percebi algo. Rachel, nosso oráculo, não estava em lugar algum. Ela normalmente se sentava junto a Quíron e o Sr. D (e eu tinha pena dela por isso), mas naquela noite a cadeira estava vazia. Também não havia mais que dois pratos na mesa. Eu não sei por que aquilo me incomodou. Eu geralmente nunca prestava muita atenção a ela. Afastei o pensamento. Tinha meus próprios problemas. Olhei para o prato novamente. Minha mão agarrara o garfo, mas minha boca se recusava a ingerir qualquer coisa. Por fim empurrei o prato e me levantei da mesa.

Enquanto voltava ao meu chalé pensei novamente em Liza. O que poderia tê-la deixado daquela maneira? Quando entrei no chalé me surpreendi por não haver ninguém ali. Só então me lembrei de que era dia de Caça a bandeira, todos estariam do lado de fora, na floresta. De qualquer maneira eu não iria participar, não tinha ânimo algum. Tudo que eu queria era minha cama, mas tive outra surpresa quando vi que ela já estava ocupada. Sentada em minha cama com as pernas cruzadas na posição de lótus estava Rachel. A menina parecia estar meditando. Não notou a minha presença até que pigarreei. Ela deu um pequeno salto com o susto e olhou pra mim.

— Posso saber o que você está fazendo? — perguntei.

— Só estou… — ela se interrompeu — É difícil explicar.

— Tudo bem, eu tenho tempo.

— OK… — ela realmente não queria explicar — Como oráculo do acampamento, aprendi a seguir algumas… vibrações. Me ajudam a prever o futuro, essas coisas — ele terminou como se aquilo encerrasse o assunto.

— E?

— E — ela repetiu — estou seguindo uma dessas vibrações agora.

— Em cima da minha cama?

— Bom… — ela pareceu meio constrangida — sim. Não tenho como explicar direito. Apenas sinto onde eu deveria ir e vou.

— E teve algum resultado? Eu adoraria saber a previsão do tempo para amanhã — brinquei.

— Idiota! — ela disse saltando da minha cama — E não. Não tive nenhum resultado.

Quando ela estava passando por mim parou abruptamente. Tive a impressão de que ela parou de respirar. Seu olhar passou por mim e parou.

— Ei, você est… — antes que eu pudesse terminar a frase ela avançou.

Seus olhos se arregalaram. Um brilho verde fantasmagórico saiu deles. Ela agarrou minha gola com uma força incrível. Os olhos que emanavam o brilho verde se fixaram em mim. Então ela abriu a boca, mas a voz que saiu não era a de Rachel:

O medo o fará recuar

E assim sua vingança fracassar

O eterno juramento será quebrado

E o sangue inocente derramado

O poder dos deuses se apresenta escondido por um véu

Espalhando destruição da terra até o céu

O olhar de Rachel voltou ao normal. Ela largou minha gola e despencou. Por pouco não caiu no chão. Eu a segurei antes que o fizesse. Ela parecia ter desmaiado completamente, mas abriu os olhos lentamente, ainda tonta e confusa.

— O que está acontecendo aqui? — parada na porta do chalé estava Liza. Completamente descrente enquanto olhava para aquela cena: Rachel em meus braços, perigosamente perto de mim e numa posição um pouco comprometedora.

— Liza, eu… — antes que eu pudesse continuar ela saiu do chalé. Não parecia muito contente, mas eu tinha outros problemas. Rachel ainda parecia zonza então a deitei em uma cama abaixo da minha. Aos poucos ela foi melhorando.

— O que…? — ela começou.

— Você desmaiou.

Ela levou um minuto para absorver aquela informação.

— Mas por quê?

— Eu é que pergunto. Você sempre desmaia quando fala uma profe… — de repente me dei conta que havia falado demais.

— O quê? — ela disse se levantando — Uma profecia? É isso? Me conte.

Achei que ela tinha o direito de saber. Contei sobre a profecia. Inconscientemente eu já havia memorizado os versos.

— E ela foi dita pra você? — ela perguntou.

Assenti em silêncio.

— E você não vai contar para ninguém — completei.

— O quê?

— Você me ouviu. Ninguém vai ficar sabendo disso, apenas nós dois.

— Mas por quê?

— A profecia foi dita pra mim, não foi? E pra ninguém mais. Talvez isso signifique alguma coisa. — ela não parecia muito convencida — E também tenho meus motivos.

Ela olhou pra mim tentada a perguntar quais eram os motivos. Acabou desistindo.

— Me deixe pelo menos contar a Quíron, ele vai saber…

— Muito menos pra ele! — interrompi mais nervoso do que pretendi.

Rachel ainda tentou discutir, mas acabou perdendo. Fiz com que prometesse que não ia contar a ninguém. Só depois disso a deixei sair. Tentei relaxar depois de tudo, mas não consegui. As palavras da profecia ainda ecoavam em meus ouvidos. O medo o fará recuar. E assim sua vingança fracassar. Ao longe ouvi gritos. Gritos de vitória. Aparentemente eram do chalé de Ares acabando de recuperar a bandeira. Como se estivessem esperando a deixa para acabar completamente com o meu dia.

— Merda!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam da profecia?
Comentem aqui embaixo e até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Beyond the Vengeance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.