Oceano das Estrelas escrita por Videl


Capítulo 1
Prisão


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, espero que gostem da história.



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Olá, meu nome é Tina (naturalmente este é meu apelido, meu nome mesmo é Valentine Rose De Claire).

Eu sou a filha mais nova de uma das famílias mais antigas do reino, e por sinal uma das mais ricas. Não gosto de sair por ai dizendo isso, bom, na verdade eu nem saio de casa.

Como hoje é véspera do aniversário de meu pai, minha família inteira se reuniu aqui na mansão, minhas tias, primos, todos mesmo e olhe que mesmo com tanta gente aqui hoje, a casa não está nada animada.

De manhã, perguntei ao meu pai se poderia ir passear na praia e sentir a maré nos meus dedos dos pés. Obviamente ele disse que não.

Disse que eu poderia ser sequestrada ou roubada e como eu era muito frágil, não conseguiria me defender. Papai tem este trauma desde o dia em que eu e minha avó saímos para dar um passeio. Vovó foi roubada, se assustou, teve um ataque cardíaco e morreu (roubos na aldeia mais próxima são muito frequentes).

Uma história trágica que não deixa de ser engraçada. Eu tinha cinco anos quando isso aconteceu, só passeio no jardim desde então.

Mas como hoje é um dia especial (pelo menos para a família), decidi me dar um presente.

Estava arrumando minhas coisas quando alguém entrou no meu quarto. Era minha irmã mais velha, Lucinda. Ela havia notado meu sumiço pouco antes do jantar e ficou preocupada:

_O que você está fazendo?- perguntou ela- Estão todos procurando por você!

_Eu não vou para o jatar hoje- eu disse- vou me dar o meu presente.

_Dos que você está falando?-Questionou Lucinda.

_Eu vou embora por uns dias Luci. Quero sair um pouco. Eu estou aqui nesta casa á treze anos. – disse com uma voz de piedade.

_Mas se papai descobrir, sabe o que ele vai fazer com você não sabe?

De repente uma voz grossa surgiu da porta do meu quarto.

_É claro que ela sabe. – disse papai se apoiando com o braço na parede.

Fiquei surpresa e gritei:

_Papai?! O que o senhor está fazendo aqui?

Ele respondeu em um tom calmo e paciente:

_Eu não posso mais sentir falta da minha linda filha na véspera do meu aniversário?

Eu fiquei quieta e parei o que estava fazendo. Minha irmã foi saindo do quarto rapidamente querendo evitar confusão.

_Escute filha, eu entendo que você queira sair daqui, mas você não pode. Não se lembra do que aconteceu com a sua avó?

_Mas papai eu...

_“Mas” nada! É meu aniversário minha querida, não quer passar este momento lindo junto da família?

_Quero, mas...

_Este assunto está encerrado então.

Ele passou a mão no meu queixo e me abraçou forte. Ele tinha razão. Como poderia deixa-los em um dia tão especial como aquele?

Mais tarde, jantamos, comemoramos muito quando cantamos parabéns, conversamos e rimos bastante. Eu havia tomado uma decisão, eu tinha tudo o que precisava para ser feliz ali.

Mais tarde, quando o relógio bateu 02:47 da manhã, eu ouvi um barulho, mas todos da mansão já estavam dormindo. Sou acostumada a acordar naturalmente as 3:00 para tomar água, mas, mesmo assim achei estranho, pois além de mim, ninguém mais se levantava.

Quando abri a porta do quarto para ir até a cozinha dei de cara com minha tia. Ela estava com uma aparência cansada e parecia desesperada. Pediu que eu colocasse a vela na mesa e me arrumasse, pois alguém estava na casa.

_Mas Tia, não é melhor avisar ao papai?- Perguntei.

_Não! Quer dizer, não tem necessidade. Ele está dormindo, só vamos deixar ele irritado.

_Mas o assunto é serio! Se for um ladrão o que faremos?- Questionei.

_Ah- disse ela com um tom de impaciência- tudo bem eu vou lhe explicar tudo. Na verdade um gato pulou o nosso muro hoje, e como eu estava no jardim, o vi caindo e machucar a pata traseira. Eu o trouxe aqui dentro para curá-lo, mas agora ele fugiu e eu não sei onde ele está. Eu acho que da cozinha ele foi para o jardim.

_Então isso explica o barulho. – Já estava me sentindo um detetive quando disse isso.

_E sua mãe é alérgica, se ela souber vai expulsá-lo na mesma hora.

_Bom, eu vou ajuda-la a procurar.

Vesti-me correndo com um dos vestidos enormes que papai comprava para mim e fui para o jardim. Chegando lá tudo estava escuro e frio, saia uma fumacinha da minha boca quando eu respirava. Estava tudo quieto e eu tentava fazer o mínimo barulho possível.

Quando finalmente encontrei o gatinho, vi que ele estava se incomodando com as bandagens que minha tia havia colocado em sua patinha, e fazia de tudo para tirá-las.

Eu o peguei no colo, e as desamarrei. Comecei a acariciar sua barriga. Ele parecia gostar. De repente um saco envolveu minha cabeça (só chegou até a cintura, pois meu vestido era tão grande que o saco não o engoliu), Me senti sendo puxada para cima, e alguém me segurando.

Quando tentei gritar alguém colocou a mão sobre o saco e tapou minha boca.


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Notas finais do capítulo

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