Isabella

Duas semanas depois...

Sabe aqueles dias que parecem não ter mais fim? Pois eh, o meu estava assim, três aulas de matemática, duas de história e uma de física, estou destruída. Ainda por cima tinha que voltar a tarde para ensaiar uma peça teatral. Quando o sinal soou para o termino das aulas corri para fora da escola e fui surpreendida com um abraço por trás, duas mãos fortes envolveram a minha cintura e senti um perfume no qual já conhecia.

– Você é doido? – disse me virando e saindo de seus braços. – estamos em público Josh.

– E o que tem loira? Poxa estava morrendo de saudades. – disse ele fazendo cara de cachorro arrependido.

– Se meu irmão nos pega aqui já era Josh. – disse olhando para os dois lados.

– Eu sei, mas hoje acordei com tanta saudade da minha loira que eu pensei, ela iria gostar de um beijo surpresa. – ele disse se aproximando. Recuei para trás, e ele prosseguiu. – ele parou no meio do caminho e sorriu. – Ta fugindo de mim? Ou é só impressão minha?

– Estou sendo cautelosa, espera a gente chegar em casa, ai te dou uma milhão de beijos. – disse baixinho, tão baixo que não escutei minha voz saindo.

– Okay, mas eu cobrar. – ele disse no mesmo tom só para implicar comigo. – Josh riu e balançou a cabeça no sentido negativo.

Chegamos em casa e eu fui direto para meu quarto trocar de roupa, coloquei um vestido soltinho e amarrei meu cabelo num coque frouxo, calcei pantufas e fui chamar Josh, entrei porta a dentro de seu quarto e o vi deitado na cama de barriga pra cima, fui até seu encontro e coloquei sua cabeça em meu colo, fiz carinho em seus cabelos e ele fechou os olhos aproveitando meu carinho.

– Isso é bom. – disse ele abrindo os olhos e me olhando.

– O John fazia isso quando eu era menor.

– Vocês são muito amigos não é?

– Muito, agora estamos um pouco afastados, ele tem namorada e eu tenho...- pausei por alguns instantes e fiquei pensando, Josh e eu éramos o que?

– E você tem? – ele disse me tirando do transe.

– Compromissos. – disse rápido. – sorri fraco.

– Loira, posso te fazer uma pergunta? – ele se levantou e ficou sentado de frente pra mim.

– Pode. – disse insegura.

– E sobre seu pai. Você nunca mencionou o nome dele, vocês tem algum contato?

– Na verdade eu não sei quem ele é, minha avó nunca me disse nada, cresci sem saber nada sobre ele.

– Ele nunca te procurou?

– Que eu saiba não. – ele olhou pra baixo e disse baixinho.

– Eh que meu pais biológicos estão atrás de mim, só que não sei o que fazer. – disse ele coçando a nuca.

– Você tem curiosidade de saber quem são?

– Eu quero conhecer eles, mas tenho medo do que posso encontrar.

– Medo não é sinal de fraqueza, você tem porque os desconhece.

– Você acha que devo procura-los?

– Se você estiver pronto, eu te dou total apoio. – sorri.

– Eles estiveram me ligando, mandaram e mail e tudo, mas não tive coragem de responder.

– Se quiser eu te ajudo. – disse acariciando sua mão.

– Onde você esteve esse tempo todo? – disse ele me olhando com carinho.

– Estive trancada num castelo, esperando meu príncipe do cabelo estiloso. –ele riu.

– Sabe loira que a cada dia, o meu sentimento por você sobe mais um degrau, ás vezes acho que não te mereço, você é tão incrível, que até parece surreal. – ele sorriu e abaixou a cabeça envergonhado.

– Uma vez li em um livro que quando a gente encontra a pessoa ideal o primeiro sintoma que sentimos é esse, não se achar digno de receber ela. Mas eu posso te afirmar que eu posso te aturar por mais alguns anos. – ele me olhou e sorriu.

– E eu pensando na eternidade, poxa assim se magoa o coração do príncipe aqui. – ele fez cara de triste. – me aproximei dele e fiz carinho em seu rosto.

– Será que posso me redimir com um beijo? – ele balançou a cabeça em forma de negativo. - Dois? – ele continuou balançando a cabeça. – então vamos fazer assim, eu te dou todos os beijos do mundo o que acha? – ele rapidamente sorriu e me puxou para mais perto dele. Josh colou nossos lábios rapidamente, minhas mãos foram para sua nuca, enquanto as dele estavam na minha cintura, nosso beijo era tão carinhoso, cheio de amor e paixão. Me inclinei para frente e Josh acabou caindo deitado, ele sorriu ao desgrudar seus lábios dos meus e ficou me fitando.

– Você não acha que está querendo apressar as coisas demais mocinha? – ele me olhou de uma forma debochada e eu corei na hora. Tentei sair de seus braços, mas era impossível, pois me seguravam forte.

– Eu não pensei em besteira. – disse tentando disfarçar a minha vergonha que era tremenda.

– Eu pensei. – o olhei incrédula, e bati em seu braço.

– Aiii loira, só estava dizendo a verdade. – disse ele colocando a mão no lugar onde bati.

– Você não muda mesmo. – disse seria.

– Eu mudei sim, e muito se fosse na época do Josh cafajeste não estaríamos assim de boa. – me levantei e sentei novamente.

– Você já trouxe muitas pra cá, não é? – disse de costas pra ele.

– Sendo sincero com você, eu já trouxe muitas, mas faz muito tempo.

– Então amanhã trate de trocar a sua cama, não quero olhar pra ela e ver que muitas passaram por aqui. – me levantei.

– Sim, senhora. – ele disse batendo continência.

– Vou tomar um banho, hoje tenho que ensaiar pra peça de teatro. – ele correu até a porta e a fechou rapidamente e ficou trancando a passagem.

– Antes disso vai cumprir com a sua promessa, quero 999.999.999 mil beijos.- ri alto e me aproximei dele

– E se eu não quiser? - disse chegando mais perto e o encarei.

– Eu te obrigo. – ele se aproximou mais, ficando frente a frente.

– Pago pra ver. – ele me puxou para mais próximo de seus lábios e iniciou um beijo provocativo, quando eu estava quase me rendendo a sua provocação a campainha toca.

– Droga. – murmurou Josh. – mas eu estava ganhando. – saímos do quarto rindo e Josh foi abrir a porta enquanto eu corri para tomar banho.

Depois de quase vinte minutos sai do banho, coloquei uma saia preta, uma blusa branca, e uma sapatilha branca de bolinhas pretas. Passei um perfume e sai, encontrei Josh e Vick conversando na bancada.

– Oi Vick.

– Oiee. – ela me deu um beijo e se sentou.

– Vick, estava conversando com o John sobre a gente se mudar de apê, o 603 esta livre e tem 4 quartos, podemos conversar com o sindico e ir morar por lá o que vocês acham?

– Por mim tudo bem. – peguei uma batata frita e comi.

– Não quero que seja um incômodo pra vocês.

– Você não é um incomodo, sabe disso. – Josh a abraçou e beijou o topo de sua cabeça.

– Para de melação. – ela disse rindo. – meu celular começa a tocar e eu saio da cozinha e atendo.

– Oi Megh.

– Oi amiga, posso passar ai pra te buscar para o ensaio?

– Claro, só vou almoçar e te ligo.

– Okay Julieta. – Megh riu e eu não entendi.

– Julieta porque?

– Eu não queria te contar, mas como sou sua grande e maravilhosa amiga, um tanto modesta é claro, a professora te escolheu como a Julieta da peça pelo seu sucesso no musical. E adivinha quem vai ser o Romeu? - O Andrew, da 303 B. - O Andrew é um menino jogador de futebol americano do colégio, ele é alto tem 1,80 m corpo bombado, cabelo escuro arrepiado e olhos cor de mel, digamos que as meninas babam por ele, não posso negar que ele é atraente, mas não faz meu tipo, de jeito algum.

– Serio? - disse impressionada.

– Maior gato, e soube que vai ter beijo técnico. – ela disse rindo.

– O que beijo técnico? Eu não vou beijar ele. - disse quase gritando.

– Quem você vai beijar Isabella? – disse Josh atrás de mim, me virei e o encarei.

– Amiga depois te ligo, beijos.

– Okay, beijos. – desliguei o celular e o encarei.

– Ninguém Josh, é que a minha professora me escolheu pra fazer Romeu e Julieta, o livro lembra? E eu vou ser a Julieta.

– E vai ter beijo? – ele cruzou os braços e me encarou.

– Técnico, mas é só um selinho.

– Homem nenhum vai beijar mulher minha. – disse ele todo autoritário, sorri e me aproximei dele.

– Se quiser você pode me ajudar a ensaiar, o que acha?

– Eu topo, mas não quero saber de ninguém te beijando.

– Eu vou negociar com a professora. – pisquei pra ele e Vick gritou da cozinha.

– Dá pra parar de ciúmes Josh e vamos almoçar, estamos morrendo de fome. – disse Vick.

Seguimos para a cozinha e comemos um almoço maravilhoso, logo depois Megh chegou e saímos para o ensaio. Josh ainda estava no banho e nem pude me despedir dele, mas deixei recado com a Vick. O ensaio foi cansativo, passamos as falas umas 30 vezes, a professora era exigente demais e queria que tudo ficasse perfeito, okay a peça é pra daqui duas semanas, tudo estava indo bem, até chegar a hora do beijo.

– Isabella, não existe Romeu e Julieta sem beijo.

– Mas eu não quero professora.

– O que tem de mal dar um selinho?

– Eu não quero. – bati o pé e a encarei.

– Professora, se ela não quer tudo bem, no dia a gente coloca vê o que faz, mas por enquanto só no rosto, pode ser Isa? – Andrew me olhou e eu assenti.

– Qualquer dia vocês me deixam louca, vou tomar um café, estão dispensados por hoje.

– Aleluiaaa. – disse Megh. – Amiga, vamos no shopping comigo?

– Vamos, só vou trocar de roupa, é rapidinho.

– Quer ir junto Andrew, vamos tomar um café, chama o resto da galera. - disse Megh.

– Pode ser. – ele me olhou e sorriu.

Fui até o vestuário e troquei de roupa, passei um batom e ajeitei meus cabelos. Peguei minha bolsa e saímos, Megh estava empolgada com Alice e me deixou pra trás, Andrew que estava ao meu lado puxou assunto.

–Soube que você é capa de revista.

– Era. – o corrigi.

– No jornal da escola esta na capa.

– Porque adoram falar da minha vida. – revirei os olhos.

– Você é loira, bonita, famosa, tem carro importado e não quer chamar a atenção? – ele riu e eu não me contive e ri também.

Fomos no starbucks e tomamos um café, rimos muito relembrando as peças teatrais da escola, como eu não sabia de nenhuma delas fiquei meio aérea, estava pensando no que o Josh tinha me dito hoje de manhã, sobre meu pai. Varias ideias passaram em minha mente, mas uma me perturbava, porque ele nunca me procurou, será que fui tão indesejada assim? Megh me cutucou e eu finalmente sai do transe em que estava.

– Vamos amiga?

– Ah claro. – disse meio sem graça.

– Até mais meninos, foi bom conversar com vocês, até o próximo ensaio.

– Thau meninos, a gente se vê. – quando eu ia sair da mesa Andrew se pós de pé e me deu um beijo na bochecha.

– Até amanhã Isa. – ele sorriu.

Era impressão minha ou ele estava flertando comigo?

.....

Josh

Estava quase no termino do meu turno quando John apareceu na minha sala, ele estava acompanhado de Kath que sorria sem parar. Veio não dou dois anos pra eles estarem casados, do jeito que o John é apressado.

– E ai moleque, soube da sua promoção, meus parabéns. – ele me cumprimentou com um aperto de mãos.

– Valeu brother.

– Parabéns Josh, você merece. – Kath sorriu sem jeito.

– Obrigado.

– Josh, eu preciso conversar com você, aconteceu uma parada que ta me grilando muito. – fechei a porta e eles se sentaram.

– Pode falar mano.

– O pai da Isabella me procurou. – minha cara quase caiu no chão.

– Serio? E o que aconteceu?

– Trocamos emails até agora, ele me disse que não sabia da existência dela, mas que procurou a minha avó depois que soube e ela não quis dizer nada a respeito.

– John meu turno encerra agora, será podemos ir até um bar conversar sobre isso? – disse olhando no relógio.

– Claro, só vou largar a Kath em casa e te espero no Olabama. – assenti e saímos da sala.

Minha cabeça estava a mil, a poucos dias eu tinha comentado com a Isa sobre o pai e agora o Jonh me diz isso, caraca, isso é louco demais. Passei em casa mas não tinha ninguém, nem a Isa, troquei de roupa rápido e fui até o bar, John estava sentado pensativo.

– Um whisky por favor. – disse pedindo para o barmen.

– Velho to de mãos atadas, não sei o que fazer, logo agora que ela aparentava estar tranquila.

– Calma brother, faz assim me conta tudo desde o inicio, pra mim poder entender.

– Assim, eu e a Isa somos irmãos de pais diferentes, o meu pai faleceu quando eu era mais novo, depois de dois anos minha mãe conheceu o pai da Isa, eles ficaram juntos por um tempo e minha mãe engravidou, só que nessa época a minha avó fez minha mãe desistir desse cara, por causa da fama que a minha mãe tinha, ela era a estilista mais requisitada da frança e ela namorar um cantor de esquina não escaparia da mídia, então ela fez de tudo e os separou. Minha mãe descobriu que tinha engravidado e escondeu dele e da mídia durante 9 meses, sua gestação foi complicada e no ultimo mês, ela teve que correr as pressas para o hospital, me lembro como se fosse hoje cara, eu estava desesperado e chorava muito, via sangue por todo lado e ambulâncias parado na porta de casa, me lembro que corri até a maca dela e ela estava de braços estendidos pra mim, ela disse um eu te amo e os médicos levaram ela pra longe de mim. – John estava cabisbaixo, seus olhos estavam marejados. – Depois disso ela não voltou mais pra casa.

– O que? – o olhei incrédulo.

– Ela morreu na sala de parto, preferiu a Isabella invés da vida dela. – veio to chocado, eu não sabia o que dizer, as palavras pareciam ter sumido da minha boca.

– A Isa não sabe disso, vovó contou a ela que a nossa mãe morreu em um acidente de carro. Isso causaria muita dor nela, tanto quanto causou em nós. Minha avó sofreu muito, teve que ir para uma clinica, pois sua depressão foi tanta que não suportava ver a Isa. As empregas que cuidaram dela, na verdade a Maria cuidou da Isa desde pequena, ela que viu a Isa dar as primeiras palavras, os primeiros passos, tudo que aconteceu na vida da Isa a Maria acompanhou, eu como era muito pequeno não entendia nada. Até os meus 18 anos foi assim, eu sempre cuidei da Isa, e vir pra cá para estudar me doeu demais, mas não tinha o que fazer, eu precisava estudar e tirar a Isa daquele lugar. Como eu havia dito a vovó odeia ela, só a sustenta porque antes da mamãe morrer ela prometeu a ela que iria cuidar da Isa. Agora apareceu esse homem que diz ser o pai dela, não sei como lidar com isso. – eu estava desolado, como alguém pode odiar a ela? Um ser tão lindo e puro, a Isabella é incrível. Não tem como odia-la.

– Brother eu não sei o que te dizer, você nunca havia comentado comigo essas coisas, mas fico feliz que confie em mim e tenha me contado.

– Eu estava esperando o momento certo, você sempre foi meu irmão, e acho que deveria te contar isso.

– Valeu irmão. – o abracei e ele sorriu. - E quanto a Isa você vai contar a ela isso?

– Não posso, ela ficaria desolada e tentaria se matar. Minha irmã já passou por tanta coisa ruim veio, se não tem noção, ela sofreu demais todos esses anos, não vou contar a ela isso, se depender de mim ela nunca saberá.

– Eu te apoio irmão, ela não merece sofrer. – só de pensar que a Isa sofreu nas mãos da avó dela me deu uma raiva, mas ao mesmo tempo queria sair correndo daquele lugar e a abraçar e a dizer que eu nunca iria a fazer sofrer.

– Por isso eu a protejo tanto, ela é tudo pra mim irmão.

– Te entendo. – falei baixinho.

– Você acha que eu devo conversar com o pai dela?

– Acho que deve conversar com ele, mas não marca nada, e pede a ele para esperar um tempo, ai você pensa e da a ideia pra ele.

– Vou fazer isso, quem sabe o cara não é gente boa?

– Eu espero que seja, porque se não for a gente arrebenta ele. – John riu e ficamos tocando papo fora, como antigamente, falando de faculdade, mulheres e futebol. Já havíamos bebido quase metade de uma garrafa de Whisky, John estava alegre, e conversa vai conversa vem ele tocou no assunto “o novo Josh”

– Pode contar cara, se ta apaixonadinho? Veio eu não te vi pegar uma garota faz uns dois meses, o que te deu? – ele me olhou desconfiado.

– Não tenho mais tempo pra essas coisas moleque, virei adulto agora. – disse brincando.

– Se ta mentindo, sei que tem algo rolando e eu vou descobrir. – ele empinou o ultimo copo e pagamos a conta.

No caminho pra casa John me contou alguns dos planos dele com a Kath e disse que ele estava gostando dela pra caramba e que ela era uma garota diferente, falou que seus pais eram super gentis e que eles dormiram em quartos separados. Enfim, papo de homens... Chegamos em casa e vimos Vick e Isa olhando televisão, na verdade a Isa estava mexendo em seu celular e quando entramos ela automaticamente nos olhou e sorriu.

– Da próxima vez eu ligo pra policia, olha que horas são John. Onde você estava? – ela disse batendo o pé. – me segurei para não rir.

– Estávamos conversando no olabama.

– E não podiam ter avisado?

– Esqueci, me perdoa maninha.

– Okay, desta vez passa, agora toma um banho que você esta horrível. – ela disse olhando para John.

– Sempre tão sincera. – John debochou.

– A qualquer custo. – ela piscou pra John e sorriu.

Fui direto para meu quarto e tomei um banho demorado, coloquei uma calça de moletom, e uma regata branca arrumei os cabelos e passei um perfume e sai. Me sentei ao lado de Vick e ela se deitou no meu colo, Isa estava no seu quarto estudando, nem quis a atrapalhar.

– E ai gostoso, como foi seu trabalho? – disse Vick.

– Cansativo e o seu?

– Foi bacana, o Sr Albert me deu maior apoio quando contei a história toda a ele.

– Que ótimo gata, fico feliz por você.

– O meu ex me procurou. – disse ela tristinha.

– O que aquele cara queria? - disse bravo.

– Conversar. Ele me pediu perdão por ter desconfiado de mim e disse que me amava muito e queria poder ser o pai do meu filho.

– E você? – disse fazendo carinho em seus cabelos.

– Pedi um tempo pra pensar.

– Ótima opção.

– Ele parecia estar arrependido, mas quero que converse com ele antes pra mim.

– Claro, vou conversar e se ele vacilar o pau vai comer pro lado dele. Com você ninguém mexe, antes tem que passar por cima do gostosão aqui. – mostrei meu muque a ela que ria feito uma criança.

– Se ta bem gostosão mesmo, tava te reparando e vi que ta mais fortinho, oxee que tentação. – ela apertou minhas bochechas e me encheu de beijos.

– E olha que faz quase um mês que não malho. – me gabei.

– Convencido. – ela me deu um tapa no braço.

– Vou pedir pizza, se quer de que sabor?

– Calabresa. – ela disse animada.

Peguei o telefone e pedi duas pizzas, uma de calabresa e quatro queijos e uma doce de morango com chocolate, a preferida da minha loira. E em falar dela estava morrendo de saudades dela, me segurei para não entrar no quarto dela e a encher de beijos. Como é difícil a ver sem ter que a tocar. Aguenta Josh, só mais um pouco!

Pedi a Vick que me encobertasse se caso o John aparecer e fui correndo até o quarto dela, abri a porta e a vi estudando, com um monte de livros na cama. Ela me olhou assustada e eu fechei a porta com a chave.

– Você é louco? – ela disse sussurrando.

– Sou, o cara mais louco desse mundo. – me aproximei dela e a beijei. Como estava com saudades daquele beijo, dos seus lábios quentes e envolventes. – que saudades desse beijo. – disse entre selinhos.

– Nos vimos hoje de manhã. - ela disse manhosa.

– Mas eu estava com a maior saudade. – ela me abraçou de lado e ficamos assim por alguns segundos.

– O John esta aonde? - disse ela preocupada.

– Tomando banho e parece que vai demorar.

– E se ele sair do banho e te ver aqui?

– Pedi a Vick que me encobertasse, fica tranquila.

– Você atrapalhou meus estudos, sabia?

– Estava estudando qual matéria?

– Biologia e Física, tenho prova semana que vem.

– Então não atrapalhei, tem tempo ainda pra estudar.

– Só porque você é um nerd bonitão não quer dizer que eu seja o mesmo. – a olhei e sorri.

– Obrigado pelo elogio, mas eu tenho certeza da sua inteligência, não precisa estudar tanto assim. – peguei seus livros e os guardei na escrivaninha. – Agora sua atenção é so minha. – caminhei até a sua cama e deitei do seu lado, ela repousou sua cabeça em meu peito e me abraçou. Ficamos assim por longos minutos, nossos pensamentos estavam distantes. Estava muito preocupado com que o John avia me contado, eu so pensava em como poderia contar a ele que estava perdidamente apaixonado pela sua irmã.

– Josh, você acha que fez uma boa escolha quando decidiu ficar ao meu lado? – disse ela me tirando do meu mundo. Confesso que essa pergunta me pegou de surpresa.

– Escolher ficar com você, sem dúvida foi a melhor escolha que eu pude fazer. – ela me olhou e sorriu.

– E esta feliz de ter escolhido a mim?

– Não poderia estar mais feliz que agora.

– Promete uma coisa pra mim? - Se por acaso um dia enjoar de mim e não quiser mais saber de um nós, vai ser sincero comigo, mas de maneira alguma vai me magoar? – a olhei serio, e tentei pensar em alguma hipótese de eu não a querer mais, impossível. Ela me olhava atenta a procura de algum vestígio de resposta.

– Será impossível isso acontecer, sabe porque? – ela se levantou um pouco e ficou me encarando. – porque eu não consigo pensar na hipótese de ficar longe de você, sabe porque? Porque eu estou completamente e abobalhadamente apaixonado por você, minha loira. – ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas e sorriu, me aproximei dela e a beijei. Nesse exato momento ouvimos o barulho do trinco da porta, me afastei dela e puts eu to ferrado!