Josh

Ohh hoje a noite promete, a pracinha deve estar cheia de gata. Mulher, mulher e mais mulher. Quer melhor coisa que isso?

Sai da sala e fui me arrumar, coloquei uma roupa estilo bad boy, sei que as mulheres adoram isso, passei um perfume marcante, e fui pegar as chaves do carro.

A loira estava praticamente deitada no sofá olhando atentamente para a televisão. Resolvi então fazer graça.

– E o que achou loira, pego muita gata assim? – disse me virando, ela me olhou com cara de tédio.

– Pega nem ebola desse jeito. - disse ela sem paciência.

– Que mal você é, logo cedo me elogia e agora me esculacha. –fiquei esperando resposta mas a loira não falou nada apenas ficou com os olhos na televisão. Eu a cuidava através do espelho da sala, pela sua expressão ela não estava a fim de papo.

– Vou indo lá loira, e diz pro John que não vou dormir hoje aqui. Quero aproveitar meu dia de folga. – a olhei e sorri maliciosamente. – e ela fechou a cara. - Se preocupa não que quando você crescer te levo para dar uma volta na pracinha. – me virei e sinto algo me acertando.

– Oh não faça mais isso, sua maluca. – gritei.

– Sorte sua que não foi uma faca. – ela disse com muita raiva, cara como ela pode ficar mais atraente com raiva?

– Você é perigosa. – ironizei.

Peguei meu carro e liguei o som, coloquei uma eletrônica para animar, logo que cheguei as meninas estavam sentadas, cheguei perto delas e as cumprimentei. Os meus garotos (Drew, Alex, Peter e Jason) estavam por lá também.

– E ai meus garotos? – falei com empolgação.

– E ai seu gay, se junta a nos nessa rodada de cerveja. – disse Drew

– Claro. – logo Vanessa veio e se sentou no meu colo.

– Tava com saudades gatinho. – disse manhosa.

– É que ótimo, hoje a gente podia sair para um lugar mais reservado. – disse no seu ouvido, ela riu. Drew interrompeu meu clima.

– Cara tava comentando aqui com o Peter a gata que ta morando com você.

– Não sei que gata você ta falando cara.

– To falando da loira gostosa.

– Ah a Barbie, serio cara pedofilia?

– Que pedofilia meu, a mina é gata e você acha que vai me escapar?

– Sei não cara, ela não faz teu tipo. – disse tentando aliviar a raiva que sentia por dentro. Eu sabia que o cara tava afim dela, mas ele que não venha com esse papo pra cima de mim, não que eu esteja a fim dela, mas quero ele de gracinha com ela.

– Nem vem me falar que você ta investindo nela.

– Ta louco meu? A garota é uma criança ainda. Não sou tão louco assim.

– Você ta com medinho que o John descubra e te encha de porrada. - disse ele debochando.

– Se eu quisesse ela seria minha, você sabe, ninguém resiste aos encantos de Josh Harris, não é garotas? – Elas responderem em coro, sim.

– Você é muito convencido, mas eu sei que tu é o cara, não duvido.

– Meninos vamos parar de falar dessa tonta ai e vamos dar uma volta. – disse Keyla.

– Vamos sim, porque a noite promete meninas. – sorri maliciosamente para Vanessa.

Fomos para uma rave que tinha no centro da cidade, fiquei com muitas minas, bebi um pouco até ficar meio tonto, não sei como cheguei em casa. Obvio que Alex me trouxe, ele não bebe, não fuma, sério acho que ele é gay. Se não fosse pela amiga da Vanessa, aaa Stella, acho que esse é o nome dela, eu acreditaria totalmente que ele era gay.

Só me lembro de ter chegado no apartamento e tudo estava escuro, , acendi a luz com muita dificuldade e me deparei com um anjo sentado no sofá. Nunca vi tanta beleza em uma mulher, os cabelos espalhados pelo sofá, a pele branca como a neve, mais parecia uma seda. Fiquei alguns segundos parados admirando aquela beleza de mulher.

– Josh, você ta bem? – ela disse se virando me encarando com aqueles olhos azuis penetrantes. Juro que se não fosse o respeito que tenho pelo meu Brother eu agarraria aquela mulher aqui e agora.

– To mô cansado gata.

– Então trate de tomar um remédio. – disse ríspida. – me aproximei dela, mas estava muito tonto, acabei caindo sentando no sofá.

– Josh você bebeu. – disse séria.

– Ah para de neura, só foi uns copos.

– Ou uns litros.- não sei como ela pode ficar mais gata ficando brava.

– Juro que vou me arrepender amargamente por isso, mas vem vou fazer um café para você, vê se passa essa bebedeira. – disse me puxando pelo braço. Quando sua pele tocou a minha senti algo estranho, não sei explicar, ela me olhou notando também essa sensação.

– Veem. – ela disse impaciente.

Me sentei na bancada da cozinha enquanto ela preparava o café, a cada movimento seu eu cuidava, era como se meus olhos se movessem junto aos seus movimentos. Ela estava usando um pijama que destacava bem o seu corpo, que em minha opinião era uma perdição. Balancei a cabeça tentando tirar esses pensamentos da minha mente, antes que eu cometesse uma loucura. Ela me deu um copo e eu tomei, estava tão amargo que nem consegui engolir o resto.

Ela me puxou novamente e entrou no meu quarto, cara se ela se jogar pra mim juro que não vou aguentar.

Isa abriu meu roupeiro, tirou uma camisa e uma bermuda me entregou a minha toalha e fez sinal para eu ir ao banheiro. Fiz o que ela pediu, tomei banho nem sei como, estava tão doido que nem vi como tudo aconteceu.

Sai do banheiro sem camisa, deitei na cama e a loira ainda estava me observando, ela me olhava com um ar de desdém, detesto isso.

– Melhorou? – disse me fitando com os olhos.

– Não, to meio tonto, vem cá me fazer companhia. – disse manhoso.

– Você ta louco ou perdeu a noção do perigo? – ela me olhava com uma cara muito brava.

– Ah loira para de birra, só fica aqui comigo, me faz companhia. Não quero você, só quero a sua companhia.

– Pra mim já chega, te ajudei demais hoje.- ela caminhou para a porta e eu virei minha cabeça para o lado e adormeci.

Acordei com uma dor imensa na cabeça, não lembrava de nada, nem sei como fui parar na minha cama, com outra roupa. Me arrastei até o banheiro, escovei os dentes, coloquei uma camisa e olhei no relógio, 15:30 da tarde, nossa eu ferrei no sono mesmo. Abri a porta do quarto e encontrei o John sentado na sala, ele me olhou e começou a rir.

– Nossa veei como você ta destruído.

– Cara não lembro nem como cheguei em casa. – disse colocando a mão na cabeça.

– Tem comprimido no armário perto da cristaleira.

Peguei o remédio e a água e tomei, minha cabeça estava latejando de dor, mas tinha que ficar melhor, porque a noite eu iria a balada e já tinha marcado com os meus garotos.

Me sentei na bancada e me escorei na mesa. Ouvi a voz da Barbie cantarolando pelo corredor. Não sei o que ela cantava mais parecia mais country. Sua voz era doce e encantadora.

You, with your words like knives

And swords and weapons that you use against me

You, have knocked me off my feet again

Quando ela me olhou parou e ficou séria, não sabia ao certo porque, mais via muita raiva em seu olhar. Eu a olhei e abaixei a cabeça, sério essa garota é muito estranha.

Ouvi alguns murmúrios da sala, me concentrei mais nas vozes.

– O Josh ta acabado. – disse John

– Não é pra menos, depois de beber meio mundo.

– Como você sabe?

– Ele chegou em casa 3 horas da manhã fedendo a bebida, eu como boa samaritana o ajudei.

– Eu agradeço por ele. – disse John.

– Nem sei como ele veio pra casa daquele jeito.

– O Alex deve ter o trago.

–O Alex foi junto?

– Foi sim, mas ele só vai porque não gosta de ficar sozinho.

– Não tem problema eu fico com ele, vou cuidar muito bem dele.- ela disse com uma voz maliciosa. Não sei o motivo mais fiquei com muita raiva. Peguei meu copo e fui para a sala

– Não mexe com a minha fúria maninha. – John disse jogando a almofada em Isa.

– Muito medo que eu tenho de você.

– Olha que até com o Alex eu deixaria você ter um lance, mas só se fosse serio. – resolvi me intrometer.

– Oh brother, ta certo hoje né?

– Cara você nem se recuperou de uma ressaca e logo quer outra. Fominha você, ein?

– Só quero aproveitar minha folga. E soube que a Vanessa vai levar umas amigas bem gostosas.- John me olhou sério e fez menção que Isa estava na sala. – Ah desculpe não tinha notado que tinha criança na sala. – eu sabia que isso a provocaria imensamente. – ela se virou para mim.

– Criança é a sua...

– Olha as regras. – disse John. – ela continuava me olhando séria e se John não estivesse na sala ela me bateria, juro que a cara que ela fez me assustou e muito.

– Vou me retirar, antes que eu cometa um suicídio. – disse me olhando. Eu a olhei e sorri debochadamente.

Fiquei a olhando até desaparecer do corredor.

– Serio você provoca, depois não adianta falar.- disse John.

– Ela que não sabe levar as coisas na brincadeira.

Assistimos televisão e jogamos vídeo game. Depois bateu uma fome, pedi hambúrguer, dois de carne e um de salada, só salada. Bati na porta do quarto da loira.

– Posso entrar? – disse da forma mais doce possível.

– O que você quer? – Abri a porta e a loira estava escorada na cama com o notebook ligado.

– Trouxe pra você. – disse a entregando.

– Não como Hambúrguer, engorda. – disse ela séria.

– É de salada mesmo. – logo ela desfez a cara de séria e sorriu.

– Obrigado.

– Posso? – fiz menção que iria sentar na cama e ela assentiu com a cabeça.

– Queria agradecer pelo que fez por mim ontem. – abaixei minha cabeça.

– Olha só Josh Willians agradecendo? Isso é épico, preciso registrar. – ela pegou o celular e tirou uma foto minha. - Sorri. - Serio loira, valeu mesmo.

– De nada. – ela abriu um sorriso.

– Vou ”almoçar” – fiz aspas com as mãos, me levantei e me dirigi até a porta.

– Josh. – disse a loira com uma voz suave.– Você se lembra do que aconteceu ontem? – ela me olhava diretamente sem desviar o seu olhar.

– Não, mas tem algo que eu precise me lembrar? – disse com um certo tom de curiosidade.

– Não, nada que valha a pena.

Sai do quarto com um ar de dúvida, será que eu falei algo para loira? Ou pior será que eu a beijei? Serio isso não pode ter acontecido, eu me lembraria se tocasse naqueles lábios carnudos.