Era apenas meu meio irmão. escrita por Alice Swan


Capítulo 10
Insuportáveis momentos.




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– Alô?
– Oi! Filha, sou eu a mãe. Liguei pra saber como você tá.
– Estou bem mãe. - Menti.
– Então filha, o casamento é amanhã. Não esquece de pegar seu vestido e de estar lá as 22:00 ok?
– Ok. Irei.
– Agora eu tenho que ir. Depois a gente se fala. - Ela desligou.
– Se ainda quiser ir, esteja pronto até as 22 hrs de amanhã. - Disse dando o telefone para o Fábio. Ele falou que iria e depois foi embora. Aquilo era só o segundo dia e eu já estava a ponto de ficar louca. Me senti sozinha de novo. Não sabia o que tinha acontecido com o Fábio, ou se aquele garoto de antes existia, mas eu tinha que seguir minha vida. O que eu achava? Que so porque o conhecia a uma semana e que aquele beijo acotneceu ia ser tudo perfeito? Meu pai estava certo ao dizer que eu criava muitas esperanças e por isso acabava magoada. Eu ainda tinha de ter cara pro casamento que era no dia seguinte, coisa demais pra mim. Não tinha ninguém pra falar, pra me colocar pra cima. Até porque ninguém poda saber do tinha acontecido, quando digo isso é de mim e do Fábio. Ao descer as escadas eu esbarrei com a Camily.
– Você aqui? - Olhei pra ela.
– Acho que ele cansou de você queridinha.
– Cala a boca, você nem sabe do que está falando. Sabe o que você é? Uma vadia proveitadora que suga toda a popularidade dele. Eu tenho nojo de gente parecia contigo e se ele cansou de mim como você diz, quem dirá de você. Agora se toca e sai da minha frente. - Empurrei ela com raiva pro lado direito. - Agora se você acha que eu vou ficar trite por causa de você, está perdendo seu tempo. QUER FICAR COM ELE? FIQUE! TODO SEU. - Disse gritando ao sair da sala.
– Ei calma. - Disse o Mateus segurando o meu braço.
– O que é Mateus? Vai lá ficar o Fábio.
– Vem aqui. - Ele me puxou e me abraçou. - Eu sei que tá sendo difícil, ele só não sabe lidar com isso. O Fábo não gosta de perder o controle das coisas, você deixa ele maluco, é só isso.
– Como você… - Ele me interrompeu.
– Eu sou o melhor amigo do Fábio. Mas, a única coisa que você preisa saber agora é que pra ele está sendo tão díficil quanto pra você. Eu não vou dizer que vai melhorar, porque a verdade não é essa. A verdade é que o Fábio vai perder totalmente o controle e talvez infelizmente você conheça o Fábio que seu pai tanto fala.
– Mas, o que você ganha falandi isso pra mim?
– Ganho você um pouco menos triste? - Ele sorriu.
– Ok. - Ri.
– Você era uma pessa muito especial pro Fábio e quando ele voltar pra si de novo, ele não vai querer ver que você fez besteira. Se precisar de qualquer coisa, eu tô aqui e a gente também é da mesma escola. - Ele sorriu.
– Então é só passar aqui antes de ir, que a gente vai junto. - Respondi.
– Combinado. - Ele se despediu e foi embora. Logo a Camily estava fora de casa e restávamos apenas eu, o Fábio e aquele grande e enorme silêncio na sala.
– Seu pai ligou. - Ele disse sério.
– O que ele queria? - Olhei o Fábio.
– Saber se você está bem. - Ele continuou com a mesma expressão no rosto.
– Aconteceu alguma coisa?
– Aconteceu, eu pedi pro seu pai te dar um quarto e adivinha? Ele se recusou novamente. Disse que dessa vez era frescura minha e que não interessava se eu estava namorando. - Eu podia ver a raiva do Fábio nos olhos deles.
– Você tá o quê? - Perguntei bem confusa, admito.
– Eu e a Camily voltamos.
– Ah sim. Mas, pode deixar que eu durmo no quarto deles por enquanto.
– Só que eu não sei se você sabe, mas uma dia eles vão voltar e você volta pro meu quarto de novo. - Ele fez cara de tédio.
– Eu posso ficar a sala, não tem problema.
– Boa ideia. - Ele disse com uma cara de satisfeito e eu realmente fiquei surpresa com a reação dele. - Então está combinado, não teremos mais problemas.
– Mas, a gente nunca teve problemas.
– Karoline, apenas você em sim, já é um problema.
– Não precisa me lembrar da minha mãe e muito menos do meu pai. - Eu fiquei indignada com aquilo e subi pro quarto. Minutos depois os meninos chegaram pro ensaio, sim ainda iria teria ensaio depois de tudo aquilo. Eu achei que não passava de uma brincadeira, até ver o Fábio com a roupa igual a do Justin e os garotos virem me dar a minha. Vesti a roupa e não pude acreditiar. Aquels meninos não brincavam em trabalho, a roupa era idêntica a da menina do clipe. A bota baixa, o shots jeans, a blusa que deixava a barriga toda á mostra preta e a que vinha por cima branca, que era toda largada e mais curta ainda.
– Mateus, eu não sei se isso vai ser uma boa ideia, o Fábio não está legal comigo.
0 Foi você que fez ele ir dançar no festival, nada mais justo que você pra dançar e foi ele quem escolheu isso você lembra?
– Antes dele me odiar. - Revirei os olhos.
– Mas, escolheu. Então vem. - O Mateus me puxou pela mão e todos já estavam esperando na sala. Confesso que peguei os olhares disfarçados do Fábio pra mim, então talvez o Mateus estivesse certo.
– Vem Karoline. - Fábio dizia enquanto encaixava o microfone de boca. Me posicionei e quando vi que o Fábio iria mesmo cantar. Já tinham colocado o playback e ele estava lá fazendo tudo numa boa, como se a gente estivesse bem. Pra ser sincera o ensaio, era o único momento do dia em que esqueciamos de tudo pra focar no momento. Acho que foi apenas isso que não afastou totalmente a gente. Não pense que após isso era tudo as mil maravilhas, porque não era. Voltávamos a vida normal e ao ódio de novo. As horas se arrastaram até chegar a noite e eu esbarrar com a Camily novamente.
– Será que dá pra você parar de dar em cima do meu namorado? - Ela disse com voz de vadia.
– Garota, eu mal estou olhado na cara do seu namoradinho. - Retruquei.
– Você acha que eu não soube do ensaio? - Ela me olhou de cima a baixo.
– Se toca! Eu estou fazendo isso por causa dos meninos, não tem nada haver com o Fábio.
– Se toca você sua imbecil. Olha lá o jeito que você fala comigo. - Ela apontou o dedo na minha cara.
– Está achando ruim flor? Vai ali reclamar com o seu namorado que aliás está BEM ATRÁS DE VOCÊ. Sua nojenta. - Fábio estava realmente atrás dela, mas apenas ficou parado me olhando.
– Camily, acredite a Karoline não está dando em cima de mim. - Finalmente ele disse algo.
– Por que você tem que sempre defender essa mimada?
– Não é defender. Você quer que eu fale coisas que ela não está fazendo? - Ele estava sério, como sempre.
– E a dança?
– Eu fiz um acordo com ela antes. Eu convidei meus amigos e agora eles não querem deixar ela sair. - Ele olhou nos olhos dela.
– Que acordo? - Camily perguntou.
– Eu dançava no festival, mas ela teria de vir comigo. - Ele respondeu sendo simples e prático com as palavras.
– VOCÊ VAI APRESENTAR ISSO NO FESTIVAL? - Camily se irritou.
– Só você não enxerga que eu e a Karoline estamos brigados? Camily sem piti por favor. - Ele já estava enteado com tudo aquilo.
– Vocês estão brigados de verdade? - Ela olhou pra gente.
– Sim e se me der licença, eu vou dormir porque amanhã o dia vai ser cheio. - Dei de ombro e segui pro quarto do meu pai e da Mariane, mãe do Fábio.
– De coisas ruins pra você. - Ela completou sorrindo e eu nem liguei, fui dormir.


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