Sete escrita por FEGL
Notas iniciais do capítulo
É a primeira história que posto aqui no Nyah, gostei de escrevê-la. Se houver algum leitor, espero que goste de meu pequeno conto.
Ela não descansava tranquilamente há anos, a agitação de seus dias não permitia regalias como essa. Não recordava-se de como havia chegado a esse ponto, mas pelo menos uma vez esqueceu dos problemas e ficou ali, de olhos fechados. Percebeu a ausência de ruídos das grandes cidades, o silêncio predominava a aura presente – no início, sentiu estranheza, pois estava acostumada com aquele cenário deveras estressante. Mas permaneceu quieta. Finalmente encontrou-se sozinha para colocar seus pensamentos em ordem. Não sentia sono, estava descansada o suficiente.
Sentia-se leve, como se flutuasse pelos ares. A sensação confortava aquela mulher de maneira inexplicável. Enquanto suas pálpebras ainda cobriam seus olhos, pensou nas coisas boas que poderia ter feito durante sua jornada como ser humano e alma vivente. O trabalho tomava conta de todo seu tempo, mas não estava triste por isso, tampouco arrependida. Após o bom descanso, decidiu que aproveitaria a própria vida conforme ela merecia ser aproveitada, era jovem demais para preocupar-se apenas e unicamente com responsabilidades gigantescas.
Todos morrem, pensou, eu realmente preciso viver os ótimos momentos.
A disposição corria sobre seu corpo como o próprio sangue caminhava por suas correntes sanguíneas. Nunca sentira-se tão determinada a agir. Mas assustou-se ao ouvir um som amortecido e abafado, como se algo fosse cair sobre ela. E seu corpo ainda estava intacto, vivaz e igualmente leve, como se estivesse prestes a dissipar. A mulher abriu os olhos, impulsiva, pois aquele ruído interrompeu seu silêncio – mas nada enxergava. O pânico pôde atingi-la num ímpeto, mas não temia a escuridão.
Era a terra molhada que lhe assustara.
O som dos sete palmos.
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