With You I Born Again escrita por Elizabeth Stark


Capítulo 1
Always in my head


Notas iniciais do capítulo

Que saudade que eu estava de escrever desses dois. Meu Deus. Está simples e curto. Mas valeu totalmente a tentativa, me sinto mais satisfeita de cessar essa saudade ♥. Escutem: Coldplay - Always in my head.
Espero que gostem, de verdade. Boa leitura.



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Uma coisa muito importante sobre Damon assim que conheceu Elena foi que começou a dormir muito suavemente, tranquilo - exceto nas noites em que a espiava.

Mas nem sempre fora assim. Ao longo dos anos pensar em Katherine o fazia ter noites insuportáveis.

Insuportavelmente sozinho.

Em um lugar vingativo de sua mente, os pensamentos sempre retornavam a Stefan. Atormentá-lo. Causar-lhe dor. Em uma noite especifica conseguiu reunir com maestria os rastos e chocou-se: o irmão voltara a Mystic Falls. Sem pensar muito no que poderia acontecer, Damon seguiu os passos de Stefan.

 

Mystic Falls era tão cliche a primeira vista que parecia um tour no set de Once Upon a Time. Tudo agradável e entediante. Não era como antes – todas aquelas caças a vampiro, mentiras por trás de casamentos arranjados e mulheres dominando a rua com vestidos esvoaçantes.

Mas não pode negar que, lá no fundo – bem protegidamente – seu coração palpitou de reconhecimento, e por um segundo achou que seria demais aguentar olhar para tudo aquilo de novo. Não tem nada mais assustador do que sentir medo da própria dor retornar.

(Mas um carro cheio de líderes de tocida passou em disparada em sua frente e tudo pareceu conspirar para seu sorriso de canto finalmente se mostrar.)

E, com o tempo, estar em casa novamente foi a melhor coisa que fez em cento e quarenta e cinco anos. O velho e bom estoque de whisky, e finalmente, continuar a leitura de onde tinha parado no diário de Stefan.

Tudo parecia menos pior.

 

E quando ela surgiu, pele morena e olhos doces, Damon lembrou de sentir como se escamas tivessem caido de suas pupilas. Tinha recuperado subitamente a visão.

Foi devastador.

Todo esse tempo sem luz, sem emoção. E ela estava lá: dezesseis anos de felicidade que poderia ser dele.

A distração o invadia cada vez mais. Ir a casa dela durante as noites era pertubador porque o fazia pensar por miseros segundos que se tivesse Elena, não precisava de Katherine. Se encostasse em seus lábios apenas para o fazer lembrar, compensaria todos esses anos, todos esses infindáveis anos remoendo a si mesmo.

Mas ao mesmo tempo que Elena conseguia iluminar espaços escuros dentro de si, como uma lâmina brilhosa tirada da bainha, conseguia estragar tudo. Todos sabiam que Stefan é a escolha certa, mas Damon que proporcionou segurança e as melhores danças que ela já teve na vida. Cansou de se perguntar porque era sempre deixado para trás, mas não conseguia desistir dela.

Parecia que com ela, tudo era imensamente possível. Se tornar uma boa pessoa, salvar a cidade, amar. Amar - mesmo estando completamente fora de moda e ser a coisa mais rídicula do mundo. 

Estava sempre lurando por ela e para ela. Não havia necessidade de pensar em si mesmo. Não mais.

Queimava-o inteiro ver Elena e Stefan juntos. Olhava-os, da vitrine do amor deles, sem poder tocar naquilo, como se fosse muito caro poder comprar Elena.

Invejou Stefan, porque em tão pouco tempo, ele conseguiu ter o que Damon queria, quase mais do que tudo, pela segunda vez.

Porém, havia alguns recantos de sentimento que Damon jamais poderia esquecer. Nem se tirassem sua memória. Nem se Katherine conseguisse o machucar ainda mais se possível. Toda a miséria do mundo, tudo. Ele não seria capaz de esquecer por um segundo a sensação que foi dançar com Elena naquele baile que Stefan não pode acompanhá-la por estar tomando sangue de uma garota na floresta. Aquele concurso de beleza idiota que Caroline ganhou. Como não puderam dar o título para ela? Elena estava...Insuperável.

Quando aquela mão morena e terna encostou na dele, enquanto olhavam bem nos olhos um do outro, uma fagulha de paz o dominou e deixou se levar, poderia ser morto ali mesmo que não faria diferença – a não ser, é claro, que não poderia passar mais tempo com ela.

E mais ainda: olhá-la dormindo era tão bom quanto o próprio ato. Tanto quanto protege-la em seus braços, ter a chance de conforta-la, mesmo quando ela própria o feria.

Elena é o maior paradoxo de sua vida, afinal.

Damon pensava em universos diferentes  e ao mesmo tempo gostaria de não querer sacar as coisas. Ela fazia os sentimentos serem uma aventura – tão intensos e difíceis, mas impossível abrir mão deles.

Por ela, escalaria uma montanha, mesmo que, ao chegar ao topo frio e seco, não pudesse ser capaz de comemorar a vitória com ela.


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