Cigaretts and Valentines escrita por Grace


Capítulo 21
I Feel Better With You


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Perdão pela demora para postar! Esqueci de avisar que eu ia pra SP pra prestar mais um vestibular, e fiquei sem tempo pra escrever, foi muito corrido.
Mas, ai está, mais um capítulo novinho pra vocês, espero que gostem!
PS: LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558951/chapter/21

Tris

Eu estava deitada na cama, ao lado de Tobias. Ele segurava a minha mão carinhosamente. Nossos dedos entrelaçados me faziam acreditar mais ainda em um nós, acreditar em uma vida a dois de verdade. Nós dois tentávamos controlar a respiração. Eu não conseguia tirar o sorriso do meu rosto. Era tão bom estar ao lado dele, era tão bom ficar com ele.

Nós estávamos em uma das casas dos Eaton. Essa era meio afastada da cidade, no meio de muitas árvores. Era a favorita de Tobias, como ele havia me contado, e ele tinha me dito que amava vir pra cá para pensar, ou só pra relaxar, deixar a loucura do mundo um pouco pra lá. Aqui era longe, isolado, calmo. Eu poderia passar o resto da minha vida aqui. Nós tínhamos desligado o celular, não queríamos ser interrompidos. Queríamos ter esse dia só pra nós.

Era fim do dia, e a luz do por do sol iluminava o quarto. O vento frio soprava forte e fazia barulho lá fora, mas aqui dentro estava quente. O inverno estava chegando, flocos de neve continuavam a cair, as vezes, mas eles não duravam muito. O sol, embora não aquecesse muito o clima, os derretia rapidamente. Nós tínhamos passado o dia todo aqui, conversando, nos conhecendo mais profundamente e nos amando, aproveitando o nosso inicio de paixão. Sim, amando. Pela primeira vez estávamos fazendo amor, e não sexo. Ele era incrível. Tudo parecia incrível. Tudo parecia novo, doce e extremamente sensual. Era totalmente diferente do que nós havíamos feito antes.

Tobias, durante nossa longa e calma conversa, havia me contado que era apaixonado por fotografia. Não do mesmo jeito que Shauna. Ele gostava de câmeras antigas, de tirar fotos aleatórias, para eternizar momentos bons, de eternizar paisagens. Ele havia me contado sobre a infância horrorosa dele, e de todas as maldades que Marcus tinha feito com ele, e que a única coisa que aliviava, era quando ele olhava as fotos que ele tinha tirado, dos momentos felizes da infância dele. Eu nunca tinha imaginado que Marcus era um monstro.

Eu havia contado a ele que, meu sonho, desde criança, era ter um dálmata, mas que meus pais não gostavam de cachorro, então, eles nunca me deixaram ter um. Não era atoa que 101 Dálmatas era um dos meus filmes favoritos até hoje. Ele tinha achado graça, e depois, dito que eu não tinha tido infância.

Faziam alguns minutos que nós estávamos em silêncio. Nós nos olhávamos. Olho no olho, e mil pensamentos, mil sentimentos. As vezes, não era necessário falar nada. Esse silêncio romântico bastava. Ele me puxou para mais perto dele, e me abraçou. A fragrância particular dele tomou conta de mim. O cheiro dele me deixava embriagada, de uma maneira boa, é claro. E eu me sentia protegida nos braços dele, como se nenhum mal do mundo pudesse me atingir, como se ali, eu fosse viver em um mundo particular e feliz.

Eu também o abracei. Senti o corpo quente e forte dele contra o meu. Ele beijou minha testa e eu beijei seu ombro. Ele acariciou meus cabelos, e eu me aninhei a ele mais ainda. Eu sabia que a gente tinha que ir embora, que ele tinha uma empresa pra tomar conta, que eu tinha uma sessão de fotos marcada pra amanhã, e que nós dois precisávamos dormir. Nenhum de nós havia dormido durante o dia. Mas eu não queria sair daqui, eu não queria sair do lado dele.

_Beatrice Prior - ele chamou, e eu levantei o rosto e o olhei nos olhos - Como eu amei passar o dia com você. Esse dia aqui, só nós dois, foi o melhor dia da minha vida. Você é a melhor pessoa que eu conheço, você me faz feliz, você me faz completo.

_Tobias Eaton, você é a outra metade de mim. Você é muito especial. - eu dei um selinho nele, enquanto ele me fitava com os olhos azuis que tanto me encantavam e hipnotizavam - E hoje, aqui, só com você, eu percebi que eu te quero mais do que eu imaginava. Hoje foi, disparadamente, o melhor dia de toda a minha vida.

Nós enrolamos mais umas duas horas, jogados na cama, abraçados. Ele me contou que essa casa era limpa toda semana, e que ele, antigamente, costumava vir aqui toda semana, depois do expediente. Infelizmente, ninguém nunca deixava comida aqui, ainda mais agora que ninguém nunca vinha aqui. Nosso estoque de bolo de chocolate, que ele havia trazido, havia acabado, e nós dois estávamos com fome.

_Acho que nós temos que ir né? - eu perguntei, fazendo um biquinho. Ele me beijou e depois suspirou.

_Acho que temos - ele disse me apertando a ele - Tanto porque, infelizmente, nós não estamos de férias, nem em lua de mel, e nós dois precisamos comer e dormir. Podíamos ficar aqui, mas eu estou morrendo de fome, e acho que você também.

_Acertou. Eu estou morrendo de fome.

Nós nos levantamos da cama. Eu procurava o meu moletom, que estava jogado no outro lado do quarto. Tobias me pegou no meio do caminho, e me puxou para um beijo. Nós nos beijamos intensamente. As mãos dele se entrelaçaram em meus cabelos, e eu coloquei minhas mãos em sua nuca, puxando-o para mim. Nós só nos separamos porque ambos precisávamos de ar.

_Isso é o que eu chamo de beijo - ele disse, piscando pra mim e me dando um selinho rápido. Essa piscadinha dele me deixava doida. Ele pegou o moletom dele no chão, e em seguida pegou o meu, e me entregou.

_Obrigada - eu disse, sorrindo pra ele.

_Não tem de quê, minha princesinha. - ele me deu mais um beijo e segurou minha mão. Nós saímos do quarto, de mãos dadas, e atravessamos a casa, rumo a porta da frente. Peguei minha bolsa no sofá, e Tobias pegou o celular dele em cima da mesinha de centro. Nós saímos e Tobias trancou a porta. O carro dele estava a alguns metros. Ele abriu a porta pra mim, depois a fechou, e em seguida, deu a volta no carro, e entrou.

_Seria demais se eu pedisse pra você ficar comigo essa noite? - ele perguntou, assim que deu partida.

_Não, não seria. Eu quero ficar com você essa noite, e muitas mais. - eu disse, e ele afagou minha mão.

Estar apaixonada era estranho, mas era gostoso. Eu tinha tentado reprimir isso ao máximo, mas era muito bom quando a gente admitia e em fim, aceitava. Era melhor ainda quando esse amor era reconhecido e retribuído.

Ele dirigiu pela estrada escura. os faróis do carro me deixavam ver um pouquinho a frente, apenas. Eram árvores, musgos, muitas folhas no chão. Aqui escurecia mais rápido. E com a presença das árvores, ficava muito mais escuros. Sei lá, uma sensação estranha tomava conta de mim. Hoje, de madrugada, quando havíamos vindo pra cá, não estava tão escuro assim.

_O que foi, meu anjo? - ele perguntou, assim que eu travei as portas e me encolhi no banco.

_Nada… só está escuro demais. Isso está sinistro. Não estava assim quando viemos pra cá.

_Sabe, minha avó dizia que as vezes, o tempo é maluco. Principalmente quando estamos próximos a entrar no inverno. Ela costumava me contar que o tempo gosta de brincar com a gente, e gosta de pregar peças na nossa mente. Está escuro mesmo, e provavelmente é o tempo que está fechando. A luz da lua não está aparecendo. Segundo minha avó, é assim que o inverno começa, e se ele começar antes da data prevista, significa que vai ser mais frio do que o normal.

_Sua avó me parece uma pessoa inteligente. - eu disse, respirando fundo. Eu odiava lugares muito escuros, principalmente quando eu não sabia aonde estava, não sabia nada. Tobias tentava me acalmar.

_Ela é - ele disse, passando a mão no meu rosto e em seguida segurando a minha mão.

_Eu não conheço a sua avó - eu disse, fazendo com que ele começasse a rir.

_Verdade. Temos que dar um jeito nisso. Vovó mora em San Diego. Segundo ela, a vida em Chicago é muito corrida e muito estressante. Ela é um pouco fora do comum, mas tenho certeza que vocês vão se dar muito bem. Meu avô é hilário também. Antigamente, nas festas de família, ele costumava ser a alma das festas.

Festa de família. Tobias, sem querer, tinha me dado uma ótima ideia.

_Tobias, o que você acha se a gente der uma festa de Natal? Digo, reunir as nossas famílias, nossos amigos. Celebrar, sabe? - eu disse, fazendo cara de cachorrinho sem dono pra ele - E sua casa deve ficar linda enfeitada para o Natal, não fica?

_Não sei - ele disse, rindo - Eu nunca a enfeitei para o Natal.

_Como assim, nunca? É a melhor época do ano, não pode passar em branco - eu disse, indignada com ele.

_Sei lá, nunca passei o Natal em casa. Nunca tive tempo nem motivo para enfeita-la - ele disse, fazendo uma pausa - Nunca tive motivos para comemorar o Natal. Até esse ano, porque agora eu tenho - ele disse, sorrindo pra mim - Ganhei o melhor presente de Natal do mundo. Você. Vamos fazer uma festa, vamos comemorar. - ele disse, beijando as costas da minha mão, que ele ainda segurava - Enfeite a casa do jeito que você quiser. Vamos dar a melhor festa de Natal que essa cidade já teve.

_Você está falando sério? - eu perguntei, sorrindo.

_Estou. Estou falando muito sério.

_Tobias, eu nem sei o que dizer, sério.

_Não precisa dizer nada.

Minha mente divagou pelo resto do caminho. Eu tinha mil e uma ideias na cabeça.

Chegamos na mansão de Tobias quase vinte minutos depois. Ligamos pedindo comida. Ele foi tomar banho, e eu peguei um bloco de notas, para escrever tudo o que eu devia comprar e todos os tipos de empresa que eu devia contratar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

QUEM GOSTOU DESSE CAPÍTULO?

Atenção, por sugestão de uma leitora....
SPOILER! NO PRÓXIMO CAPÍTULO, ALTAS EMOÇÕES, COM ERIC TENTANDO UMA VINGANÇA PRA CIMA DE TOBIAS. O que será que ele vai fazer???? #suspense
Só digo que: quem ama, pode ser magoado, não é verdade?
QUEM ESTÁ ANSIOSO???? o/

PS: quero passar dos 400 comentários! Fantasmas, apareçam!