Promise - Scorpius & Rose escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 7
Tempestades.


Notas iniciais do capítulo

TRETA ALERT! TRETA ALERT!

Ok, sem spoilers aqui. Mas sinto muito pela falta de posts, gente hahaha Estava meio ausente esses dias por que viajei, mas estou de volta aqui



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POV Rose:

Mesmo no dormitório em minha cama, ainda podia senti-lo ali. As bolhas saindo de sua boca, e meu sangue fervendo em baixo d’água. As linhas de meu coração em sua mão, os ecos dos sons em nossos ouvidos... Ainda não podia crer que era tudo verdade.

– Eu sei que você está com um sorrisinho, Rose. – Lily disse, de sua cama. Subitamente, ela se sentou e pegou sua varinha, murmurando “Lumos” . – E aí, deu pra ver algo?

– Oi? – Perguntei, confusa. Esfreguei os olhos, me acostumando com a luz. Merlin, eu esperava que ela não acordasse mais nenhuma das outras garotas do dormitório. Ia ser no mínimo constrangedor. Lily devia ser a pior companheira de quarto para quem na a conhecia.....

– Oras, a camisa dele não estava molhada? – Ela disse, rindo alto e se inclinando para trás. Se ela não acordasse ninguém ia ser um milagre.

– Não, sua pervertida! Sabe, algumas pessoas usam feitiços impermeabilizantes. Agora boa noite, antes que você acorde até as masmorras.... – Me cobri e encostei minha cabeça no travesseiro, e Lily gargalhoou e apagou a luz que saía da ponta de sua varinha.

– Bem que você iria querer que certa pessoa das masmorras acordasse.... – Ela murmurou, em seu travesseiro.

..............................................

– Roxy, é sério. – Comecei a rir com a careta de desconfiança que ela fazia enquanto comia uma torrada no café. Era engraçado como, depois da Guerra, muitas coisas haviam mudado. Graças à minha mãe, ser um “Sangue-Ruim” não era mais um xingamento e muito menos motivo de vergonha. Várias pessoas se sentavam nas mesas de outras Casas, e coisas pequenas assim. Certo, ainda havia um certo “preconceito” com algumas pessoas da Sonserina, mas isso era algo que se acertaria com o tempo. – Estamos bem, eu te prometo. Você ainda vai gostar dele.

– Certo, certo. Vou tentar. – Ela riu também. Pouco a pouco, a desconfiança toda dela iria se dissipar, e eu sabia disso. De uma forma ou de outra, afinal. – O que vocês querem fazer hoje?

– Dormir. Muito. – Albus disse, quase caindo em seu prato de cereais.

– Ah, Al, deixe disso. Por que não pegamos uma passagem para Hogsmeade? – Sugeri, ainda rindo da cara de sono do meu amigo. Sua camisa estava mais amassada que o normal, e estava até sem gravata. Por Merlin, o que aquele menino fazia de noite?

– Eu topo. Mas alguém tem que dar um jeito nele. – Dominique riu, apontando com o dedão para Albus. Ele mostrou a língua, escorregando a cabeça da mão e caindo no leite. Todos ao redor riram dele, mas eu fiquei um pouco intrigada. Certo, ele sempre estava com a gravata frouxa e com a camisa meio aberta ou meio amassada, mas cansado desse jeito? Era incomum, no mínimo.

– Ok, nos encontramos às 11? Podíamos almoçar no Três Vassouras. Ou em algum outro lugar, sei lá.

Me levantei da mesa, e Albus olhou para mim preocupado. Não entendi exatamente o por quê, mas apenas acenei e caminhei em direção ao meu dormitório. Ainda tinha que pegar meu cachecol e o dinheiro para ir a Hogsmeade, e avisar a James e Fred que precisaríamos do Mapa. Chamaria Scorpius também, seria uma oportunidade boa para Roxanne conhecê-lo melhor.

Sorri, caminhando em direção à Aldrava dos dormitórios, até que um garoto pulou em minha frente. Usava o uniforme da Grifinória e o reconheci como um amigo de Albus, Trevor.

– É... Oi? – Perguntei, confusa. Nunca havia nem falado com ele, apenas o visto com Al ou trocado no mínimo um sorriso com ele, e ainda por pura educação.

– Ah, oi! – Ele disse, ainda se metendo na frente da entrada para o dormitório. – É... Então? Tudo bem?

– Tudo... – Levantei uma sobrancelha, desconfiada. – Certo, é... Com licença? Eu tenho que pegar algumas coisas no meu dormitório, mas podemos conversar mais depois, ok? É... Até mais!

Tentei entrar, mas ele simplesmente ficou mais nervoso ainda. Podia ver suor em sua testa e em seu pescoço, e ele olhou para todos os lados, nervoso. Tentei abrir um espaço entre ele e a entrada, e de repente, ele colou sua boca na minha, e simplesmente não largou mais. Empurrei-o com a mão, e vi um filete de saliva pingar de sua boca. Senti vontade de vomitar naquele menino, quem ele pensava que era?

Empurrei-o, e quando olhei para o corredor, vi um vulto alto e com uniforme da Sonserina saindo dali.

Os cabelos loiros de Scorpius.

– Merlin, eu... Eu sinto muito. Eu... Eu gosto de você há anos, Rose, e eu.. Eu não sabia como... É....

Encarei-o, sentindo meu rosto ficar vermelho de raiva. Quem era aquele menino? Eu nunca falava com ele, pelo amor de Merlin! Qual era a dele? Fechei o punho e dei o soco mais forte que consegui em seu rosto. Ele olhou para mim surpreso, colocando a mão sobre a bochecha. Soquei-o de novo. E de novo.

Tinha que me acalmar. Espancar um garoto não ia resolver nada. Nada mesmo. Me virei para a aldrava e respondi ao enigma rapidamente. Que ótimo. Ele era louco, por algum acaso?

Merda, mas por quê agora? Dei um tapa em minha testa e me deixei escorregar até o chão da Sala Comunal. Certo, Scorpius vira tudo. Muito bom. Como se não bastasse ser beijada à força por um maluco, o único menino que me interessava em toda a escola vira.

Me arrastei até o dormitório que dividia com Lily e mais algumas outras meninas. Me senti subitamente exaurida, completamente. Logo agora, que tudo estava simplesmente perfeito entre nós.

Afinal, Roxy estava errada. Não foi Scorpius quem ferrou tudo. Fui eu.

Rose! Rose! – Ouvi uma voz conhecida, abafada pela distância. Mas o quê Albus estava fazendo ali, e justo agora?

Desci e saí, encontrando-o bem na entrada.

– Eu... Sabia sobre Trevor. Mas eu juro que não achava que ele ia te beijar, ok? Eu juro. Mas você espancou ele, Rose! – Ele jogou os braços para cima no corredor.

– Scorpius viu. E pode dizer para o seu amiguinho que da próxima vez não vai ser só aquilo. Machista dos infernos, ele ainda achava que podia simplesmente sair beijando quem quiser só porque é um homem? Albus, como você pode ser amigo de alguém tão desprezível?

– Ele gostava de você. Muito. Me falou ontem, no dormitório. Ele pediu para eu conversar com você, mas eu não tive coragem. Ele não sabia o que fazer, e acho que estava bravo comigo, ok? Não pegue pesado com ele, Rose, por favor....

– Me peça qualquer coisa, mas não me peça para pegar leve com ele. Ele é repugnante, um desgraçado! Não quero saber de mais nada, ok? Avise ao pessoal que não vou poder ir. Vão vocês para Hogsmeade, diga que estou com dor de cabeça ou qualquer besteira.

Voltei para o dormitório, deixando Albus embasbacado no corredor. Ele ainda esperava que eu perdoasse Trevor? Ah, por favor.....

Fui até o banheiro que dividíamos e escovei os dentes, passando água no rosto. Não queria lidar com nada agora, de cabeça quente. Voltei para o quarto e me deitei na cama, observando os detalhes das cortinas azuis até pegar no sono.

..........................................

Me levantei da cama, esfregando os olhos. Olhei pela janela, tentando me orientar pela luz solar. Era perto das cinco, então eles provavelmente já estariam quase voltando para a escola. Desamassei minhas roupas. Parecia a versão feminina e da Corvinal de Albus, honestamente.

Desci as escadas até a Sala Comunal, que estava completamente vazio. Estranhei, já que geralmente estava cheio à essa hora.

Certo, eu tinha que ir falar com Scorpius. Tentei bolar um discurso em minha cabeça, mas nada parecia decente. “ Oi Scorpius. Eu sei que você me viu beijando um menino, e que uma imagem vale mais do que mil palavras mas... Não é bem assim.”? Com que cara eu iria falar com ele?

Quando saí para os corredores, ouvi murmúrios ao meu redor. Alguns apontavam discretamente para mim. Merlin, o que foi agora?

– Ela? Mas ela é tão certinha!

– Como assim? Hermione Granger nunca faria isso!

– Pelo jeito não é tão parecida com a mãe....

Vi Gregory, um outro menino da Corvinal de nariz empinado, vindo até mim, pomposo como sempre.

– Por Merlin, Rose Weasley. Você manchou, honestamente, o orgulho da Corvinal. Como pôde fazer isso? Sempre defendemos que a inteligência supera a força e você me vem com isso? Sinto muito, mas acho que seu nível está bem abaixo do esperado.

Me virei confusa para ele, que apenas ergueu o rosto e continuou a andar. Lily Luna veio correndo até mim, esbaforida.

– Rose, eu não sei o que dizer! Me explique direito essa história de espancar o Trevor! Me diga que não foi sem motivo, porque sério, violência está meio longe dos nossos...

– Lily, ele me beijou à força, e ainda foi um tremendo nojo! Por Merlin, o que você esperava que eu fizesse? Desse um abracinho e fosse tomar suquinho com ele? Por favor!

– Oh... Você é minha heroína, Ro! Só que bom... Digamos que o Trevor espalhou para a escola toda, dizendo que você é louca e mais um monte de besteira! Ele deve ter ficado muito bravo, mas deve ser só orgulho ferido.

– O quê? Ele espalhou para a escola inteira?

– É... Talvez não para a escola inteira, só a maior parte dela... – Lily disse, coçando o pescoço.

O dia simplesmente não podia piorar.

Meu primeiro impulso foi ir atrás daquele nojento e ensinar para ele outra lição. Mas só ia fazer as pessoas pensarem que sou mais louca ainda. Eu tinha que falar com Albus, e Scorpius.

Respirei fundo, e caminhei até o Salão Principal. Ignorei os olhares e os risinhos no caminho

– Vocês não têm vida não? – Lily disse alto enquanto cruzávamos a porta.

– Ignora, Lil’s.

Sentamos no nosso lugar habitual, com Fred, Teddy, Victoire, Roxanne, Molly, James, Albus e todo o resto.

– O Al já contou todas as fofocas e os babados, amiga! – Fred fez piada, com uma voz que me fez sorrir imediatamente. Lembrei de quando ele recebeu sua primeira detenção e George mandou uma carta, com os dizeres: “Estamos orgulhosos de você”. Todos sabíamos que o “estamos” não incluía Angelina, e sim Fred, nosso tio.

– Como vai ficar o casal do ano? – Teddy sorriu de lado, compassivo.

– Não sei... Ainda tenho que falar com ele. – Suspirei, apoiando o queixo em minhas mãos.

– Hoje detenção, amanhã Azkaban, hein Rose? – Berrou uma menina qualquer da Sonserina.

Agora isso.

– Hoje encalhada, amanhã velha amarga. – James rebateu, rindo.

– Depois colocamos algumas Bombas de Bosta no quarto dela, fique tranquila Rose. – Fred disse, com uma piscadela cúmplice.

– Estamos com você. – Victoire concordou, colocando sua mão sobre a minha na mesa.

– Não importa o que acontecer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Se tiver alguma crítica, opinião ou sugestão, estou aberta à comentários, leio e respondo todos com todo o carinho (E fico super feliz com o feedback hahahahah)
Beijooos! Até o próximo cap!