Promise - Scorpius & Rose escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 5
Soluções.


Notas iniciais do capítulo

GENTE, OLHEM ESSA CAPA! Eu tinha encomendado no Fanfics Anônimas, e ficou simplesmente perfeita! Foi lá que encomendei a de All I've Ever Wanted também, e recomendo muitooo!
E sinto muito pela minha falta de postagens, eu estava indo em alguns passeios na escola, e essa semana tive duas provas e tal... Mas enfim, o fim de semana está chegando e vou ter mais tempo para postar, principalmente nas férias



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POV Rose:

– Scorpius. – Sussurrei rispidamente, puxando-o pelo pulso até um corredor vazio. Tínhamos um intervalo entre os períodos de Poções e Adivinhação. Ele me olhou, confuso.

Nos encaramos por um segundo. Ele me dissera tudo o que queria.

Era minha vez.

– Você tem me evitado, Malfoy. Eu percebo isso. - Me dissera sobre ser mimada naquela Torre, e por mais que eu prezasse toda a minha amizade ou o que quer que fosse com Scorpius, ele tinha que ouvir algumas coisas. – Você não se cansa de estar sempre bravo com o mundo? Guardar rancor por tudo? Scorpius, nem todo mundo é igual àquela garota, as pessoas têm que crescer. Incluindo você. O que você vai fazer quando todo mundo simplesmente cansar de não conseguir chegar perto de você? Quando o mundo não se importar mais? Não é bom estar sozinho, como você queria? Me ignorar não resolve o seu problema.

Os olhos dele pareciam pulsar, e todas as barreiras dele pareceram rachar. Ele estava ouvindo a verdade, finalmente. E não poderia sair correndo, fugir.

– Scorpius, você não precisa viver assim. Você não é um condenado, e sua vida não é uma sentença. – Disse, mais baixo, enquanto ele apenas me olhava, comprimindo os lábios, tenso. – Confie em mim. Por favor.

Coloquei a mão em seu queixo, fazendo-o olhar em meus olhos. Senti cada camada dele se desfazer ao meu toque, e ele fechou os olhos, aceitando silenciosamente minha proposta. Em um impulso, enlacei meus braços ao redor de sua nuca, em um abraço. Simples assim.

Não importava o que era, se era um beijo ou palavras. Era um abraço, e para nós dois, valia mais do que todas as frases que eu dissera naquele corredor vazio.

............................................

– Rose, você briga com ele e ainda sai no lucro? Merlin, me empreste essa sorte! – Lily disse, rindo um pouco alto demais, enquanto a professora Trelawney explicava como ler as folhas de chá no fundo de uma xícara, gesticulando e fazendo com que suas mil pulseiras tilintassem.

– Senhorita Lily Luna, gostaria de acrescentar algo à minha explicação?

– É... Estou sentindo algo muito ruim vindo sobre... – Ela parou, colocando as mãos nas têmporas, sorrindo discretamente. Ela sabia que era só fingir saber algo ruim no futuro de alguém que dava certo. Pelo menos com algumas pessoas.

– Sim, sim, sim! Continue, querida! – A professora estimulou a loira, entusiasmada.

– Vindo sobre Rose Weasley! Merlin, que calamidade! – Ela exagerou, e revirei os olhos.

Depois de alguns avisos sobre proteção direcionados à mim, apenas prosseguimos com a aula. Recebemos as xícaras, e começamos as leituras.

– Certo, Lily... Uma pipa... – Peguei meu livro, consultando as folhas de chá. – Vejamos. Desejos virarão realidade? Você e o Lorcan, talvez?

– Ah, Rose, cale a boca!

POV Scorpius:

Meu corpo sempre pareceu algo pesado de se carregar, minha alma, meu coração. Nos primeiros anos em Hogwarts, meus pés podiam apenas se arrastar no chão, temendo nunca ser aceito.

Estranhamente, a maneira como Rose me fazia sentir leve, sem o concreto que parecia fazer pesar meu corpo inteiro. Ela me fazia sentir bem. E depois de tudo o que ela me falou, mal sei por quê eu não confiava naqueles olhos amendoados. Talvez eu apenas não quisesse que toda a minha aura afetasse aquele sorriso.

Nunca soube se ela ficaria ao meu lado depois de algum tempo. Mas a medida que conheci ela, algo mudou. Minha impressão sobre ela mudou, afinal, em meus primeiros anos, cheguei a odiar o “clã” Potter/Weasley. Mas era diferente com Rose, e até mesmo Albus.

Eu te amo nunca me pareceu algo bom a se dizer a alguém. É como se você se amarrasse à essa pessoa, não deixando-a ir. Ou forçando-a a ficar. Mas com ela, pareceu . Ela me desafiava, me atiçava. E quando ela me abraçou, me pareceu uma honra amá-la, me amarrar à ela.

Porque é isso que apaixonados fazem. E quem sabe, fosse o que eu sentia por ela.

POV Rose:

– Mesmo aqueles que eram meus amigos nunca me encaravam nos olhos. Achavam que eu era algum tipo de maluco que teve uma infância traumática.

Me perguntei como alguém podia simplesmente não olhar nos olhos dele quando eu era capaz de me perder neles e perder a contagem do tempo. Eu não sofrera nem metade do que ele, nunca fora traída da maneira que ele foi. E vivíamos em mundos completamente diferentes, afinal, quando andávamos na rua, ainda haviam pessoas ansiosas em cumprimentar meus pais, beijando as mãos deles e agradecendo. Agora, com Draco Malfoy, haviam até mesmo pessoas que vandalizavam a mansão se tivessem coragem o suficiente. Outros apenas os temiam ou olhavam torto.

– Nenhum deles?

– Não. E foi isso que me chamou a atenção em você. Você me olhava nos olhos, me desafiava. Merlin Rose, você me deu um sermão sobre confiança! Além disso, quem iria imaginar que algum Weasley iria querer me conhecer e não apenas ofender, ou algo do gênero?

Dei um soco no ombro dele, rindo. Eu nunca faria nada assim, e nós dois sabíamos.

– Obrigada, Scorpius.

– Por...?

– Confiar em mim.

Ele assentiu, e ficamos em silêncio, olhando o Mar Negro sentados no jardim. Era a hora de entrar, estava quase na hora do jantar. Nos levantamos, e paramos, hesitando por um momento. Notei que uma confiança brincava em seus olhos, que ele mantinha grudados nos meus. Ele chegou perto, colocando as mãos em minhas bochechas, com tanto cuidado que parecia pensar que eu quebraria. Nossas testas se encostaram, e coloquei minhas mãos em suas costas, sentindo seus ossos e músculos sob minha mão.

– Rose! – Ouvi a voz de Roxanne ao longe. Olhei para ela, que me encarava como se eu estivesse cometendo algum pecado. Me virei para Scorpius, e me aproximei dele como se nada tivesse acontecido. Inclinei minha cabeça e o garoto de olhos azuis me beijou, timidamente. Retribuí, avidamente. Tudo parecia queimar e brilhar ao meu redor enquanto eu segurava em sua nuca. Parecíamos um só. E todas as dúvidas que eu tinha se dissiparam, como flocos de neve em um oceano. Aquela sensação, de tê-lo ali, sentir suas mãos compridas me envolvendo completamente....

– Continuamos depois. – Murmurei, dando um último beijo em seus lábios. Dessa vez, não foi impulsivo, não foi impensado. Eu sabia muito bem o que queria, pouco me importava com Roxanne.

Ele sorriu, e me afastei, em direção à menina de pele escura que parecia petrificada na entrada do castelo. Boquiaberta, ela balbuciou meu nome, completamente sem reação.

– Roxy, eu sei. Você não gosta muito dele, mas eu realmente gosto dele. Sei o que estou fazendo. Então só peço que você me apoie, por favor. Eu sei que você é minha amiga, de verdade, e também sei que você só quer me proteger. Mas eu sei o que faço.

– O-o-ok. – Ela murmurou, entrando atrás de mim em direção ao Grande Salão.

Ela não conhecia Scorpius, conhecia apenas o sobrenome Malfoy e o estigma que ele carrega. Mas eu conhecia o menino por trás do nome, e sabia que não era um risco que estava correndo.

Sentei na mesa da Grifinória, ao lado de Albus e na frente de Lily. James, Fred e Teddy não estavam ali, e sabia que estavam planejando algo com algum aluno do primeiro ano ou uma pegadinha no corredor. Victoire conversava com uma amiga animadamente, e Lily me encarava como alguém que sabia de algo.

– Rosie, você tá bem? – Perguntou Al, rindo. – Está sorrindo igual uma doida...

– Meu palpite é que isso tem algo a ver com um certo loiro de olhos azuis, com o nome que começa com Scorpius e termina com Malfoy. O que acham? – Lily disse, enfiando uma colherada de sopa na boca. Roxy olhou-a com censura, com as sobrancelhas franzidas.

– Quero detalhes! – O menino ao meu lado disse, mas quando viu o olhar de Roxanne, tratou de completar a frase. – Mais tarde. Ou melhor, não quero saber. Desaprovo

– Ah, Rox! Deixe eles, não tá vendo que estão felizes? Olhe o sorriso do Malfoy na mesa da Sonserina! E o dela!

– Lily, deixe quieto agora... – Albus sussurrou, entre dentes.

– Por agora...

...............................

– Ah, Lil's, foi....Bom, foi totalmente diferente.

– Como? - Ela perguntou, na cama ao lado da minha, já de pijamas.

– Não sei como explicar. Na primeira vez, foi algo mais impulsivo, que veio mais dele do que de mim. E dessa vez, acho que nós dois sabíamos o que queríamos, entende?

– Completamente. Eu estava vendo tudinho da janela, e confesso que adorei sua rebeldia. Sério, a Rox ficou totalmente tipo.... Uau.

– Ela tinha que entender, de uma maneira ou de outra. E ela só quer o meu melhor, sei disso. Mas eu tenho que viver por mim e não por ela.

– Concordo. Boa noite.

Deitei em minha cama, ainda sorrindo e pensando no menino que me beijara. Pensando na respiração que era capaz de acalmar minha alma, mesmo sem que eu percebesse.

Sem sono, só conseguia sentir como se meu corpo inteiro formigasse e flutuasse. Era uma sensação tão clichê, mas tão boa.

Me levantei, andando com passos de algodão até a porta do dormitório. Quem sabe estava na hora de realmente colocar minha sorte à prova. Se tudo desse certo, eu não seria pega por Pirraça. Merlin, aquele poltergeist tinha um dom especial para me infernizar.

Caminhei pelos corredores com uma luminosidade mínima saindo da ponta de minha varinha. Vi a gata de Filch se esgueirando em algum lugar, e disparei até uma esquina, me escondendo e prendendo a respiração. A maldita gata me vira.

Saí correndo até a Torre de Astronomia, ansiosa para encontrar o menino de olhos azuis ali, divagando como sempre. Quando abri a porta, vi o reflexo da lua em seus cabelos, e o corpo alto e esguio ali, olhando o céu estrelado.

– Rose. - Senti um sorriso em sua voz.

– Scorpius.

Ele se virou, e envolve minhas mãos com delicadeza entre seus dedos, guiando-os até seu pescoço. Sua pele era macia e morna, e conseguia sentir sua pulsação acelerada. Encosto minha cabeça em seu peito, ouvindo seu coração bater tão rápido quanto eu sabia que o meu estava. Ele se inclina para baixo, e fico na ponta dos meus pés. Seus lábios se encaixam nos meus lentamente, como duas peças.

Parecia a sensação mais natural do mundo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Desculpem novamente pela minha ausência, gente hahahah Comente se estiver gostando, ou se quiser dividir uma opinião ou dar uma sugestão... Tudo é sempre bem-vindo hahahaha Amanhã postarei um capítulo da minha Jily, que está chegando nas retas finais, e nas partes tristes já :/

Enfim, beijoooos!