Promise - Scorpius & Rose escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 13
Mentiras.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Gente, obrigada pelos 90 comentários! Vocês não sabem como cada um incentiva na hora de escrever, de verdade. Obrigada! O cap de hoje ficou mais curtinho, mas é porque amanhã irei viajar e tudo mais. Enfim, espero que gostem!



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POV Rose:

Eu não acreditara que eu havia feito aquilo. Merlin, eu era uma pessoa terrível. Fazer de Scorpius uma mera aposta? E o pior não era simplesmente o ato em si, mas suas conseqüências. Beijá-lo ou tocá-lo, apesar de nunca perder o encanto, não era exatamente a mesma coisa. Meus pensamentos me distanciavam dele, me levando sempre até a aposta. Até a escolha que ele faria.

– Rose.... – Scorpius sussurrou, distanciando nossos lábios. – O que houve?

– Nada. –Murmurei. Vi Natascha ao longo do corredor, e encarando-a, puxei-o para mim novamente.

Merda, aquilo tudo estava tão errado.

Eu tinha que acabar com aquilo. Rápido.

– Scorpius, na verdade, tem sim algo sobre o qual eu preciso.... – Olhei em meu relógio, e recuei. Queria adiar aquilo o máximo que eu conseguisse, e resolvi esperar As palavras estavam lá, mas não estavam prontas para sair. Eu tinha medo da reação dele, de perdê-lo de vez. – Ah, eu tenho que encontrar Lily antes da aula. Estou atrasada. É, muito atrasada. Atrasada demais! Vejo você no almoço, porque eu estou definitivamente atrasada. Até!

Saí dali o mais rápido que pude antes que eu me arrependesse de ter amarelado. Corri até a biblioteca antes de ir para a aula e me escondi atrás de uma estante, tentando desesperadamente clarear as idéias enquanto ofegava pela corrida.

Apoiei a cabeça entre as mãos, sentada no chão no meio do cheiro reconfortante dos livros

– Rose, não? – Eu conhecia a voz, mas não lembrava do rosto ou do nome do dono. Um garoto de cabelos castanho claro e um pouco de barba apareceu por trás da estrutura de madeira, sorridente. [N/A: http://images2.fanpop.com/images/photos/6400000/Dean-Winchester-dean-winchester-6436598-750-1000.jpg ]

– Lynwen?

– Alguém finalmente lembrou meu nome, pelo jeito. – Sentou-se ao meu lado. – Ei, o que aconteceu?

– O que você faria se.... – Parei, escolhendo as palavras enquanto ele me incentivava com o olhar. – Uma amiga sua fizesse uma aposta com outra amiga... Sobre um garoto?

– Bom, é complicado. Dependendo das circunstâncias, é ruim. Em outros casos, é pior ainda. – Disse, depois de uma pausa pensativa. Vendo minha confusão, continuou. – Se tem amor no meio disso tudo, não é tão mal. Agora, se estão fazendo o menino de brinquedo, é terrível, cara.... Por quê a pergunta?

– Nada, esqueça. – Merda, eu me senti horrível. Senti lágrimas verterem de meus olhos, e Lynwen passou um braço ao redor de meus ombros.

– Vai resolver logo, Weasley. Vai passar. Nada é tão ruim assim. Eu prometo. Vai dar tudo certo, ok?

Merlin, eu esperava que fosse verdade.

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– Rose, o que está acontecendo? – Lily sussurrou. Estávamos sentadas no fundo da sala, enquanto a professora explicava o conteúdo escrito no quadro.

– Nada. Como vai o Lorcan? – Mudei de assunto. Seria muito melhor se ninguém soubesse.

– Melhor que nunca. Mas Lysander não vai tão bem. Pergunte à Dominique. – Balançou a cabeça, rindo. – Ela é mais disputada do que um pedaço de carne em um mar de cachorros.

Não perguntei mais nada depois de ver Albus passando um bilhete à ela com um olhar que ele chamaria de sedutor. Tentei abafar o riso, sem sucesso.

– Srta. Weasley? Poderia me dizer o que há de engraçado no conteúdo, por gentileza? – Recuperei a compostura, diante das várias cabeças que se viraram em minha direção.

– Nada, professora. Sinto muito, não irá se repetir. – Respondi, e todos abafaram o riso.

Bem que eu desconfiava. Al estava sempre olhando para Dom, e às vezes via até mesmo os dois sozinhos entre os corredores. Nunca levei à sério, pensando que era amizade da parte dos dois.

Ri, ainda pensando nas confusões que essa história renderia.

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– McGonagall pegou pesado no dever de casa. Precisa de ajuda? – Lynwen comentou enquanto saíamos da sala de Transfiguração. – Sala Comunal, às 16?

– Funciona para mim. Vejo você lá. – Acenei, sorrindo, enquanto ele se distanciava. Caminhei sem rumo pelos corredores, esperando o tempo passar para a próxima aula.

– Scorpius, ela teve a ideia, eu apenas topei... Não fique bravo. – Ouvi uma voz feminina. O sangue subiu à minha cabeça, e eu soube que havia sido completamente enganada. Eu e Scorpius estávamos distantes, e Natascha virou isso contra mim. A aposta, tudo. Eu devia ter contado primeiro.

– Eu não acredito que Rose fez isso... Uma aposta? O que ela acha que eu sou? O brinquedinho dela? – A decepção e a raiva em sua voz eram palpáveis. Merda, tudo dera errado.....

– Sinto muito. Ela propôs, e eu topei. – Espiando pela esquina da parede de pedra, vi que ela se aproximava dele, perigosamente perto. Scorpius estava claramente machucado, até que Natascha beijou-o.

Não. Não, não, não.

Eu não era do tipo que saía chorando pelos cantos, não mesmo.

– Sua mentirosa! – Gritei, puxando-a pelos cabelos para longe de Scorpius. Merda, como eu estava com raiva. – Como você pôde? Sua... – Dei um tapa nela, forte como nunca soube que era. Minha mão ardeu, e surpreendentemente, me senti ótima.

– Rose, chega! Mentir para mim? Brincar comigo? Eu nunca pensei que você fosse ser tão... Desprezível. – Puxou Natascha, olhando o rosto dela. Lágrimas falsas rolavam dos olhos da garota, que me encarou por um segundo. Quando ambos caminharam para longe, a morena se aproximou por um segundo apenas, sussurrando o que fez o resto de mim desabar.

“Parece que ganhei, afinal.”

Deixei meu corpo se arrastar pela parede até se sentar no chão, ainda sem reação. Eu realmente perdera Scorpius. Quem sabe de uma vez por todas.

– Rose, está a hora da segunda au.... Rose? Merlin, tudo bem? O que aconteceu? – Era Lynwen.

– Natascha. As garotas da aposta... Eram eu e ela. Scorpius descobriu tudo e acha que foi minha culpa, tudo porque aquela desgraçada contou a versão distorcida da história para ele. – Suspirei, desesperada para contar a alguém.

– Cara... – Assoviou, sem saber o que dizer. – Acha que tem jeito?

– Não sei, honestamente... Parece que foi para valer, sabe?

– Nunca é. Vem, vou te levar para a enfermaria.

– Mas eu não estou doente! Temos aula, esqueceu? – Protestei, e Lynwen me ergueu, sorrindo como sempre.

– Você, a partir de agora, está com dor de cabeça. Madame Pomfrey tem um remédio com gosto bom para isso. Eu sou o seu acompanhante. Agora, como você tecnicamente não pode andar de tanta dor... – Me içou para seu ombro, com as duas mãos em meus joelhos. Minha face ficou de frente para suas costas, pendurada. Bati em sua coluna,tentando me soltar e andar. – Vou te acompanhar até lá. Vejamos... Daqui até a enfermaria daria uma boa caminhada. Longa o suficiente para perder a aula. Então, vamos?

– Você têm experiência nisso, pelo jeito. – Brinquei.

– Você não faz ideia, Rose Weasley.

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Lynwen escapara da ala hospitalar, dispensado dos últimos 10 minutos de aula por ter me trazido até a enfermaria. Esperei, ainda com o gosto bom do remédio na boca.

– Srta. Weasley? Você tem visita. Permito que entrem? Porque se você estiver sentindo cansada, posso enxotá-lo em um piscar de olhos...

– Não, pode mandar entrar. – Esperava qualquer um, menos o loiro alto que entrou pela porta e sentou na cadeira ao lado de minha cama.

– É verdade? – Disse, olhando para os punhos, apoiados nos joelhos.

Não disse nada. A verdade era que eu mesma não sabia o que dizer, já que tudo em minha cabeça soava tão estúpido quanto poderia ser.

– Rose, já passamos por algumas coisas, sabe? Mas isso? É baixo até mesmo para Natascha.

– Quem sabe porque foi ela que começou tudo isso. – Suspirei. Ele realmente acreditara nela? A minha palavra não contava contra a de Natascha? – Mas, já que sua amiga é tão confiável, vamos levar a palavra dela em consideração, não?

– Rose, ela me contou tudo e você não disse nada. O que eu deveria pensar?

– Eu ia te explicar tudo hoje, depois das aulas. Mas ela foi mais rápida, aparentemente.

Ficamos em silêncio, até que senti sua mão apertar a minha, de leve.

Não soube bem o que aquilo significou, mas sabia que estávamos juntos.

Ele me escolhera, afinal.

POV Lynwen:

Natascha, a garota que Rose odiava tanto, estava sentada em um batente de uma das janelas do corredor. Apesar das coisas horríveis que a garota fizera, havia algo diferente em seu olhar. Tristeza. E escondia isso por suas ações.

– Veio tripudiar? Sua amiguinha ganhou, fim de história. Agora saia daqui, por favor. – Olhou pelo vidro, desinteressada.

Sentei ao seu lado, sem saber muito o que dizer. O Sol iluminava o azul profundo de seus olhos, que pareceram me puxar como correntes até ela.

Lembrei de minha irmã. Quando disse a Rose que tudo podia se resolver, Tarsia veio em minha mente. Ela foi a única que eu não conseguira ajudar, sua doença a tirou lentamente de mim. Eu só pude assistir enquanto ela dizia “Sorria, Lyn.”, com sangue nos lábios.

Natascha tinha os olhos de Tarsia.

Os olhos azuis de minha irmã, mas com uma tristeza que eu jamais vira.

– O que aconteceu com você? – A pergunta escapou de meus lábios sem que eu pensasse no quão estranho aquilo soava.

– Perdão? – Olhou-me como se eu fosse uma aberração à sua frente.

Mantive o sorriso, sabendo que eu ainda descobriria o que havia por baixo de sua máscara.


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Notas finais do capítulo

Opiniões? Sugestões? Críticas? Comentem! E, se estiverem gostando da fic e acompanharam até aqui, que tal deixar um favorito ou uma recomendação? Não deixem para o último cap hahahahaha Enfim, beijos, e até a próxima!