Promise - Scorpius & Rose escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 11
Declarações


Notas iniciais do capítulo

Oláá! Gente, desculpem pelo bloqueio e pela ausência hahahaahaha Eu tinha tantas ideias para o cap, mas não sabia direito como organizar todas. Enfim, espero que gostem, e boa leitura



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POV Rose:

– Afastado, então? – Fred perguntou, sentando na mesa do Salão completamente vazio. Era a tarde de Sábado, e ninguém ficava ali àquela hora.

– É. Natascha parece... Eu não sei, acho que ela quer uma segunda chance, e ele está meio distante ultimamente. Estou com medo que ela está conseguindo o que quer com ele.

– Merlin, ex é de matar! – Ele riu, se inclinando para trás. – Rose, se ele gosta de você, eventualmente vocês vão se resolver. É a ordem das coisas.

Ainda assim, o passado é o rei do presente, e Natascha é o passado dele. – Cuspi o nome dela como se fosse a palavra mais odiosa do mundo. Certo, eu estava me corroendo de ciúmes daquela desgraçada. Eu nunca falara com ela na vida, mas já a odiava com todas as forças de meu ser.

– Quem diria, Rose morrendo de ciúmes... – Exibiu seu sorriso novamente. O mesmo sorriso que derrubava várias meninas de Hogwarts. – Eu acho que você devia falar com ele. Ou com ela. Você não tem nada a perder, afinal.

– Minha dignidade?

– Talvez isso. Mas quem se importa com dignidade quanto se tem um carinha gatíssimo como Scorpius Malfoy? – Ele deu um soquinho em meu ombro, se levantando da mesa. – Bom, eu tenho que ir nessa. Vejo você depois. E não se esqueça de falar com ele. Ou ela, você decide.

Com uma piscadela, ele se afastou. Fiquei sentada, ainda digerindo tudo o que ele falara.

– Rose Weasley? Oh, é uma honra te conhecer! Sabe, tenho ouvido muita coisa sobre você. – Natascha olhava para mim, de pé. Falava como se fôssemos amigas, o que definitivamente não éramos.

Longe disso.

– Oi. Sou eu. – Olhei para ela, quase com nojo. Um sorriso amarelo estava em meus lábios, e abaixei o livro que eu segurava.

– Prazer, eu sou Natascha. Natascha Rowle. – Estendeu sua mão, com um sorriso enorme no rosto. Eu sabia o jogo dela. Fingir ser minha melhor amiga, só por saber que eu estava com Scorpius. - Certo... É por meu pai ser um Comensal?

Ela parecia genuinamente magoada. “Boa atriz”, pensei. Seu rosto imediatamente se escureceu, como se isso acontecesse várias vezes.

– Eu vou indo. Eu esperava mais de você, honestamente. Me disseram que você era legal, sabe? A única que não me julgaria, assim como toda a sua família. Acho que estava errada. Até mais, Rose Weasley.

E se virou, caminhando até as portas. Sua atitude mudara, subitamente.

Não sabia exatamente o motivo, mas as palavras dela me atingiram. Eu nunca fora arrogante com ninguém, e essa era exatamente o tipo de atitude que eu odiaria em alguém. Minha família ganhara a fama e o dinheiro, mas sempre disseram a cada um de nós que não podíamos ser mesquinhas.

George, Bill, Ron, Gina, Charlie e Percy fizeram de tudo para cada um de nós nunca ser metido ou qualquer coisa do gênero. As coisas que ela me disse não apenas me ofenderam, mas me fizeram sentir como se eu estivesse empurrando todo o esforço de meus pais para o lado.

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– Uma festa? Por Merlin, onde? Todo mundo sabe que a Sala Precisa é tão clichê... – Disse, cética, quando James, Fred e Teddy abordaram a mim e Lily. – Não há mais nenhum lugar na escola inteira, e McGonagall ia surtar.

– Uau, uau, vamos com calma, pessimista. – James disse, com as mãos em sinal de desistência.

– E você não faz ideia do quão genial é a nossa ideia.

– Verdade. Nós somos gênios. – Teddy completou a frase de Fred, orgulhoso. – A Câmara Secreta.

– Vocês estão malucos! Merlin, o que vocês têm na cabeça? Qualquer um sabe que você tem que falar a língua das cobras pra entrar. – Lily exclamou, completamente boquiaberta.

– O Basilisco está morto, e a Câmara não foi destruída, até onde sabemos. Vamos, Lily! É esplêndido! Rose, quer dar uma mãozinha aqui? – James protestou. Pensando bem, era realmente uma ótima ideia, mas...Como eles fariam para entrar lá? Fora que era um tanto assustador para muita gente.

Aquele banheiro, aquele clima todo... Senti calafrios só de pensar. Mas não seria uma má coisa ter uma festa. Definitivamente não.

– Ron já brincou sobre como ele era culto por saber abrir a Câmara em um almoço. Por sorte, eu ouvi. – James se gabou, e com uma cara sombria, repetiu a série de sibilos ofídicos que ninguém entendeu.

– Cara, isso vai dar tão certo! – Teddy fez um high-five com os outros dois, e eu e Lily reviramos os olhos. Deixamos eles lá, e continuamos andando.

– E então, como vão as coisas com Malfoy?

– Conheci Natascha. Fui estúpida com ela, eu admito. Mas... Ah, deixe para lá. – Suspirei. Eu me sentia culpada, no fundo.

– Tente resolver isso na festa. Eles vão chamá-la, e você não vai deixar o ciúme te cegar dessa vez. E você vai falar com o Scorpius. E vamos resolver tudo. Certo?

– Certo....

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– Malfoy. Preciso te mostrar algo. – Puxei-o pela mão até os jardins, enquanto ele ria atrás de mim. – Venha, pare de fazer corpo mole.

– Você é quem manda, capitão.

Chegamos até o jardim, onde uma canoa nos aguardava na rocha de onde eu e Scorpius pulamos no Lago Negro. Ele me olhou, confuso, e entramos na navegação de madeira, que antes de ser transfigurada, era um toco de árvore.

– Então... Pode me dizer o que estamos fazendo aqui? – Ele perguntou, pegando um dos remos.

– Natascha ainda mexe com você? – Suspirei, falando sem rodeios.

Ele gargalhou, e eu o encarei, completamente confusa. O que havia de tão engraçado?

– Você realmente achou que eu gostaria de alguém como ela? – Assenti com a cabeça, ainda sem reação. – Rose, aquela menina já fez estrago o suficiente. Confesso que mudou bastante, mas perto de você, Rose...

Sorri, e senti meu corpo inteiro relaxar com o sorriso tímido que se formava no rosto do menino na minha frente. Não me sentia bem apenas pela palavra, mas por saber que eram verdadeiras. Eu conseguia ler suas emoções, e ele as minhas.

Acordei de meu transe quando deixei o remo cair no Lago.

– Droga! – Murmurei, assistindo o instrumento afundar até não ser mais visível.

Olhei para Scorpius, culpada, e subitamente nós dois caímos na gargalhada. Não tínhamos como voltar com um remo só, o qual ele simplesmente jogou no lago.

– Agora ele tem companhia lá em baixo. – Disse, entre risos. – E eu aqui em cima.

Me puxando contra seu peito, deitamos na canoa, olhando o céu azul acima de nós. A água estava perfeitamente calma, e as inclinações e oscilações que ela causava eram calmantes. Scorpius desenhava círculos com o dedo em meu braço, apoiando o queixo em minha cabeça.

Eu queria ficar ali para sempre.

– Eu te amo, Rose. Sempre amei, sempre amarei.

– Eu também te amo, Malfoy. Para sempre. – Sussurrei de volta.

Naquela canoa, não nos beijamos. Mas naquele silêncio, tivemos certeza do que já sabíamos há tempos.

– Quer que eu leia para você? – Murmurou em meu ouvido. – Vai demorar um pouco até voltarmos, então...

Assenti, e ele colocou o livro em nossa frente. Deitava em seu peito, eu não focalizava nas palavras em minha frente, mas em sua respiração em meus cabelos. No levantar de seu peito, e na pulsação que eu sentia. Nos desenhos formados em minha pele por suas mãos, que pareciam linhas de prata e ouro.

Ele me fazia sentir viva, como se cada sentido de meu corpo implorasse por ele. Meu paladar clamava pelo gosto de seus lábios, enquanto minha visão queria desesperadamente vê-lo. Minha audição, ouvir sua voz. Meu olfato, o cheiro de livros antigos e campinas que vinha dele. Por fim, cada célula do tato de meu corpo implorava para ter suas mãos esguias em mim, seus lábios nos meus.

Cada parte de meu corpo o amava. E o dele me amava também.

As palavras do livro pareciam mágicas, entoadas de maneira completamente diferente pela voz quase rouca de Scorpius.

Quando finalmente chegamos na margem, distante de onde havíamos partido, me lembrei da festa dos três.

O loiro me abraçou pela cintura, sorrindo conquistadoramente.

– Agora, estaria a fim de uma festa?

– Onde? – Ele ergueu uma sobrancelha, enquanto os únicos remanescentes no jardim nos olhavam rindo.

– Que tal na Câmara Secreta?

– Rose, você tirou o dia hoje para me surpreender. Agora sério, onde é a festa? – Riu, beijando minha testa.

– Na Câmara Secreta. Agora vem, vamos badalar aquela festinha! – Disse, como as garotas fúteis da escola. Rimos e corremos até o banheiro da Murta, onde Fred e Teddy recebiam todos e indicavam o caminho.

– Rose! Gat... Scorpius. – Eu sabia que Fred ia falar “Gato”, ou qualquer coisa do gênero dele, e logo encarei-o com um olhar que faria Molly Weasley orgulhosa. Malfoy me levantou uma sobrancelha, malicioso e curioso ao mesmo tempo. Rimos e entramos na festa.

– Divirtam-se sem moderação! – Gritaram os dois lá de cima.

A Câmara estava cheia de alunos, e a água se agitava com a música alta. A estátua de Salazar Sonserina estava iluminada, e o esqueleto do Basilisco ainda jazia ali. Acho que ninguém teve o trabalho de o remover dali.

Scorpius apertou minha mão, e soube que ele não estava exatamente bem onde se sentia à vontade. Peguei sua mão, e sorrindo, o levei para a pista de dança, organizada bem no centro do amplo espaço. Conduzi-o no ritmo da música, animando-o aos poucos.

– Vou pegar algo para comer. Ou beber, se esses três tiverem algo não alcoólico... – Gritei, acima da música, fazendo-o rir. Corri até uma mesa ali perto, vendo Natascha por ali.

Lembrei do conselho de Lily sobre ajustar todos os meus problemas e caminhei até ela.

– Natascha, oi! É.. Eu sinto muito sobre hoje de manhã, de verdade. – Gritei, enquanto ela me olhava de cima a baixo, cética.

– Isso é para te fazer sentir melhor consigo mesma, não? Eu prefiro andar com quem realmente me quer por perto. – Rancorosa e de queixo para cima, marchou para longe de mim.

Eu tentei, pelo menos.

Olhei para as pobres opções de comida, e o único copo, provavelmente usado, de bebida normal. Dei de ombros e voltei para meu namorado, que envolveu minha cinura com as mãos.

Beijamo-nos, trombando ocasionalmente em várias pessoas. Jamais me cansaria de como a sensação de estar com ele corria por todo o meu corpo. Os beijos de Scorpius na eram empurrões, ou cansativos. Eles tomavam conta de mim, completamente. Calmos, mas ao mesmo tempo desesperados. A melhor coisa que eu já sentira em toda a minha vida. As reclamações de todos em quem esbarrávamos não chegavam à minha orelha, apenas os suspiros e respirações de nós dois. Apesar de sem fôlego, eu não queria me afastar dele, como acontecia a cada vez que nos tocávamos.

Seria uma longa noite.


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Notas finais do capítulo

A ideia da festa na Câmara tava na minha cabeça há muuuito tempo, e fico feliz de ter realizado! Acalmem-se que ainda falta muita coisa para acontecer, afinal, a noite é uma criança!
Beijoooos,e não se esqueçam de deixar seu comentário, opinião ou sugestão aqui em baixo! Se achar que eu mereço, que tal uma recomendação ou um favorito? hahahaha Brinks, gente! Até o próximo cap!