As fantásticas crônicas de Sarah escrita por Helen


Capítulo 11
Crônica 11 - O Homem dos Olhos Brancos e Homiclofobia


Notas iniciais do capítulo

Yes, sir.
É o Herobrine.



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Arthur melhorava os traços a cada dia. Não fazia muito tempo que já estava desenhando figuras realísticas, que lhe forneceriam muito dinheiro se soubesse que podia vendê-las.

Uma figura surgiu em um tronco caído, com uma flauta na mão.

— "Yo, son of Slender." (Oi, filho do Slender)— disse o loiro.

— Yo, Ângelo. — Arthur olhou desanimado para ele.

— Falar inglês o tempo todo chega a ser irritante.

— Concordo. É agoniante.

— Então... o que está fazendo dessa vez?

— O mesmo de sempre.

— Você não se cansa de desenhar?

— É a única coisa que eu faço da minha vida. Não sou caçador que nem o meu pai e nem estou aprendendo nada como Sarah.

— A aprendiz de Slender?

— Sim.

— ... Você desenha muito ela.

— Eu sei.

— Não vai me dizer que gosta dela? — Ângelo deu uma risadinha.

— N-não! É que ela tem mais traços que o sem-rosto do meu pai.

— Não adianta tentar mentir pra mim. — Ângelo tocou algumas notas em sua flauta. — Eu conheço seus sonhos, lembra?

— Lembro. Mas eu também sei que você é filho da puta o suficiente pra brincar com eles.

— Não tenho o direito de me divertir?

— ...

— Qual é. Eu só sou dessa maneira com você por que eu não preciso obedecer a você, dorminhoco.

— E por que não é assim com Sarah?

— Sandman não deixa. Eu tenho que obedecê-la por questões de que ela é uma "desperta".

— Ela não sabe dessas suas "habilidades".

— Mas eu iria fazer mal a ela por quê? Ela é boazinha.

— ENTÃO POR QUE FAZ MAL A MIM?

— Tédio.

Arthur começou a perseguir Ângelo, que apenas ria, fugindo.

...

Slender conversava tranquilamente com um homem. Ele era moreno, alto, usava uma camisa cor turquesa e uma calça azul marinho. Seus olhos eram totalmente brancos.

— Acha que MINHA FLORESTA tem cara de acampamento escoteiro? — disse Slender.

— Acha que a MINHA CASA tem cara de acampamento escoteiro? — retrucou o homem.

— Eu não tenho tempo pra ficar cuidando das suas criaturinhas.

— Não chame Emily dessa maneira. Dê uma olhada pro SEU filho antes de falar essas coisas.

— E daí se Arthur não é o gênio "slêndico"? Ele continua sendo meu filho, com as mesmas habilidades, etc.

— Emily também tem a mesma coisa.

— Ela é uma peste.

— O seu filho é quase a mesma coisa.

— Como ousa!?

Eles iam começar a brigar, mas Sarah apareceu, de braços cruzados.

— Vocês ainda são crianças ou o que? Resolvam isso logo.

Slender suspirou.

— Certo. Eu vou acolher essa sua pirralha, Herobrine.

— Yeah! — Herobrine se virou para a floresta — Emily!

Uma garota da mesma idade de Sarah saiu da floresta. Ela era como uma versão feminina do pai, só que mais atrevida.

— É sério? — ela se aproximou do pai. — Você não poderia me mandar pra um lugar mais legal tipo uma praia? Sempre precisa ser uma floresta?

— Slender não é muito chegado a praias, como pode perceber. — riu Herobrine, sumindo na floresta. — Se comporte viu, Emily?

— Viu. — ela respondeu, dando um "tchauzinho".

— Então... o que eu vou fazer agora? — Slender pôs uma mão na cabeça. — Eu não sei lidar com...

— Eu cuido disso. — disse Sarah.

— Eu vou fazer o que eu quiser. — disse Emily.

Ela saiu correndo, e sumiu na floresta.

...

Era noite. A escuridão abraçava a floresta com suavidade, sem deixar que nem mesmo a própria lua pudesse iluminá-la.
O silêncio reinava da sua maneira costumeira, apenas sendo incomodado por rebeldes pios de gloriosas corujas, e alguns sons de outros animais.
Emily andava tranquilamente, sem medo da escuridão. Seus olhos completamente brancos irradiavam certa luz, o que melhorava sua visão.
Suas mãos estavam manchadas de um líquido vermelho, e ela sorria de um jeito sádico. A neblina seguia ela como se fosse uma serva, apenas esperando para agir.

— Eu quero... aquele lobo ali. — Emily apontou para um lobo que andava tranquilamente. — Traga-o pra mim.

A neblina se dissipou e surgiu ao redor do lobo, e o capturou, como se fosse uma rede. Então, a neblina o trouxe diretamente para Emily.

Ela acariciou a pobre criatura, que tremia de medo. Emily pegou uma curta espada que tinha, e começou a esfaqueá-lo. A cada vez que a faca entrava no corpo do animal, ela ria, e seus olhos brilhavam cada vez mais. Por fim, cortou a cabeça do animal.

— Eu gosto de pegar minhas vítimas de surpresa. Ainda mais quando elas estão prestando atenção em alguma coisa. — ela riu

...

A manhã trazia uma boa garoa. Sarah tomava banho em um dos lagos próximos ali, e unia sua frieza de alma com a congelante água dele. Finalmente, pôde lavar o rosto. Rapidamente vestiu suas roupas, e ficou admirando o lago.

Não havia visto Emily desde aquele momento em que ela havia sumido na floresta.

— Sarah, eu estava procurando por você. — disse uma voz.

— Você não é tão barulhenta quanto eu achava. — disse Sarah.

— Eu sei... — Emily se aproximava lentamente de Sarah, rindo sadicamente.

A arma de Emily brilhava com a luz do sol. Estava apontada diretamente para as costas de Sarah. Um silencioso minuto se passou lentamente. Os dois lados estavam receosos em se mexer.

Então Emily atacou. Sarah saltou, se desviando. Ela pousou em uma das pedras do lago. Emily perseguiu ela até uma das pedras, e foi quando Sarah começou a jogar pedras nela.

— Você realmente é muito fraca. — riu Emily. — Mal consegue se defender corpo a corpo.

Sarah procurou qualquer coisa afiada que havia por perto. O máximo que conseguia eram pedras. E mesmo assim, el atacava, com uma estranha motivação. Ela não podia usar a mão esquerda, então teria que usar sua mente.

Subiu em cima de uma árvore, e começou a amaldiçoa-la. Emily cortou a árvore no meio, e então Sarah usou seu peso para tentar atingir Emily com a árvore. Quase deu certo. Ela tentou isso outra vez, e apenas atingiu uma das pernas de Emily.

Sarah tentou metamorfosear sua mão em alguma coisa, mas não conseguia. Então tentou criar algo com sua áurea. No exato momento em que fez isso, seus braços foram cobertos de áurea, como se aumentassem. Do mesmo jeito com suas pernas, até que surgiram asas demoníacas em suas costas, e a áurea cobrir sua cabeça como um capacete.

Ela foi tomada por uma estranha coragem, e atacou Emily com as suas mãos, que se comportavam como uma armadura robótica.

Emily tentou cortar aquilo, mas a espada passou pela áurea do mesmo jeito que faz com a neblina. Os olhos brancos fitaram os castanhos de Sarah, e ela tentou paralisá-la. Fracassou miseravelmente.

Sarah a segurou com uma das mãos, e lançou ao chão. Sangue saiu do nariz de Emily, e então os olhos brancos pararam de brilhar tanto. O corvo surgiu no ombro de Sarah, e disse em bom tom de voz:

Segunda rival: vencida.

Lentamente, a áurea se desfez, voltando ao corpo de Sarah. Slender calmamente saiu de trás das árvores, vendo o trabalho que Sarah havia feito. Em silêncio, pegou o corpo no chão e calmamente o levou para a casa. Sarah o seguiu, cansada. Ela respirava com dificuldade. Tinha sido um esforço físico que não estava acostumada.

Quando Herobrine voltou para buscar a filha (nem louco ele iria deixar ela ali por mais tempo), Sarah aproveitou para perguntar porquê Emily era tão "violenta" de noite, sendo que de dia era tão brincalhona.

— É um distúrbio de personalidade. É bem normal quando se trata de filhos de criaturas. - respondeu Herobrine.

— Arthur tem esses probleminhas às vezes. — disse Slender.

— Não consigo imaginar ele com isso. — disse Sarah.

— Normal. — riu Herobrine. — É uma quebra de personalidade muito grande. Chega a ser um choque quando se vê.

Sarah se virou para a floresta, e então percebeu que Arthur estava esculpindo com a ajuda de uma árvore, sem cortá-la. Era um rosto. Se assemelhava a um demônio, mas era tão aterrorizador que causava arrepios.

— Aquilo é o que chamam de Pesadelo. — disse Herobrine, rindo. — Já me causou medo uma vez, mas hoje poderia brincar de quem pisca primeiro.

Sarah olhava para o terrível rosto, e se perguntava porquê Arthur o esculpia em um tronco. Era como se ele tentasse desesperadamente trancar seus problemas


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