Bob era um vampiro muito feliz, vivia noite afora bebendo sangue alegremente. Bob era olhado com surpresa por todas suas vitimas, não por ser pálido ou possuir presas e sim por seu estranho gosto por rosa.

Vampiros não deveriam usar roupas escuras?

Bob não se importava. Estava feliz se tivesse sangue e um caixão confortável para ele descansar. Bob estava muito feliz.

Os outros vampiros se perguntavam: “De onde surgiu tal criatura?”

Nem mesmo Bob sabia de onde tinha saído. Bob gostava de ser diferente, não ligava para que os outros vampiros diziam.

“Só falta usar cruz e andar no sol!” Diziam mais alguns de seus companheiros vampiros.

Bob não ligava, pois sabia que nunca chegaria perto de uma cruz ou da luz do sol.

Bob estava muito feliz, finalmente tinha sobrevivido para ver o século XXI.

Bob caminhava pelas ruas fascinado, a noite era linda e cheia de deliciosos aperitivos para livre escolha. Bob achava excitante todo o poder que vampiros ganharam no século XXI, Bob estava mais feliz do que nunca, agora as vitimas vinham a ele eufóricas para provar um pouco de um ser vampiresco, perigoso e misterioso.

Mas quando as poucas jovens chegaram até Bob nada aconteceu, onde estava a alucinação delas?

“Você bebe sangue?!”

“Você tem grandes presas!”

“Você é cor-de-rosa!”

“Você deveria se parecer com o Eduardo!”

“Você deveria brilhar!”

Era uma euforia irritante de se ouvir, era uma revolta ridícula de se ver e Bob não podia aguentar. No dia seguinte havia bebido o sangue das jovens revoltadas, não suportava mais vê-las reclamar. Bob não estava mais feliz. Bob detestava o século XXI.

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