Era um dia comum na vida de Lucius e sua humilde família. Ele era um simples padeiro que trabalhava com sua família em uma pequena vila que existia a leste do reino do rei Duncan 1º.

Lucius estava sentado em sua cama pensando em como iria pagar os impostos que o rei havia deixado para os habitantes da vila quando chega sua mulher e diz:

–Querido a lenha acabou–Disse Elizabeth esposa de Lucius

– Terei que ir buscar mais– Diz Lucius pegando sua bolsa de viagem e seu casaco.

– Não pretende ir na floresta outra vez? Diz Elizabeth levantando umas de suas sobrancelhas com uma expressão de duvida. – Não se lembra do que aconteceu na última vez?

– Sim, meu amor, eu lembro, porém fui pego de surpresa e nem imaginava que havia um urso em meu caminho – Respondeu Lucius abaixando o tom de voz. – Mas o que importa é que eu estou vivo, não é?

–Você poderia ter se ferido ou o pior– Diz Elizabeth preocupada com seu amado– Eu aconselho que você compre lenha aqui na vila mesmo é menos perigoso.

– Querida estamos passando por uma crise muito forte de dinheiro não podemos gastar com mais nada.

– Eu sei, mas nem imagino o que faria se algo acontecesse a você e além do mais, podem existir outras criaturas muito mais perigosas na floresta e você não sabe lutar e muito menos se defender– Disse Elizabeth debochando de seu marido.

–Ora pare com isso! Não se preocupe não vou muito além da trilha que fiz da ultima vez te juro que voltarei com vida.

– Está bem. Confio em você mas, tome cuidado­– Diz Elizabeth dando um abraço em seu marido.

– Voltarei amanhã bem cedo e não se preocupe – Diz Lucius pegando seu machado e partindo para a floresta.

Lucius caminha para fora da vila com um capuz em sua cabeça escondendo seu rosto para não ser pego pelos guardas do rei. Ele chega na tal floresta e começa a seguir sua trilha. No meio do caminho, escuta gritos de um homem vindo do interior da floresta. Ele fica assustado e começa apenas olhar em volta, preocupado e achando que seria algum animal que estava por perto. Lucius toma seu machado e começa a caminhar em direção aos gritos. O mesmo está tremendo e seu coração está acelerado. Devagar, continua caminhando e vai encontrando no chão, pedaços de roupas com manchas de sangue fresco. Lucius continua caminhando em silêncio para não chamar atenção de quem estava ali, e começa a olhar com rapidez para os lados, esperando encontrar alguém. Após alguns minutos de caminhada, Lucius olha para o lado e encontra o corpo de um homem que aparenta estar morto, caído no chão. Ele se aproxima do homem com a esperança de que esteja vivo.

– Acorde! – Grita Lucius sacodindo o homem.

Lucius vê uma pessoa muito baixa correndo para longe do local. Ela estava com uma capa preta e com um capuz tampando seu rosto. Não era possível discernir se era homem ou mulher mas, sem dúvidas, era o assassino do homem que estava caído no chão. Ele começa a escutar o barulho de um grupo de cavalos se aproximando do ambiente.

– Socorro! Ajudem-me! – Grita Lucius chamando a atenção de qualquer um que estivesse ali.

Para sua surpresa eram os guardas reais que receberam a notícia de que o braço direito do rei havia sido morto na floresta.

– Graças aos Deuses! – Disse Lucius meio aliviado e assustado ao mesmo tempo – Eu encontrei este homem caído aqui e...

– Calado assassino! – Grita um dos guardas apontando a espada para o rosto de Lucius que estava com as mãos encharcadas de sangue por causa dos ferimentos do homem que estava caído no chão.

– Assassino? Eu nunca matei ninguém eu juro pela minha vida, eu nem sei quem é este homem!– Diz Lucius desesperado

– Cale-se! Como ousa falar assim com seus superiores? Levem-no para o rei, não se esqueçam do corpo do mensageiro vamos precisar dele para provar que este homem é o verdadeiro assassino.

– Mensageiro? Assassino? – Pensa Lucius enquanto suas mão são amarradas.

– Coloquem ele no meu cavalo, o rei vai adorar a sua visita hahahaha – Diz o cavaleiro enquanto segura Lucius pelos cabelos.

Continua...