Two Kingdoms - One Family escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Hoii! Gente mil desculpas pela minha demora. O problema é que aconteceu uma coisa inusitada na minha vida. Provas. Muito triste, não? Eu sei. Mas aqui estou eu, na madrugada de quinta, me arriscando á ser pega pela minha mãe para escrever e postar o cap pra vocês.

Há, agora lembrei de uma coisa. Estou sentindo muita falta dos comentários de vocês. Eu sei que a fic está um pouco parada, mas nos dois últimos capítulos eu só recebi dois comentários em cada. Isso é muito chato, sabe, desanima a escrever ás vezes. Mas aqui estou eu, postando um cap mais longo do que o normal para ver se tem diferença.

Espero que gostem. E vejam as notas do fim do capítulo, vou falar umas coisas importantes lá.



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POV Katrina

Eu achava isso demais. Não consigo imaginar uma mente tão doentia ao ponto de fazer isso! As lágrimas tomaram conta de mim assim que adentrei o jardim e vi o que estava a minha frente. Ouvi passos pesados um pouco atrás de mim e percebi que era Ethan. Eu tentei impedi-lo, juro que tentei! Mas ele foi teimoso demais pra me ouvir. E assim que viu o que havia me deixado neste estado, caiu de joelhos no chão, com lágrimas silenciosas escorrendo de seus olhos.

Me aproximei dele e o abracei, chorando e soluçando de dó daquela menina. Julia, pelo que eu tinha ouvido. Ele me abraçou de volta e escondeu sua cabeça em meu ombro. Ouvi passos apressados atrás de nós, e pude perceber o olhar de horror e ódio de meu pai. Eu o compreendia. Ele chegou perto de nós e puxou Ethan para cima, dando-lhe um abraço logo em seguida.

– Acalme-se, meu filho. Tudo ficará bem. – disse meu pai, enquanto passava a mão pelos cabelos de Ethan.

– T...tão jovem. Ela não merecia isso, pai. Não merecia. – disse por fim, permitindo que as palavras escapassem de seus lábios.

– Temos que avisar as outras selecionadas, algumas talvez desistam, mas temos que avisá-las. E...temos que nos preocupar com o enterro dela também.

– Não há corpo. Só...a cabeça.

Eu estava no chão, engolindo meu choro pouco a pouco, observando tudo. A água não escorria mais, mas os soluços estavam recorrentes. Levantei finalmente e segurei no braço de Ethan. Ele tinha que descansar, esfriar a cabeça. Conheço meu irmão o suficiente para saber que ele deve estar se culpando neste exato momento, mesmo que o único culpado seja...tio Kota. Uma raiva que eu nunca havia sentido antes se apossou de mim. Mackenzie e Madison.

– Pai, vou levar Ethan até o quarto. Cuide de tudo para ele, sim? – pedi, segurando o braço de Ethan mais forte, o que o fez desfazer-se dos braços de nosso pai.

– É claro, filha. – disse.

Levei meu irmão a passos rápidos pelos corredores e vários lances de escadas. Acho que eu havia chorado mais do que ele, mas ele definitivamente estava pior do que eu. Abri a porta de seu quarto e coloquei-o sentado em um divã que ali estava. Sentei no chão á sua frente, olhando para sua face pálida e sombria que estava focada para seus pés.

– Ethan. – chamei-o.

– Foi culpa minha. Eu devia tê-la protegido. Não sei. Deveria ter feito alguma coisa. – disse amargamente.

– Não foi culpa sua! Você veio conosco, não tinha como ir onde ela estava na hora do atentado. Não cubra-se de culpa, por favor. Você sabe que isso é inútil agora. – insisti.

– Sei, mas...

Mas ele se perdeu em meio a suas palavras. Seu corpo estava aqui mas sua cabeça estava a quilômetros de distância. Toquei em seu braço e levantei-me. Deixei um beijo demorado em sua testa e sai de seu quarto, me sentindo a pior irmã do mundo por deixa-lo sozinho em um momento como esse. Mas eu sei que é o que ele quer, por mais que precise do contrário.

Meus pensamentos logo foram levados aos verdadeiros culpados. Um guarda passava no corredor neste instante e chamei-o para perto de mim.

– Pois não, Alteza?

– Quero vá aos quartos dos selecionados Mackenzie e Madison Singer. Acompanhe-os até o escritório do rei, sim?

– Sim, Alteza. – disse, fazendo uma reverência e partindo.

Andei apressada até o escritório de meu pai. Assim que adentrei-o, assustei ao ver meu pai ali.

– Achei que ainda estaria no jardim. – comentei.

– Não. Não quero ficar olhando para um assassinato sem poder julgar o assassino. – comentou, retirando o óculos que estava em seus olhos e olhando mais atentamente para mim.

– O que farão com a...cabeça?

– Já pedi para um grupo de guardas recolher aquilo e colocar dentro de um caixão pequeno. Eles realmente existem e acho que seria falta de respeito com a família colocar em outro lugar.

– Sim, seria. – respondi, um tanto vaga perdendo-me em meus pensamentos.

– No que está pensando? – perguntou, olhando desconfiado pra mim.

– Estou pensando se fosse uma de nós. Eu, mamãe, Amberly ou até mesmo tia Nicoletta. No que isso iria repercutir. – disse, com a mão em meu queixo.

– Eles não fariam isso. Seria muita ousadia assassinar alguém da realeza. Kota estaria nos convidando para uma guerra. – sibilou.

Assim que terminou de pronunciar suas palavras, quatro batidas na porta foram ouvidas e assim Mackenzie e Madison entraram no lugar. Eles estavam pálidos, até mesmo Madison para seus padrões.

– Pai, devia ter deixado aquilo no jardim para que eles vissem o que o pai deles teve a coragem de fazer. – disse, virando-me para os dois.

– Talvez. – concordou meu pai, a sua maneira.

– O que aconteceu? Por que estamos aqui? – perguntou Mackenzie.

– Uma selecionada foi assassinada. Sua cabeça estava espetada em uma vara no jardim. – disse pai. Notei que ele estava se segurando para manter a calma.

– Oh! – disse ela, colocando a mão na frente da boca, realmente aparentando estar chocada.

– Não temos nada haver com isso. Não sabemos de todos os planos de nosso pai. – disse Madison.

– Vou fingir que acredito, sim? – debochou meu pai.

– Acha que meu pai, do jeito calculista que é, nos contaria alguma coisa? Podemos ser seus únicos filhos mas ele definitivamente não confia em nós.

Fazia sentido. Tio Kota não parecia alguém de compartilhar abraços e amor com sua família.

– M...mil perdões. E...eu não sabia. Juro que se soubesse teria avisado.

– Por que faria isso? Por que trairia a confiança de seu pai? – perguntei.

– Porque ele traiu a minha vezes demais. E porque de semelhança com ele, eu tenho apenas os cabelos ruivos, porque o resto, não é nada parecido. – disse. Ela realmente parecia sincera. Ao menos parecia.

– Isso é tudo? Nos chamaram aqui só para isso? – questionou Madison.

– “Só” para isso? – disse meu pai. – Poderia ser sua irmã.

– Meu pai não faria isso. – defendeu.

– Não duvido de nada. – comentou meu pai. – Voltem para seus quartos, estão dispensados. – disse, terminando a conversa.

Eles saíram rapidamente, mas consegui ler seus rostos antes que fizesse. Mackenzie estava chocada, talvez até assustada. Mas Madison só tinha rancor em sua face. Nada além disso.

Meu pai bufou e relaxou um pouco em sua cadeira.

– Que situação. Acho que estou ficando velho. Não me lembro de coisas desses porte na minha Seleção. – comentou.

– Pai, a situação não estava tão feia á esse ponto. E também não envolvia toda nossa família. – disse, levantando-me.

– Acho que você tem razão. – disse, já perdido dentro de sua cabeça.

– Vou ver mamãe e Amberly. – comentei e sai, sabendo que ele nunca se lembraria do que eu disse.

Os corredores estavam todos destruídos. Pinturas e esculturas danificadas, paredes com escrituras estranhas e cortinas e tapetes rasgados. Um verdadeiro caos. Vários homens e mulheres trabalhavam em volta para tentar reparar os estragos, mas todos pareciam abalados demais ainda.

Assim que cheguei ao quarto de meus pais, minha mãe estava ao telefone. Não quis interromper, então fui para a estante de livros que havia no quarto. Meu pai sempre gostou muito de livros, mas depois que minha mãe e ele se casaram, a coleção teve um aumento significativo. Senti uma mão em meu ombro e assim que me virei minha mãe me abraçou.

– Mãe, você não viu o que eu vi. – sussurrei em seu ouvido.

– O que, querida? – sussurrou de volta.

– Uma selecionada. Assassinada.

Assim que pronunciei essas palavras ela nos afastou e olhou fundo nos meus olhos.

– O que? – perguntou descrente.

– A...cabeça dela estava fincada em uma vara no jardim. Mãe foi horrível! Ethan está muito abalado e eu ainda não acredito em meus olhos. – confessei.

– Minha filha, isso é...terrível. – disse. Ela me abraçou novamente e desta vez pude sentir lágrimas suas em meu ombro.

– Mãe...

– Não acredito...não acredito...não acredito... – ela dizia para si mesma.

– O que houve? – perguntei.

– Meu irmão. Nunca pensei que ele fosse tão...há. – desatou a chorar antes que pudesse terminar sua frase.

– E...eu estive pensando nisso. Conversei com Mackenzie e Madison. Eles alegaram não saber de nada.

– Não percebe? – ela perguntou, afastando-nos de novo e desta vez andando em círculos pelo quarto.

– O que?

– Pra ele isso é como um jogo...doentio. Se for eliminando os selecionados desta maneira, muitos irão desistir e se não desistirem, morrerão. E só restará...

– Os filhos dele. – completei sua fala.

Ela assentiu movimentando sua cabeça e por fim sentou-se no divã que estava em frente á cama.

– Querida, você...- disse meu pai adentrando o local, mas interrompeu suas palavras assim que viu o estado de minha mãe.

– Querido...- disse ela, com se implorasse por ele.

Ele correu até ela e a abraçou. Ela chorou mais ainda, mais até do que quando contei á ela. Enquanto ela chorava, eu estava horrorizada. Seria mesmo que meu tio, irmão de minha mãe, ser tão doentio ao ponto de pensar desta maneira? Sinceramente, eu espero que não. Acho que nunca mias confiaria em Madison ou Mackenzie se isso fosse confirmado.

– Filha...- chamou minha mãe.

Agachei no chão em sua e peguei em sua mão.

– Sim, mamãe.

– Sua tia, Kenna...

– O que houve com Kenna? – perguntou meu pai.

– Ela perdeu um bebê recentemente. – declarou. Meu pai ficou abismado, assim como eu.

– Como? – perguntei.

– Ainda não sei. O telefonema foi muito curto. Mas creio que logo descobrirei.

– O que quer dizer com isso? – perguntou meu pai.

– Convidei Kenna para passa uns dias aqui, junto com James e Astra.

– Tudo bem. – concordou meu pai.

– Eu pensei que...talvez ela entenda Kota melhor do que eu. Sempre foi Kenna e Kota, May e Gerard. Eu era uma ponte que unia os dois grupos, mas nunca tive uma lado só.

– Talvez sim, afinal eles eram os mais velhos.

– Tia Kenna? – perguntei.

– Sim, infelizmente vocês mal conhecem a minha família. Sua avó se recusa a vir aqui sem um convite formal, apesar de ela já ter feito isso algumas vezes. E as poucas vezes que seus tios vieram aqui você e seu irmão eram muito pequenos e acho que Malcolm nem tinha nascido ainda. Não me lembro direito. – disse.

– Bem, vou avisar a Ethan e Malcolm. Falo com Amberly depois.

Eles concordaram e eu saí deixando-os a sós. Muitas emoções para um dia só. Será que vai ser assim quando eu for rainha? Sinceramente, eu espero que não.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, primeiro, eu estou achando que o Maxon e a America estão muito de enfeite na fic.

To pensando em escrever uns POVs deles, quem sabe. E também estou sentindo um pouco falta das selecionadas, é que é tanta treta que as coitadas e coitados ficaram meio que para trás. Estou pensando em fazer alguns caps dos selecionados também, mas vejamos no futuro.

Ha. eu escrevi um conto recentemente. Se quiser vai lá dar uma lida e favoritar para divulgar melhor o conto. link: http://fanfiction.com.br/historia/599676/A_Forgotten_Birthday/

Espero que tenham gostado! Comentem pelo amor de qualquer coisa que vocês acreditem. Até o próximo!