Two Kingdoms - One Family escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hoiiii! Desculpe postar um pouquinho mais tarde, mas é que eu tinha 3 trabalhos escolares para fazer, fora que ainda tenho que estudar para prova de amanhã! Bem, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558637/chapter/2

POV Ethan

Eu só queria chegar a meu quarto. Apesar de não parecer, meus passos estavam acelerados e meus batimentos cardíacos também. Fui o primeiro a entrar no quarto, sem nem mesmo olhar para meus pais ou meus irmãos. Após passar pela porta a tranquei e me joguei na cama. Passei a mão nos cabelos. Há certo tempo eu tenho fingido estar bem e até feliz por minha Seleção, mas a verdade era que eu estava destruído por dentro. Depois de ver Adelaide partindo com aquele cara em direção a sua futura casa fez meu coração esfriar e endurecer como uma rocha. Eu tentei várias vezes pensar que poderia me apaixonar novamente durante minha Seleção, mas eu fiquei ANOS com Adelaide e teria apenas poucos meses para fazer isso novamente. Para mim era algo quase impossível. O pior era que quanto mais eu tentava me desvencilhar desse assunto mais ele importunava minha cabeça. Decidi tomar um banho frio para tentar dormir depois. Entrei no banheiro e comecei a despir-me. Depois de retirar minha blusa reparei em meus músculos definidos no espelho. Não eram tão brutos quanto os de meu pai, mas eram grandes suficientes para serem visíveis. Terminei de tirar toda minha roupa e a joguei no chão do banheiro. Entrei no chuveiro mesmo, não queria tomar um banho de banheira naquela hora. A água fria passava por meu corpo me fazendo cócegas. Molhei meu rosto, em uma tentativa inútil de acordar de um sonho ruim, mas infelizmente não era um sonho. Terminei meu banho, coloquei uma toalha em volta de minha cintura, recolhi minhas roupas e saí do banheiro. Coloquei as roupas em um cesto que iria para a lavanderia. Sequei-me e vesti apenas uma cueca e um short largo. Joguei-me na cama, sentindo-me mais leve, e adormeci. Quando acordei estava suando frio. Não me lembro de qual sonho tive, mas deve ter sido um bem ruim. Ao me levantar da cama notei que havia um lenço no chão perto da porta. Peguei o lenço e o cheirei. Era o perfume de minha mãe. Ela havia pegado a chave mestra e entrado em meu quarto. Bufei ao pensar nela invadindo o meu quarto. Caminhei calmamente até minha escrivaninha e finalmente notei a pasta amarela sobre minha mesa. Nela estava escrito “Selecionadas”. Suspirei e peguei a pasta. Ajeitei-me em minha cama e comecei a folhear as fichas das selecionadas. Devo dizer que muitas me chamaram atenção. Veronica, por seu cabelo multi colorido. Dorothy, por seu longo cabelo amarronzado. Mary, por seu sorriso que irradiava felicidade. Mas duas em especial me chamou mais atenção que as outras. Sophie. Seu sorriso parecia sincero, mas seu olhar estava triste. Eu me perguntava o que teria a deixado tão triste. Pelo menos teríamos algum assunto. E Mackenzie, a filha de meu tio Kota. Ela não sorria abertamente como as outras, era apenas uma curva de sua boca em seu rosto. Seus cabelos alaranjados como os de minha mãe pareciam dançar sobre seu ombro. Ela era uma garota muito bonita e me repreendi mentalmente por nunca ter notado. Eu apenas esperava que ela não fosse um completo fantoche. Suspirei novamente e fechei a pasta. Coloquei-a em cima de minha escrivaninha e dirigi-me ao meu closet. Vesti uma blusa casual e sapa tênis. Olhei o horário e notei que era hora do jantar. Eu não estava com fome, e sabia que minha irmã também não, então decidi ir até seu quarto. Destranquei o meu cautelosamente e bati duas vezes eu sua porta. Esse era o nosso toque secreto, apenas dois toques. Ela abriu cautelosamente e logo me puxou para dentro. Surpreendi-me com seu abraço apertado. Retribuí o gesto. Ela olhou para mim e começou a falar.

– Você viu as fichas?

– Sim, e você. – disse após um longo suspiro.

– Também. Alguma lhe chamou atenção?

– Bem...mais de uma para falar a verdade. Todas muito belas, muito distintas. Não sei como vou escolher apenas uma. E quanto a você?

– Apenas dois. Todos me parecerem muito...artificiais. – disse ela me fazendo soltar um riso fraco.

– Isso todos aparentam. Mas você deve tentar encontrar algo por trás do sorriso. Por trás do olhar. Deve tentar ver seu coração.

– Como? Isso é impossível por fotografia!

– Você é a gênia fotográfica irmãzinha. Deveria tentar entender.

– Não faz ideia do quanto estou tentando. – disse ela suspirando. Toquei em seu rosto e a fiz olhar para mim.

– Só quero que você escolha o melhor para você. O que você realmente ama e acha que merece seu coração.

– Lhe desejo o mesmo. Espero que você possa se apaixonar novamente. Que uma dessas meninas roube o coração de meu irmão. – disse ela me abraçando.

– Assim espero. – sussurrei para mim mesmo.

Assustamos-nos com o bater da porta. Katrina levantou o tom da voz e perguntou quem era. Só o que ouvimos foi uma voz doce e calma. Nossa mãe. Katrina abriu a porta e a deixou entrar. Cumprimentei-a com um sorriso e saí do quarto. Ao entrar no meu dei de cara com alguém de costas para mim.

– Não está com fome? – perguntou-me uma voz grossa, que eu conhecia muito bem.

– Não, pai. Acho que teria ido ao jantar se estivesse.

– Suas respostas verdadeiras. Não as utilize muito com as garotas. – disse ele finalmente virando-se a mim.

– Como? – perguntei meio brincalhão.

– Falo sério! Se você as usar, nem queira ver os estragos. – disse ele me fazendo rir por falar “ falo sério! “.

– Tudo bem, pai. Me dê todas as dicas que você puder. – ele sorriu e começou.

– Comecemos com o básico. Seja gentil e sincero com elas. Não tão sincero quanto é comigo, apenas as diga a verdade que elas podem saber. Não seja frio, a não ser que seja necessário. Seja caridoso, você doará boa parte de seu tempo para conhecer todas elas. E acima de tudo! Chame-as de “minha querida”.

Nesse momento ouvi uma gargalhada do lado de fora do quarto. Ao abrir a porta dei de cara com minha mãe chorando de tanto rir. Ela entrou em meu quarto e deu um tapa de brincadeira em meu pai.

– Maxon, você é um idiota. – ela disse entre os risos.

– O idiota que te ama.

– E o idiota que eu amo. – disse ela. Eles começaram a se aproximar e senti o clima no ar.

– Ei, vamos parar de melação no meu quarto? – disse. Dessa vez todos nós rimos.

Isso era bom de saber. Que sempre teria os conselhos de meu pai e as risadas de minha mãe.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero mais comentários hoje, em? Quero ver! Até amanhã! Bjs