Lullaby escrita por Lennarie


Capítulo 1
Pesadelos e Trovões.


Notas iniciais do capítulo

Oi. Olá. Hello. E aí? Como vocês estão? Tudo de boas?Eu estou decepcionada, pois essa fic estava bem melhor em minha mente. ;;Não consigo deixar o "drama" quando escrevo drama :'3 HEUHEU'Enfim, espero que gostem.



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Um grito estrangulado saiu deliberadamente de sua garganta ao acordar. Seu coração se encontrava completamente acelerado, seu corpo inteiro tremia, inclusive os lábios, inteiramente secos. A porta do pequeno quarto foi aberta de repente. Só pôde ter o conhecimento disso pelo barulho, afinal, tudo era um borrão em sua visão. Pareceu encontrar a “normalidade” ao sentir mãos frias entrarem em contato com a pele quente de seu pescoço. Seu coração bateu ainda mais acelerado, porém, feliz. Olhos castanhos preocupados que reconhecera pelo brilho em meio ao quarto escuro o fitavam e os lábios que já sabia que eram doces se movimentavam, mas ele pouco compreendia. Depois de um copo de água trazido por ela e repetidas caricias em suas costas que se acalmou.

— Jellal... – sua voz era tão doce, no entanto, pouco firme. Parecia ter pena dele por algo – Com o que sonhava?

Ele apenas sorriu fraca e tristemente. Não era algo novo. Tinha pesadelos todas as noites, alguns mais fortes, outros menos e alguns extremos como esse foi. Normalmente o choque demorava a passar, não tinha braços desesperados em ampará-lo como desta vez e por, segundo ela, uma passada no corredor.

Estavam em uma missão com um time da Fairy Tail a pedido de seu mestre. Depois do sufoco, acabaram ficando na casa do cliente e, graças a isso, ela estava ali o olhando esperando uma resposta.

Admirava-o que a mulher a sua frente não soubesse o que sua mente lhe transmitia, mas era melhor assim. Memórias de um passado não muito gentil, apenas isso. Ou talvez ela sabia e queria uma oportunidade de conversar sobre aquilo, mas ele não tinha vontade alguma.

Passou a mão pelos cabelos azuis, se sentia fatigado. Queria dormir, mas sabia que não seria capaz. Normalmente, apenas dizia para a pessoa que montava a guarda ir dormir e assumia até que o dia amanhecesse o que resultava em cansaço – que ele, obviamente, não demonstrava – o resto do dia e olheiras profundas. Até conseguia algumas vezes, mas voltava a ver imagens. Talvez escapasse para uma caminhada no meio das árvores por ali quando a mulher saísse.

— Pode ir dormir, Erza... – disse gentilmente – Obrigado por ser preocupar.

A mulher de cabelos escarlates sorriu, visivelmente cansada. A fraca luz que vinha da janela iluminava sua beleza. Nenhum defeito podia ser visto naquela pessoa por quem possuía sentimentos tão fortes.

— Você não parece bem. – ela subiu na cama, o que fez com que ele, obrigatoriamente, se afastasse – Vou ficar até você dormir, não estou com sono mesmo. – sua mentira foi perceptível.

— E-Erza... – sentiu-se corar e deu graças ao escuro por ocultar isso.

— Venha logo. – Erza o puxou fazendo com que deitasse sobre ela.

Confortou-se como pôde, já que era segurado e mantinha o rosto pressionado nos fartos seios que a bela moça possuía. Se Erza achava que ele poderia dormir com aquilo, ela estava enganada.

Sentiu o peso da mão dela em sua cabeça. Em seguida, os dedos se movimentarem, acariciando, enrolando e penteando seus cabelos. A outra mão da Titânia alternava entre suas costas, pescoço e ombros, numa massagem que fez seu corpo relaxar.

— Você não precisa escutá-los... – ela começou – Você não precisa se importar com eles... Apenas...

A voz melodiosa chegou a seus ouvidos lentamente, de início, sussurrante e trêmula, mas foi se transformando em algo ainda mais atraente, penetrante... Pareceu ter deixado tranquilo o ambiente, feito para dois. Nem pela letra que era um tanto infantil, mas agradável. O dom era dela. Até mesmo os barulhos noturnos se mostraram cessados para ouvi-la...

Alcançando o sono, seus lábios tocaram algo quente e macio. Dormira como nunca...

Olhava para o lado vazio de sua cama. O lençol perfeitamente arrumado, o travesseiro com o cheiro do xampu que ela usava. Passava a mão por ali devagar como em todas as noites solitárias. Como os cabelos escarlates nos quais afundava o rosto faziam falta. A chuva forte e os barulhos extremamente altos de trovões não ajudavam. Apenas lhe trazia de volta os momentos que um casal totalmente apaixonado tivera durante esses tempos.

Fechou os olhos. Era naquele sentimento que iria dormir, o que era normal em suas noites. Levava tempo, mas o sono chegava. Quando sentiu o sono próximo, o colchão afundou ao lado onde a pessoa que amara costumava deitar.

Descerrou-os vendo um par de olhos verde mel lhe fitando atentamente. Ao perceber seus olhos abertos, abaixou-se escapando de sua vista. Ele suspirou e se apoiou em um braço.

— Clove! – chamou severamente.

Foi surgindo lentamente de novo: o topetinho, a franjinha escarlate cobrindo a testa e os brilhantes olhos que não pareciam nada felizes. Seu cenho estrava franzido, mas a pequena criatura tremia.

— O-os relâmpagos ficam iluminando o-o meu quarto... – a voz fina saiu trêmula. Era incrível como ela já falava bem.

— Iluminando, é? – sorriu de canto sabendo que a pequena mentia e tinha muito medo deles na verdade. Um estrondo veio em seguida fazendo-a correr novamente para baixo da cama.

— Deite aqui. – disse batendo ao lado, onde ela costumava dormir.

A garotinha não hesitou em se enfiar debaixo dos cobertores, mas ainda tremelicava.

— Pa-papai... – os olhinhos que tentavam ser duros o tempo inteiro estavam agora cheios de água.

Ele acolheu a criatura miúda em seus braços acariciando seus cabelos. Fazia para que ela ficasse quietinha, mas ainda se ouvia murmúrios. Era parecida em tudo com sua falecida mãe.

Aquele presente que lhe fora dado em troca da vida da mulher que tanto amava era a coisa mais importante em sua insignificante vida. Tinha que protegê-la com tudo o que era possível, até dos raios que não os atingiriam.

Lembranças e mais lembranças vinham em sua mente quando pensava aquilo. De como ele era o refúgio de Erza e ela era o dele nos mais velhos tempos. Da música que ela cantava quando seus pesadelos lhe perturbavam, a letra tão boba que acalmava sua mente.

— Você não precisa escutá-los... – disse calmamente olhando nos olhinhos que agora, além de medrosos, se mostravam confusos – Não precisa se importar com eles... Apenas... – ele limpou a garganta já fechada pela tristeza que as lembranças traziam e respirou fundo.

Feche esses tristes olhos mel

E imagine o céu

Um estrelado céu

Onde não há crueldade

Alcançaremos a liberdade

E, finalmente, a felicidade ao despertar.

Deite aqui, no leito macio

Lembre-se do zeloso sorriso,

Ao fechar seus olhinhos

E imaginar o céu

Um estrelado céu

A música se vai...

E ainda haverá lá, uma mão cuidadosa para acariciar

Uma estrela especial

Que vai, por você olhar...

Assim que você fechar os olhos

E imaginar o céu

Um estrelado céu

Antes que notasse, a pequena de cabelos avermelhados já estava adormecida em seus braços. Lágrimas ainda saíam de seus olhos. Havia trazido de volta a lembrança de sua mãe, por quem ela sempre perguntava quando pouco mais nova. “Onde a mamãe está?”, ele sempre dizia que ela estava em um lugar calmo, e que cuidaria dela. A pequena sorria feliz, mas agora sabia o que significava.

E não era nenhuma mentira. Sabia que Erza estava ali, do jeito que era, jamais o abandonaria, nem à sua filha, a quem amou e cuidou tanto durante a gestação. Tinha certeza que para ela era uma dádiva ter dado a vida por sua menininha.

Secou a lágrima de Clove com o dedo e ficou ali a murmurar a música até que o encanto da garotinha que lembrava tanto sua mãe o fizesse também pegar no sono.


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Notas finais do capítulo

Erza? Erza is dead :v SEEEI que Clove não é um nome tipo "UHUUUL", mas foi o que pensei na hora :v Venk Jelly, eu te ajudo com seus pesadelos :''3 ah, nenenzinho (HEUHEUHEUHEUEHUEHUHEUHEUEHUEHUEHUEHEUHEUEH parei)
Não sou muito de escrever essas fic de parents, mas... ;; Jerza precisa se ajeitar no presente ainda. Filhos later. (Mas transar está tudo bem q)
Espero reviews :3 Kissus!