30-dias (HIATUS) escrita por ApenasUmaSoNhadora


Capítulo 13
Nono dia- Meu segundo inferno parte 1.


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEEEEEEEEEEE PRESTEM ATENÇÃO AMORES DA MINHA VIDA! Sim!!! Eu adicionei como categoria Amor doce, usarei os personagens do mesmo! Gosto muito desse jogo... E como achei que faltaria personagens para a fanfic, achei interessante adicionar essa categoria para ela (espero que todos conheçam o jogo, mas não será muito necessário). Espero que apreciem essa mudança, mais um capítulo ai!! Boa leitura fofas(os) :D



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—Eu, você, dois filhos e um cachorro!

Cantava. Nunca me senti mais feliz em toda minha vida, sabia que parecia boba com tudo aquilo, mas o que me importava naquele momento era minha felicidade.

Eu estava á caminho da escola, ao meu lado, me acompanhava minhas amigas de sempre, não sabia o que seria sem elas. Sim, eu era tímida, mas sabia que perto delas poderia ser quem quisesse.

—Não vai me contar mesmo o que aconteceu?

Marina implorava em quanto se divertia com a minha alegria, era raro ela me ver assim.

—É Mô, conta pra gente.

Magali apoiava, sorrindo de canto. Talvez ela soubesse que era por causa de um garoto, ela me conhecia como ninguém.

—Não. Vou. Dizer.

Provoquei falando pausadamente.

Minha vontade era de contar tudo para elas, mas me faria de difícil por principio, para depois ver se ganhava alguma coisa com aquilo, talvez algum segredo em troca.

—Como você é má! Vamos contar para todos que está felizona hoje.

Chantageou, Marina, fazendo uma cara de espertinha. Ah, mas ela me pagava qualquer dia.

Não gostava que ninguém além de meus amigos – que são poucos - soubessem da minha vida, e do jeito que ela era, contaria para Denise que espalharia uma fofoca imensa de que eu provavelmente estaria namorando.

Marina não falava aquilo por mal, apenas queria saber o motivo de minha felicidade e compartilhá-la comigo. Ela era umas das minhas melhores amigas.

—Está bem... Você venceu.

Rendi-me completamente contrariada, mas lá no fundo eu estava com uma vontade imensa de desabafar tudo para elas.

—É isso ai!

Magali comemorou, adorava um babado novo.

Marina agora se encontrava conversando com o Franja no celular, em segredo, mantinha uma grande inveja do namoro dos dois, era puro amor e fidelidade.

Deixei-me perder em pensamentos, até me virar para respondê-la.

—Dei meu primeiro beijo.

Sussurrei com a voz tão falha, que mal deu para perceber que eu estava falando, a não ser pelo movimento de meus lábios.

—O que?

Exclamou. Não havia entendido, imaginava isso.

—Meu primeiro beijo!

Disse com o tom um pouco mais alto, mas mesmo assim Magali pareceu não ter entendido.

—BEIJO!

Acabei gritando, por isso todos que estavam no local prestaram atenção em mim, até Marina que até agora estava no maior romance. Senti uma vergonha incalculável, e um formigamento por todo corpo, acontecia isso quando estava nervosa.

—Não acredito!

Exclamou completamente aturdida, mas eu apenas concordava com a cabeça.

Ela tapou a boca com as mãos, desacreditada, cheguei até a pensar que não acreditava em meu potencial, ou em meu charme, por assim dizer.

—Está me achando com cara de tribufu Maga?

Perguntei me fingindo de ofendida. Olhava para ela com cara de poucos amigos.

—Depois você me conta mais sobre isso.

Ela praticamente deu uma ordem.

—Detalhes.

Claro, adorava uns detalhes picantes.

A escola estava á poucos metros dali, então continuamos o caminho em silêncio, apenas ouvindo o som meloso da voz de Marina no celular, tão fofos juntos.

—Que bafão, amiga!

Exclamou após terminar sua ligação, voltei a me lembrar do acontecido. Constrangedor...

—Quieta! Denise está vindo ai.

Alertou Magali, que começou a assobiar como se não soubesse de nada, ela e esse jeito horrível de disfarçar, ai que Denise desconfiaria mesmo.

A fofoqueira chegava toda serelepe, pronta para contar o que quer que seja.

—Vocês estão ai fofiz! Tenho um babado mega incrível para tirar da gaveta!

Contava, sua alegria era até tocante.

Antes de contar o que desejava, olhou para mim com um ar de superioridade, não sei o que eu tinha, mas ela não gostava muito de mim.

—Aquele carinha do segundo ano, sabe aquele gato?

Suspirava praticamente corações em quanto dizia, mesmo sabendo que o coitado do Xaveco gostava muito dela.

—Sei.

Marina concordou, mas não parecia muito afim do papo, era uma das raras vezes em que via ela com semblante de desdém.

Magali apenas passou uma rápida troca de olhares para um canto da entrada da escola, iria querer saber mais sobre aquilo depois, ela não me escaparia.

—Ele quer me pegar! Chama os bombeiros!

Exclamou extasiada, como sempre.

—Quem não quer pegar você, não é, Denise.

Pareci uma cobra venenosa, pelo menos eu sabia qual era minha intenção, sim, era de querer dizer que ela era praticamente uma vadia.

A garota pareceu perceber a indireta, pois fez uma cara que chegou a gelar minha espinha, droga, deveria ter ficado quieta, ela quer e VAI se vingar.

—Não abra a boca na hora errada amiga.

Repreendeu Magali, sussurrando em meu ouvido.

—Bem, agora eu vou indo, há certas mongas no local.

Terminou falando com uma provocação, virou de costas e foi embora rebolando, chamando atenção onde quer que passava.

Denise sabia que aquilo me machucava - e muito – e aquilo me tocou de uma maneira cruel, senti meu rosto arder, mas consegui segurar as lágrimas. A verdade é que eu era meio desligada, ou lerda, como muitos dizem, e falar sobre aquilo remexia no meu passado.

Eu realmente não era daquele jeito, não nasci assim, mas com as conseqüências, acabei vindo a tomar remédios fortíssimos que acabaram totalmente com a minha mente. Há algum tempo atrás, eu praticamente parecia não estar nesse mundo, quem via não sabia se estava viva ou morta.

Por isso era assim, lerda e atrasada, mas já estava me recuperando, e digo isso graças a Deus.

Senti-me um pouco melhor, mas percebi que Marina balançava suas mãos em frente de minha face, é, mas uma vez eu estava literalmente boiando.

—Mais uma vez Mô? Não pode ligar para o que ela diz.

Magali repreendeu.

—Você deixa as pessoas te destruírem, não pode isso.

A pintora apenas completou. Ela sabia ser sábia quando queria, mas agora me irritou com aquele “não pode isso”, eu simplesmente não tinha opção, isso que elas não entendiam.

Na verdade tinha, mas não conseguia encaixá-la em minha cabeça dura.

Logo ouvimos o barulho do sinal, havia dado o horário, ás sete e ponto teríamos que entrar na sala e se não entrássemos, viria o Licurgo atrás de nós.

—Deveriam saber, senhoritas, que antes de bater o sinal já deveriam estar nas salas.

Advertiu o homem, quase como uma previsão minha.

Ele havia brotado do nada e tanto eu como as meninas, nos assustamos e demos um passo para trás, sabíamos que usava drogas e por isso muitas vezes era louco e totalmente fora do cabo. Era um professor da escola, dava aula de história e por isso nunca me dava bem na matéria.

—P...Perdão.

Magali pronunciou, gaguejando, por medo de qualquer reação do mesmo.

—ANDEM.

Gritou agressivo, como uma ordem final. Ele também era muito estressado e neurótico.

Foi quase como automático e já estávamos dentro da sala, ás vezes o medo nos deixa até rápidos... Bem mais rápidos.

O cenário era quase o mesmo de sempre, os rapazes bagunçavam entre si no fundo, as meninas populares fofocavam entre si, e nós, as mais fechadas, fomos em direção ao nosso próprio grupinho. Mas nada de um professor na sala.

Entre nós também havia Keiko e Dorinha, ambas com um sorriso amigável.

—O que fazem meninas?

Perguntou Violette, chegando de mansinho como sempre.

—Por em quanto nada.

Respondi tediosa. Minha cara era de pura preguiça, quando estava assim, sentia uma onda horrível dentro de mim, parece que tudo que era ruim tinha esse efeito sobre mim. Tinha que fazer algo logo.

Sentamos-nos cada uma em seu lugar, nós ficávamos sentadas perto uma da outra, para quem sabe na aula poder ter a chance de ter uma conversinha ou descontração, mas com os garotos bagunçando no fundo, os professores mal notavam nosso pequeno barulho.

As meninas começaram a anotar algo no caderno, e eu como sempre nem notei que tinha algo importante para se anotar, então apenas fiquei perdida em pensamentos, até perceber a garota que agora entrava de penetra na classe.

—Rosa? O que faz aqui? Você é do terceiro ano mulher.

Dizia surpresa em quanto observava a albina vir até mim.

As garotas nem perceberam a presença dela, depois perguntaria o que tinha de tão importante para anotar.

—Não posso nem dar uma passadinha para ver minhas amigas?

Pareceu ofensivo a maneira como falou, mas sabia que estava brincando, acabando por rir em seguir.

—Hey, gênias.

Terminou chamando-as com tom de sarcasmo.

—Não enche.

Aquela era Magali, agora agressiva.

Não sabia o que estava acontecendo com minha melhor amiga, de uns tempos para cá ela praticamente havia se transformado, parecia que era até bipolar. Muitas vezes acabava me machucando, e quando perguntava o que ela tinha, apenas respondia que não era da minha conta.

Definitivamente Magali nunca foi assim. Olhei para ela com cara de desacreditada, até com Rosalia que sempre foi tão simpática e gentil, teria aquele temperamento?

Sentia vontade de conversar com ela, perguntar por que estava sendo rude daquele jeito, mas uma verdade que poucos sabiam: eu tinha medo dela. Tinha medo de todo mundo.

_Nossa, desculpa ai. – Rosa devolveu em tom de deboche, mas no fundo nem se importou, tinha um gênio maravilhoso e não se deixava atingir tão fácil com palavras.

Eu apenas observava a cena. Magali estava com um semblante tão carregado e pesado, e com um olhar tão duro na direção de Rosalia, que jurava que ali aconteceria uma briga feia, mas ao contrário do que pensei, não aconteceu.

Na verdade minha melhor amiga estava a um passo de ferir e feio a albina, que para ela andou a enchendo muito nos últimos tempos.

De repente começou um tumulto ao redor das duas, e tudo que se escutava era vários e vários gritos proclamando uma briga ali. Não queria nem ver.

Não sabia o que aconteceu, mas apenas senti um impacto repentino em minha nuca, e logo desabei no chão, apagada.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Até a próxima, desculpem pela demora ;*



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