OST

14 anos antes...

Xin Zhao cravou a lança no chão, entre as botas, enquanto observava os soldados treinando com arque-flechas perto dali. Ele observou o sol em um ponto um pouco mais alto que antes; calculou que já não deveria faltar muito para as nove horas. Afastou-se da pedra que estava sentado e caminhou para uma extensão de grama relativamente plana onde estavam dois garotos de aproximadamente 15 anos. Um deles, Jarvan filho do rei, pegou a lança de madeira, assumindo a primeira posição de combate que Xin Zhao lhe ensinara. Ele Inspirou lentamente.

– Garen, coloque mais força nesse golpe! - Instruiu ele se virando para outro jovem do lado de Jarvan

Garen logo à frente, brandiu a espada de madeira em torno da cabeça com uma breve e sonora exclamação, desferindo um golpe descendente como se estivesse mentalmente cortando um inimigo imaginário ao meio. Ele aparou o golpe a menos de cinco centímetros do chão.

Jarvan voltou a inspirar e saltou para frente, golpeando o ar como se este fosse um inimigo mortal. Praticou, um por um, todos os movimentos básicos que Xin ensinou. Concentrando-se mais na precisão do que força. Xin Zhao observou tudo com atenção, analisando todos os movimentos deles. Satisfeito, ordenou:

– Posicionem-se vamos começar o combate.

Os dois garotos assentiram

– já sabem o que fazer

Os dois colocaram-se em posições opostas, fizeram uma cortesia e ergueram as armas de madeira. Eles trocaram olhares. Jarvan avançou rapidamente para atingir o ombro direito. Garen demorou muito tempo para aparar o golpe. Um choque percorreu-lhe o braço quando sentiu a ponta da lança bater em seu ombro. Ele caiu sentado. Se levantou bem a tempo de ser atingido por outro impacto que fez com que o atirasse novamente ao chão. Garen gemeu, ao cair de costas e ficou olhando para o céu.

Xin Falou com autoridade

– Demorou muito Garen! - Repreendeu ele - Tem que aprender a observar, estudar o seu adversário. Com isso, se antecipar ao seus ataques. NOVAMENTE!

Garen voltou a se levantar lentamente, usando as mãos e a espada como apoio. Os dois se colocaram na posição anterior. Por um tempo, eles se olharam, Jarvan se projetou novamente para frente em uma ofensiva frontal. Desta vez Garen se antecipou prevendo o ataque. Ele aparou para o lado a lança de madeira com sua espada. Se aproveitando da oportunidade, lhe desferiu uma serie de golpes numa rápida sucessão. Desta vez foi Jarvan que foi atirado ao chão.

– Não devia deixá-lo te atingir tantas vezes! - Repreendeu Xin

Para os garotos a voz dele parecia experiente, insondável e disciplinada.

– Vocês não devem passar tanto tempo lutando, apenas com a força. Vocês ignoram pontos importantes. A luta não é ganha só por velocidade e força. Não é só a espada na mão do inimigo que mais devem temer, mas também a mente deles. Analise se antecipem aos movimentos de seus oponentes. Usem o terreno ao seu favor.

Xin Zhao riu logo em seguida. Ele sabia que ambos eram jovens e tinham o infantil sonho de querer ser o melhor espadachim. O melhor do mundo.

– Meus jovens - Disse ele por fim - Vocês ainda não dominam os seus pensamentos e seus sentimentos. Deixam-se levar pelo calor da batalha e também terão que aprender a dominar isso. Nenhuma destas aptidões: mentais ou físicas, vale muito isolada. A mente e o seu corpo devem estar equilibrados. O corpo é uma extensão da mente e o contrário também é válido.

Os meninos assentiram.

– Assumam as posições anteriores - Ordenou ele.

Os dois se separam, afastando-se em direções opostas. Pelas ordens e os olhos atentos de Xin Zhao, os dois lutaram e lutaram sendo repreendidos e disciplinados. O sol já havia passado do ponto mais alto. Os soldados que antes treinavam já haviam deixado o local, apenas Xin Zhao, Garen e Jarvan permaneciam. Jarvan atacou, mas o golpe o desequilibrou, fazendo-o cair sobre o joelho. Por um tempo ficou ali, respirando pesadamente. Garen estava sem fôlego.

– Mais uma vez! - Ordenou Xin

Voltaram a lutar até que ficaram ambos tão cansados que nenhum conseguiu prosseguir. Ofegantes, com o suor escorrendo pelo rosto.

– Mais uma vez - Disse Xin

Garen fez uma careta ao se levantar. Jarvan se esforçou para ignorar os protestos do seu corpo dorido. Xin forçou-os a lutar mais quatro vezes. Cada duelo era mais breve que o anterior, no fim sempre dava num empate. No final do último, estavam ambos tão cansados que se deixaram cair no chão e ficaram deitados lado a lado, ofegantes. Xin pretendia com isso: ensinar a ambos a manterem concentrados mesmo quando o corpo reclamava por descanso.

– Por hoje já basta! - Disse ele por fim

Garen foi o primeiro a se recuperar o suficiente para se levantar e andar. Ele se dirigiu até onde estava Jarvan estendendo a mão.

– Boa luta cara! Mas você sabia que eu poderia derrotar você em todas elas - Disse Garen com deboche

Jarvan riu

– Nem em sonhos! - Revidou ele - Terminou empate hoje.

Garen riu

– Até hoje eu venci 45 e você 44, estou ganhando!

Garen estendeu a mão

– Amigos?

Jarvan segurou com firmeza a mão dele

– Os melhores!

Garen puxou-o até que estivesse em pé

– Amigos não! - Riu ele - Irmãos!

Jarvan assentiu

– Irmãos!

OST

Duas semanas antes, Fronteira de Demacia, segunda, 14:45 PM...

Garen foi acordado da imersão de pensamentos. O passado sempre lhe vinha à mente, como um filme em reprise, repassando antigas memórias, boas e ruins. Ele agora estava com a pessoa que tinha invadido seu recinto.

— O que você está disposto a sacrificar? Está disposto a trair Demacia?

A palavra trair percorreu cada centímetro de seu corpo abalando o seu ser. Trair Demacia era algo impensável. Seu orgulho e seu amor a sua nação eram absolutos.

– Diga-me, o que você esta disposto a sacrificar? - Disse ela novamente

Garen enrijeceu o seu semblante

– Sacrificar?

Katarina sorriu

– Irei falar com Jarvan e persuadi-lo e você vai me ajudar.

Garen hesitou, tentando imaginar onde ela queria chegar.

– Convencer Jarvan? - Perguntou em fim desistindo - Porque ele escutaria uma noxiana?

Katarina sorriu e relaxou os ombros.

– Deixe-me contar algo - Disse ela balançando o dedo indicador - Meu pai sempre gostou de cavalos e uma vez quando eu era pequena. Ele se afeiçoou por um certo cavalo de uma fazenda. Um animal incrível. Mas certamente o fazendeiro, que era um homem rico e político importante em Noxus, não iria vender um de seus animais premiados.

Katarina se levantou sem desviar o olhar

– Meu pai se deparou com um problema, como convencê-lo? Como chegar em sua porta no meio da noite e dizer: "Eu quero aquele cavalo."

Os lábios dela se curvaram maliciosamente. Seus olhos eclipsados, fitavam Garen com sensualidade. Ela caminhou até ele e sua cintura capturava a sua atenção. Ele olhava o seu corpo com os olhos concentrados como se não houvesse mais nada no mundo para se ver. Mordendo os lábios inferiores, ela sentou-se sobre ele. Mesmo que os olhos dele ainda estivessem concentrados nas palavras. Suas mãos percorreram as curvas das costas dela, massageando cada detalhe de seu corpo. Ele tinha consciência da sensação prazerosa das coxas dela sobre suas intimidades.

– Simples, homens ricos como esse fazendeiro - Disse ela passando a mão sobre o peito dele - só abririam suas portas para homens tão ricos como ele. Então, meu pai foi a sua fazenda, com um proposta estupidamente alta de comprar-la apenas para ser ouvido. Por fim, esse fazendeiro abriu a porta para ele.

Ela sentiu uma reação prazerosa ao toque dele. Ficou quase sem fôlego. Visto de perto, ele era irresistível. Ferozmente masculino e terrivelmente tentador.

– No final das contas - Continuou ela - Meu pai não comprou a fazenda, mas o cavalo que queria. Sabe por que ele escutou o meu pai? Porque ele deu uma grande proposta para ser ouvido... Ele foi - Ela agora mastigou cada palavra no ouvido dele -... Tentador.

– Basicamente - Garen puxou-a com força pelas nádegas mais para junto dele e uma pequena excitação correu pelo rosto de Katarina. Ele observou o corpo dela com um olhar intenso. - O que está me dizendo, é te levar para Demacia com algo grande para fazer o rei te escutar.

Suas intimidades estavam se umedecendo. Qualquer mulher teria se rendido. Não havia nada naquele corpo que denunciasse algo de mal feito. Dos ombros largos e os bíceps delineados e nodosos, até as feições masculinas milimetricamente esculpidas do rosto.

– Isso - Disse ela por fim - Eu serei o presente.

Garen a soltou

– O quê?

– Você irá me levar como prisioneira, a arma mais letal de Noxus, dizendo que eu sei uma grande informação. Algo indispensável, o rei vai me ouvir. Logicamente ele vai me levar para prisão e preparar a execução nos dias seguintes.

– Então, eu terei que ajudar você a fugir nesse tempo?

– Por isso que perguntei, O que você está disposto a sacrificar. Como todo o plano, se algo dê errado, você estará disposto a sacrificar o seu orgulho, o seu nome?

Garen nada disse, mas mostrou a sua concordância em ações. Ele a puxou para si, arrancando a sua jaqueta enquanto sentia o cheiro de sua pele. Katarina deixou-se levar revirando os olhos e mordendo os lábios dele. Com as mãos ela afundou nos sedosos cabelos de Garen, enquanto esse sentia a firmeza de seus seios.

A noxiana Respirou fundo com a visão daquele homem montando sobre ela. Os quadris dele forçando-a a abrir as pernas. Ele a beijou na boca, a língua esfregando com movimentos certos. Levantou-se um pouco para mudar o ângulo pelo qual poderia ver e admirar todo o corpo dela. Garen sussurrou em seu ouvido, sobre ela, como era linda e como a desejava. Isso só a deixou mais louca ainda.

A ansiedade era tanta, que Garen mal conseguia pensar. Ele parou por um segundo, e então levantou a mão se inclinando e mordendo os seus seios agora expostos. A aprovação de tal ação vinha com gemidos de prazer. Katarina observou a cabeça dele se movendo e seus lábios deslizando sobre o corpo dela. Ele queria mais. Era impossível possuí-la de todas as maneiras ao mesmo tempo, mas isso não impediria de imaginar e exercer várias posições que poderia possuí-la.

Gemeram com o encaixe. Eles deixaram-se levar pelo ritmo. Foi forte no início. Movimentos bruscos, para dentro e para fora. Indo um pouco mais fundo a cada empurrão. Katarina sentia-se sendo preenchida e queimada por dentro, cada centímetro de sua feminilidade sendo explorada ao êxtase. Ela enroscou as pernas sobre ele, trazendo-o mais para dentro dela, enquanto ela arranhava as largas costas dele com as suas unhas. Garen aumentou o ritmo. Katarina gritava em silêncio.

O demaciano a puxou mais para si, forçando e aumentando o ritmo. Se tornando mais bruto. Sentia sua masculinidade pulsar enquanto explorava o interior dela com o seu membro pulsante. Mas ele desejava mais. Garen enroscou as mãos sobre os cabelos de fogo dela, depois em sua cintura a puxando mais para junto dele. Por fim, os seus dedos na boca dela, também nos seios e por fim agarrando com força suas coxas. Ele sabia que Katarina queria mais rápido. Mais intenso.

Foi quando os dois se lembraram, Katarina estava na tenda de Garen, dentro de um acampamento avançado. Qualquer soldado poderia entrar e flagrá-los. Por algum motivo, a ideia de que poderiam ser vistos deixou tudo ainda mais excitante.

Com força bruta, Garen puxou ela para si em um abraço forte e quente, enquanto mordia e sussurrava palavras excitantes em seu ouvido. Katarina estava montada sobre ele, abraçando-o e envolvendo-o com os braços e pernas, querendo que ele entrasse mais dentro dela. Que fosse mais profundo. Garen a soltou caindo para trás com os braços abertos, fascinado com o movimento do corpo dela.

Ela agora ditava o ritmo montado sobre ele. Cavalgando. Katarina passou as mãos sobre o corpo delineado dele, enquanto sua cabeça caia para trás. A sua barriga trabalhada e seu peito peludo e volumoso. Ela podia sentir a respiração dele, em gemidos silenciosos de seu prazer. Ela viu as mãos grossas e calejadas dele passarem pelos seus quadris e subirem até os seus seios que balançavam livremente.

Os dois sentiram que estavam perto do êxtase. Os seus corpos estavam completamente entregues. Juntos eles gritaram quando alcançaram o "Kama". Então ela desmontou em cima dele. Naquele anoitecer, os grossos cobertores encobriram os dois em sua noite de prazer.

[KAMA: vem de Kama sutra, que foi escrito pelo indiano Vatsyayana. Kama significa gozo pleno, o maior ponto de felicidade.]

OST

[OBS: Se lembram do final da fic? O penúltimo cap: Você não vai a lugar algum sem mim!]

Garen saiu por detrais da coluna para falar com seu amigo. Jarvan, o jovem rei, estava em pé diante dele. Seu rosto era severo. Ele não trajava a sua tradicional armadura de guerra, mas um traje nobre. O tecido Justo, devidamente puxado por um cinto de couro. Seu longo cabelo estava amarrado como uma trança e em seu rosto uma barba rala, bem cuidada e aparada.

– Infelizmente ser rei me faz a obrigação de pensar o melhor para Demacia. Eu não seria capaz de matar um inocente, mas se isso representasse perigo para Demacia... Eu teria minhas duvidas. Agora me conte, que informação você disse que tinha que poderá mudar o rumo da guerra.

– Seria melhor outra pessoa contar isso.

Garen arrancou das sombras uma mulher. Sua silhueta foi ficando mais nítida conforme era puxada com força para luz. Com um solavanco ele a jogou no chão. Seu cabelo ruivo desgrenhado cobria sua face. Ela praguejou quando sentiu as algemas apertarem seu pulso. Suas mãos acorrentadas estavam viradas paras as costas. Ela olhou para cima por entre as brechas de seu cabelo. Seus olhos fuzilavam Jarvan em uma fúria indomável. Ela cuspiu e se virou para Garen.

– Desgraçado, você me traiu! - Disse ela entre os dentes

– Eu não disse que iria me unir a você! - Rebateu Garen

– Tínhamos um acordo! - Rosnou ela

Garen a ignorou

– Eu a trouxe como minha prisioneira.

Jarvan assentiu

– Excelente, não esperava menos de você - O jovem rei se abaixou agarrando a face da mulher a puxando para junto de si. Ele mastigou cada palavra - Bem vindo a Demacia... katarina!

Hoje, cidade-estado Demacia, Quarta, 13:15 PM...

(4 horas e 20 minutos depois)

Até então tudo tinha dado certo conforme o plano. Katarina foi entregue como prisioneira e agora Jarvan a interrogava. Ela acordou em uma genérica sala de interrogatório. Bem parecida com vários filmes e livros que tinha visto. A mesma mobília desconfortável, a mesma velha rotina. Embora por dentro se divertisse com tudo aquilo, seu rosto apresentava traços de raiva, tudo a mais perfeita encenação. Ela percebeu logo depois que o lugar não era só uma sala. Mas um grande salão. Tentou se mexer mas sentiu suas pernas e mãos amordaçadas.

Jarvan atacou primeiro

– Certo, comece a falar.

Katarina demorou um momento se orientando pela ofuscante luz direcionada ao seu rosto. Do outro lado da mesa baixa, Garen, Poppy, Galio, Quinn e Fiora a encaravam.

Os lábios de Katarina se esticaram em um riso satírico

– Ora, é só isso? Esperava mais.

Jarvan se inclinou para frente até que ela sentisse a sua respiração

– Há mais... Vai ter sim. Tenho coisas preparadas especialmente para você. Por bem ou por mal você irá contar!

– Quem é você o policial bonzinho ou o malvado? - Disse ela com um sorriso zombeteiro.

– Veremos se ainda vai manter seu sorriso no final.

Jarvan é um membro da família real de Demacia. Como tal nasceu com um forte senso de "Justiça" defendendo aqueles que se opunham a ética Demaciana. Herdado de seu pai, um sentimento arde em seu sangue. O sentimento anti-Noxiano. Assim como seus ancestrais fizeram, ele liderou as tropas Demacianas em sangrentas batalhas contra os exércitos Noxianos, e em muitas ocasiões ele sangrou ao lado de seus aliados e companheiros mortos.

Alto, cabelos escuros e olhos cinzentos. Admirado para além das fronteiras de Demacia por sua bravura e habilidade na batalha. Ele tem um caráter honroso e nobre. Ele acredita apaixonadamente na grandeza do seu reino, que defenderá o seu povo e seu orgulho até o fim. De grande resistência e força física, juntamente com uma personalidade forte e autoritária.

– Muito bem - Disse Katarina se inclinando para frente sobre a mesa - Se faz tanta questão eu direi.

Todos se tencionaram.

— Enquanto estamos aqui, conversando. Swain dá o seu próximo passo. Alguns dias atrás Jericho Swain derrotou Keiran Darkwill em um duelo pela liderança de Noxus. Com isso ele ganhou apoio total do Alto Comando. Sendo nomeado Grão-geral a posição mais alta em Noxus. Logo depois, ele promoveu Darius o seu capitão. Declarada a vitória, Darius sem dizer uma palavra, levantou seu machado e removeu a cabeça de Darkwill. Exibindo-a como troféu para o congresso.

O Katarina fez uma pausa. O seu cabelo ruivo emanava um brilho intenso em torno da cabeça, sob a luz quente da lâmpada.

– Mesmo assim, o Alto Comando permaneceu dividido. Desde quando Swain retornou no início deste mês. Os homens que ficaram contra ele desapareciam misteriosamente. Não demorou muito, e os membros do Alto Comando se reuniram e decidiram por unanimidade jurar lealdade.

Ela fez mais uma pausa para reorganizar as idéias e os fatos

– Agora sem ninguém para protestar, o Alto Comando proclamou Jericho Swain Grande Geral de Noxus. Só os fortes podem subir ao poder. Tendo o Alto Comando ao seu lado e Darius como guarda pessoal. Ninguém será capaz de contestá-lo. Mas isso não é o pior.

– Qual seria? - Perguntou Quinn

Katarina olhou para o outro lado da sala, onde estavam os demais. Por fim olhou nos olhos do rei.

– Eles estão usando os estudos do falecido Dr.Lyte em Freljord, para invocar o vazio.

A declaração apanhou todos desprevenidos como um soco inesperado. Um silêncio incomodo se abateu sobre o lugar permanecendo assim por vários minutos. O ar no local tornou-se denso.

– Impossível! - Disse Galio por fim cortando o silêncio. - Para invocar o Void é necessário uma grande quantidade de energia vital. Quantas vidas ele precisaria?

– Para isso, ele irá começar a guerra com Demacia. - Respondeu Katarina - Quando os exércitos de Demacia e de Noxus se encontrarem no campo de batalha, sacrifícios não faltarão. Swain pretende usar o poder do vazio para conquistar tudo.

Garen saiu do fundo da sala até perto da mesa de interrogatório.

– Quando os exércitos de Noxus e Demacia estiverem no campo de batalha, ele iniciará o ritual. Sacrificando ambos

– Sem um exército, Demacia ficará indefesa. - Prosseguiu Katarina - Mas Noxus terá o void como seu poder militar. Depois disso, tudo cairá ante ele. Freljord, Ionia, Bilgerwalter, Piltover e Zaun.

– Mas isso não seria bom? - Perguntou Quinn - Não é exatamente isso que você desejaria. Noxus conquistando tudo?

– Sim - Respondeu ela - Vitória é vitória e derrota é derrota, independentemente dos meios usados. Mas, o Void não pode ser controlado. Logo esse poder consumirá Swain e por fim...Noxus.

Katarina olhou para Jarvan tentando Sondar o seu rosto, tentando adivinhar algo nele. Mas não distinguiu nada que lhe indicasse o que ele estava pensando ou sentindo.

– Agora, o que fará, Jarvan segundo, rei de Demacia?

Todos olharam para Jarvan, esperando a sua reação a sua decisão. Qualquer escolha mal sucedida teria desagradáveis consequências. Jarvan resistiu ao impulso de franzir a testa. Tinha muita coisa em jogo. Ele ponderou e algo lhe veio a mente. As ultimas palavras de seu pai.

"Meu filho, no dia em que você nasceu, eu dei a ti o meu nome. Jarvan. Pois sabia que você seria meu legado. Minha criança, eu com orgulho testemunhei como você se tornou a arma da justiça. lembre-se. Nossa linhagem sempre governou o mundo com sabedoria e força.

Eu sei que você sempre exercerá seu poder com prudência. Mas a verdadeira vitória, meu herdeiro, é manter a sua nação gloriosa. Eu lhe digo, pois seus dias para assumir o trono e carregar o fardo da coroa, se aproximam."

– Galio! Poppy! - Disse ele em alto e bom som

Jarvan fitou-os com um olhar solene. Mesmo que olhos de Galio fossem brilhantes e ferozes. Ele se curvou solenemente. Era um ser animalesco e corpulento, de suas costas duas asas de morcego se projetavam. Falhado em proteger seu antigo mestre e criador Durand, ela viu em Jarvan uma redenção aos seus pegados. Agora, jurou lealdade a nação demaciana e a coroa.

Poppy uma Yordle forte de olhos austeros e personalidade firme. Enquanto outras jovens garotas yordle brincavam e faziam tranças de flores, Poppy passava sua juventude ganhando calos e manchas de graxa na loja de armaduras do seu pai. Agora, estava ali para honrar o nome de seu antigo pai e como embaixadora de Bandle City. Jarvan viu a determinação por trás das lágrimas em seus olhos. Poppy pode ser pequena, mas e sua força de vontade, não era.

– Escutem. Reúna as tropas. Diga aos homens para se prepararem, nós vamos para a guerra.

– Como quiser meu senhor.

Galio e Poppy se retiraram para colocar em prática as ordenanças.

– Se Swain quer guerra, ele terá guerra! Nós usaremos o poder do Void contra ele. Se ele conseguiu uma maneira de controlar o vazio. Nós também conseguiremos e faremos antes que eles o façam!

Katarina olhou-o incrédula

– O quê?

– Enquanto a você Noxiana - Disse ele se virando bruscamente - Eu decreto sua execução.

– Você está louco! - Rosnou ela - Não pode controlar o vazio. Ninguém pode!

Jarvan se enrijeceu.

OST

– Isso é o que veremos. GUARDAS, MATEM-NA!

Quatro soldados que montavam guarda, desembainharam as espadas. Com passos firmes eles brandiram as lâminas sobre a cabeça e estando a poucos centímetros, se prepararam para o golpe. Os olhos de Katarina de arregalaram quando viu um homem entre ela e os guardas. O comandante Garen colocou-se no caminho das lâminas com sua espada para defendê-la. Com um impulso ele atirou os quatro guardas ao chão.

– Garen! - Disse Katarina com surpresa. Logo depois ela riu - Pensei que não viria nunca.

Garen sorriu

– Eu estou carregando o mundo nas costas!

– Eu estou vendo - Ela mostrou as amarras - se importa?

Garen arrancou as amarras libertando Katarina e entregou-lhe suas lâminas gemias. A noxiana segurou firme o cabo de suas armas. Colocando as arma em posição, com uma expressão determinada. Ela estava pronta para matar e cortar.

– Parece que o plano falhou - Katarina olhou o lugar procurando por alternativas. Por rotas de fuga ou qualquer coisa que pudesse usar ao seu favor - Temos que sair daqui!

– Fique junto. Eu liderarei a carga!

Jarvan virou-se bruscamente para eles, com o rosto transbordando pela raiva.

– O que significa isso? - Rugiu ele

Katarina cerrou os punhos

– A arrogância humana faz acreditar que a natureza está ao seu controle e não ao contrário. O void não pode ser controlado. Eu pensei que os demacianos fossem mais inteligentes! - Ela olhou para Garen - Sem ofensas.

Ele deu de ombros.

– Não me ofendeu!

Traços de raiva se acumularam sobre a testa de Jarvan, tal qual como nuvens escuras anunciam a tempestade no céu.

– O que significa isso Garen?

– Garen, Prenda-a! É UMA ORDEM!

– escute-a meu senhor.

A fúria de Jarvan era vulcânica. Ameaçando os dois com tamanha violência.

– GUARDAS! - Rosnou ele

Garen brandiu ameaçadoramente a espada.

– Para trás ou eu mesmo irei parti-los em dois.

Os homens hesitaram

– Peguem a noxiana! - Ordenou Jarvan em plenos pulmões

– Recuem! - Rugiu Garen

Os guardas ficaram indecisos pois não sabiam a quem obedecer, ao rei ou ao seu capitão herói. Vendo a indecisão dos soldados. Jarvan fuzilou Garen com os olhos

– Como ousa?

– O rei que conheci..Não..O amigo que conheci, aquele que eu tratava como irmão. Era mais sensato? pretende ir na mesma direção dos nossos inimigos?

– você ousa trair nossa nação? Sacrilégio!

– Eu ouso! Pois sei o que é melhor para ela!

Então em indignação Jarvan tomou para si a sua grande lança, ele fuzilava seu amigo com os olhos, Garen levantou sua espada sobre sua cabeça ele apenas observava como um fera se preparando para o abate.

– Abaixe a arma Jarvan! - Rosnou Garen - Eu não quero lutar com um irmão demaciano. Não quero lutar com um velho amigo. Com um irmão.

– Então não lute, vamos Garen. Vamos meu amigo, meu irmão. Esta mulher fez sua cabeça. Não confie em sua língua bifurcada ou em suas palavras venenosas. Volte para o seu lugar, ao meu lado e ao lado de nossa nação! Ainda é tempo de desfazer esta cegueira!

– Tolice! É você que está cego! Eu irei lutar pelo que acredito, pela minha nação, pelo meu orgulho e pelo meu amor!

– Lute! - Jarvan rugiu em plenos pulmões - Se você ousar!

De olhar fixo, Jarvan e Garen caminharam em círculo, tentando prever como e em que direção se iriam atacar. O rei saltou na direção dele, brandindo a sua lança. Garen recuou, mal aparando o golpe. O destino tem senso de humor e ele é negro, os dois estavam em uma briga mano a mano, peito a peito, rosnando e golpeando um ao outro como bestas selvagens. Os guardas não ousaram se intrometer, mantendo uma distância segura dos dois titãs.

Mesmo assim, Garen se mantinha na defensiva, mantendo toda luta dentro do alcance de seus braços de modo que Jarvan nunca chegou a distância suficiente para usar a lança de forma eficaz. Garen também precisava de uma distância apropriada para balançar mortalmente a seu espada. Mas manter a distância curta daria ao rei a mesma situação.

Garen manteve a espada perto da lança de seu amigo rechaçando as suas investidas. Jarvan investiu contra ele, mas este aparou o golpe. Agora os dois estavam frente a frente, se olhando nos olhos.

– Me escute amigo! - Gritou ele

– Pensei que amasse Demacia - Rosnou Jarvan

– Eu a amo, mas isso irá nos destruir...Precisa me ouvir!

– Basta!

Jarvan rosnou através dos dentes cerrados quando socou a Garen com a mão livre. A dor se espalhou, dobrado o joelho de Garen. Sentido o seu corpo tremer, ele fez o que alguém como ele faria. Usar o que pudesse.

OST

No outro lado...

– MIRE NOS OLHOS!

Uma águia voou com as garras abertas se projetando contra Katarina. Mas ela se desviou sem problemas e acertou com a ponta da lança a asa direita do pássaro. A ave caiu deslizando pelo chão. A ave guinchou.

– Não! - Gritou Quinn - Desgraçada!

Quinn apontou sua besta e a corda rangeu quando sentiu flecha ser contraído e disparada. O projétil zumbiu em um tom agudo enquanto rasgava o ar em direção a noxiana. katarina conseguiu se desviar por pouco. A flecha passou zunindo a poucos centímetros de seu rosto produzindo uma lufada de ar. Quinn se pois a carregar a arma para o segundo tiro, foi ai que percebeu o seu erro. Katarina se lançou contra ela.

Antes que a lâmina penetrasse o coração dela. Quase que se materializando, Fiora colocou-se no caminho da lâmina com sua espada para defendê-la. Katarina se afastou.

– Quinn - Disse Fiora sem desviar os olhos de Katarina - Você não tem vantagem aqui. Não estamos em um lugar muito amplo. Logo não pode contar com Valoran, que por sinal, sugiro que vá ver como ele está. Deixe comigo. Eu irei cuidar dela, em nome de Demacia!

As duas estavam caladas, se analisando. Tentando prever como e em que direção se iriam mover. Começaram a aproximar-se lentamente e, quando estavam a três metros um do outro, Fiora disse num tom de deboche:

– Eu gostei de você, é uma pena ter que matá-la!

– Que comece o banho de sangue - Disse Katarina com um sorriso no rosto

Fiora saltou na direção dela, brandindo a espada para a sua barriga e Katarina recuou, mal aparando o golpe da espada pontiaguda. Ela retaliou com uma sequência de golpes e acrobacias. Fiora conseguiu se desviar com um esforço considerável. Fizeram uma pausa, na expectativa de um novo ataque. Ao verem que nenhum o fazia, recomeçaram a andar em círculos.

Fiora se projetou para frente se lançando com a sua espada. Katarina torceu-se e deixando a lâmina passar a alguns centímetros de seu pescoço, ela revidou com um golpe rápido no braço da demaciana. Com isso, fez uma abertura necessária. Katarina chutou a duelista para longe. Ela se afastou enquanto recuperava o ar perdido. A noxiana limpou um filete de sangue que escorria do rosto, provocado pela investida da adversária. As duas lutavam em pé de igualdade.

A duelista colocou a mão esquerda nas costas enquanto apontava ameaçadoramente para Katarina com a espada na outra:

– Isso era para ser algum tipo de desafio? Ao menos tente me acompanhar.

Katarina sorriu assumindo uma postura mais ofensiva

– Seria medo esse cheiro que sinto?

– Não vou facilitar para você - Respondeu Fiora

– Não teste sua sorte, garota - Disse Katarina entre os dentes

Os lábios de Fiora se esticaram em um sorriso.

– Sou uma artista com a espada. Outros tentam, eu consigo.

As duas se lançaram uma contra outra em uma sequência rápida de golpes, bloqueios e desvios. A duelista e a assassina lutavam com técnica e leveza como se estivessem dançando.

Perto dali...

OST

Garen socou com força a virilha do rei revelando um rosto de dor pelo golpe. Ele empurrou seu amigo para golpear com o cotovelo. Jamais levantaria a sua espada contra seu amigo de infância. Mas não quer dizer que não o enfraqueceria. Agora, ele lutava com um objetivo: enfraquecer ou desacordar Jarvan. Ele o empurrou contra o chão brilhante e os dois caíram, Jarvan se recuperou com mais rapidez e chutou Garen para longe.

– Como nós velhos tempos - Disse Jarvan mostrando os dentes. Ele passou a mão para limpar um filete de sangue que escorria de sua boca

– Naquele tempo, estávamos só treinando e você costumava me ouvir - Garen cuspiu sangue

– Você não ouvia nem a sua irmã, nem mesmo os conselhos de Xin zhao.

– Se Xin estivesse na reunião ele teria me escutado. Ele sempre foi mais sensato!

– Se ele estivesse lá, ele não trairia Demacia!

Jarvan pegou sua lança da mesma forma como Garen agora empunhava a sua espada sobre sua cabeça

– Você me tira como uma criança, Garen! Como um recruta que deve ser instruído na arte do combate? Nós dois concluímos juntos o treinamento! Nós dois vencemos batalhas juntos! Nós dois derrotamos exército juntos! Vamos - Rosnou Jarvan - Saia da defensiva e lute como um homem!

Jarvan investiu contra Garen novamente e novamente. Garen foi para trás, recuando, tentando procurar qualquer abertura que proporcionasse um contra-ataque eficiente. Mas o rei não deixava abertura, a sua derrota era iminente. Naquele instante, ele se lembrou que não poderia falhar, por sua pequena irmã, por sua amante e por sua nação. Deu três passos para trás, tomando uma distância segura. Seus olhos ardiam em determinação, "sinto muito meu amigo" - pensou ele.

– Vamos acabar com isso! - Rosnou Garen

Jarvan sorriu

– Finalmente, com honra...Como deve ser!

Fiora deu mais um passo em frente e brandiu a arma velozmente, com toda a força. Katarina aparou o golpe que vinha em direção ao seu pescoço. Nesse momento, a lateral de dela estava exposta, mas ainda estavam muito próximas para que Fiora conseguisse golpeá-la.

A noxiana empurrou a duelista. Ela deu meia volta, furiosa, e viu que Katarina já estava a sua espera, de arma em posição, com uma expressão determinada. Katarina atacou. Trocaram cinco golpes, cada um mais rápido que anterior. A assassina tentou golpeá-la nas pernas. A demaciana aparou o golpe contra-atacando-a na cintura com uma "explosão de velocidade", mas Katarina esquivou-se com grande dificuldade.

Sem lhe dar oportunidade de se recuperar. Katarina prosseguiu com um golpe circular, como um "lótus da morte", girando em pé no próprio eixo. Fiora esquivou-se com esforço considerável. Depois deu uma estocada passando o fio da espada pela barriga da adversária, com a leveza que lhe era característica. A demaciana foi rápida, mas Katarina foi ainda mais rápida ao perceber recuando da estocada, deu meio passo, fazendo com que espada passasse rente a sua cabeça.

As duas deram alguns golpes simultâneos e pararam uma de frente para outra com as lâminas bloqueadas. Com algum esforço, Fiora empurrou Katarina para trás, depois ela atacou com uma série de golpes enérgicos. Durante alguns minutos lutaram sobre o piso de mármore. A luta tornou-se mais equilibrada, pois as duas se equivaliam em velocidade e técnica. Fiora e Katarina estavam apreciando a luta, apreciando uma adversárias a altura. Raramente tinha oportunidade de se pôr à prova indo contra alguém tão rápido.

Contudo o sorriso de Katarina desmanchou-se, quando Fiora lhe desferiu quatro estocadas numa rápida sucessão. Um dos golpes atingiu em cheio o ombro. Mas katarina revidou com sucesso, atingindo-a com uma das lâminas gemias a lateral do abdômen. Sangrando, as duas recuaram três passos.

Andaram em círculos apenas se olhando e estudando uma abertura. Sem desviarem os olhos uma da outra. Por um tempo elas ficaram ali, se estudando em uma batalha mental onde só podia ser vista, pela austeridade de seus olhares.

Katarina iniciou o primeiro ataque, visando a coxa esquerda de Fiora. Ela aparou o golpe com a lateral da espada. Contra-atacou com uma estocada, a noxiana se afastou, procurando uma brecha. Elas eram equivalentes, ao contrário de Jarvan e Garen, que dominavam mais a força e a resistência. As duas evoluíram na técnica e velocidade para sobrepor a deficiência da força bruta. Elas podiam saltar e atacar um inimigo a distâncias muito maiores do que homens como eles, por conta de sua rapidez e técnica.

Por isso, elas lutavam com mais cuidado que Jarva e Garen, se analisando e estudando. Pois sabiam que mulheres como elas, poderiam acabar a lutar em único golpe certeiro. Se comparado a graciosidade da luta das duas, os dois homens perto dali, lutavam como dois ursos raivosos.

Fiora se afastou para ter uma noção melhor do terreno. Mas Katarina não daria esse luxo a ela. A noxiana saltou na sua direção, antes que a demaciana conseguisse se afastar o suficiente. A duelista brandiu a arma na direção dela, Katarina virou-se e a espada passou pelo seu cabelo. Ao cair atrás de Fiora, ela ergueu as lâminas gemias em um movimento rápido e preciso, parando a poucos centímetros por baixo do queixo de Fiora. Mas Katarina sentiu um pontada sobre sua jugular. Era a lâmina de Fiora que encostava em seu pescoço. As duas ficaram ali, suando, a mercê uma da outra, mas ironicamente, sorrindo.

– Belo golpe - Disse Fiora

– Seu reflexo é incrível. - Elogiou Katarina

Quinn relutante observava de um lado do salão. Durante a maior parte do tempo, guardou os pensamentos para si, evitando distrair Fiora, mas ela não se conformava com isso. Ela viu o que Noxus fez a Demacia com aquele ataque com o dirigível. Viu o preço das marcas de Shyvana, embora ela estivesse bem, sua amiga draconiana foi ferida. Agora, apenas observava e por respeito a sua amiga Fiora, ela se mantinha fora da luta. Seu pássaro Valoran tentou interferir, mas foi repreendido.

Ambas mantiveram-se naquela posição, com os olhos se cruzando. Havia uma ferocidade nos olhos delas e isso apenas contribuiu para as deixar mais excitadas.

– Claramente temos um impasse aqui. Então, vamos recomeçar? - Fiora fez um gesto para as lâminas embaixo do seu queixo

– Primeiro você - Katarina devolveu o gesto olhando para a espada de Fiora no seu pescoço

Fiora projetou um sorriso ladino nos lábios

– Não confia em mim? Que mundo cético.

A duelista recuou a espada.

– Não se magoe. É apenas precaução - Katarina se levantou tirando as lâminas do pescoço dela.

Fiora tirou a lâmina do pescoço de Katarina e ela fez o mesmo. Se afastaram. Se viraram. Se olharam e se prepararam. Por fim, determinadas a acabar com esse duelo. Correram um para a outra, prontas para a ultima ofensiva.

A outra luta chegava ao seu fim, agora os dois iriam partir para a investida final. Jarvan saberia o que fazer, deveria atacar no coração, se jogando contra o órgão dele, depois deveria se jogar contra o corpo de seu amigo e com o seu peso deixar a lâmina penetrasse cada vez mais fundo no coração. Garen estava preparado. Quando o rei investisse contra seu peito, ele usaria a mão para distanciar a lâmina e contra-golpear com a espada, separando a cabeça do corpo. Os dois partiram em disparadas, se projetando para frente se preparando para a investida definitiva.

5 metros....

Garen puxou a espada pela lateral

Jarvan envolveu com força os dedos no cabo da lança

4 metros....

Posicionaram as armas

3 metros....

Eles se olhavam nos olhos

2 metros....

Envolveram a força na lâmina para o golpe

1 metro....

CONTINUA...