O Trono de Gelo escrita por DISCWOLRD


Capítulo 33
O Devorador de Mundos


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, depois de quase um mês protelando, finalmente o capítulo saiu. Peço desculpas pela demora, foi uma junção de bloqueio criativo mais falta de tempo. Tive que escrever este capítulo umas três vezes para enfim conseguir um tom que pelo menos me agradasse. Pelo, sem mais delongas, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558341/chapter/33

OST

A terra estremeceu, como se estivesse ardendo em febre. Rachaduras gigantes apareceram ao longo de local, e pequenos morros se ergueram quando a criatura se inquietou. Suas narinas abriram-se e fecharam-se renovando o ar dos pulmões.

A fera murmurou e o som saiu em um rugido e reverberou como pedras deslizando no desfiladeiro. Sua abissal cauda subiu e desceu pesadamente contra o chão forte o suficiente para balançar o próprio mundo. Suas garras arranharam o chão deixando sucos quase no tamanho de um homem.

O monstro olhou em volta e viu pequenas mudanças no mundo que, para aquele colossal e imortal ser, pouco significava.

Um raio de luz rasgou a abobada do céu flamejante rumo ao chão daquele mundo de bestas, como uma coluna de luz. As suas enormes narinas dilataram-se. Ele pode sentir o cheiro, aquela luz, era um portal, que há muito fechado e agora aberto novamente. O mundo mortal estava acessível outra vez, e isso significava uma coisa...

...Comida.

–-----------------------------------------------------------------------------

OST

— Dobre a língua sanguessuga!

Vladimir e Leblanc mal tiveram reação quando Annie e Nunu foram arrancados do local e envolvidos por dois braços musculosos. Com outro impulso o homem jogou-se para longe de Vladimir. Trazendo consigo as crianças. Lux arregalou os olhos e seus lábios se esticaram em um agradável sorriso de surpresa.

— Garen! — gritou ela

Um estalido de botas no chão revelou uma lâmina sobre a jugular de Vladimir. De esguelha ele pode ver um cabelo vermelho acompanhando tardiamente o movimento da dona.

— Você fala muito, Vladimir. — Katarina sorriu em deboche apertando a ponta da lâmina contra a jugular. — eu odeio esse seu ar de superioridade!

Vladimir ignorou a pontada fina sobre o pescoço

— Em que devo a honra?

— Você já passou tempos demais nas sombras tramando seus ardis. Vamos ver como se sai com um inimigo de verdade!

Garen colocou as crianças sobre o chão. Ambos pareciam pálidas e ofegantes. Ele ergueu-se, cuspiu e passou as costas da mão sobre a boca. Atirou um olhar carregado de raiva para Vladimir.

— Se um homem escolhe fazer o mal... Torna-se meu dever sagrado bater nele até transformá-lo em suco!

— Frases de efeito não vão mudar nada.

— Silêncio! — gritou Garen — Fecha a matraca ou eu mesmo te obrigarei a fechá-la! — Ele arrancou a espada da bainha, ergue-a e apontou-a para o peito de Vladimir — Diga-me vilão infame, qual o seu nome completo?

Vladimir riu

— Não vai precisar quando estiver morto.

— Eu preciso de algo para colocar em seu túmulo!

Vladimir baixou o olhar evitando mexer desnecessariamente a cabeça para baixo. A ponta da lâmina de Katarina pairava sobre a sua garganta.

— Já ouviram falar de drogas alucinógenas? — Disse — Elas atuam sobre o sistema nervoso confundindo e enganando as vitimas. Quando misturadas com as substâncias certas. Dependendo da forma que ela é assimilada, como o gás, a substância é transmitida pela corrente sanguínea até o cérebro e é ai onde acontece à mágica. Ela atinge as regiões certas do cérebro e pode confundir os cinco sentidos. Paladar, olfato, visão, audição e tato para assim criar ilusões. Essas técnicas são usadas frequentemente para criar imagens falsas ou causar dor de um trauma, porque o corpo é induzido a acreditar que isso é dor; porém, existem vários outros usos dependendo da situação.

— Aonde você quer chegar?

Vladimir olhou para o noxiana, na outra extremidade da lâmina.

Vladimir sorriu

— Em suma. Já pensaram como é incrível usar dessas substâncias para controlar e confundir o inimigo. Alastrar o caos nas tropas inimigas ou mesmo, controlar os adversários jogando um contra o outro sem ao menos perceber? Eles verem o que você quer que eles vejam?

Katarina aumentou a pressão da lâmina

— A minha dúvida persiste, onde quer chegar?

Os lábios de Vladimir se esticaram em um sorriso cruel e de completa superioridade. Ele retirou de seu bolso um pequeno frasco vazio.

— Tenho toneladas de drogas que eu gostaria de testar em vocês, o que acha de experimenta-las agora? Não precisam ter medo de nada, não é por causa das drogas que morrerão. Já podemos começar a luta?

Katarina sorriu e com uma velocidade espantosa sacou a outra lâmina. Antes que o noxiano conseguisse se afastar o suficiente, ela atacou com a arma na direção dele, Vladimir virou-se e a lâmina passou pelo seu cabelo. Ele ergueu a mão na tentativa de contra-atacar provocando um pequeno corte no braço dela. Foi quando percebeu o seu erro, era uma distração, a segunda lâmina voou contra seu pescoço. A cabeça de Vladimir saltou de seus ombros, quicou no chão e rolou até os pés dela.

— Desculpe, eu sempre detestei homens que falam muito.

Ela virou-se guardando as lâminas e deixando o corpo de Vladimir decapitado para trás. Mas logo se deteve quando sentiu algo atrás dela. A surpresa perpassou o rosto dela. Katarina agarrou o cabo das lâminas gêmeas e arrancou-as com rapidez da bainha.

.

.

.

Vladimir estava ali de volta à vida com um sorriso inabalável. Tanto Garen como Katarina estavam no mesmo lugar.

— Tenho toneladas de drogas que eu gostaria de testar em vocês, o que acha de experimenta-las agora? Não precisam ter medo de nada, não é por causa da droga que morrerão. Já podemos começar a luta?

OST

Antes que pudesse perceber. Com um poderoso golpe Vladimir foi arremessado contra o chão. Ele uivou de espanto e dor, saltando e se voltando para o atacante. Garen seguia em frente com sua arma em punhos.

Vladimir trincou os dentes.

O noxiano bateu suas mãos uma contra a outra, e magias explodiram. Algo aterrador aconteceu. Havia sangue em volta de Vladimir. O liquido carmesim flutuava em torno dele como um anel. Ele trincou os dentes e atacou. Um jato de sangue se projetou em direção a Garen. O demaciano jogou-se para o lado e o sangue bateu contra o solo rochoso deixando fissuras profundas.

....Katarina....

....Katarina....

Garen disparou-se para frente pelo espaço que os separava com a arma empunhada. Ele a ergueu e desceu com força contra a cabeça do inimigo. Planejando pegar Vladimir desprevenido. Mas com um gesto de mãos de Vladimir, uma parede de sangue se levantou como um muro e bloqueou a lâmina. Garen arfou surpreso e rolou para longe, livrando-se das lâminas de sangue que se projetaram do muro viscoso. Logo atrás Katarina atacou lançando-se com a sua suas lâminas gêmeas, Vladimir torceu-se deixando a lâmina passar a alguns centímetros de seu pescoço. A abertura necessária. Katarina atacou novamente lançando suas facas contra Vladimir. Mais uma vez um escudo de sangue frustrou seus esforços. As cintilantes armas chocaram-se Inofensivamente com o líquido vermelho.

Katarina e Garen trocaram rápidos olhares e, depois, contornaram Vladimir. A luta prosseguiu por um tempo.

Vladimir perdia terreno, não conseguia ir contra ambos. Katarina dançava suavemente ao redor de Vladimir, esperando por uma abertura entre as paredes de sangue. Vladimir não conseguia romper as defesas de Garen, ele aparava todas as rajadas com a espada, gerando explosões de sangue que salpicavam o chão. Katarina se esquivava, enquanto o demaciano continuava a atingi-lo com a espada. Os golpes iam de encontro ao escudo de sangue, a força do golpe tiravam o equilibro de Vladimir. Garen e Katarina trabalhavam juntos em perfeita sintonia, confundindo o inimigo, que alternava, votando-se para um e, depois para o outro.

Por fim, Garen apertou o cabo da espada com tamanha força que a palma de sua mão latejou e então atacou com tudo que tinha. Vladimir gritou de dor quando a espada de Garen deslizou pela barreira de sangue e lhe atingiu o ombro.

— Agora! — Gritou Garen

Katarina saltou na sua direção, com os cabelos ondulando atrás dela. Vladimir tentou reagir com lâminas de sangue direção dela, quando vinha ainda no ar, mas Katarina virou-se e o ataque de Vladimir passou por ela sem a tocar. Depois pousou atrás dele. Finalmente, ergueu a armas tão depressa quanto possível. Sem lhe dar oportunidade de se recuperar. Katarina prosseguiu com um golpe circular, que os inimigos desesperadamente chamavam de "Lótus da Morte", girando em pé no próprio eixo. Vladimir nada pode fazer enquanto era cortado e dilacerado pela noxiana.

Vladimir caiu de joelhos, ele ergueu o braço como se tentasse bloquear o ataque, e seu antebraço foi perfeitamente decepado logo acima do pulso pelo ataque seguinte. Ele gritou com os dentes trincados e um olhar de surpresa no rosto. Katarina desferiu outro golpe, que quase cortou Vladimir ao meio. Vladimir tombou para frente, morto antes mesmo de atingir o chão.

....Katarina....

....Katarina....

.

.

.

Ambos estavam no mesmo lugar onde a luta tinha começado e diante deles, Vladimir vivo e com o mesmo sorriso inabalável.

— Tenho toneladas de drogas que eu gostaria de testar em vocês, o que acha de experimenta-las agora? Não precisam ter medo de nada, não é por causa da droga que morrerão. Já podemos começar a luta?

Katarina saltou para longe. Garen praguejou e lançou para frente. Vladimir empregou uma parede de sangue para bloquear. O ataque foi feroz, mas Garen logo notou que a havia surtido pouco efeito. A espada não chegou nem penetrar na barreira.

— O que está acontecendo? — Gritou Garen — Nós o matamos duas vezes.

Vladimir pareceu incrédulo

— O que estão falando? A luta ainda nem começou, vocês acabaram de chegar. Até o momento estávamos conversando.

Garen praguejou

— Não minta para mim!

Garen tentou conter Vladimir com a força, mas o noxiano atacou tão rápido que o demaciano não teve reação. Garen teve o braço perfurado por uma lâmina de sangue que se esticou como uma lança. Por sorte, conseguiu esquivar o bastante para evitar que o golpe o atingisse com perfeição e lhe causasse um dano severo, mas Katarina percebeu que ele estava ferido. Seu sangue escorria pelos dedos enquanto segurava a espada e firmava os pés no chão. Bloqueando o ataque seguinte com o restante de sua força.

Katarina interviu lançando-se no caminho da torrente de sangue. Ela se aproximou o suficiente para que suas lâminas desviassem ligeiramente o ataque. Não pode perceber um segundo ataque. Desta vez foi Garen que veio em seu auxilio. Ele bloqueou com o corpo protegendo-a do dano. As lâminas de sangue fizeram cortes profundos, fazendo-o girar. Ele aterrissou alguns metros atrás, caindo pesadamente contra o chão.

— Garen! — Gritou Katarina

— Não deveria se distrair em uma luta.

Katarina mal o ouviu Vladimir devido à forte palpitação em seus ouvidos. Tonta e desorientada, ela se apoiou sobre a perna e ofegou em busca de ar. O mundo girou a sua volta, por um instante sua razão ameaçou deixá-la.

— O que está acontecendo?

Ela podia escutar alguém chamando por ela.

....Katarina....

....Katarina....

....Katarina....

–------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

OST

Ouviu-se um rugido e ambos os exércitos de trolls e ursines voltaram a defrontar-se, inflamados de uma raiva desesperada. Enquanto isso, Volebear conduzia uma dezenas de ursines a atacar as laterais do exercito de trolls. Ele ajudaria a conter o avanço deles, ao passo que Tryndamare lidava com Trundle. Enquanto isso, Annie, Nunu e Gnar recuaram dando suporte ao ataque de Volebear.

Mais à frente Udyr se movia com uma velocidade estupenda, parecendo não fazer esforço algum. Era como se desaparecesse e reaparecesse em outro lugar, movendo-se mais rápido do que os olhos dos inimigos podiam acompanhar. Seus punhos eram como bigornas de ferro castigando todos os que ousavam chegar perto. Dois Trolls tentaram conter o avanço de Udyr. O xamã bateu na cabeça de um com uma força monstruosa e chutou a barriga do outro, jogando-a longe.

Conforme vários outros trolls convergiam na direção dele, Udyr encolheu e deixou que a energia fluísse por seu corpo. O fogo imergiu de suas costas tomando a forma de uma ave. Uma fênix. O fogo queimou os inimigos mais a frente. Alguns deles foram forçados a proteger o rosto pelo calor das chamas. As chamas se dissiparam junto com a fênix, Udyr rugiu e não como um humano, mas como uma fera. Sua voz estava profunda e feroz, garras afiadas surgiram de sua mão como um urso.

Tryndamare recuou, evitando o porrete de Trundle. A arma bateu contra o chão de forma tão violenta que pedras racharam-se e explodiram. Projetando fragmentos em todas as direções. O rei rugiu quando o seu braço contundiu por um pedaço de pedra do tamanho de um punho que bateu contra ele. Algumas flechas voaram contra Trundle, mas elas desapareceram num clarão de chamas.

A luta entre os dois já havia se prolongado por um tempo, Tryndamare não conseguia ferir Trundle eficientemente. Seus golpes eram impotentes contra Trundle. Antes de chegar aqui, havia aberto caminho pelas tropas inimigas, lutado contra Olaf e liderado mais um ataque desta vez contra trolls, ele sentia o preço do esforço físico. Seus golpes estavam mais fracos e seus movimentos mais lentos, o desgaste era evidente.

Muitos guerreiros correram na direção do troll rei, gritaram e atacaram-no, impedindo-o de dar mais do que alguns passos. Um homem agarrou na lança com ambas as mãos e atacou o pescoço de Trundle. A lâmina da arma dobrou-se antes mesmo de encostar-se no troll. Como se tivesse se chocado contra um bloco de granito.

Homens e ursines voltaram a cercar Trundle e, por instantes, parecia que o dominariam. Depois, um dos humanos foi projetado pelo ar e um ursine tombou de lado, rugindo. Tinha um osso saído de sua pata. Trundle urrou triunfante, balançando violentamente sua arma de um lado para o outro e aniquilando que ousasse ficar em seu caminho. Qualquer ataque físico mostrava-se ineficaz. As proteções mágicas que Lissandra havia posto nele, funcionavam melhor que imaginava.

Era a vingança dele contra todos. Há muito tempo, os trolls foram expulsos das terras mais ao sul graças ao avanço humano. A sua raça se dispersou por toda Freljord. Os antepassados do clã de trundle haviam encontrado as terras de Fangorn, uma região fértil e de caça em abundância entre montanhas, seu clã sobreviveria à fome e o frio. Contudo, a região estava sobre o domínio dos Ursines. Sem alternativa os trolls lutaram contra os ursines pela região. Os trolls venceram a segunda batalha e os expulsaram. Porém o contra-ataque não tardou a vim, os ursines juntaram-se a outros clãs de sua raça e atacaram os trolls. Em menor número, eles foram massacrados e os que sobreviveram, fugiram mais para o norte. Quando os trolls cresceram em numero, tentaram por varias vezes reconquistar Fangorn, mas eram derrotados, desde então, os trolls tornaram-se indigentes. Desde que Trundle assumiu o posto de Rei Troll, prometeria juntar todos novamente de sua raça e aniquilar os humanos e os ursines. Tomando o que era seu por direito, Freljord.

Tryndamere avançou correndo para diante, esgueirando-se por entre dois ursines. Mal teve tempo de olhar para Trundle enraivecido. O troll girou a arma e atingiu-o no flanco esquerdo. Dinamitando-o alguns metros. O avarosiano ficou sem ar nos pulmões. O céu e a terra giraram em torno dele. Deixou-se ficar onde estava, durante algum tempo, tentando respirar. Por fim conseguiu encher os pulmões de ar, sentindo-se mais grato que nunca por conseguir respirar. Ele praguejou tinha o braço esquerdo dormente, mas todos os outros músculos e tendões ardiam.

Tryndamere virou-se, à procura de Trundle e viu-o a alguns metros de distância, ocupado com grupo de varosianos. Satisfeito por ver que Trundle teria o que fazer durante alguns segundos, Tryndamere voltou a olhar para o braço deslocado. Ele dobrou o membro, praguejou alto ao sentir o ombro ranger, continuou a virar o braço de punho cerrado, e segundo depois o osso voltou a encaixar-se na articulação. O alívio foi imediato. Ainda sentia dores pelo corpo todo, mas, pelo menos poderia usar de novo o braço e a dor não era propriamente excruciante.

Depois voltou a olhar para Trundle. Ele rodeado de avarosianos mortos, seu pelo estava manchado de sangue. Os poucos homens que ainda o enfrentavam tinham o cuidado de se manter à distância. Contudo, havia pequenos ferimentos pelo corpo, as defesas mágicas do troll começavam a enfraquecer.

Uma prova disso foi quando uma flecha atingiu o rosto de Trundle e ricocheteou, porém o projétil deixou um pequeno arranhão. Ele rosnou e procurou de onde havia vindo, mas não ouve sinal do arqueiro. Ele esperou mais um momento para se assegurar de que não haveria outro ataque para incomodá-lo mais, e depois continuou a avançar na direção de Tryndamere.

Tryndamere umedeceu os lábios, incapaz de desviar os olhos do inimigo que se aproximava. Era uma luta merecida um adversário difícil. Amaldiçoou as condições que estava, exalto e ferido.

Trundle atacou-o e Tryndamere tentou golpeá-lo no joelho direito, na esperança desesperada de incapacitá-lo. Trundle previu o contra-ataque e recuou tão depressa quanto possível. O troll balançou o porrete rumo à cabeça do humano. Este afastou-se no ultimo segundo, uma rajada de vento fustigou-lhe o rosto, quando o topo da arma lhe passou a escassos centímetros da pele.

Trundle mostrou as fileiras de dentes pontiagudos amarelados, sorrindo ameaçadoramente, e estava prestes a atacar de novo, quando uma sombra vinda de cima o encobriu. Tryndamere olhou para cima e o que viu o surpreendeu. Um poro com um lacinho rosa precipitou-se do céu e aterrissou no rosto de Trundle. Flocos arranhava com as garras. Tryndamere ficou atônito ao ver o poro. Um barulho vindo de trás chamou sua atenção.

OST

Um homem grande e corpulento com um enorme escudo como uma porta estava parado logo ali, ele mexeu amistosamente o bigode e deu um grande sorriso. Braum.

— Eu trouxe a cavalaria!

Depois, centenas de poros irromperam de todos os lados, correndo pelo chão rochoso, em direção a Trundle. Os poros saltaram sobre Trundle mordendo e arranhando o seu rosto. Trundle começava a mexer-se quando Udyr o alcançou. Ele saltou para frente, dobrando a mão de Trundle, e este largou o porrete. Depois aproveitou a oportunidade para desferir uma sequência de socos. O primeiro sobre o rosto, o segundo nas costelas e o terceiro no queixo.

Braum tomou partido na luta, ele esticou o braço para Trundle, tentando envolvê-lo num abraço. O troll não teria conseguido escapar, os braços de Braum se fecharam sobre ele, agarrou-se à cintura e apertou-a com toda a força, exercendo tanta força e tanta pressão quanto possível. Aquela altura todas as defesas mágicas já haviam se dissipado.

Trundle resistiu durante alguns momentos, mas depois cedeu. Os músculos do braço de Braum quase saltando para fora e com um esforço, gritou atirando o inimigo a vários metros de distância.

Trundle levantou-se e atacou com fúria. Braum ergueu seu enorme escudo contra o troll bloqueando o ataque. O escudo absorveu a energia do impacto e em seguida expeliu toda a energia cinética para fora. A onda de choque levantou a neve ao redor. O troll rei cambaleou e Braum acertou um soco no rosto dele. Trundle recuperou o equilíbrio recuando, ele cuspiu alguns dentes quebrados no chão e levantou o olhar enraivecido e o que viu o surpreendeu.

Centenas de dezenas de poros viam de todos os lados, correndo em direção aos trolls. Um conjunto de silvos e guinchos impregnou o lugar enquanto os poros saltavam para cima dos trolls, atrapalhando a visão a mobilidade deles. Eles eram rápidos e espertos o bastante para evitar as garras e os golpes. Os pequenos roedores corriam para trás e para frente, atrás dos trolls. Assim a batalha até então equilibrada foi sendo delineada. Os trolls recuavam, pois quando os poros davam suporte atrapalhando-os os ursines atacavam.

O exercito de Trundle foi rapidamente cercado. O ataque dos ursines e os restantes dos homens foram ferozes e repentinos, e os trolls fugiram deles.

Naquela última hora, surgiu o próprio Volebear sua ira, parecia quase um gigante. O rugido de sua voz era como tambores e armas, e ele jogava trolls para fora de seu caminho como se fossem palha e penas. Avançou sobre a sua retaguarda como trovão. Nada podia detê-lo, e nenhuma arma parecia amedronta-lo. Então o medo dominou os trolls, e eles fugiram em todas as direções.

Logo foram cercados e levados aos gritos até a parte oposta da ponte. Volebear liderou as tropas que rugiam. O rei urso avançava contra eles, e o terror de sua presença alucinava o inimigo. Ele rugiu de forma tão profunda e forte que muito dos trolls se jogaram ao chão diante dele. O restante dos trolls cambaleavam e gritavam, jogando fora as armas. Eles fugiram tão rápido quanto seus membros podiam.

— NÃO! — Rugiu Trundle — EU SEREI O REI!

Dominado pelo desespero e raiva, Trundle atacou Udyr, no último momento, o xamã se esquivou do ataque desengonçado e a maça se cravou no chão. Ele ergueu o braço e desceu o cotovelo como um martelo batendo no antebraço do troll sentindo o osso quebrando.

— Agora, vai morrer! — urrou Udyr.

Udyr concentrou o seu poder sobre a mão, deixou que os guardiões dominassem seu ser. Ouviu o rugido do urso, sentiu o calor da fênix, experimentou a resistência da tartaruga e por fim fez sua escolha, o tigre. A fera indomada rugiu dentro dele. Os músculos se dilataram em seu braço e preparou-se para o golpe. Então Braum agarrou sua mão. Udyr sentiu o aperto e deteve-se olhando para Braum.

— O que significa isso? — Rugiu

— Já ouve sangue e morte o bastante.

Braum pegou o porrete de gelo verdadeiro de trundle e recitou algumas palavras enquanto colocava-o sobre o chão. Uma pequena tempestade surgiu no interior da arma. Udyr jurou que era um encanto. Então Braum desceu o escudo sobre a arma.

— Não! — gritou Trundle. Nesse instante, uma luz de um branco luminoso irrompeu da arma de gelo. A luz ofuscou Trundle, acabou de cair ao chão, protegendo os olhos com o antebraço. A luz continuou a jorrar do interior do porrete. Depois o clarão dissipou-se, deixando o mundo mais escuro do que antes, e o pouco que restava da arma, era pequenas partes quebradas fumegando.

Trundle enfurecido e humilhado. Levantou-se e fugiu para longe dali o mais rápido que pode, e desapareceu dos registros da história.

Mas ocorreu algo gelou o coração de todos. A ponte balançou, como se alguma coisa muito pesada tivesse ido contra ela. Muitos dos soldados soltaram as armas desesperados quando um rosnado ecoou por toda ponte, como se montanhas triturassem suas encostas uma de encontro à outra, tão profundo e poderoso que muitos deles encolheram-se de medo e pânico. Um rugido que anunciava o fim do mundo.

–------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

OST

Lâminas de sangue zuniu na direção de Katarina no instante em que mergulhou de novo no combate. Ela se desviou da maior parte delas, bloqueou doze delas com suas lâminas e cambaleou quando uma acertou sua barriga e outra a lateral de seu corpo. Nenhuma delas perfurou seus órgãos. — Não pare! Você já lidou com dores piores — convencia-se.

Vladimir deixou que seu poder atravessasse o braço. A magia fluiu por ele até que se concentrasse em sua palma. Dela o sangue escorreu como um filete e ganhou forma de uma espada curta. Sem dizer uma palavra, Vladimir disparou pelo espaço que os separava, com a arma de sangue empunhada.

Katarina estava terrivelmente fraca. Ela se afastou, mas não estava tão veloz como antes, e Vladimir atacou novamente. As habilidades defensivas de Katarina foram à única coisa que lhe salvou a vida dos primeiros segundos. A noxiana saltou para trás sendo acampainhada por Vladimir. Ela se abaixou e rolou para outro lado, fazendo com que a dança continuasse. A assassina vacilou quando a tontura retornou com maior intensidade.

Vladimir aproveitou a o vacilo. O movimento seguinte de Vladimir foi rápido e imprevisível demais para que ela contra-atacasse. Ele usou do sangue a sua volta para golpear as lâminas de Katarina e com outro golpe atingiu-a. O impacto a fez tombar no chão onde ficou atordoada e sangrando, com os dedos dormentes e a visão embaçada. Havia algo de errado, Vladimir não era do tipo que lutava com lâminas e não possuía tamanha força.

Katarina por sua vez tentou levantar-se praguejando, mas tinha o corpo pesado. Vladimir deu longos passos adiante e lançando um sorriso malicioso em sua direção. Ela estava ofegante apoiada com um joelho no chão. Katarina ouviu sons de passos que pareciam vir de longe. Ela fechou os olhos, sentia-se entorpecida.

Mas novamente ela escutava o seu nome ser chamado.

....Katarina....

— Eis o fim para mais letal assassina de Noxus. — Vladimir ergueu a espada e com um sorriso vitorioso desceu a lâmina.

Ela pode ouvir o grito de Vladimir, como se comemorasse o triunfo. Mas para sua surpresa a dor não aconteceu, o ataque de misericórdia não aconteceu.

Ao abrir os olhos novamente, ela viu Vladimir empalado em pela lâmina de Garen que se projetava do centro de seu peito. O grito de Vladimir não fora pelo trunfo, mas pela agonia. Ele foi erguido no ar, agitando-se imponentemente, incapaz de se libertar. Atrás dele, Garen, segurando o cabo da espada com o noxiano empalado nela. Vladimir urrou e praguejou injurias contra os dois.

— Morra com dignidade, ou que lhe resta dela! — Urrou Garen

Vladimir golfou sangue e a consciência se esvaiu de seu corpo. Finalmente, estava acabado. Garen puxou a espada e o corpo de Vladimir, que caiu pesadamente contra o chão deixando o sangue escorrer pela ferida aberta.

— Acabou. — Sussurrou ela

....Katarina....

....Katarina pare!....

O seu nome era chamado cada vez mais alto. Vindo de algum lugar de sua mente.

....Katarina me escute!....

A noxiana gemeu, ela conhecia essa voz. Garen.

....Katarina o que está fazendo?....

O ar a sua volta, cintilando de repente brilhou como se já não fosse uma coisa inteiramente material, e por trás desse brilho veio à revelação...

OST

Ela recuou tremendo, seus olhos se arregalaram, deu um passo para trás. Uma expressão de terror e revelação invadiram o seu rosto. O corpo de Vladimir havia sumido. Observou aterrorizada o rastro de sangue escorrendo do abdômen de Garen, junto à sua própria lâmina que lá se encontrava cravada.

— O que aconteceu? — Perguntou Katarina, dominada pela aflição. Ela girou o rosto e viu Riven dobrada sobre si, com um corte em seu ombro. O ferimento não era fatal, mas sua respiração saia com força. — Riven, o que...

Riven sorriu, o que até mesmo se mostrou uma tarefa difícil.

— A senhora luta muito bem, não esperava menos.

Katarina não parecia conseguir digerir a revelação de uma só vez. Sentia-se lenta, como se lhe tivessem dado uma pancada na sua cabeça.

— Eu fiz isso? O que diabos aconteceu com vocês?

Por fim, seu corpo cedeu, ela sentia-se atordoada. Katarina se apoiou sobre a perna e ofegou em busca de ar. O mundo girou a sua volta, por um instante sua razão vacilou. Havia manchas escuras e estranhos clarões flutuando no seu campo de visão. Por fim, um zunido de inseto foi dominando a sua audição a ponto de ela ter dificuldade em distinguir qualquer outro ruído. Respirou fundo, até que seus sentidos começassem a voltar.

— Ora, o que temos aqui, parece que você despertou. Bem vinda de volta.

Katarina tentou se recompor ao ver que Vladimir vinha em sua direção. Ele estava vivo e para sua surpresa, não havia sinal que havia lutado.

— O que você fez? — Disparou

Vladimir pareceu incrédulo.

— O que está falando? Eu estive parado aqui esse tempo todo, foi você que se virou contra seus aliados.

Katarina trincou os dentes e seus olhos faiscaram de raiva. Vladimir parecia se divertir.

— Você estava lutando contra Garen e a desertora (Riven) com tanto afinco que pensei que tinha algo contra eles. Mas foi bom ver que essa raiva não passou de um mal entendido, não é mesmo? Deveria ter visto, ele chamando por seu nome enquanto era cortado e golpeado por você, e você apenas gritando injurias contra mim. Então quantas vezes você me matou? Três, duas... Talvez Cinco?

A raiva de Katarina crescia à medida que ele falava.

— O que diabos você fez?

— Ora eu expliquei anteriormente. Você me investigou, não foi? Talvez não tenha percebido, mas eu usei boa parte do dinheiro para financiar um cientista brilhante em Zaun. Singed. Em troca, ele me produziria um novo tipo de neurotoxina. Ela dá para aqueles que a experimentam... Digamos... Novas experiências. substância para controlar e confundir. Tornar todos a sua volta inimigos em potencial e mudar toda sua noção de tempo. Mas infelizmente a droga está incompleta, ela age em seu hipocampo, mas afeta somente a sua memória de curto período. Sendo assim, você nunca será capaz de lembrar com exatidão quantas vezes me matou.

O semblante de Katarina estava carregado de raiva e ela mantinha olhos postos em Vladimir. Leblanc deu um passo à frente e começou a andar, circulando ela. Katarina ouvia acompanhando-a com um olhar voraz.

— Para todo o efeito, eu controlei sua percepção de audição, sentido e gosto. Criei o cenário perfeito enquanto você lutava com seus amigos. Não se culpe querida, a ilusão era perfeita demais.

Katarina reuniu o restante de sua força e arrancou suas facas da bainha o mais rápido que pode e lançou-as sobre Leblanc. Com um gesto, Leblanc bloqueou as cintilantes lâminas, que chocaram-se Inofensivamente com o cajado. Mas ela não se deu por vencido, e arremessou mais algumas desta vez com maior força e mais uma vez Leblanc frustrou seus esforços.

— Eu propositalmente fiz um pequeno corte em seu braço e injetei parte do veneno em sua corrente sanguínea. — Continuou Vladimir

— Em todo o caso — Disse Leblanc — Você vai sentir fortes efeitos colaterais. A droga irá tirar seu equilíbrio deixando-a completamente imobilizada por um curto período.

Ao cair de costas, Katarina ficou sem ar nos pulmões. Olhou para o céu de boca aberta e tentou respirar, mas era difícil, não conseguindo encher os pulmões de ar. Uma constelação de pontos vermelhos surgiu-lhe diante dos olhos e, durante alguns segundos de desconforto, receou perder a consciência.

— Por quê?

— Por quê? Eu preciso subir cada vez mais. Ninguém jamais esteve no nível superior, nem eu, nem você e nem mesmo os deuses. Mas logo, aquela vaga lá em cima antes inacessível, será preenchida.

Vladimir fez uma pausa, passando os dedos na Runa, fitando-a com as pálpebras semicerradas.

— O homem sempre vem tentando superar seus limites, mas inevitavelmente haverá um ponto em que ele não poderá passar. Por exemplo, haverá um limite que um espadachim alcançará como mestre da espada e seu progresso cessará. O mesmo acontece com os magos. Não sei se sabem, mas a magia consome tanta energia quanto usar seus braços e pernas. Se usarmos mais magia do que temos de energia, morremos. Só devemos usar encantamentos dentro dos nossos limites. E como saber se um feitiço usará toda nossa energia? Na maioria das vezes, não sabemos. É por isso que os mágicos precisam conhecer bem seus limites e, mesmo assim, devem ter muito cuidado.

A Ametista multifacetada na ponta do cajado de Leblanc ganhou vida, iluminando-se de súbito e banhando o espaço em volta com uma luz roxeada.

— Mas existe uma forma de ultrapassarmos nossos próprios limites. — Disse ela — É utilizarmos o poder do vazio. Esta ponte é uma ligação entre Runeterra e o vazio. Esta ponte fora construída seguindo instruções muito específicas. Cada junção das pedras perfeitamente encaixada e polida, com medidas tão exatas que chegam à precisão de um fio de cabelo de espessura. A estrutura fora feita para canalizar a fagulha vital daqueles que tombam sobre ela. Ou seja, cada soldado, cada ser vivo que morreu sobre essa ponte, tem sua essência vital drenada para as estruturas rochosas dessa construção. Através dessa pedra e do encantamento que o querido Tio de Ezreal traduziu em seus estudos, toda energia que está aprisionada na ponte, será sugada para a runa.

OST

Vladimir ergueu a pedra e uma pálida luz avermelhada irradiou dela. Leblanc sussurrou. Ao começar o encantamento, a pedra cintilou e marcas de runas incandescentes apareceram e se espalharam pelo braço de Vladimir. O poder se irradiava em ondas. Vladimir se sacudiu, com a cabeça balançando para frente e para trás. De repente, a cabeça tombou para frente, os olhos se fecharam e a respiração ficou lenta e profunda. Ao levantar a cabeça outra vez, abriu os olhos, sentindo o fogo vivo crepitando forte como um dragão em seu peito. Ele revelou olhos amarelos, cheios de poder. Um pequeno sorriso cruzou o rosto dele.

— Eu posso sentir... A energia fluir.

Leblanc aumentou o tom do encantamento. A sua voz quando soou novamente, era profunda e poderosa, como um terremoto vindo de dentro do peito dela e ressoando por toda parte. Uma luz apareceu alguns metros deles e permaneceu lá, flutuando ao nível dos olhos.

— A luz — Gritou Lux — Ela está sugando a energia vital da ponte.

Algo explodiu de dentro da pedra: um clarão de poder tão forte e brilhante que todos não conseguiam ouvir ou ver mais nada, exceto seus próprios batimentos e o sangue correndo em suas veias. O local explodiu num clarão de luz, e a energia percorreu a ponte, fluindo por cada camada da construção.

Sejuani deu um passo em sua direção, mas imediatamente foi aprisionado pelo imenso e petrificante poder dela; ao ser jogado contra o chão. Vladimir sorriu.

— Peço para que não se movam. É difícil pra mim controlar esse poder, é difícil pisar em formigas sem esmaga-las.

Lentamente a princípio, mas com uma velocidade cada vez maior, a a energia sugada para pedra era direcionada para o peito de Vladimir.

Depois, Leblanc acrescentou ainda mais entonação ao encantamento. Os versos da conjuração da magia eram tão complexos que Lux, mesmo com tantos estudos sobre magia, não conseguiu captar seu significado. A jovem maga podia sentir a magia fluindo em sua forma natural. As palavras eram tão intensas e profundas que a cada verso recitado vibrava dentro dos seus ossos, fazia sua pele formigar e o ar emitia uma luz trêmula.

Ezreal um instante achou que era uma ilusão, mas depois percebeu a realidade. O corpo de Vladimir mudava. Cada parte dele. O corpo de Vladimir ficou rígido enquanto o poder fluía, consumindo seu interior. Ele passou muitas horas estudando os domos. Intrigado com todo aquele poder. Agora finalmente o tinha, ele sentia que o céu e o inferno ficariam aos seus pés e ele se ergueria irrestrito e inconteste.

Com uma risada doentia ele disse.

— Meu coração troveja! O poder invade o meu peito... Eu estou vivo!

Seu rosto agora estava mais severo, seu maxilar era mais forte, suas sobrancelhas mais grossas, seu rosto mais largo. A sua pele estava mais vermelha e que parecia emitir um leve brilho, como se estivesse com o resplendor da magia. Seu cabelo estava longo e seus olhos emitiam um poder abissal. O branco fora substituído por um preto profundo como um abismo e negra como a noite, sua íris parecia em chamas, em um vermelho sangue.

Imagem: Transformação

— Tudo o que queria era poder! Passar por cima de todos, por poder! — Rugiu Ashe

Vladimir riu e sua voz estava mais profunda

— Eu não quero fazer coisas boas. Quero fazer coisas grandiosas. Não poderei faze-las sem o poder necessário.

Ela o fitava com nojo e ódio, um sentimento que era compartilhado por todos os outros.

— Deixe-me dizer algo. Antes da construção de Howling Abyss, alguns habitantes do vazio saíram e acabaram chegando a Freljord, onde encontraram as tribos lá, como eles eram seres superiores do vazio e tinham acabado de chegar ao mundo normal, eles queriam conhecer mais do nosso mundo, porém não tinham um meio para isso. Foi por essa razão que ajudaram os Glacinatas, deram poder e imortalidade e ganharam um império a serviço deles. Eles o chamavam de Observadores. Os Glacinatas construíram a ponte de howling Abyss a mando dos observadores criando a passagem de volta ao vazio, caso fosse necessária. No fim desse abismo existe uma passagem de volta ao vazio. Os observadores retornaram ao vazio, mas não conseguiram voltar por que a passagem havia sido selada por Anivia que deu sua própria vida no processo. E como os observadores não conseguiram retornar, eles continuaram no vazio, até que uma passagem fosse aberta novamente.

Por um instante, todos sentiram a ponte tremer. O silêncio abateu-se por toda a ponte. Novamente sentiram o tremor retornar, como se algo batesse pesadamente contra a estrutura. O som ficava mais alto e o tremor mais intenso a cada batida.

Bhum... Bhum... Bhum...

— Quando a ponte recolhe a energia vital para si, daqueles que morreram. — Continuou Vladimir — Ela renova o selo impedindo que a passagem entre o nosso mundo e vazio seja aberta novamente. Contudo, com a extração da energia vital, a ponte não consegue mais renovar o selo que mantém fechado à passagem do nosso mundo com o vazio, então o portal abre novamente por um curto período. Mas é o bastante.

Ashe mostrou os dentes

— O bastante?

Um terrível rugido gutural ecoou vindo de baixo da ponte. Um rugido longo e profundo que desafiava e provocava o mundo, cheio de ódio e fome que fez tremer a ponte. Mesmo os mais corajosos homens agacharam-se e encolheram-se diante do som ensurdecedor. Muitos cobriram seus ouvidos para protegê-los. O rugido continuou se alastrando por todo o abismo abaixo da ponte provocando deslizamentos nas encostas.

— As criaturas do vazio são atraídas por energia vital, o nosso mundo é como uma grande refeição para eles. Agora a porta está aberta novamente.

OST

Das profundezas do abismo ergueu-se uma enorme cabeça reptiliana, fileiras incontáveis de dentes percorriam sua boca como espadas afiadas. Sua mandíbula poderia devorar pedaços inteiros da ponte. O volume gigantesco do seu corpo formava uma parede muito íngreme. As suas escamas roxas cintilavam lhe dando uma aparência sólida e robusta.

A criatura era enorme. Só quando olharam para cima e viu os espigões sobre a coluna, é que se apercebeu das verdadeiras dimensões. Os olhos eram arroxeados, quase da mesma cor das das escamas. O gigantesco olho de pupilas fitou a tudo com um mal gigantesco, estudando os seus rostos. A Fúria e a fome eram tudo o que se via no olhar dele. Ver aqueles olhos enchia até mesmo o mais corajoso dos homens de medo e dava-lhes vontade de fugir e de se esconder num buraco fundo. Era algo muito semelhante ao que um coelho sentia, quando confrontado com um lobo enorme de dentes afiados.

A criatura urrou, fazendo com que todos levassem as mãos aos ouvidos. A sua boca parecia um túnel escuro, fétido e úmido para o inferno ardente. Tudo que todos podiam ver era a boca enorme da criatura pronta para devorar a todos.

Vladimir abriu os braços

— Eu lhes apresento, aquele que um dia foi conhecido como o Devorador de Mundos. O terror do vazio, Baron Nashor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e próxima semana teremos a continuação e logo logo o final =)

PLZ, comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Trono de Gelo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.