O Trono de Gelo escrita por DISCWOLRD


Capítulo 12
O Trono de Gelo


Notas iniciais do capítulo

Fazem 4 semanas que não posto nada, então peso perdão. Foi um somatório de provas+trabalhos+bloqueio criativo me deixaram longe do Nayh. Mas para compensar o tempo perdido posto hoje um capitulo grande para vocês. Uma mistura de ação, comédia e partes tensas e profundas.


VOCÊS AGORA VÃO SABER PORQUE EU CHAMO ESSA FIC DE O TRONO DE GELO

OBS 1: prestem atenção na discussão de Sejuani e Ashe, assim podem entender a diferença de pensamento das duas
OBS 2: Assim como Riven, eu mudei a personalidade de Malzahar. Para aqueles que assistem Bleach, deixarei em uma personalidade semelhante a de Ulquiorra

bom capítulo...



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Lux, Ezreal e Riven estavam saindo de Rakelstake a capital de Freljord. Seria interessante ressaltar que Ezreal nesse momento, estava vestido de garota por motivos complicados.

Certamente o caro leitor está se perguntando por que diabos ele estava vestido feito uma menina e digo que muito poderia ser acrescentado para explicar esse episódio, mas deixe-me fazer uma recapitulada.

Algumas horas antes...

OST

Um dos homens bem atrás disparou e a flecha voou zuindo, Ashe espalmou uma delas e, movendo depressa a cabeça, conseguiu driblar a outra. Ela separou as pernas e escolheu um ponto para ter maior apoio no tiro. Agarrou o Arco, puxou a corda e disparou sem nem ao menos mirar no alvo. A rajada glacial congelou o arco do homem, ao lado do qual, outros dois se preparavam para soltar seus projéteis. Ashe não lhes deu a mínima chance. Dois disparos ligeiros enviaram uma flecha rumo a cada um, congelando também suas armas na hora.

Os demais avançaram, naquela distância diminuta, o arco não era mais a arma apropriada. Ela guardou-o e sacou uma adaga enquanto se preparava para o ataque. Um soldado bem robusto gritou e atacou com um machado. Ashe calculou a distância e a velocidade com que ele vinha, desviou no último instante e aproveitando-se da brecha golpeou de lado, cortando o braço do homem. Outro atacou pela lateral com um rápido e sagaz movimento de corpo, ela desviou e arrancou a espada da mão do guerreiro. Um giro rápido pela lateral com a espada acabou com qualquer chance de reação dele. Mas não o matou.

― Esqueçam o dinheiro ― Rugiu Grud ― Mantém-la!

Dois Homens atacaram juntos. Quando um dos machados subiu para decepar a cabeça de Ashe, o outro foi de encontro a suas pernas. Somente um giro ágil e um salto pelo ar salvou ela de perder uma perna ou a cabeça. Assim que ela voltou ao chão, a dupla desferiu um novo ataque. Ambos brandiram seus machados rumo à cabeça de Ashe, obrigando-a a lançar mão do arco para bloquear o golpe. Ela não tinha força para ir contra aqueles homens e não precisava. Ela ergueu o seu arco sobre sua cabeça para se defender e quando as lâminas bateram sobre o arco mágico, uma explosão de luz irrompeu com o choque e os homens foram jogados para trás por uma força desconhecida.

Grud brandiu a própria arma um enorme porrete. Abriu um amplo sorriso quando Ashe disparou em sua direção. Mais tarde, lembraria apenas de uma coisa da luta. O extraordinário modo como ela se movia rapidamente e como ela conseguiu congelar sua mão com um tiro rápido e certeiro. Seus olhos se arregalaram quando sentiu uma coisa pontiaguda e gelada sobre sua garganta. Ele olhou para baixo com o canto do olho e viu Ashe com arco e flecha apontado para ele.

― Agora pegue os seus homens e dê o fora daqui! ― Rosnou ela

A ponta da flecha pairava sobre a garganta. Grud gemeu quando a ponta da flecha lhe furou. Ele afirmou com a cabeça. Ele deu meio volta e correu sem olhar para trás com a mão congelada os demais o seguiram. Ashe não havia matado apenas ferido.

― Agora vocês dois, o que diabos estão...

A rainha se virou para vê algo faltando na paisagem, o contorno de Riven e Ezreal que não estavam mais lá.

OST

Não muito longe dali...

Em geral, os heróis têm a capacidade de correr alucinadamente por castelos e fortalezas que nunca estiveram, derrotar o vilão, salvar todos e escapar bem a tempo de o edifício explodir ou desmoronar logo atrás deles. Ezreal e Riven visitaram a cozinha, salões, sala de armas (duas vezes) e o que pareceu para ambos serem quilômetros de corredor. De vez em quando, grupos de guardas passavam correndo, sem lhes dar atenção.

Ofegante Ezreal encostou-se na parede.

— Com todo esse papo de justiça você quer ser uma heroína, não é? — Perguntou Ezreal

Riven caiu escorregando as costas pela parede até o chão

— É o que pretendo — Respondeu arfante

— Poderia torturar um guarda para arrancar as informações dele. Faz parte da vida dos heróis espancarem os vilões, sabe? — sugeriu Ezreal.

Riven pensou.

— Espere aqui — disse se levantando, e saiu andando até se deparar com um empregado que limpava o chão com um escovão.

— Com licença — pediu com educação — Onde fica a saída?

— Só seguir por esse corredor, na terceira porta à esquerda vai encontrar a saída — respondeu o homem, sem olhar para trás.

— Certo.

Voltou e contou a Ezreal.

— Tudo bem, mas você arrancou a informação dele?

Riven pareceu consternada

— Não!

— Então, não foi muito heroico de sua parte.

— Estou chegando lá — garantiu Riven — Pelo menos não falei “obrigada”

Os dois prosseguiram o caminho

— Estou procurando um herói corajoso — Falou Riven

Eles agora dobravam por um corredor

— Algum herói em particular? — perguntou Ezreal

— Um que seja valente e não se importe em assumir riscos em troca de uma boa aventura — Respondeu

— Envolve alguma viagem arriscada a terras desconhecidas e provavelmente perigosas?

— Envolve.

— Encontro com criaturas ferozes?

— Provavelmente

— Morte quase certa?

Eles entraram por uma porta e cumprimentaram amistosamente um guarda

— Quase certo que sim

— Bem, eu lhe desejo sorte em sua busca.

— O quê?

— Sinto muito. Não sei a razão, mas talvez a ideia de morte certa, em terras desconhecidas, por um monstro feroz, não me agrada. Já tentei e descobri que isso não é pra mim. Eu nasci para uma boa leitura regada a livros grossos de estudo, ou analisando peças, ou o que mais gosto, explorar templos antigos e ruinas sem perigo aparente, a não ser o de desmoronamento. Nada de feras!

Ela riu dele.

— Olha, a melhor coisa do mundo é uma aventura. Cavalgar por pradarias com o vento no cabelo, na companhia da pessoa amada. — Ela hesitou por um tempo — Tá, não conheci a pessoa amada e eu não tenho dinheiro para comprar um cavalo, mas andar em pradarias é bom — Ela pensou um pouco e complementou — quando não se está chovendo. Explorar templos antigos e enfrentar o perigo. Não tem medo de que o futuro possa ser monótono e desinteressante?

— Eu quero que seja monótono e desinteressante de uma maneira que não arrisque minha vida — rebateu Ezreal

Riven bufou

— Esquece. Estou com fome. Vamos até os becos da cidade, talvez nas periferias encontremos alguma coisa para comer no anoitecer.

— Concordo, eu estou com fome. Mas poderíamos evitar a periferia.

—De que está com medo?

— Medo eu? Não estou com medo, mas é bom evitar esses locais por diversos motivos. Está quase de noite, não gosto das pessoas que andam pelos becos à noite na periferia.

— Quais seriam essas pessoas?

Ezreal respirou fundo.

— Assassinos, assaltantes, maníacos, bandidos, trapaceiros, agressores, malfeitores, ladrões, facínoras, espancadores, golpistas, estupradores, homicidas, meliantes, baderneiros, sádicos, vândalos, bárbaros e psicopatas. E olha que isso tudo é só a ponta do... do... do... Tem uma palavra complicada que deveria dizer agora... Mas não consigo lembrar. Sabe aquele negócio que fica quase todo debaixo d'água...

Riven pensou

— Hipopótamo? — Sugeriu enfim

— Não!

— Jacaré?

— Não, é molhado!

— Oceano?

— Não é duro!

— Mexilhão? Caranguejo?

Ela estava ficando sem opções

— Estrela do mar? Ostra?

— Iceberg! — Lembrou-se — É só a ponta do iceberg. Ou seja, tem muito mais problemas do que isso. Então seria melhor evitarmos.

— Ah é? Então vamos comer no centro onde as coisas são mais caras? — Disse ela cruzando os braços e batendo a ponta do pé nervosamente no chão — Por acaso tem dinheiro sobrando?

Ezreal hesitou.

— Ah — hesitou novamente. — Bom argumento — considerou — Vamos para a periferia.

Eles contaram mais alguns minutos... Dezenas de minutos, pois o senso de direção de Riven é um tanto perturbador. Passaram pela terceira porta, dobraram a esquerda e fizeram todo o percurso novamente. Visitaram o estábulo, passaram pelo jardim, e visitaram pela terceira vez a sala de armas.

Foi então que eles passaram por uma porta ogival. E entraram no local mais importante de toda Freljord...

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OST

Uma jovem entregou uma chave para o rapaz junto a ela.

— Aqui está à chave meu amor. Eu escondi como você pediu. Meu pai está suspeitando de nós, mas nada disso vai importar depois que nos casarmos. Vai ser logo, não vai?

— Claro, minha querida! — Respondeu ele com o sorriso mais simpático que conseguiria dá — Logo Logo teremos uma vida calma, cuidando da fazenda e fazendo um monte de pivetes... Uh que diga... Amados filhinhos. Mas antes preciso resolver isso antes. Portanto preciso ajudar minhas amigas aqui.

Ele puxou Lux e Nami para junto de si. A mulher sorriu e o beijou carinhosamente no rosto. Os três prosseguiram pela rua.

— Mas e sua noiva? — Perguntou Lux

O homem olhou para ela incrédulo

— Noiva? Eu tenho lá cara de bom partido.

Lux e Nami encontraram o tal sujeito na taberna onde estavam e ele as prometeu gentilmente servir de guia por nem um custo adicional, tá, só alguns punhados de moedas de ouro. Eles passaram por uma pequena ponte que cruzava o ponto A ao ponto B do bairro. Se pararmos para pensar, caro amigo leitor, é muito interessante esse fato. As pontes servem, por exemplo, para que indivíduos se desloquem do ponto A para o ponto B ao, mesmo tempo, que outros se desloquem do ponto B para o ponto A. Mas imaginemos que moremos no ponto C, entre os dois pontos, o A e o B, fico aqui imaginando o que tem de tão interessante no ponto A para que tanta gente do ponto B queira muito ir para lá, e o que tem de tão interessante no ponto B para que tanta gente do ponto A queira muito ir para lá. Fico pensando como seria bom se as pessoas resolvessem de uma vez por todas onde é que elas querem ficar.

Mas para Lux e Nami e o homem junto delas, queriam ficar no ponto D. Onde estaria o destino, que por sinal bem longe do pontos A, B e C. Depois de um tempo eles estavam quase chegando ao ponto D, que por sinal é no porto.

Lux puxou Nami pelo braço. Eles agora estavam no ponto E.

— Olha, eu acho que não confio nele. Ele me parece um aproveitador. — Sussurrou Lux

— Ele me parece ser uma boa pessoa — Retrucou Nami

Nesse momento o rapaz dava algumas piscadelas para as mulheres no meio da rua. Elas devolviam com risinhos.

— Pare de perder tempo com todo o rabo de saia — Esbravejou Lux

— Perder? Não existe melhor maneira de passar o tempo — Retrucou o rapaz.

— Não deveria assediar todas as mulheres que cruzam seu caminho.

— Não mesmo! Ainda acho que elas deveriam me assediar.

— Qual era o seu nome mesmo?

Ele deu um sorriso maroto para ela

— Twisted Fate, ao seu dispor. Mas se preferir minha boneca, pode me chamar de TF.

— Certo, TF, estamos chegando?

— Não falta muito — Disse ele sem se virar e acenando para uma loira que passava junto a ele.

— De onde você é?

— Bilgerwalter, a cidade dos piratas. A cidade litorânea. Lar das grandes frotas de navios, runs e toneladas de peixes fedidos.

— Parece... Agradável — Considerou Lux — E o que fazia por lá?

— Eu era... Ahn.... Era profissional autônomo

— Pelo visto, nada de honesto, não é?

— Bobagem, eu sou o ladrão mais honesto que você jamais encontrará.

— Como você se tornou ladrão? — Perguntou Nami com os olhos brilhando de curiosidade

— É uma longa história.

— Você queria muito uma coisa e não pode comprar? — Perguntou Lux

— Quase isso.

— Parece razoável.

— Ela não era nem um pouco razoável.

— Já gostou de alguma mulher, digo, já gostou de alguma de verdade?

— Apenas uma em Bilgerwalter, mas isso é outra longa história.

— Como era ela?

— Cabelos sedosos e ruivos, olhos perigosos e sensuais e uma voz que faria até um defunto levantar e praticar flexões. Tinha um corpo que servia para atingir o libido masculino como chumbo grosso. Ela costumava fazer coisas surpreendentes se é que você me entende. Eu poderia contar histórias que deixariam seu cabelo em pé.

Lux tapou os ouvidos de Nami

— Não, obrigada. Não queremos ouvir.

TF deu de ombros.

— Então. Onde está seu namorado?

— Eu não sei — Respondeu Lux — Mas juro que quando o encontrar teremos uma boa conversa. — Ela sorriu de maneira assustadora.

No outro lado da esquina...

— Então é por isso que você não consegue um namorado? — Perguntou Ezreal

— Exato! — Respondeu Riven

— Eu consigo manejar uma espada como ninguém. Partir uma armadura ao meio sem esforço. — Acrescentou ela, com uma sombra de orgulho.

— Nossa.

— Isso costuma afastar os homens.

— Imagino que sim — concordou. — Quer dizer, quando descobrem, fica difícil segurar o namorado.

— A não ser pela garganta.

— Não é o ideal para quem pretende construir uma relação saudável.

— Não, não é.

OST: https://www.youtube.com/watch?v=5r4QqHUk0Cs

Bem aqui desenrolou uma serie de eventos, lux pagou as moedas a TF e este se retirou. Nami deixou Lux, pois tinha que voltar para o barco. Foi então ela avistou Ezreal. A maga acenou, com um acolhedor sorriso. Os dois se encontraram e aconteceu algo que acontece com casais apaixonados. A realidade se dividiu em duas, a realidade de Lux e Ezreal e a do mundo real. A realidade da dupla, provavelmente uma orquestra tocava ou alguma canção melosa sobre amor que entoava nos altos falantes, passarinhos cantavam e animais corriam felizes pelos campos floridos, e acontece o que normalmente acontece com casais apaixonados. Quando esse tipo de coisa ocorre, explosões, brigas ou pedidos de socorros são meramente ignorados.

— Oi, eu sou a Riven — Acenou ela tentando chamar a atenção. — Sabe, Riven, espada, garota, heroína e pobre. Tudo bem? — Prosseguiu ela sem êxito.

Eles não prestavam atenção a nada.

— Vou ver se acho alguma forma de conseguimos um cavalo ou algo do tipo que nos leve — arriscou.

— Boa ideia — murmurou Ezreal sem desviar o olhar

— Quem sabe eu encontre algum assassino estando sozinha e eu vá acabar morrendo, mas não ligo — Disse Riven

— Excelente — Respondeu Ezreal

Ezreal acariciou o rosto de Lux

— Lux eu...

Mas ai aconteceu algo inesperado. Lux sorriu meigamente, cerrou os punhos e com toda força mandou vê. Ezreal dobrou sobre si colocando todo a ar para fora.

— Isso, deixe sua namorada sozinha e volte com uma garota desconhecida — Esbravejou ela.

— O quê? Mas eu estava...

— Não quero nem saber e ainda por cima perdeu meu presente — Resmungou Lux

Ezreal levou um tempo explicando todos os acontecimentos até ali. Depois de um tempo explicando e apresentando Riven, agora tinha um problema para resolver, como conseguir uma carona. O melhor meio seria cavalos como sugeriu Riven.

— Mas não temos dinheiro para comprar cavalos. — Retrucou Lux

Riven deu um sorriso maroto e olhou para Ezreal. Ele não gostou nada daquele sorriso, algo batia no sua cabeça dizendo que aquilo não seria nada bom, ele estava certo. A mente de Ezreal vinha operando na velocidade de uma lesma com problemas de locomoção. Parte dela dizia que ele se daria mal e que entraria em uma enrascada, mas esta se encontrava em conflito direto com outras partes que dizia que ele se daria mais mal ainda.

— Qual é o seu plano? — Perguntou Ezreal desconfiado

Riven se pôs a explicar. Ezreal abriu e fechou a boca algumas vezes, dando a impressão bem real de um peixe dourado que viesse tentando entender o conceito de sapateado.

— Hã... — soltou Ezreal, e sacudiu a cabeça. — Eu me perdi...

Lux dessa vez se colocou a explicar com auxílios de um giz, de desenhos mal feitos no chão e alguns gestos exagerados.

— AH NÃO, NEM PENSAR! — Explodiu Ezreal — Eu não vou fazer isso!

Alguns minutos depois...

Lux e Riven estavam junto de um beco, elas escutaram um ruge-ruge seguidos de palavrões e resmungos.

— Você já pode sair! — Gritaram Riven e Lux

— Nem por decreto! — Ezreal objetou.

— Se você não sair daí do beco eu mesmo vou iluminar o local. — Ameaçou Lux

Ezreal saiu.

Sabe aquele momento em que você tenta ao máximo segurar o riso para logo depois saber que não conseguiria e explodir em gargalhadas e dores de barriga. Riven e Lux tentaram trabalhar respiração e se controlar. Riven socou a parede e Lux apertou com força o cajado. Para logo depois ambas caírem gargalhando no chão. Riven se contorcia de um lado para outro segurando a barriga e rindo, Lux apoiou o ombro na parede segurando o abdômen rindo de tal forma que as lágrimas escorriam. O fato esse é que Ezreal foi obrigado a se vestir como uma garota. Agora ele estava com um vestido azul e dois melões que serviam para simular seios.

— Eu não estou achando a mínima graça — Resmungou — Lá se vai minha dignidade. Ou pelo menos o que sobrou dela.

Ezreal deu meia-volta com o rosto vermelho.

— Você tá uma gracinha Ez — Disse Lux ainda tentando recuperar o fôlego — Capaz até de botarem você em um harém!

— Podia ser pior. — Disse Ezreal — Tenho medo quando eles descobrirem a verdade antes disso!

— Mas eles amarram a corda em você, ai você fica pendurado e... — começou Riven.

— Isso não é harém. É uma forca! — Corrigiu Ezreal — Você não sabe o que é harém?

— Hum...

Ele explicou. Ela corou.

— De qualquer maneira — Disfarçou Riven — precisamos de cavalos.

O plano era simples, consistia em três garotas aparentemente inocentes e desesperadas para arranjar uma carona. Então “as três” teria que conseguir convencer algum sujeito. Riven, Lux e Ezreal saíram pelo fuzuê do porto à procura de qualquer homem que se encaixasse no perfil. Os homens olhavam com malícia para Riven e para lux para logo depois passarem mais tempo olhando para os melões de Ezreal. Ezreal passou por um grupo de soldados, estes passaram a soltar piadinhas e assovios. Foi então que Riven encontrou alguém com uma carroça.

— Olá meu bom homem, meu nome é Riona — Disse Riven com um sorriso acolhedor — Será que vocês poderiam nos ajudar? Eu e minhas amigas aqui — Ela apontou para Lux e Ezreal. Ezreal forçou o sorriso o que se provou ser uma tarefa atenuante. — Luana e... — Ela passou um tempo observando atentamente Ezreal — Erza — Disse por fim. Ezreal praguejou com uma voz baixa e fuzilou Riven com os olhos — Estamos precisando de uma carona. Será que podem nos ajudar?

O homem olhou com malícia para Riven por um tempo. Deu meia-volta e olhou com mais malícia para Lux, depois se voltou para Ezreal e olhou para ele com mais malicia e por um período mais longo.

Ezreal cerrou os punhos

— Francamente, pra mim já chega! — Ele arrancou os melões e jogou contra o chão — Eu tenho dignidade, sabia? Eu sou um homem! — tratou de afirmar

Ele respirou fundo, e disse:

— Se encostar um dedo em mim, vai se arrepender. Estou avisando.

O sujeito deu um sorriso mais largo e mais malicioso.

— Garotos vestidos de garotas. Gostei de Você.

Ezreal engoliu seco. Uma grande mão, feito um cacho de bananas com anéis, agarrou Ezreal pelo ombro. O homem sorriu com malicia com feições de urso. Houve um movimento súbito atrás do dele e a batida surda de um pedaço de madeira atingindo a cabeça de alguém. Por um momento, o sujeito pareceu atordoado, depois tombou para frente. Riven soltou o pedaço de madeira que vinha segurando e olhou para Ezreal. Uma expressão de alívio atravessou o rosto do explorador.

— Ele merecia isso.

Logo depois. Os três examinaram o animal com atenção e carroça com carregamento de repolhos e peles.

— Seria roubo — advertiu Riven — Sou pobre, mas sou honesta!

Ezreal deu de ombros.

— Talvez devêssemos deixar algum dinheiro — sugeriu Lux

— Não olhem para mim — alarmou-se Ezreal

— Ou escrever um bilhete e deixar. Ou qualquer coisa assim. Vocês não acham? — perguntou Lux

Riven montou na carroça. Lux subiu em seguida, Ezreal colocou o homem desmaiado entre o carregamento de repolhos. Depois conseguiu montar após apenas duas tentativas. Os três sentaram-se.

— Temos de sair daqui antes que o cara ali acorde. — Disse Lux

— Esperem aí — pediu Riven — Eu vou dar a ordem...

— Você, não — protestou Ezreal. — Eu vou dar a ordem isso é tarefa para homem.

— Mas...

— Cale a boca — cortou Ezreal.

Ele agitou as rédeas.

— Eiah! — ordenou.

Houve uma pausa.

— Avante!

— Talvez o cavalo não entenda essa língua — sugeriu Lux.

— Vá. Corra. Ande. — Prosseguiu tentando Ezreal

— Ou, talvez, só seja sensível a determinada voz...

— Cale a boca.

— Se fosse obedecer a essas ordens, já teria obedecido — irritou-se Lux.

— Vai, animal maldito! Arrgh!

Ezreal virou-se para Riven, que estava sentado com o queixo apoiado nos joelhos.

— Por que não funciona? — perguntou.

— Você não está dizendo as palavras certas — respondeu Riven.

— Ele não entende nossa língua?

— A língua não tem nada a ver com isso.

— Então o quê? — provocou o explorador.

— Olhe aqui, não é hora para orgulho ferido! — Falou Lux

— Você pode ficar tentando, não me incomodo. — Ignorou Riven

— Ponha esse negócio para andar!

Riven seu de ombros.

— Por favor — pediu Ezreal

— Têm certeza? — indagou Riven.

— Temos! — Respondeu Lux

Ela pigarreou.

— Recue! — ordenou.

O cavalo relinchou e se pós a andar para frente.

— Como foi que...

— Eu trabalhei no exercito antes e tinha contato com cavalos. — Explicou Riven — Aliais, quando era recruta cuidava de cavalos. Muitos deles eram sensíveis e tinham uma visão contrária do exercito.

— Como assim contrária? — perguntou Lux

— Eram pacifistas. Tudo o que eu fiz foi usar psicologia inversa. Eles fazem o que você mandar ao contrário. — Explicou Riven — Esse aqui devia ser um cavalo de guerra que foi dispensado.

Eles partiram. Os ladrões de cavalos e carroça tentavam se acostumar à nova experiência.

— Espero que seja uma viagem tranquila — arriscou Ezreal

— Mas eu continuo me perguntando — Argumentou Riven — se fizemos a coisa certa.

— Estamos prosseguindo, não estamos? — irritou-se Ezreal. — Deixe de ser chata. Além do mais, deixamos dinheiro — lembrou Ezreal — Quer dizer, se tivéssemos dinheiro, teríamos deixado. Mas escrevemos um bilhete.

— Exato! Eu até desenhei umas carinhas bonitinhas nele. — Complementou Lux — Além do mais o provável dono tá desmaiado ai atrás.

Lux, Ezreal e Riven finalmente prosseguiram caminho, deixando para trás, Rakelstake a capital de Freljord. E foi dessa forma que Ezreal saiu vestido de garota um evento bem peculiar para alguém que daqui alguns dias, conhecerá Sejuani, ajudará a decidirá o futuro de Freljord e terá um papel fundamental na guerra.

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OST

Algumas horas antes...

Ezreal e Riven contaram mais alguns minutos... Dezenas de minutos, pois o senso de direção de Riven é um tanto perturbador. Passaram pela terceira porta, dobraram a esquerda e fizeram todo o percurso novamente. Visitaram o estábulo, passaram pelo jardim, e visitaram pela terceira vez a sala de armas.

Foi então que eles passaram por uma porta orgival. E entraram no local mais importante de toda Freljord.

Os dois estavam parados em um corredor para tomar um pouco de fôlego

— Eu já estive em vários lugares, dá pra se conhecer muito da história do local pela sua arquitetura. — Disse Ezreal admirando o lugar — Olha só essa arquitetura, você pode andar o mundo todo e não vai encontrar nada parecido. Exceto essa parte aqui, essa aqui eu já vi em outro lugar.

— Ezreal, vem dá uma olhada nisso. — Chamou Riven

Os dois pararam estupefatos, eles olhavam admirados a enorme portão diante deles. Não era só um ponto de entrada para um espaço fechado por paredes, era majestoso e imponente. A madeira nobre estava talhada e duas figuras se projetavam. Na porta direita a figura de um homem que empunhava um escudo, alguns centímetros acima se via uma coroa reluzente. Na outra porta, uma mulher com uma espada e da mesma forma uma coroa a poucos centímetros pairando sobre sua cabeça e exatamente no meio dela uma grande ave descia dos céus sobre suas cabeças.

— O que acha que significa essas figuras?

— Um rei e uma rainha. — respondeu Ezreal — Freljord sempre foi governada por um rei e uma rainha. A espada da rainha é o seu governo e o escudo do rei é povo.

— E essa ave?

— Anivia.

Eles não tinham percebido antes, mas depois observaram uma nevoa fluindo por debaixo da porta que só contribui para curiosidade de Riven.

— O que acha que tem atrás dela?

Ezreal adiantou-se, ansioso por causar boa impressão.

— O salão principal — entusiasmou-se. Riven voltou-lhe o olhar — Tem esse nome porque é um salão, entende? E é o principal.

Ele engoliu seco.

— Um salão importante, sabe? — continuou

— Sei — Disse Riven incrédula

— Um salão importante, que é o motivo de ser chamado...

— Sabe de uma coisa? Vamos ver o que têm atrás disso!

— Espere...

Estendeu as mãos para as grandes portas de madeira e empurrou. Para a surpresa deles, mesmo que a porta medisse quatro metros e fosse tão grossa quanto suas pernas, era leve e deslocou-se sem esforço. Ambos entraram.

— Que lugar é esse?

— Isso é?

— A sala do trono, a sala do Trono de Gelo — Respondeu a voz na mente de Ezreal.

OST

Riven e Ezreal nada disseram, mas seguiram andando. Estendia-se diante deles, um salão com um teto de alta abóbada. As paredes eram decoradas por pinturas e tapetes nobres cada um indicando passagens importantes na história de Freljord. Estava tudo lá nos desenhos bordados a ouro, as primeiras rainhas, a fundação de Relkstalke, até as mais importantes guerras. O local era banhado pela luz que entrava pelas enormes janelas ogivais. O piso era liso e polido de tal forma que se viam o seus reflexos. Ao longo do caminho notaram figuras imóveis, estátuas de antigas rainhas coroadas. Cada escultura tinha olhos fixados no horizonte, seus rostos enfileirados ostentavam feições fortes e poderosas. E nelas, antigas runas cravadas.

Os dois seguiram andando. Foi então que viram. Os lábios do explorador se mexeram, mas não ouve palavras. Riven tentou dizer algo, mas nada falou. Maravilhados pela sua grandiosidade e beleza. Admiravam encantados tal construção. Como um acidente de ótica, um raio de luz paralelo recaia sobre ele. Bem diante deles agora, o Trono de Gelo.

Um trono elevado, esculpido em uma peça singular de gelo verdadeiro. É gracioso e belo, bordas curvas e aspecto de cristal reluzente. Com uma precisão milimétrica e angelical. Um poder emanava do trono, um poder que remetia a épocas ancestrais. Quando sentada, a rainha era quase engolida pelo assento. Seu tamanho tornava o ocupante miúdo. Tal qual uma cordilheira abraçando um vale. Assim Anivia ordenou que fosse feito, para que a rainha soubesse a grandiosidade de Freljord e que nunca se sentisse maior que sua pátria.

Trono de Gelo é o assento das Rainhas que são destinadas a governar Freljord. Antes mesmo de Avarosa, Lissandra e Serylda, o trono já era símbolo da liderança. Foi esculpido em gelo eterno e fundido pela magia de Anivia. Desde a construção do palácio real, o Trono de Gelo fica localizado numa alta plataforma na sala do trono. Habitualmente, os membros da Guarda Real ficam de guarda abaixo, e quando a Rainha está presidindo uma sessão, apenas ela, seus conselheiros e seu Rei podem sentar-se, todos os outros devem ficar em pé ou ajoelharem-se.

Sentado nele, a rainha realiza reuniões e aplica justiça. A cadeira em si é dura e fria. Mas é grandiosa, pesada, cristalina e ereta, com degraus na frente, o assento alto em que a rainha olha de cima todos na corte.

De relance Ezreal viu Riven curvar-se e ajoelha-se em respeito. Ela tomou sua espada a apoiou-a em pé no chão segurando firme com suas mãos. Ezreal viu algo nela, Riven estava com olhos solenes e uma expressão nobre. Olhos sombrios e tristes, olhos que já viram a morte e o pior da vida. Mas havia algo mais neles, uma determinação. Algo que só era visto nos maiores guerreiros e nos maiores heróis. Olhos que não temiam, olhos que iriam contra todo o mal, olhos que demonstravam justiça e compaixão.

—A luta deve sempre existir, enquanto estivermos defendendo nossas vidas contra a injustiça. Mas a espada brilhante não deve ser amada por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem. Que os ancestrais de Freljord me iluminem em minhas ações. — Disse Riven solenemente

(esse trecho foi um trecho modificado de Senhor dos Aneis)

Ezreal tentou ajoelha-se, mas sentiu algo estranho. De relance viu Riven parada como se a realidade tivesse sido petrificada. Ele a chamou, mas não obteve respostas. Ezreal ensaiou alguns passos quando sentiu uma neblina envolvendo-o. Percebeu que a neblina o tirou da realidade. Uma sensação de algo poderoso.

Este é o Trono de Gelo. O maior símbolo de Freljord quem se assenta nesse trono tem o direito de governar esta terra. Será com sua ajuda que poderá decidir quem irá sentar nesse trono.

Ezreal fraquejou:

— Anivia? Por que eu?

— No fundo da alma, você sabe que é um herói de verdade. Que a palavra “herói” está escrita no seu coração. Criança.

— O problema é que eu não paro de conhecer pessoas que querem conferir — lamentou — Mas, por quê?

— Por Freljord. Pela honra dos Antepassados. Pelo futuro. Pela vontade do seu coração. E porque vou deixá-lo congelado, se não for.

— Olha, você é poderosa. Não poderia banir essa tal de bruxa e trazer a paz para Freljord?

— As coisas não são tão simples, Ezreal. Eu não estou mais entre os mortais e minha influência é diminuta neste mundo.

— Então... talvez — Considerou Ezreal como se tentasse ver todos os pontos — se você falasse com as tribos, sabe? Conversarmos, talvez possam entender e então...

— Ingenuidade! Já ouve essa discussão anteriormente. Isso aconteceu alguns anos antes...

Uma densa neblina envolveu mais uma vez todo o local e Ezreal sentiu como se toda a realidade fosse alterada novamente. Uma forte luz ofuscou os seus olhos, após um tempo seus olhos se acostumaram e ele se viu em um corredor. Logo na sua frente estava Ashe. Ela suspirou e passou por dentro dele como se fosse nada mais que uma projeção.

Ashe seguiu subiu lentamente pelo corredor. O sol estava prestes se pôr. Ela conseguia ver a toda a cidade, as luzes como pontos incandescentes, como pequenos vagalumes, através das janelas na parede. À medida que avançava sua marcha tornou-se firme. Ela não demonstrava, mas estava cansada. Fora um dia longo e a única coisa que desejava naquele momento, era sentar-se com Tryndamare e beber uma caneca de cerveja, enquanto via a luz desaparecer do céu.

— Ela parece exausta — Observou Ezreal

— Sim. Desde seu casamento não descansou. — Respondeu Anivia — Passou os dias, até tarde a ajudar resolver assuntos públicos, longas horas de discussões em salões para alianças diplomáticas e estratégias militares e até liderando os Avarosianos em batalhas pelas fronteiras. Viajou até os limites de seu reino para subvencionar e erguer proteções. Ainda ajudou a reunir em acampamentos as famílias que tinham fugido dos diversos lugares de Freljord até Relkestake para terem abrigo do inverno. Mas, ela não podia se deixar fraquejar. Como sempre, ainda havia trabalho a fazer. Pois o que se sucedeu logo à frente deu futuro a Freljord. Ezreal, peço para que observe com atenção.

OST

(essa OST escutem e coloquem para repetir toda vez que acabar) (qualquer coisa colem aqui, ele vai ficar repetindo sozinho, Youtubereplay --> link )

Ashe parou quando chegou ao fim do corredor com chão espelhado, uma grande porta ogival, fez uma pausa para reunir ideias e permitir-se que sua respiração acalmasse, e empurrou a porta que dava acesso à grande câmara redonda. Estavam algumas pessoas à sua espera, Olaf, Sejuani, Tryndamare e vários outros lideres de tribos. Todos pareciam tensos e desconfortáveis.

Sejuani estava sentada numa cadeira funda. Tryndamare estava com as mãos repousadas e batia de leve no cabo da sua espada que apoiara no chão, diante de si. Sejuani tinha os braços cruzados e sua expressão era firme.

Quando Ashe abriu a porta, todos a olharam e um sorriso espalhou-se pelo rosto de Tryndamare que a cumprimentou. Ela sorriu em resposta e passou as mãos por seu musculoso ombro enquanto se dirigia ao seu assento.

Ninguém na sala parecia disposto a falar primeiro. Estavam tensos.

— Fomos convidados e viemos aqui para tomar uma decisão — disse um homem líder de uma das tribos presentes.

— Isso já nós sabemos, guerreiro — resmungou um outro.

— Deixe-o falar — disse Ashe — Eu gostaria de ouvir as suas ideias acerca da forma como deveremos prosseguir. É impossível continuarmos assim, Freljord passou tempo demais separado. Devamos unir essa nação torná-la forte e poderosa!

— Tal como deveria ser — Disse Olaf com um tom forte e claro.

— A questão que é como Freljord estará daqui pra frente. — Falou Sejuani, fitando os rostos em redor — Devemos ser fortes, nos tornamos uma nação forte! Logo as noticias de que me tornei líder dos Garra do Inverno e de seu casamento, Ashe rainha dos Avarosianos e Tryndamare rei dos povos bárbaros do norte, irá percorrer por toda Valoran. Temos que dar uma resposta agora, não podemos ficar a mercê de Demacia e Noxus.

— Não posso deixar que Freljord se desintegre numa centena de reinos diferentes e nenhum de nós deseja que isso aconteça. Temos de escolher tomar uma decisão. — Falou com autoridade, uma mulher que liderava uma tribo mais ao sul.

Olaf disse sem se virar

— Não se pode liderar um bando, quando se é fraco.

Tryndamare cerrou os punhos

— Seja o que for que decidir terá certamente grandes implicações. Seria sensato perceberem isso antes de fazerem a escolha.

Sejuani compreendeu muito bem. Era uma ameaça. Tryndamare queria dizer que, se eles tomassem uma decisão que desagradasse aos Avarosianos, isso teria desagradáveis consequências. Ashe tentou não demonstrar emoções. Estava muita coisa em jogo e qualquer erro poderia acabar por originar problemas durante gerações.

— Foram as suas ações que permitiram Freljord torna-se fraca, Tryndamare. Como os fracos ousam desafiar os fortes? — Reagiu Sejuani — Uma das formas de resolvermos este assunto sem derramamento de sangue é você renunciar ao direito rei e de Ashe de rainha.

O ar tornou-se denso. Ashe se levantou, seria sensato tomar a palavra. Com a voz abalizada disse em alto e bom tom.

— Leokfa, Hilda, Ostargar, Horgar, Reya, Thyr, Garthor, Sejuani e todos os outros membros aqui presentes. Devemos nos unir, eu ofereço um lugar ao meu lado. Juntos, podemos levar Freljord para um futuro sem sofrimentos. Junte-se como meus aliados. Principalmente você Sejuani, líder da Garra do Inverno. Junte-se a mim, para o bem de nosso povo.

Sejuani franziu o rosto como se mordesse algo amargo

— Então o que pretende a principio, é comparar a minha posição com a sua? Sermos iguais?

Ashe assentiu

– Exatamente, você me ajudará a guiar o meu povo.

– Seu povo? – Falou Sejuani com um repudio na voz – Eu vim para essa reunião, mas sabia que iria se suceder. Chega dessa tolice!

– Tolice? Estamos evitando uma guerra Sejuani. Porque deveríamos derramar o sangue dos nossos iguais, quando poderíamos nos unir.

Sejuani se levantou e sua voz era firme ecoando entre as paredes

– Porque, mesmo que o inverno nos massacre e a fome assole as nossas portas. Não devemos ceder! Isso nos tornou fortes, com a força devemos vencer a fome e o frio. Com essa força devemos desafiar ambos a terra e o céu. Com essa força Freljord se erguera irrestrita e inconteste!

– Isso é um pensamento de uma líder? – Perguntou Ashe com repúdio – Devemos erradicar o nosso passado de mortes e sofrimentos!

Sejuani parecia consternada

– Você quer mudar o nosso passado?

– Sim! – Esbravejou Ashe com ardor.

– O nosso passado de sofrimento nos tornou mais fortes, se quisermos mudar essa passado terá que ser pela força!

– Uma verdadeira rainha deve garantir a prosperidade de seu reino, uma rainha deveria ser capaz de fazer qualquer sacrifício! – Retrucou Ashe

– Você está errada! – Rebateu Sejuani – Uma rainha não faz sacrifícios é o povo que se oferece como sacrifício a ela!

– Essas são palavras de um tirano!

– Nós somos rainhas porque somos tiranos! Se uma rainha se arrepender de seu caminho, de suas escolhas essa rainha será apenas uma tola!

– Olhe para trás Sejuani – Esbravejou Tryndamare – Veja quantos de seu clã já morreram. Já não bastam essas mortes? Não tem nem um arrependimento?

– NÃO! – Rosnou ela em plenos pulmões – Eles morreram porque acreditaram em mim, deram suas vidas por uma causa, foram fortes até o fim. Se eu me arrepender estarei zombando de suas mortes! Se minhas escolhas me levarem a ruína, eu irei me lamentar, mas jamais recuarei, não irei voltar atrás ou me arrependerei de minhas escolhas!

– Só os tolos encontram a glória na morte! – Falou com toda força Ashe – A rainha deve ser responsável por seus seguidores, de que serve uma rainha que não protege aos seus súditos? Um reinado deve ser justo e claro!

Sejuani tornou-se mais firme

– Tolice! – Berrou ela – Então você será escreva da justiça?

– Isso é aceitável! – Respondeu Ashe – Devemos unir e promover a paz, sermos justas! Não gananciosas.

— UMA RAINHA SEM GANÂNCIA NÃO É NADA! — Rugiu Sejuani — Mas que nação seguirá uma rainha que se sacrifica? Uma líder deve ser mais gananciosa que qualquer um, ela deve falar mais alto e sua fúria implacável! Ela deve ser de exemplo para todos. Uma rainha deve ser amada e odiada. É por isso que seus súditos a invejam e a amam. Uma rainha deve salvar o seu povo, uma rainha deve guiar o seu povo!

– Sim, uma verdadeira rainha deve guiar e salvar o seu povo. Mas não com essa força, Sejuani! Você abandonará aqueles que ficam para trás, então, sozinha seguirá. Você seguindo os seus ideais egoístas! Sem dar aos necessitados a misericórdia justa?

– Misericórdia? – Disse Sejuani com um sorriso de escárnio – Sendo assim, você não é uma verdadeira rainha, é apenas uma garotinha brincando de ser rainha, uma falsa rainha com uma visão fraca de servir aos outros, não para ser servida!

– TOLICE! – Rugiu Ashe – Não confunda misericórdia com fraqueza! O maior tesouro de uma rainha é o seu povo, o que é da rainha sem seus súditos?

– Uma rainha deve ser maior que qualquer outro e ter toda a admiração de seu povo. Aquela que é digna de ser invejada e seguida, aquela que guiará seus servos, esse é uma verdadeira rainha! A vontade de uma rainha é a vontade de seu povo!

Sejuani avançou até ao centro da sala, com uma expressão firme e sombria. Depois ela proclamou:

– Eu, Sejuani, descendente de Serylda e líder do clã da Garra do Inverno. Proclamo-me como merecedora ao Trono de Gelo, eu serei a rainha!

Todos se ficaram pasmos. Tryndamare foi percorrido por um arrepio ao ouvir ela proferir aquelas palavras. Olaf sorriu em satisfação. Ashe não se abalou ela a encarou com sangue nos olhos.

– Você sabe o que está fazendo? Isso é uma declaração de guerra!

Sejuani encarou Ashe

– Diga-me Ashe, você me reconhece como sua rainha?

– Não! – Disse firme – Não entregarei o trono a você!

– Então, todos os presentes aqui nessa sala, estão cientes. Eu te desafio Pelo Trono de Gelo! Eu declaro guerra!

Ashe fuzilou Sejuani com os olhos

– Eu irei procurá-la no campo de batalha, Sejuani!

– Eu estarei esperando, se for capaz de chegar até mim!

Logo depois ela se retirou.

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OST

ou se preferir
OST

(esse é mais tenso, mas é curto D=)

Em algum lugar na Ilhas das Sombras...

– Mesmo no coração do paraíso, os anjos ainda podem sentir medo – Disse uma voz hedionda que ecoou fria e sem vida. – Os fieis não devem temer o túmulo.

“Todos começaram a morrer desde a primeira vez que começaram a respirar” era isso o que ele acreditava. O iniciado de meia idade baixou os olhos para o livro grosso que segurava com as duas mãos. As paginas amareladas pareciam ter letras escritas com sangue. Seus joelhos cederam e dobrando sobre si, ergueu os escritos sobre sua cabeça em direção ao ser que estava diante dele. Assim como os companheiros que assistiam à cerimônia. Como rezava a tradição, ele havia começado aquela jornada vestido com os trajes ritualísticos, uma toga. O grupo que o rodeava enredeava uma à luz mortiça como olhos espectrais. Ali todos eram iguais, irmãos unidos pelo juramento compartilhando no proposito da morte.

– Então, assim como o pastor cuida do seu rebanho, assim eu cuidarei daqueles que me seguem. – Prosseguiu a voz

Uma mão ossuda pousou sobre a cabeça do homem como uma garra doentia.

– Que a morte liberte a todos nós.

O iniciado deixou seu olhar subir até o rosto do distinto líder. Da sua face sem lábios ele sorriu. Karthus. Uma espécie de morto-vivo, uma figura esquelética carregando um cajado grande e vestido com um manto preto com capuz. Sua mão estava decrépita e sua cabeça era, em sua maior parte, um crânio exposto. Havia algo mais, uma luz perniciosa e sem vida iluminando-o que se fundia perfeitamente com uma escuridão sufocante, uma escuridão opressiva. Como se desse as suas vítimas um tormento eterno.

A mão esquelética puxou e puxou. A escuridão começou a sufocar o homem. Devorado pelo terror, ele nem sequer percebeu sua alma sendo retirada. Os dedos cravados através de seu corpo macio. Um grito horripilante rasgou o ar, enquanto a alma do homem era arrancada para fora do casulo de carne.

– A dor é o arauto de sua salvação – Proferiu Karthus

Então veio sufocado silêncio, a mente do humano entrou em colapso. Não havia mais vida nele. Karthus virou-se para os outros membros.

– Mais um irmão se juntou a salvação. A ilha das sombras canta mais alto do que qualquer sereia. Que a morte liberte a todos nós e – Anunciou – que os vivos escutem a nossa canção.

Os demais seguidores cantaram em uníssono. Um tom grave e mórbido anunciando o final da cerimônia. Karthus sentou-se como uma estátua em cima de um trono elevado, o trono negro, caveiras e ossos decoravam sua estrutura horripilante.

Um jovem curvou-se. Karthus mexeu-se, como se estivesse despertando de um longo sono:

– Elise não vai gostar nada disso. Tomando os seus seguidores. – Disse o Jovem

Malzahar aparenta ter de dezoito anos de idade. Rosto sério e as linhas angulares presenteavam-lhe uma aparência agradável. Os olhos cinzentos e obscuros coberto em parte pelas mechas de seu cabelo comprido castanho escuro. Pele bem bronzeada e esculpida. Karthus o examinou, contemplando-o seriamente, depois disse com um som gutural:

– Ela ilude os seus seguidores, eu os ilumino.

– Vel´koz não se juntará a nós. – Respondeu ele

Karthus bateu com os dedos finos no trono. Ergueu uma mão esquelética e apontou.

– Vel´koz é um tolo. Logo o senhor do vazio retornará e irá arrancar cada tentáculo oscilante daquele olho malicioso. Quando o vazio tomar esse mundo, todas as almas irão ser libertadas e meu proposito será comprido com a Morte. O vazio voltará e todas as criaturas serão libertadas com a graça da morte.

Karthus inclinou-se para frente, sua voz saiu com um tom muito sério e grave:

– Descobriu onde está a maga da luz?

Malzahar assentiu

– Em Freljord. Mas precisarei de apoio.

– Naturalmente

– Hecarim, sua habilidades podem ser uteis. – Sugeriu Malzahar

Karthus bateu com força contra o trono.

– NÃO! O corcel da morte precisa de rédeas. Ele não passa de um arauto, devo lembra-lo a quem verdadeiramente serve.

– Eu irei – Disse uma voz

Um rosto cavernoso envolto em chamas verdes surgiu das trevas como se nela fizesse parte. Ele parecia sorrir com malícia. A criatura esticou a mão como uma garra. As correntes correram como serpentes no chão.

– Freljord, tantas almas esperando por mim – Sorriu ele – A eternidade que passaremos juntos. – Disse Tresh

– A morte significa muito mais que tormento, guardião. – Repreendeu Karthus – Você pode até aprisionar os vivos, mas os mortos devem andar livremente.

O canto do lábio de Karthus ergueu-se, sugerindo um prazer macabro.

– Agora vão até Freljord e me tragam Luxuanna Crowguard.


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Notas finais do capítulo

Bem pessoal espero que tenham gostado, foi difícil digitar isso. -_-"
As ilhas das sombras atrás de Lux (tenso). Finalmente o grupo Riven, Lux e Ezreal. Agora que venham Nunu e Annie. Sim pretendo usá-los, da mesma forma que estou pretendendo usar Braum.

ERZA, foi o nome criado por White Vir, obrigado ^^



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