Bleeding Out escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Eu não demorei!!
Cade a festa?
Olá pessoinhas do meu coração.
Eu tenho que dizer, depois do último capítulo eu deveria ter demorado milênios para postar, sabe, as vezes eu espero que vocês sejam mais simpáticas comigo.
Mas, tudo bem, eu mereço o silêncio de vocês.
Queria agradecer a Paulie e a Lyra Mellegood por terem deixados comentários tão gentis no último capítulo.
Paulie, somos duas que invejamos o super lindo e maravilhoso roupeiro da Amy, mas eu acho que ela não se toca das coisas que tem lá dentro.
Lyra, é menos vezes do que você pode acreditar que eu ouço isso, mas é simplesmente muito reconfortante saber que você gosta da fic, faz-me querer escrever mais e mais.
Um beijo e um queijo para vocês, meninas.
Bom capítulo para todas(os).



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Ian não conseguia deixar de analisar cada movimento de Amy enquanto a conversa se desenrolava.

Após Dan mostrar animado toda a parte social da casa, os Holt, os Cahill, sua irmã e ele e a mulher dos cabelos coloridos que não desgrudava de Amy, se sentaram na pequena parte da sala reservada aos sofás.

Nellie, Ian lembrou ser o nome da mulher de cabelos coloridos, observou a mesa de centro por um tempo, antes de se virar para Amy e sussurrar algo em seu ouvido. Algo que vez Amy rir.

Ian não pode deixar de ficar com ciúmes, e de se culpar por ter ficado com ciúmes depois. Ele estava tentando fazer Amy rir fazia um tempo, e mal conseguirá um meio sorriso que a garota parecia reservar para Dan e Natalie, e aquela mulher que acabara de chegar a fizera rir?! Isso era um insulto tremendo no dicionário de Ian Kabra.

Bom, ele as tinha visto conversar e depois se abraçar melosamente poucos instantes antes, então sabia que eram próximas, Amy não abraçava ninguém, e não deixava ser abraçada por ninguém. Pelo menos era isso que Ian achava. Ele não ia falar nada, afinal, ele não deveria ter visto tudo aquilo. Os pais de Ian o haviam treinado para ser discreto, então enquanto ele fingia estar prestando atenção nos Holt e Dan ao lado de Natalie, ele apenas estava observando pelo reflexo da porta espelhada Amy e Nellie.

Tinha que admitir que ficará surpreso com todo aquele entrosamento.

A cada dia que passava parecia que Amélia tinha mais e mais amigos. Primeiro a garota ruiva no clube sei-lá-o-que, agora a mulher dos cabelos coloridos. Talvez Ian houvesse feito um julgamento errado da personalidade da prima. Talvez ela fosse super social.

Quando este pensamento lhe ocorreu, ele se lembrou da maneira como ela havia se encolhido, quase entrando para dentro da parede, na delegacia, e como não havia falado uma única frase quando Janet jantou com eles, e logo esqueceu-se daquilo. Se Amy era social então ele era o homem mais pobre e honrado de toda Londres. E não querendo dizer nada, mas ele não era.

— O que você acha, Ian? — Dan lhe perguntou, provavelmente sobre algum assunto que ele estava discutindo com Eisenhower e Hamilton. Ian quase corou por ser pego observando Amy, mas seus vários anos de treinamento o impediram disto. O que foi ótimo, pois no momento seguinte grandes olhos verdes jade o encaravam, quase que como a fala de Dan a tivesse impelido a olhar para ele. Amy abaixou a cabeça, corada, ao ver que Ian a observava.

— Sobre o que, exatamente? — Ian perguntou, sorrindo folgado ao se virar para Dan e os outros. O Cahill mais novo estava com uma expressão de “te peguei no flagra”, mas logo o respondeu.

— Eisenhower estava nós convidando para jogar uma partida de futebol americano — Ian precisou de meio segundo para lembrar que os americanos gostavam daquele jogo levemente ridículo de correr pelas pessoas enquanto segura uma bola com um formato engraçado no peito como se fosse um seu bem mais precioso. Não que Ian apreciasse muito qualquer tipo de esporte, mas futebol americano lhe era totalmente repugnante. — Hamilton acabou de entrar para a liga profissional, com apenas 19 anos, isso não é incrível?

Ian tentou parecer simpático ao parabenizar Hamilton, mas não achava nada incrível naquilo todo. Até uma criança consegue perseguir uma bola por um campo, talvez o motivo pelo qual Hamilton fosse bom naquilo era porque conseguia afastar qualquer um com o seu peitoral gigantesco. Ian não dava muito valor a massa muscular e sim a massa cinzenta, mas deveria valer algo para um adolescente americano como Dan.

— Futebol? — Uma das gêmeas perguntou, a morena. Ian ainda estava tentando decorar os nomes. — Eu topo futebol a qualquer momento. Maddie, os meninos querem jogar futebol! — Ela chamou a loura, Maddie (???), super animada como Natalie ficava quando anunciavam um desfile de moda onde ela era convidada para modelar.

— Vocês realmente querem fazer isso? — Perguntou a loura, com um ar de petulância para o pai e o irmão. — Da última vez, eu, Reg, a mamãe e a Nellie ganhamos uma de lavada.

— Eram quatro contra dois! — Hamilton se defendeu. — Se vocês houvessem jogado de maneira justa, então, quem sabe...

— O mimimi-eu-estou-numa-liga-profissional-e-perdi-para-as-minhas-irmãs, que tal você procurar a sua dignidade antes de tentar encontrar desculpas? — Uchi, essa doeu até em Ian.

Dan sorriu faceiro por ver a competição se formando, as gêmeas chamaram Mary-Todd, Natalie, Nellie (e quase como por consequência Amy, Ian não deixou de pensar, amargurado) para a conversa. E em poucos minutos estava decidido, eles iriam jogar.

Ian apenas conseguiu lançar um rápido olhar para Natalie, que quando notou revirou os olhos e desenhou a palavra “americanos” com os lábios, antes de notar a palidez no rosto de outra pessoa. De uma certa ruiva um tanto quanto deslocada naquela cena.

Bleeding Out

Amy se deitou cansada naquele dia. Os Holt voltaram para casa fazia pouco, prometendo voltar no dia seguinte para o jogo prometido.

Ela não estava animada. Nem pouco animada. Na verdade ela queria matar o irmão por tê-los incentivado. Ela não sabia jogar. E não queria.

Naquele jogo havia muito contato. Muitos toques. Ela não tinha certeza se conseguiria aguentar aquilo.

Mas ela tentaria.

Em um momento entre sua tentativa de deter os pensamentos antigos que chegavam com Nellie e os estranhos pensamentos que Ian Kabra lhe trazia, Amélia caiu nos braços de Morfeu.

No dia seguinte, com o sol entrando pelas janelas, ela acordou com o calor gostoso em sua face.

Sentou-se assustada, fazia anos desde que ela acordava daquele jeito. Ela nunca mais deixou as cortinas abertas, mas por algum motivo na noite anterior havia se esquecido de fechá-las.

Amy olhou o relógio na cabeceira da cama, eram sete horas. Era muito cedo. Estava ela ficando com uma mania ruim de acordar cedo?

Amy andou, com seu grande pijama listrado e uma almofada azul clara, até a janela. Gastou alguns minutos observando a silhueta dos postes de Boston, enquanto abraçava a almofada e a si mesma. O que estava acontecendo? Ela mal se reconhecia agindo daquele jeito. Era tanta coisa para pensar e tanta coisa para fazer.

Ela precisava dar um jeito de falar com John Starling. Precisava fazer sala para os Holt pelo tempo que ficassem. Precisava ser forte para continuar agindo encantadoramente perfeita para Natalie e Ian.

Ian...

Amy jogou a almofada no chão com raiva. O que estava acontecendo? Por céus, como três letras mexiam tanto com ela? Ela não podia agir desse jeito. Seu corpo não podia agir desse jeito. Seu coração definitivamente não deveria bater mais rápido com o mero pensamento no rapaz e, estrelas, ela nem queria pensar sobre a cor que deveriam estar suas bochechas neste exato momento!

E tudo isso e ainda tinha aquele sentimento de culpa. Aquele sentimento que nunca deixara ela. Como ela poderia ficar, mesmo por um instante, feliz longe daqueles que ela amava? Isso não seria trair seus pais e avó? Ela não poderia cogitar a opção de seguir em frente.

Ela deveria se manter forte até dar um jeito em Ian e Natalie. E se não houvesse jeito para ser dado... Bem, não haveria motivos para ela se importar com mais nada.

Bleeding Out

Ian resolveu que iria junto com Dan quando este decidiu ir acordar a irmã. Já se passara das nove horas e logo os Holt estariam ligando para saber se já estavam a caminho do campo que conseguiram, em algum lugar ao norte de Boston.

— Eu liguei para Sinead e seus irmãos mais cedo — Dan falou, como numa tentativa de puxar assunto com Ian. O britânico tentou não pensar muito em o quão menos interessante que a irmã Dan era. — Eu vi que Amy gostou de tê-los reencontrado, e bem, eles são da família segundo Amy. — Ele riu de algo, o que fez Ian lançar um olhar curioso para ele.

— Qual a graça? — Perguntou Ian, eles estavam subindo as escadas que levavam para o grande corredor da casa.

— Sabe, Amy estudou algumas árvores genealógicas ultimamente — Dan riu novamente, deixando o moreno de olhos âmbar ainda mais confuso. — Ela estava irritada quando fui falar com ela ontem de noite, eu mal consegui acreditar, Amy não ficava irritada com algo desde sempre. Foi bem engraçado de assistir. Mas enfim, ela me disse que havia checado 24 gerações e nem sinal de um traço de ligação entre as nossas famílias. Ela alega não ter encontrado os Holt ainda também, porém a família de Sinead está lá.

Ian se espantou com o fato. Amy estava procurando uma ligação entre eles? Por quê? E então lembrou-se da ruiva dizendo que passara o dia estudando... Quem sabe Amy estava mais interessada na árvore da família Cahill do que em finanças ou administração, como Ian havia imaginado.

— Você fica com uma cara engraçada toda vez que falo da minha irmã, — Dan acusou, parando na frente do quarto de Amy. — Não consigo deixar de imaginar o que pensa sobre ela...

Com essa Ian congelou.

 — Como assim? — Apenas seus anos de treinamento o impediram de começar a gaguejar naquele momento.

— Bom, parentes próximos nós já sabíamos que não éramos, então não deixo de imaginar se você não...

— Pelo amor da minha irmã, você bebeu Daniel? — Ian estava tendo que manter toda a sua concentração em não corar ou falar alguma besteira. — Você realmente acha que...

— Eu não estou dizendo nada, Kabra. — Dan riu, segurando a pequena maçaneta pronto para girá-la.

— Espera, estou curioso. — Ian falou, devagar e contido. — Você realmente achou que um cara como eu e uma garota como ela...

— Não. Definitivamente não. — Respondeu Dan enquanto girava a maçaneta, e embora sua resposta, Ian enxergou os lábios curvados para cima, como se ele achasse a reação de Ian muito engraçada.


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Notas finais do capítulo

Ai gente, não resisti a esse final.
Quem sabe da onde vem essa frase comenta ai, essa frase do "um cara como eu e uma garota como ela". Na real esse finalzinho todo é meio uma referencia ao meu casal favorito na dramatologia cinematográfica.
Enfimmm, deixem os seus reviews, contem-me o que estão achando da fic.
Próximo capítulo saí no sábado que vem, vou tentar manter esse cronograma.
Love u guys,
Becky.