Scarlet escrita por PandoraMaximoff


Capítulo 6
Bradley




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Que bizarro!

É, ainda não me conformei com Bradley viva, não que eu seja uma espécie de maníaca psicopata, NÃO! Mas essa situação esta me deixando aflita e com muita raiva, tipo muita mesmo. Norman não fez nada agora...nada e Bradley esta mais agradecida pelo abraço do que por ter sido praticamente resgatada por mim e ter vindo ate ele. Poderia ser o ciúmes ou simplesmente a grande injustiça que ela esta fazendo, qual é! Poderia simplesmente ter esquecido ela lá na rua, mas não minha mãe interior me fez ajuda-la.

— Norman – Bradley estava chorosa, e lagrimas começaram a rolar – E-eu preciso de um tempo... e de ajuda.

Que raio de coisa aconteceu pra ter ficado assim? Ela havia pedido duas coisas, tempo e ajuda e pra ser sincera até Norman sabia que tempo não poderia ser dado a ela. Se tinha algo obscuro nessa farsa toda, seria mais sensato sair da cidade. Afastei um pouco a cortina da janela de uma forma muito indiscreta observei Romero entrar em seu carro, dar partida e deixar o motel. Dylan estava carrancudo pela cara, tinha tido mais uma de suas conversas super agradáveis com o xerife.

— Emma? – Me afastei da janela olhando para Bradley que forçou um sorrisinho falso – Obrigada.

Assenti. Não iria dizer o famoso “ de nada”  ela praticamente me obrigou a ajudar quando revelou ser... ela. De qualquer maneira, não iria apenas aceitar isso e engolir sem saber as verdades.

— Certo, agora pode falar por que fingiu ter se matado? – É eu fui muito delicada.

Norman riu nervoso, odeio quando ele faz isso, sempre tem alguma coisa errada.

— Emma! – Me repreendeu – Ela deve estar cansada, não vamos fazer perguntas.

Não, eu não iria fazer perguntas. Iria força-la a contar toda a historia, se Bradley esta aqui agora é por minha causa e é, mas do que obrigação me contar o que eu quero saber.

— Não! – Bradley sentou-se na borda da cama recém-arrumada – Eu matei um cara... Gil.

Certo, isso foi totalmente inesperado aquilo era muito pior do que eu imaginava, quer dizer ela poderia ter irritado alguém eu iria compreender, mas matar? Não, isso era demais. Aquela situação era demais. Perigosa e sangrenta, do tipo que não da pra resolver sozinha principalmente forjando a própria morte. Ela simplesmente iria ter que conviver com isso, mesmo com toda a ajuda do mundo... ela viveria fugindo. Estava mergulhada em meus pensamentos, absorvendo a “nova” Bradley quando a porta foi aberta de forma urgente revelando um Dylan surpreendido.

— Bradley? – Esse nome virou moda.

Dylan fechou a porta observando a garota em sua frente. Ela sorriu, como se fosse ele quem ela queria ver desde o inicio. Norman repetiu o que fez mais cedo comigo: Intercalava olhares de Dylan para Bradley, e para ser sincera estava me sentindo mais excluída ainda até Massett aparentemente sabia.

— Tudo bem – Falei alto atraindo a atenção dos três. Aquilo estava ridículo, se Norma perceber que estamos aqui ela vai desconfiar – Primeiro você precisa de comida, roupa e cuidar desses ferimentos. Depois você resolve o que fazer okay?

Me senti a responsável, mesmo sabendo que o mais velho era Dylan.

— Certo, mas eu não tenho dinheiro – Ela murmurou cruzando os braços, praticamente estava se auto abraçando.

— O que aconteceu Bradley? – Perguntou Dylan passando a mão no rosto.

— Dylan – Novamente lagrimas rolaram pela mancha roxa, e boca cortada – Eu preciso de um tempo pra explicar.

Bradley não gosta de mim, é so faltava uma placa de neon brilhante em sua testa, o que era reciproco de minha parte, mas não precisava ser exatamente um gênio pra saber que algo muito ruim aconteceu.

— Não explica nada agora – É, hoje estou me sentindo obrigada a interpretar Bradley – Certo, eu vou até a cidade comprar roupas e comida.

O fato era que eu queria  a verdade, e pedi para ela não explicar nada. Agora claro...

— Então eu vou voltar pra recepção – Norman saindo as pressas como um ratinho fugindo. Dylan bufou, até ele percebeu que Norman não gostou muito da tensão que se criou com a chegada do mais velho aqui.

— Vamos Dylan – Não era sensato deixa-lo aqui sozinho com essa garota, ela estava exausta e cansada. Eu realmente não sabia o que concluir da situação, o que me fez pensar se ela não é uma... psicopata. Além do mais ela já esteve em um hospício.

Sai do quarto, apesar de ter chamado Dylan não quis me certificar se ele realmente fosse me ouvir, claro isso deu certo uma vez. Com os meus poderes de persuasão.  Entrei no carro procurando minha caixinha de borboletas, lá havia algumas economias minha, era pouco mais dava pra começar algo. Papai dizia que minha caixinha de borboletas dava sorte, multiplicava minhas economias e foi assim que ajudei papai a comprar o impala. Segurei o cordão que o senhor Sulivan me deu, era ouro puro e com certeza daria pra conseguir alguns trocados a mais.

— Decody  - Dylan me chamou, ele estava na caminhonete preta – Eu te levo até a cidade.

Serio, eu iria desconsiderar a pequena gentileza, mas essa seria uma chance de me aproximar. Pra ser sincera tinha pena da Norma. Tranquei a porta do querido impala do papai, e fui até a caminhonete.


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo vai ter mais spoiler :V



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