The First Girl escrita por Child of the Moon


Capítulo 32
Storm


Notas iniciais do capítulo

EAI PESSOAS, tudo bem com vocês? Sem mais delongas, o capitulo
COMENTEM DYFGYUIEJYHETGR
pufarvorzinho



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O sol já havia nascido e nós já estávamos andando a umas duas horas. De vez em quando parávamos para comer ou beber água, mas a situação já estava ficando alarmante. Nossos suprimentos já estavam acabando, e como eu não havia conseguido trazer água estávamos nos virando com a dos meninos.

Estávamos basicamente na mesma posição que ontem. Minho e Thomas andavam na frente, atrás vinha Winston agora sendo apoiado por Caçarola, Jeff carregava algumas bolsas de alimento atrás dos dois. Uma sequência de Clareanos que eu não tinha contato estavam logo atrás. Por último vinha eu e Newt para ver se ninguém ficava para trás.

Meus pés começavam a reclamar mas eu não prestava muito atenção nisso. Desde que começamos a andar não tirava minha cabeça de Teresa. Mesmo não tido a oportunidade de conversar muito com ela minha preocupação só crescia. Provavelmente a essa altura Janson já havia tomado todo o poder da C.R.U.E.L. e minha mãe não tinha mais nenhuma influência lá dentro, então eu não sabia o que esperar.

Só Deus deve saber o que ele está aprontando para Teresa. O fato dela não estar conosco era questionável. Será que ela estava com o grupo B? Aris estava conosco, logo pela lógica ela deveria estar com o grupo B.

Mas o que mais me preocupa é o fato de Janson estar fazendo o que bem entende na C.R.U.E.L.

–Um gole de água pelos seus pensamentos. – Newt disse descontraído.

Ri com a naturalidade que ele falava, como se estivéssemos caminhando em um grande campo gramado.

–Estou preocupada com Teresa.

–Como assim? – Ele perguntou agora olhando pra mim.

–A essa altura Janson já deve ter tomado todo o poder da C.R.U.E.L., Teresa está longe e sabe-se lá com quem. Não sei o que pode acontecer com ela.

–Queria poder confiar nela.

–Não vejo porque não. Ela é apenas outra vítima.

–Vocês já tinham conversado antes do labirinto?

–Não me lembro. Mas eu sinto como se eu pudesse confiar nela. Como se fossemos amigas antes disso tudo.

–E o que você sente sobre nós antes do labirinto? –Ele perguntou com um sorriso grande no rosto.

Empurrei ele de leve carinhosamente não conseguindo parar de rir.

Ele segurou meus pulsos me fazendo ficar de frente para ele me roubando um beijo rápido fazendo minhas bochechas ficarem coradas.

Newt ria descontroladamente enquanto minhas bochechas ficavam mais e mais vermelhas.

Aris que estava a mais ou menos dois metros a nossa frente nos olhou sem entender muita coisa fazendo Newt rir mais ainda, obviamente fazendo minhas bochechas ficarem mais vermelhas.

Era bom ter esses momentos de descontração, era como se tudo fosse realmente ficar bem.

–É melhor você se cobrir melhor com o pano, parece que você está ficando queimada. – Newt zoava com a minha cara me fazendo puxar o pano que estava na minha cabeça para cobrir quase meu rosto todo.

–Ei! – Minho gritou lá na frente. – Olhem isso!

Andando um pouco para frente consegui avistar uma sequência de prédios a distância. Pelos meus cálculos eles deveriam estar a alguns quilômetros.

Comecei a andar entre os Clareanos sendo seguida por Newt até ficar ao lado de Thomas.

–É melhor irmos para lá. – Ele disse. – Podemos estar seguros lá.

–Aquele lugar pode estar enfestado de Cranks. – Newt disse. – O que iremos fazer se isso acontecer?

–Iremos lutar contra eles. O que mais podemos fazer? – Minho disse. – E também estamos quase sem comida e água.

–Minho está certo. – Disse. – Lutamos contra dezenas de Verdugos, isso não pode ser tão difícil.

–Estávamos armados, mas tudo bem.

–É melhor nos apresarmos. – Disse apontando para o céu.

O céu cinzento acima de nossas cabeças iria se romper a qualquer momento sobre nós.

Começamos a andar em um ritmo maior ficando a poucos quilômetros dos alojamentos quando nos deparamos com um homem de idade deitado de costas na areia.

Nos entreolhamos antes de formar um círculo envolta do senhor. Afinal não havia motivos para ter medo, estávamos em maior número. Thomas tomou a iniciativa chegando mais perto do homem. Dei um passo para frente para vê-lo melhor. Senti um arrepio cruzar minhas costas ao ver a aparência dele. Ele aparentava ser muito mais velho do que realmente deveria ser, machucados feios cortavam seu rosto. E por fim seus olhos. Seus olhos estavam insanos, perdidos em seus próprios pensamentos.

–Senhor? – Thomas falava chegando mais perto. – Senhor precisamos de ajuda.

Ele agora estava agachado na frente do homem balançando a mão na frente de seus olhos.

–Senhor está me ouvindo? – Thomas insistia.

–Ia ser maravilhoso se ele nos falasse alguma coisa sobre a cidade. – Minho disse sem paciência. – Ei velho! Pode nos dar algumas informações.

–Ele não me parece muito lucido para ter uma conversa. – Disse não tirando os olhos dele.

–Ele não parece estar nem nos ouvindo. – Newt disse se ajoelhando ao lado de Thomas. – Esse cara é uma danada de uma mina de ouro se conseguíssemos que nos conte sobre a cidade. Ou sobre os Crank.

O homem piscou de um jeito que achei que não fosse abrir mais os olhos.

–Ele não da nenhum sinal que está sequer nos ouvindo. – Disse ficando do outro lado de Thomas.

–Continuem tentando. – Falou Minho. – Temos que tirar alguma informação desse velho.

Novamente o senhor piscou lentamente me fazendo pensar que iria cair morto na nossa frente.

–Ei meu nome é Thomas, não vamos machucar o senhor. Queremos ajudar. – Thomas continuou falando.

O senhor finalmente deu um sinal de vida olhando fundo nos olhos de Thomas. Ele levantou sua mão segurando o pulso de Thomas me fazendo dar um passo para trás.

Thomas esboçou uma cara de dor soltando um grito abafado tentando puxar a mão que o homem segurava. Provavelmente ele estava segurando seu braço com uma força inimaginável por nós.

–Ei! – Gritou Thomas. – Me solte!

O homem agora balançava a cabeça freneticamente sussurrando uma coisa indecifrável.

– O que disse? – Thomas disse ainda tentando tirar seus braço das mãos sujas do velho.

–Vem uma tempestade. – Ele disse com uma voz áspera. – Cheia de terror... saia...fique longe...gente ruim.

O homem finalmente largou o braço de Thomas se sentando no chão. Seus olhos se arregalaram em puro terror berrando em plenos pulmões.

–Tempestade! Tempestade!

Me afastei rápido puxando Thomas que tentava se levantar do chão.

–O velho é maluco. Vamos sair daqui. – Minho disse se direcionando para os alojamentos a distância.

Grossos pingos de chuva começaram a cair em nossas cabeças enquanto começávamos a andar. Os prédios deveriam estar a meia hora de distância, mas se apertássemos o passo chegaríamos mais rápido.

O som de trovoes caiando atrás de nós fez com que começássemos a correr sobre a chuva. Tirei o pano que cobria minha cabeça enquanto corria pois estava começando a pesar. Minho e Thomas corriam rapidamente a minha frente enquanto Newt corria com certa dificuldade ao meu lado.

Um estrondo ao meu lado esquerdo mostrava que um raio tinha caído bem ao nosso lado. Dei um pulo pra o lado caindo no chão devido ao susto. Minhas roupas agora encharcadas ficaram sujas de areia. Levantei rapidamente retomando o ritmo que estava antes.

Outro raio caiu agora atrás de mim. Virei meu rosto e vi que ele atingiu um dos Clareanos. Se não me engano seu nome era Jack. Parei de correr no mesmo memento que vi ele cair sem vida no chão. A vontade de correr atrás dele era grande mas Minho segurou meu pulso me impedindo.

–E tarde. – Ele dizia com uma voz desolada.

Voltando para frente ele continuou correndo ao lado de Thomas. Vários raios caiam ao nosso redor fazendo-nos quase cair no chão.

Um raio agora caiu na nossa frente atingindo Minho. Um grito saiu de minha garganta enquanto corria até ele.

Suas roupas estavam pegando fogo. Comecei a bater meu pano em suas roupas até que o fogo apagasse por completo. Agora a maior parte de sua roupa está preta e rasgada devido ao fogo. As partes que davam pra ver seu corpo mostravam queimaduras feias. Seus rosto também estava machucado mas nada muito horrível.

–Vamos continuar! – Ele berrou.

Depois de alguns minutos correndo a chuva de raios havia cessado restando apenas os grossos pingos de chuva.

Continuamos correndo agora quase às cegas, as nuvens tampavam toda a luz que restava e provavelmente já era quase de noite. Garotos caiam e se levantavam a todo momento. Quase escorreguei de novo em uma poça de água se não fosse por Newt que segurou meu braço.

O primeiro a entrar na pequena cidade foi Minho. Entrei na marquise de um prédio sendo seguida por todos os outros.

Sentei no chão de concreto apoiando os cotovelos nos joelhos.

–E agora? – Perguntei.

Minho praticamente se jogou ao meu lado.

–Eu estou uma mértila. Estou me sentindo uma mértila.

–Gente- disse Thomas. – É melhor entrarmos, pode ser perigoso ficarmos expostos aqui fora.

Enquanto cada um ia entrando eu ia contando.

1...2...3...4...11

11

Apenas 11 estavam aqui. Pesar que deveriam ter uns 50 no labirinto e uns 25 indo para o deserto e apenas 11 conseguiram chegar até aqui era deprimente.

Depois de passar pela porta meu corpo parou em pânico, nenhum musculo sequer conseguia se mover, todos os meninos se encontravam na mesma situação que eu. A maioria encostada na parede observava o número de Cranks que saiam pelas portas em nossa direção. Todos eles armados com parafusos grandes, pás e pedaços de madeira.

–Vamos acabar com eles. – Minho disse para nós.

Segurei o pulso de Minho impedindo-o de fazer alguma burrada.

–Bote sua cabeça de mértila para pensar. – Disse para ele. – Eles estão armados. Nós só estamos exaustos.

–Estava precisando de uma briguinha para animar as coisas. – Minho dizia rindo.

Dei um tapa em seu braço enquanto os Cranks se aproximavam mais.

Uma corda desceu do andar de cima pelo imenso buraco que tinha no teto. Dele desceu um homem que me aparentava ter menos que trinta anos. Sua aparência era suja e desgastada. Roupas rasgadas acompanhavam o homem.

–Ola Hermanos, meu nome é Jorge, sou o Crank que toma conta deste lugar.


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