The First Girl escrita por Child of the Moon


Capítulo 26
I came to explain everything


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente, foi mal de novo pela demora e tudo mais, aproveitem :D



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Fortes braços arrancaram o loiro da minha frente o puxando pelo quarto. Pelo menos três guardas estavam no quarto armados contra qualquer coisa que Newt poderia pensar em fazer.

Levantei em um sobressalto e peguei uma cadeira de madeira que estava no canto do quarto junto com uma mesa feita do mesmo material. Com todo a força que meus braços poderiam fazer joguei ela nas costas do homem que arrastava Newt.

–Mocinha pare com isso, você sabe que ele não deveria estar aqui. – O guarda falava com desdém.

Newt lutava contra os homens, mas logo foi parado por um cano de ferro que apontava para sua cabeça. Todos os meus músculos congelaram apenas observando a cena. O loiro também havia parado de lutar agora.

–O joguinho acabou? – O líder deles falava trocando olhares entre eu e Newt.

Sem falar mais nada o homem levantou Newt pela camisa e o empurrou para a porta, apenas dando a chance de eu gesticular “Lembre” com os lábios para ele. E com um baque surdo ele foi jogado para fora e eu estava sozinha novamente.

O resto da cadeira estava jogado nos meus pés. Os pedaços totalmente destruídos pelo choque com as costas do homem impossibilitavam ela de conserto.

Catei os pedaços levando meus olhos em toda a extensão da madeira cheia de farpas. Meus dedos tamborilavam pelo objeto destruído fazendo um som continuo se alastrar pelo local.

Um barulho fez meus olhos subirem para porta. Era minha mãe. Ela já teve aparências melhores, agora parecia que ela lutava uma batalha todos os dias aqui dentro. As coisas estavam tão diferentes. Tão horríveis.

Vi algo prateado em suas mãos, me parecia ser uma chave. Atrás de si ela trancou a porta e veio apressadamente até mim.

Ela sentou na beirada da cama à minha esquerda e ficou me olhando.

–Como você está? – Ela perguntou preocupada.

–Meu corpo ou minha mente?

Minha pergunta a fez abaixar tristemente a cabeça me fazendo sentir um pouco mal. Ela passou a mão nos meus cabelos emaranhados demostrando carinho.

–As coisas vão melhorar filha. Eu prometo.

–Janson?

Ao ouvir seu nome minha mãe respirou profundamente, demonstrando uma irritação pelo simples fato de seu nome ser mencionado.

–Ele está conquistando cada vez mais poder aqui. Sua palavra agora vale talvez até mais que a minha. Mas o que mais me preocupa são seus métodos, são muito severos.

– O que ele está planejando?

–A fase dois será iniciada nessa na próxima semana. Alguns testes serão feitos nos meninos, as meninas já vão ser enviadas amanhã mesmo. A troca foi feita com sucesso. – Ela falava rápido com um pesar tão grande que deprimia.

–Quando você vai me contar tudo?

–Eu não posso filha, tudo vai se encaixar na sua cabeça, eu juro.

–Eu preciso ir. – Falei segurando suas mãos entre as minhas,

–Eu sei. – Ela concordava tristemente. – Tentarei fazer o máximo para mante-la segura.

–Eu preciso falar com os garotos. Preciso explicar tudo a eles.

–Janson não vai aceitar. No meio da noite, vou tentar livrar tudo para você chegar lá.

–Obrigada. – falei com um sorriso meigo.

–O resultado do exame sai hoje. – Minha mãe falava olhando para a janela alta na parede.

– Eu não ligo para o resultado. Aquelas palavras não vão mudar isso. – Falei segurando minha cabeça forte bagunçando a cabelo.

Poderia jurar que algumas lagrimas escorrerem pelo seu rosto.

–Tudo vai ficar bem Effy, tudo vai ficar bem. Eu preciso ver as meninas agora.

–Porque você vê tanto as meninas? O que elas tem de diferente dos meninos?

Ela passou as mãos na saia branca apressadamente olhando em meus olhos.

–Eu preciso ir.

~*~

As batidas na porta mostravam que o corredor estava vazio para mim. Minha mãe tinha dado um jeito de tirar todos do caminho para ninguém me ver passando.

A única luz do quarto era a fraca luz da lua que entrava pela janela me fazendo tropeçar. O largo casaco que batia no meio da minha coxa cominando com o resto das minhas roupas largas. Ainda não tinha entendido o motivo de me darem roupas o triplo do meu tamanho.

Nos pés as meias me permitiam andar sem fazer barulho. Silenciosamente abri a porta deixando um feixe de luz entrar no meu quarto. Fechei ela atrás de mim e comecei a atravessar o corredor colada na parede.

O corredor era longo com grandes paredes cinzas. Elas se assemelhavam ao labirinto. Andar pelos corredores fazia minha cabeça rodar. Deve ser por isso que eles não me deixam sair.

Depois de andar por um tempo, pisar em falso algumas vezes e cair no chão por tropeçar nos obstáculos que a minha mente botava eu cheguei em uma grande porta de ferro onde se lia:

“Grupo A”

E em baixo uma ficha com os nomes dos meninos. Me surpreendi em ver alguns faltando. Eles não me deixavam ver eles pelas telas, também, eu estava ocupada com os exames.

O cartão que minha mãe havia me dado encaixava em uma abertura onde deveria ficar uma maçaneta. Um “bip” soou quando eu passei ele pelo buraco e um “clac” fez com que a porta se abrisse.

Empurrei ela devagar me mostrando todos os meninos levantarem rapidamente para se protegerem ou talvez até brigarem.

–Sou eu. – Disse encolhida na porta atrás de mim.

–Elisabeth? – Ouvi a voz de Minho em meio das outras na minha cabeça.

–Minho?

–Sim. – Ele veio em minha direção me dando um abraço apertado.

Atrás dele pude ver Newt com seus olhos perdidos nos meus e ao seu lado Thomas. Fui em direção a eles dando um abraço em Thomas.

–O que aconteceu com você? Você está...

–Horrível? – Cortei sua frase me observando em um espelho que tinha no canto do quarto.

Meu cabelo estava igual a o de uma semana atrás, extremamente embolado e desarrumado. Olheiras profundas marcavam meus olhos negros fazendo uma grande linha preta embaixo dele. As grandes bolas negras dos meus olhos estavam arregaladas, insanas.

–Já me acostumei. – Falei.

Com uma cara preocupada Thomas me deu um outro abraço parecendo me consolar. Depois de longos me soltei de seus braços e fui até o loiro do seu lado que já estava de pé.

Passei meus braços em volta de seu pescoço envolvendo-o em um abraço. Seus braços passavam em minhas costas apertando fazendo com que o abraço demorasse mais.

Me soltei de seus braços olhando em volta passando os olhos por todos os clareanos.

–Eu vim aqui para explicar tudo.


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Notas finais do capítulo

Então gente espero que tenham gostado, deu pra ver que a Elisabeth não ta bem das bolas ( falando aqui pras que não perceberam hahahahaha), deixem comentarios, recomendações, tudinho :D



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