Meu nome é Alyssa Johnson. Tenho 16 anos. Sou branca, ruiva e cheia de sardinhas em meu rosto. Já fui chamada de ruiva oxigenada algumas vezes, ou cabelo de fogo também, mas não me importo muito. Eu morava no estado do Colorado, junto com a minha mãe, meu pai e meu irmão caçula.

Christian, minha mãe, é uma mulher muito linda. Trabalha como empregada de minha casa, e acho que não ganha muito dinheiro. Ela é o "homem" da casa, pois manda em tudo, e todas as ordens são delas. De tempos em tempos, trabalha como garçonete em um restaurante local, mas não é assalariada.

James, meu pai, é um homem de família, muito bom e disposto a ajudar. Ele é quem sustenta a família e tem um emprego muito bom. Ele trabalha como anestesiologista, ou seja, ele tem a função de manter os pacientes dormindo e vivos durante uma cirurgia. Por trabalhar em hospitais, não fica muito em casa, mas ganha aproximadamente uns 160 MIL dólares por semestre. Significa que de 6 em 6 meses, ele ganha 160 mil, pra pagar as contas e etc. Diga-se de passagem que somos uma família ''rica" graças a ele. Ele também está sempre viajando muito para salvar vidas.

Steve, meu irmão peste. Tem apenas 12 anos, mas age como se tivesse 4. Sua idade já é curta, do jeito que ele age então! Ele AMA aprontar, especialmente comigo. Sempre que levo algum menino para minha casa, nem que seja apenas um amigo, por qualquer motivo que seja, ele inventa tudo quanto é tipo de história para que eu nunca tenha um namorado. Ele estragou meu primeiro beijo, quando eu tinha uns 13 anos. Esse capetinha aí tinha 9 anos e logo quando eu estava perto de dar o meu primeiro beijo, ele colocou ket-chup nas minhas calças e todos pensaram que eu estava menstruada. Conclusão, o garoto (Kevin) foi embora, pois acho que estava incomodando. Ele nunca incomoda...Bom, enfim, desta vez em diante ele vem atrapalhando cada relacionamento que eu tive. Só espero ele não me incomodar no baile de formatura.

Éramos uma família muito feliz lá. Infelizmente, meu pai me deu uma notícia, uma notícia não "muito feliz":

James: Filha, precisamos conversar...

Eu: Fala papai!

James: Bom, eu vou ser bem direto ao ponto. Filha, eu e sua mãe...bem, nós te amamos muito, e não importa o que acontecer, nós sempre vamos te amar. - ele disse bem calmo e sério.

Eu: Mas por que diz isso pai? Aconteceu alguma coisa? - perguntei. Já estava ficando nervosa.

James: Filha, o que eu quero dizer é - ele bufou, soltou um arzinho da boca (sem ser arroto) - Eu ganhei um proposta de emprego em Nova York.

Eu: O que?

James: Bem, eu fui promovido e vou ganhar 100 mil a mais do que ganho. Entende, é uma ótima oportunidade pra todos nós.

Eu: Mas papai, seu salário já é o suficiente para sustentar toda a família.

James: Mas meu amorzinho, se ganharmos 260 mil dólares por semestre, mas facilitar em 100% (cem por cento) nossa vida! Imagina só, quantas coisas o papai vai poder te dar!

Eu: E você já confirmou?

James: Eu pensei bem e..já me decidi. Filha, vai necessário irmos...

Eu: Você já aceitou não já?

James: Bem eu..

Eu: Você já aceitou, sem nem me consultar! Saí correndo pro meu quarto, chorando.

Minha vida quase acabou nesse dia. Teríamos que nos MUDAR para lá, e eu detesto ter que mudar. Não é só mudar de casa, é mudar de escola, de amigos, até mesmo de igreja. É um choque em sua vida. Largar meu melhores amigos, minha vida é aqui. Não me conformo com a ideia de deixar a Megan (minha best), Kevin (o menino que eu gostava) e Diana (uma patricinha da escola, que eu não consegui me vingar a tempo) aqui. Fiquei com a cara enfiada no travesseiro por umas 2 horas. Daqui a dois dias, nós estávamos indo viajar. Era sexta, então dava tempo de pelo menos me despedir dos meus amigos. No dia seguinte, na saída da escola...

Eu: Pessoal, tenho que contar uma coisa pra vocês...

Megan: Fala diva dos bebelo laranja (ela gostava de dar apelidos carinhosos para as pessoas), que te passa?

Eu: Hehe, vou sentir sua falta Meg!

Megan: Como assim "vai sentir minha falta"?

Eu: Bem, Meg - Meg era o apelido dela - eu vou...bem, eu vou...Meg, eu vou me mudar!

Megan: Como assim? O que foi? - ela disse apavorada.

Kevin: É, por que você vai se mudar? - esqueci de contar que o Kev (apelido dele também) gostava de mim. O sentimento era recíproco.

Eu: É porque meu pai foi promovido pra um hospital melhor, e ele vai ganhar até mais dinheiro pelas condições do dono, lá em NY. Então, agora eu não vou mais ficar por aqui, vou sair de vez eu acho do Colorado...

Megan: Que pena...poxa Aly! Eu gosto tanto de você! Mas, você nem conversou com ele?

Eu: Eu tentei! Mas ele já tinha se decidido quando me contou...

Kevin: Poxa...tchau Aly!

Eu: Tchau Kev! - nos abraçamos.

Megan: Tchau Aly...eu...vou sentir sua falta! - nos abraçamos.

Eu: Eu também Meg!!!

Os três se abraçaram e meu pai chegou pra me buscar.

Sábado se passou. Voando inclusive. Chegou domingo, o dia que iria mudar de vez minha vida. Foram 28 horas de viagem. Ao chegarmos vi uma casa enorme e muito linda, de cor laranja, repleta de flores e uma piscina linda nos fundos. Para minha sorte, seria lá que nós íamos morar. Minha situação melhorou em 60% (para aumentar meu texto, sessenta por cento) com essa casinha. Mas ainda não estava completo, ainda tinha que nos instalar, eu e meu irmão teríamos que ir para uma nova escola, teríamos que nos acostumar com o lugar, comprar móveis novos...e isso, leva tempo!

Eu: Pai, essa é a nossa casa mesmo?

James: Sim filha. Por que? Não gostou?

Eu: Tá brincando???? Eu simplesmente amei isso aqui! Muito top cara!

James: Ai, fico feliz meu amor! - me deu um abraço - Sabe filha, eu pensei que você iria entrar em uma mini-depressão, ou que iria me odiar, essas coisas...

Eu: Mas pai, eu to deprê, só gostei da casa mesmo. E eu não odeio você! I hate sua ideia de girico, isso sim! - nos soltamos.

James: Hehe, com o tempo isso passa filha, você vai ver como papai tava certo!

Eu: Pai, para de se chamar na terceira pessoa, você ia gostar se eu ficasse falando a Alyssa fez isso, a Alyssa fez aquilo?

James: Mas você é o bebê de papai!

Eu: EU NÃO SOU SEU BEBÊ! Eu já sou adolescente, não sou mais uma criancinha! - saí e o deixei no vácuo.