The Dark Secret escrita por Lala


Capítulo 11
Adrenaline


Notas iniciais do capítulo

Hola chicas y chicos! Aqui estou eu 2 meses depois desde a última atualização - #VouMeEsconder -, e eu não esqueci do meu xodô, que no caso, é a história. Mas enfim, posso adiantar que nesse capítulo haverá pessoas mostrando as garrinhas e deixando a máscara cair e mais algumas outras revelações. Quero agradecer a todos que leem a história e anunciar que estamos com 1.004 visualizações. Sem vocês, nada disso seria possível.
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—>Fanfics - Laís Figueiredo ♥

                          Armando’s P.O.V

Após sair do hospital, apressei-me para localizar Miguel e tirar satisfações com ele. Mas antes que eu conseguisse pensar em mais alguma coisa que poderia fazer com aquele desgraçado, recebi uma ligação:

— Alô! — respondi a chamada.

— Armando, sou eu, Daniel. — a voz de Daniel estava com um tom de preocupação. — Você ficou sabendo da última surpresa desagradável de Miguel, não é? — perguntou.

— Mas é claro que estou sabendo. Foi graças a ela que fiquei as últimas três horas numa sala de emergência. — respondi ironicamente. — E a Constanza? Como ela reagiu?

— Miguel me surpreende a cada dia mais. Primeiro, tentou matar a própria esposa e agora isso. Ele é uma caixinha de surpresas desagradáveis. — disse Daniel. — Constanza ficou possessa, é claro! Ela e o conselho ainda estão tentando descobrir como ele burlou a proteção que Montserrat pôs na casa e na boate.

— Como assim, ele tentou matar Evangelina? — perguntei enquanto me encostava em um poste de luz que havia na rua.

— Lembra que a polícia estava investigando as causas do acidente de Stephanie? Então, um informante que temos no departamento de perícia disse que o carro estava com os freios cortados, ou seja, foi sabotado. E foi Evangelina quem fez isso. Por puro despeito ou ciúme. O que você preferir.

 Eu já tinha uma ideia de que essa foi a causa do acidente que quase tirou a vida de Stephanie, mas ainda assim fiquei pasmo quando Daniel me contou sobre isso. Sempre soube que Evangelina era capaz de qualquer coisa para manter Miguel por perto, como engravidar duas vezes - Sim, ela conseguiu ter filhos com um vampiro -, atentar contra a própria vida e entre outras coisas, mas tentar matar alguém além dela era novidade. Ela é o exemplo vivo de que amor cega as pessoas. Ela sempre amou ele mais do que a si mesma e ele era apaixonado pela minha amada Lara. Miguel nunca sentiu nada por Evangelina a não ser desejo sexual e de possuir herdeiros. De uma menina ingênua cheia de sonhos e ambições até uma mulher cruel cheia de raiva e inveja. Foi isso que Evangelina se tornou. Cruel, raivosa e invejosa.

— Agora, me deixa adivinhar. Ele descobriu que ela tentou tirar Stephanie da reta e ficou furioso, mas não matou Evangelina, pois ela o ameaçou de tirar o feitiço que o dava imunidade ao sol. Estou certo? — já sabíamos de cor e salteado que essa era sempre a ameaça dela e ele não fazia nada, porque sabia que ela não estava blefando.

— Exatamente. Você está certíssimo, Armando. Foi exatamente desse jeito. — respondeu Daniel. — Agora preciso desligar, pois ainda há muito a fazer. Até logo, meu amigo. — despediu-se.

— Até. — respondi e apertei o botão vermelho do celular para acabar com a ligação.

Continuei meu caminho até a casa de Enrique, onde Miguel estava hospedado. Entrei no prédio que Enrique mora e quase fui barrado pelo porteiro, mas graças a Deus ele me reconheceu como o “rapaz que traz a menina simpática” nas palavras do próprio. Em vez de subir até o décimo terceiro andar de elevador, preferir subir de escada, pois para mim não faria diferença alguma entre os dois.

  Ao chegar ao andar deparei-me com a porta do apartamento número 328 aberta e logo entrei para verificar se não havia mais ninguém na casa além dele e de Nadia. Se eu estiver com bastante sorte, Enrique estará a essa hora dormindo com Stephanie. Fui andando por todos os cômodos, incluindo cozinha, banheiro, sala de jantar, de estar e escritório. Os últimos que faltavam eram os quartos. Entrei nos dois quartos de hóspedes que provavelmente estariam ocupados por Nadia e Miguel. Não havia ninguém. Agora só faltava o quarto de Enrique.

 Chegando perto da porta, comecei a escutar barulhos estranhos como se lá dentro estivessem várias pessoas. E foi isso que descobri quando entrei no quarto. Lá estavam Miguel e Nadia participando de uma orgia com outras três meninas que, provavelmente, tinham entre 17 e 18 anos. Eles não perceberam minha presença ou simplesmente não se importaram com ela. 

Nadia estava mordendo uma delas no pescoço e sugando o sangue vermelho bem vivo enquanto Miguel praticava sexo com uma delas e a outra estava se masturbando e observando a cena que parecia lhe proporcionar muito prazer.

— Mas o que é isso?! — as meninas assustaram-se com o tom de voz que usei.

— Uma orgia, Armando. Não percebe? — respondeu Nadia rapidamente após acabar de sugar o sangue da menina loira, limpar o canto dos lábios com o dedo e chupá-lo.

 — Quer participar? Sempre tem lugar para mais um que queira uma noite de prazer igual à nossa, não é Nadia? — ela assentiu.

— Eu não participo de coisas sujas como isso. — respondi.

— Lembre-se que seu passado te condena, Armando. E como condena. — Miguel estava com um sorriso maquiavélico no rosto.

— Você tem razão, meu irmão. — concordou Nadia. — Parece que Armando não se lembra daquela noite que estávamos em Madrid. Se não me engano, foi em 1498. Eu, Armando e Greta. — relembrou parecendo decepcionada com o fato de que eu tentava esquecer essa parte pervertida do meu passado.

— Aconteceu, mas foi um erro. Um terrível erro. — admiti e logo apareceu um sorriso malicioso em seu rosto.

— Um erro que poderíamos repetir. Só você e eu. — disse Nadia.

— Eu não voltarei a cometer um erro como esse de novo. Mudando de assunto… Acho que temos coisas a resolver entre nós dois, Miguel.

— Minha irmã, por favor, faça com que as meninas coloquem roupas e as leve até a porta. Mas não se esqueça de hipnotiza-las e depois me deixe conversar com Armando a sós. Ok? — Nadia ouviu atentamente ao irmão e logo tratou de tirar as meninas do quarto para fazer o que ele pediu.

— Oi Armando, quanto tempo não nos vemos... Ah é! Nos vemos ontem. — disse ele cinicamente enquanto vestia uma cueca e depois a calça. Descaradamente, fingiu que eu tinha acabado de chegar.

— Você é um filho da puta mesmo, Miguel! — esbravejei furioso e lhe dei um soco na cara, mas ele nem se afligiu com a agressão. — Mari não tem nada haver com essa história.

— Não xingue minha mãe, Armando. — advertiu enquanto colocava as mãos no lugar onde acertei o soco. — Ela tem sim, mas do que você pensa, caro Armando. Falando nisso, ela está bem? — ele deu um sorrisinho debochado.

— Se você encostar um dedo em mais alguém dessa família, eu juro que te mato. — o ameacei. — E não te interessa se ela está bem ou não.

— Encosto em quem eu quiser e não vai ser você quem vai me impedir. E quem jura, mente. Eu não estava mesmo querendo saber como ela está. — Miguel estava em sua forma vampírica e logo eu fiquei também. Isso é um mecanismo de defesa de todo vampiro.

— Vamos ver se eu estou mentindo ou não. — respondi.

— Ok! Vamos ver então. — ele disse. — E cuidado! A próxima vítima pode ser a pequena Thay.

— Você não seria capaz de machucar uma criança. Seria? — perguntei.

— Talvez sim. Talvez não. Quem sabe? — ele deu de ombros. — Agora, você poderia se retirar?

— Isso não acabou, Miguel. — eu disse.

— Mas é claro que não, Armando. Isso só começou. E mande lembranças minhas à Stephanie.

— Vai ao inferno!

  Saí o mais rápido que pude daquele antro de perversão que a casa de Enrique se tornou e andei sem rumo noite adentro até o amanhecer.

                 Stephanie’s P.O.V

Depois de uma hora e meia dentro do carro e após deixarmos Alex em sua casa, chegamos na nossa. Todos estavam exaustos. Também pudera, ficamos fora de casa por muitas horas. E ontem foi uma montanha-russa de emoções, primeiro; ansiedade, segundo; surpresa, terceiro; felicidade, quarto; angústia e desespero e quinto; alívio. Traduzindo, foi um dia que começou muito bem, ficou ruim e voltou a ficar bem de novo.

  Entramos em casa silenciosamente. Ari e Sol foram para seus respectivos quartos enquanto Enrique foi ao meu para preparar um banho de banheira para nós dois.

 Eu estava pronta pra subir as escadas, mas logo Tia Maria apareceu. Não deveria estar acordada à essa hora. O dia já estava quase amanhecendo.

— E aí, Stephanie? Me diz que Mari está bem. Por favor! — implorou Tia Maria.

— Ela vai ficar bem, Tia. — disse eu. — Só vai ter que ficar alguns dias em observação no hospital. Meus pais ficaram com ela. — expliquei.

— Ok! Mas cadê Armando e minha filha? — perguntou.

— Ele precisou resolver algumas coisas no consultório e Isa ficou lá, pois não estava passando muito bem. — respondi. — Thay está dormindo?

— Vou ligar para Isa e aproveito para falar com minha irmã. — disse. — Sim. Coloquei Thay pra dormir assim que chegamos em casa e sinto muito, mas tive que contar o que ocorreu ontem. Ela não parava de perguntar sobre vocês e Mari.

 — Tudo bem, ela tinha mesmo que saber. Com licença, eu preciso subir e tomar um banho super relaxante. Enrique está me esperando. Boa noite Tia. Te amo. — eu disse enquanto lhe dava um beijo na bochecha.

— Vai lá, Stephanie! Boa noite e Titia também te ama. — Tia Maria se despediu dando-me um abraço apertado.

— Ok. — eu disse dando um sorriso.

 Subi as escadas rapidamente e fui até o quarto de Thay. Ao chegar lá, tratei de girar a maçaneta da porta devagar para não fazer qualquer tipo de barulho e acordá-la. 

  Aproximei-me de sua cama silenciosamente e me debrucei sobre seu corpo para lhe dar um beijo de boa noite como eu sempre dava. Mas todo o cuidado foi em vão, pois a pequena acordou assim que encostei os lábios em sua testa e rapidamente conseguiu estender a mão para acender o abajur que fica em seu criado mudo.

— Teph, é você? — perguntou ainda sonolenta e provavelmente com a visão embaçada.

— Sou eu sim, Thay. — respondi. — Volta a dormir. Mais tarde conversamos. — eu estava levantando quando a pequena agarrou meu braço.

— Mari vai ficar bem? — Thay estava quase aos prantos.

— Sim, Thay. Ela vai ficar bem. — a consolei.

— Promete? — ela estendeu seu dedo mindinho para mim. Promessa do dedinho nunca pode ser quebrada!

— Prometo! — enganchei meu dedo ao seu, selando a minha promessa. — Agora, mocinha, volte a dormir! — mandei enquanto a envolvia em suas cobertas.

— Eu vou precisar ir à escola, Teph? — perguntou desanimada.

— Não. Hoje, você está liberada da escola. — respondi. — Mas é só por hoje! — enfatizei. — Boa noite, Thay. Dorme com os anjos. — depositei um beijo em sua bochecha e ela retribuiu.

— Você também, Teph.

 Logo após de sair do quarto de Thay, fui direto ao meu. Eu precisava descansar e o único jeito de se fazer isso seria tomar um banho quente. Entrei e lá estava Enrique deitado em minha cama à minha espera.

— Até que enfim, amor! — disse Enrique enquanto levantava-se da cama e colocava os chinelos. — Você demorou tanto que eu já estava quase dormindo aqui. — reclamou.

— Desculpa, Enri. No caminho, acabei me encontrando com Tia Maria e depois fui ver Thay no quarto.

— Desculpada. Será que podemos tomar nosso banho agora? — perguntou. — Eu estou muito cansado e preciso tirar essa maquiagem que de vampiro passou a ser do Coringa de tão borrada que ela está. — mesmo sem querer, Enrique sabia como me fazer rir.

— Podemos sim. Também estou muito cansada e junto a você, estou quase o Coringa. — ele riu.

Enrique pegou-me gentilmente pelas mãos e guiou meu corpo para o banheiro. Ao entrarmos no recinto, ele logo tratou de abrir a torneira para que a banheira fosse preenchida com uma água deliciosamente morna e relaxante. E enquanto esse processo não acabava, começamos a nos despir e a remover os resquícios de maquiagem que havia em nossos rostos, e fizemos isso até que a banheira enchesse por inteiro sem transbordar e a torneira fosse fechada.

  Enrique foi o primeiro a entrar e logo fiz o mesmo. Ao entrar na banheira, senti cada músculo do meu corpo relaxando-se ao entrarem em contato com a água morna e isso foi um alívio para mim.

     Essa não era a primeira vez que eu havia tido uma noite difícil, mas era a primeira em que eu não era a personagem principal do acidente.

— Amor, posso te perguntar uma coisa? — perguntei enquanto me recostava em seu peito nu.

— Você pode tudo, meu amor. — respondeu e depositou um beijo delicado no topo de minha cabeça.

— Me diz uma coisa... Você reparou quando o doutor Olivares disse que a mordida no pescoço de Mari não podia ser de um animal? Ou só fui a única que percebeu isso?

— Eu reparei, mas é meio absurdo isso. — disse. — Como não pode ser de um animal? De humano, não é e nem pode ser. Vampiros? Também não, pois não existem. Então eu ignorei isso. Mas o que tem haver isso, Stephanie? — perguntou.

— Na hora que o doutor falou isso, senti um arrepio na espinha como se fosse um mau presságio. — respondi. — E você, melhor do que ninguém sabe que coisas não muito boas acontecem quando eu sinto um mau presságio, vide a morte do meu avô, meu acidente e o ataque à Mari. Em todos os acontecimentos, tive a mesma sensação e você viu o que aconteceu.

— Vi, mas vamos pensar que isso tudo foi uma estranha e mórbida coincidência e que coisas assim não voltarão a acontecer. — disse Enrique massageando meus ombros cheios de tensão. — E agora, você pode esquecer tudo e dar um beijo no Enrique. — ele referiu-se na terceira pessoa e apontou para sua boca para que eu lhe beijasse. — Além de podermos fazer, se você quiser, certas coisas. Só eu e você. — sussurrou em meu ouvido.

— Até que não é uma má ideia, mas antes disso acontecer, tenho que te contar algo. Lembra que eu te disse que tinha recebido uma ligação e fui chamada para uma entrevista de emprego em um jornal? Eles me contrataram e já começo na segunda. Disseram que eu impressionei o chefe e que se eu continuar assim, com passar do tempo, vou ganhando mais experiência e quem sabe crescer lá dentro.

— Isso é muito legal, amor! Parabéns! — comemorou Enrique. — Você já contou para os seus pais?

— Não ainda. — respondi. — Só quem sabe é você, Isa, Alex e o Dani. Eu estava esperando o momento certo para contar isso, mas aí veio a festa e agora o que aconteceu com Mari. Acho que vou demorar mais alguns dias. — expliquei.

   Ficamos em silêncio por mais alguns minutos e enquanto isso, Enrique me ensaboava e deixava uma trilha de beijos por minhas costas que causavam um arrepio gostoso que passava por minha espinha. E depois fiz o mesmo com ele.

   Terminamos de tomar banho e saímos da banheira para nos secar.

— O que você pensa que está fazendo, Dona Stephanie? — Enrique me olhou com uma expressão severa.

— Colocando a roupa. — falei enquanto abotoava a blusa e colocava o shorts. — Porque a pergunta?

— Você está querendo me dar trabalho, pelo que percebo. — ele soltou um sorriso malicioso. — E eu gosto disso. Vou adorar tirar a sua roupa toda.

— Está esperando o quê? — provoquei. — Eu preciso de uma distração depois da noite movimentada, no mau sentido, que tivemos e você também precisa. Então porque não unir o útil ao agradável.

— Podemos começar a nossa festinha? — ele perguntou sugestivamente.

— Sim. Mas antes vou verificar se Tia Maria ou os meus irmãos ainda estão acordados. — respondi.

  Rapidamente saí do quarto e fui passando por cada porta para verificar se todos estavam dormindo. Uma delas, em especial, chamou a minha atenção. E foi a de Thay. Tinha um envelope preto grudado na porta com o meu nome escrito com caneta metalizada. Peguei a carta com todo cuidado possível e percebi que era a mesma letra da primeira que recebi junto com as flores.

“Querida Stephanie,

Você estava lindíssima hoje. Foi um prazer revê-la depois de tanto tempo apesar de infelizmente ter estragado sua noite. Mas posso lhe dizer que sua irmã tem um sangue delicioso. Minha intenção não foi matar. Quem sabe, isso não pode ser feito na próxima?

 M”.


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Notas finais do capítulo

Vocês acham que Stephanie irá descobrir quem é o tal "M"? Creio que vocês já sabem quem é.
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