Dois Rios escrita por Giulia Oliveira


Capítulo 1
Um




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— Não acha que já passou da hora de se arrumar? O casamento começa em duas horas, e você ainda está de pijamas! – a mãe reclamava incessantemente

— Por que, diabos, eu tenho que ir?! – a garota bufou – Passarei cinco horas sentada em uma mesa, observando pessoas desconhecidas puxando o meu saco, ao invés de ficar em casa, assistindo à maratona de “Friends”, que, aliás, é muito mais interessante.

— Porque Ana e Théo te viram nascer, e o mínimo que você deveria ter, agora, é a consideração pelo convite que lhe foi feito.

— Ah, se o problema é a “falta de consideração”, não seja por isso: mando uma mensagem no Facebook ou algum presente pelos correios, e fica tudo certo!

— Você tem vinte minutos para se arrumar, Sam. E se, mesmo assim, não estiver pronta, te arrasto de pijamas para a festa e espalho pra todo mundo o porquê disso! – respondeu a mãe, com o dedo em riste

That’s life! – a menina foi em direção ao banheiro, batendo os pés no chão

Se naquele momento, Sam pudesse se teletransportar para o espaço, ela o faria. Não costumava reclamar para ir à festas, exceto em casamentos. Nessas horas, deixava de lado, a adolescente prodígio e decidida, para agir como sua irmã mais nova, ou talvez até pior. Uma coisa era certa: a garota odiava ser contrariada, principalmente por sua mãe.

Já passavam das seis horas de um sábado de dezembro, e mesmo que tentasse (em vão) até o fim, convencer sua mãe de deixá-la em casa, Sam se deu por vencida. Não era o tipo de menina que precisava de muito esforço para que ficasse bonita, mesmo que não assumisse. Pôs o primeiro look que apareceu em seu guarda-roupa e voilà, estava deslumbrante.

— Não sei o porquê de tanto drama, você está linda! – a mãe deu um sorriso

— Obrigada pelo elogio, mas saiba que estou indo contra a minha vontade. – a menina bufou

— Mas não é um doce de menina, Alex? – a mãe fez graça, dirigindo-se ao marido

— Passam-se os anos, e Sam continua com o mesmo senso de humor de sempre... – o rapaz riu

— Ah! Me poupem vocês dois! Vamos logo, porque quero voltar logo pra casa!

E os três seguiram. Sam não desgrudava de seu iPod. Naquele momento era a única coisa que a deixava mais calma. O trajeto não durou muito, e logo que chegaram a festa, a cerimônia deu início, e em seguida, a pista de dança estava liberada. Se a menina rendeu-se à dança? Não. Pelo menos não até que alguém em especial resolvesse dar o ar de sua graça.


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Notas finais do capítulo

Reviews serão bem vindos :)



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