Fim e recomeço, tenha um bom fim de ano! escrita por Nanoinhachan


Capítulo 8
Morro antes de vocês, eu garanto.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Uhu!, olha, confesso que nesse capitulo e tentei não chorar, mas meu tecaldo fico molhado. Epero que gostem boa leitura (peguem um paninho)



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No dia seguinte de todo aquele acontecimento, finalmente saímos do hotel, começamos por um ligar que vendia todo tipo de coisa bem variada, eu sabia que não ia ficar com nada, mas mesmo assim comprei uma miniatura de Buda, uns doces, e um violão, paguei tudo e espere os meninos, na verdade só Lysandre, porque Castiel só compro bebida e um maço de cigarro. Enquanto Castiel pagava, fui até Lysandre, que pelo visto, estava entre um tapete de Yoga, e um saque de uva, eu até que achei engraçado. Peguei o tapete Yoga, e ainda peguei um para mim.

_Eu pago esse, aproveito e fasso com você_ sorri, e ele me abraço, logo estávamos perto do cacha.

Quando entrei na fila olhei para Lysandre, que não estava lá, olhei de um lado para o outro procurando, voltei o caminho que fizemos, E lá estava Ele de frente para uma vitrine, ele parecia estar indeciso, de novo, peguei na sua mão, ele logo olhou as mesmas entrelaçadas, dei um sorriso e me voltei para a prateleira.

_O que está olhando aqui? _ ele apertou minha mão.

_Um presente, mas acho melhor prática deixar para depois.

_Eu aceitaria qualquer coisa, já que você me salvou, mas se é para alguém especial, você tem que pensar como ele ou ela_ sorri de novo.

_Você acha?

_Uma vez eu fiz um presente para meu pai, com argila, e qualquer coisa que tinha no meu quarto, achei horrível, mas meu pai adoro, e ainda mostro para uma escultora, e ela mostro para o chefe, até hoje não sabem quem fez, então puseram escultor anônimo, todo dinheiro que ganho vai pra uma instituição de crianças com câncer, ela é tão valiosa, que eles não vendem, só alugam_ Dei risada e puxei sua mão aos meus lábios_ Não precisa ser bonito, só tem que ser de coração.

_Annie_ ele pôs a mão na minha bochecha, que logo esquento, eu sorri e fomos a caixa.

Depois que saímos de lá, partimos para um parque, e depois para outras lojas e shoppings ali perto, fomos em outros vários lugares, no fim chegamos a escadaria do imenso templo, e foi ai que minha espinha estremeceu, senti cada pelo do meu corpo se arrepiar até a raiz, segurei o folego fechei os olhos e soltei um longo suspiro, talvez esperando um milagre que não me fizesse subir essas escadas, mas na noite passada, Lysandre me convenceu a pelo menos pegar um papel da sorte (Normalmente tem um dia especifico, mas para turistas existe alguma exceção).

Pus meu primeiro pé no degrau, senti minha espinha novamente, depois pus o outro, meu coração acelero e eu não contive.

_Não dá! Eu não vou conseguir subir! _ Gritei lá debaixo olhando os dois pararem no início daquela imensa escadaria, eu tive que retrucar, não tinha como subir aquilo tudo, só por falsas esperanças, eu sabia que não funcionaria, não sabia nem porque concordei, talvez os métodos de Lysandre sejam bastante convencionais.

_O que houve, está se sentindo tonta? _ Pergunto Castiel “Eu tomei meus remédios antes de sair, minha tontura tem fonte de outro lugar”.

_Não é isso, eu..., não vou conseguir subir, ok? Não dá!

_Annie, o que você não consegue nos contar? O que esconde com toda a força do mundo, do que tem tanto medo? _ Disse Lysandre. Senti o chão estremecer, de longe escutei um estrondo, provável que uma chuva esteja vindo.

_Não tem nada para esconder_ forcei um sorriso, o mais sem graça que pude_ Eu simplesmente..., eu tenho medo de altura. Não aguento altura! _ O chão estremeceu de novo, olhei para trás, senti uma sensação ruim.

_Que altura o que, você viajou de avião mais de quatro vezes, e piloto um, espera que acredite que você tem medo de altura? Conta outra! _ retruco Castiel.

Aquele fardo já estava ficando muito pesado, meus ombros iam desabar, o que é que eu estava pensando quando arrastei eles até aqui. Meus pés começaram a seguir o ritmo dos tremores, olhei novamente para o horizonte, e foi o início da minha tragédia, bem no fim do horizonte avistei um furacão, e com ele um terremoto. Segui até eles e tentei os arrastar, mas eles realmente estavam esperando uma resposta de minha parte, eu tinha que tira-los dali, aparentemente eles não viram a porcaria do furacão.

_Vamos sair daqui! Agora!

_Do que é que você tem tanto medo! _ Grito Castiel.

_Não estou com medo! Eu estou protegendo vocês! Vamos embora daqui!

_Não vou mover um musculo até me dizer o que é que você está escondendo! _ Ele pegou meu braço. O chão tremeu de novo.

_Castiel, melhor sairmos daqui.

_Não Lysandre! Mesmo que seja um furacão_ “Ele viu? ”_ Só vou sair depois que ela me contar o que é que ta pegando.

_Vamos Castiel, eu..., eu conto quando estivermos em segurança. Prometo_ sussurrei.

_Não! Vai me contar agora_ seus olhos se aproximaram do meu, aquilo me deu medo, e segurei uma lagrima, não ali, não agora, não podia contar...

_Castiel, por favor! Estamos numa situação crítica, quando estivermos em segurança ela vai nos contar.

_Ela vai mentir quando chegarmos lá, é melhor ameaçar, do que esperar que ela conte uma mentira, e eu sei que vamos engolir, porque ela conseguiu uma coisa que nenhuma menina conseguiu de mim, ela roubou a minha atenção, conseguiu minha confiança, e conseguiu esconder algo mais tempo de mim que qualquer menina conseguiu!

_Castiel, está me machucando_ não era por fora, ele me feriu por dentro, depois de me ver em prantos ele suspiro.

_Annie, só quero seu bem, por favor, me conta o que é que te perturba tanto, qual é o mostro de baixo da sua cama?

Eu suspirei pesado, segurei as várias lagrimas que tentavam desesperadas descer o meu rosto, meus olhos marejavam com força, chegava a ficar inchado, e vermelho, consegui ouvir meus pensamentos profundos apertarem meu cérebro. Bem no fundo eu queria contar, e nessa situação, não consegui mentir, eu não ia elaborar uma mentira de uma hora para outra, como ele conseguiu me apertar o coração, conseguiu tudo que apenas uma pessoa conseguiu, e igual a ele Castiel era persistente.

_Eu..., Eu..._ Segurei o choro_ Eu...! _ Apertei os punhos com força e mordi a língua, depois fui aos meus lábios e os choquei um com o outro, segurei firme meus olhos_ Eu estou doente_ sussurrei.

_O que? _ Disse Castiel, quase sem reação.

_Eu estou doente a minha vida toda, todos os anos que passei no hospital, foi para descobrir neste ano que minha doença ira me matar daqui a um ano. É por isso que nunca te mostrei a bolsinha, ela contém os remédios que me mantem viva por um pouco mais de tempo, é por isso que tenho trauma de hospital, é por isso que nunca quis contar. Eu esperava que meu sofrimento fosse mudo e lento, que a dor fosse apenas minha_ as lagrimas saíram freneticamente, não deixando que eu às conteve.

_E você tem guardado esse tormento desde que começou essa viagem com Castiel? _ Disse Lysandre com uma tristeza maior, que me fez abaixar a cabeça e desejasse que aquilo fosse um pesadelo.

_Eu sou uma péssima amiga, te fiz chorar, estou magoando vocês, te fiz de idiota_ apontei para Castiel que ainda não largou meu punho_ por favor não fique apenas me olhando, diga alguma coisa.

_Escuta aqui_ ele avanço.

_Não Castiel...!

_Lysandre, tudo bem_ o afastei_ eu mereço, fiz de tudo para esconder, ele que sempre se preocupo comigo, apesar das brincadeiras, ele era meu amigo, e eu fiz isso.

_Annie, não vou gritar com você, não vou te espancar, não vou fazer nada, vou apenas lhe avisar, que se esconder algo, tem que ser algo que realmente não tenha significado, algo que não tenha valor, mas isso é o pior das coisas que se diga a alguém.

_Castiel...!

_Não Lysandre, ela vai ouvir. Você pode tentar o que for comigo, mas não vai esconder mais nada que tem a ver com sua saúde, se fizer novamente, vou pessoalmente te internar, você, é a coisa mais preciosa que tive em toda minha vida, não consigo explicar, mas tenho que avisar que a única que vai me levar a um hospital vai ser você.

Eu tentei sorrir, eu tentei mesmo, mas quando estava prestes e olhar em seus olhos, avistei o furacão atrás dele. Foi tudo pelos ares, Lysandre e Castiel foram puxados por aquele furacão, de alguma forma antes de que algo acontecesse Lysandre avia me amarrado em um poste de luz ao nosso lado, eu não pude acreditar que ao invés de se salvar, me deixou sobreviver, apenas para que eu tenha uns poucos dias que ainda me restam. Eu não pude acreditar que jogo toda a vida que ele tinha, não pude acreditar que Castiel estava apenas me engando com toda a ladainha, de alguma forma, eles sabiam que não tinha como correr, Castiel sabia, e assim que Lysandre capito a mensagem, os dois decidiram perder a vida, só por isso?

_Não_ sussurrei_ Não_ aumentei o tom_ Não! _ gritei_ Não! _ Berrei. Eu estava no olho do furacão, esperando que aquilo fosse um pesadelo, esperando que aquilo fosse apenas um sonho ridículo_ estou na minha cama, deitada, e assim que me belisca vou acordar_ Nada_ de novo_ meus olhos marejaram_ Não! _ Segurei todo o meu folego, e berrei o mais alto que pude.

Eu fiquei incrédula, tentando me soltar ao nó que Lysandre fez, tentando me soltar desesperada, me agarrei aquela causa, mas eu tentei, de todas as formas me soltar.

_Não vou ficar aqui, viva, enquanto vocês morrem. Não vou!


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Notas finais do capítulo

T^T
Etta!
Obrigado por lerem (Acho que exagerei), mas fiquem calmas, não tem só eles no jogo, certo?
Beijos!



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