Para minha grande surpresa, Tom Riddle e eu tínhamos aula de Adivinhação juntos... e acredite ou não, a professora nos colocou como uma dupla pois disse que era o que o destino queria!

Tentei me acalmar, embora sentisse o olhar de Riddle me analisando durante toda a aula... ele estava desconfiado. Desconfiado de mim e de Alícia... eu não podia dar nenhu deslize... meu sobrenome falso era Greene... ali eu era Amélia Greene, vinda de Durmstrang.

– Amélia? – a voz dele me tirou de meus pensamentos. Me sobressaltei – A aula terminou....

Me sentia levemente tremula... não podia negar que tinha medo de Tom Riddle. Como Alícia podia ficar tão calma com essa situação toda? Geralmente EU era a calma da dupla...

– Você está bem? – ele ainda me observava.

Passei a mão pelo meu rosto e me levantei pegando minha bolsa. Forcei-me a sorrir para ele.

– Sim, estou. – apressei o passo para o corredor – Obrigada.

– Espere, Greene. – senti meu estomago embrulhar; não queria ficar com ele em um lugar em que não houvesse testemunhas.

– O que foi, Tom? – comecei a ter falta de ar.

Ele se aproximou de mim pelo corredor, me olhando de forma surpresa.

– Por que está chorando? – perguntou.

Eu não havia notado que lágrimas saiam de meu rosto... mas eu estava chorando silenciosamente de puro medo. Afundei minha mão em meu bolso, sentindo minha varinha, mas não a saquei. Ele não parecia ter a intenção de me ameaçar e era um garoto bonito, mas eu estava sensibilizada com tudo o que havia acontecido comigo.

Ele parecia cada vez mais confuso conforme minhas lágrimas aumentavam... parecia até um pouco aborrecido.

– Por que você está chorando, Amélia? – o tom dele se tornou mais firme.

– Estou com medo! – praticamente vomitei as palavras.

Os olhos dele se arregalaram.

Tampei meu rosto com minhas mãos, conseguindo me controlar. Olhei novamente para Riddle; ele suspirava resignado.

Vi quando ele pegou sua varinha e apontou em minha direção. Fiquei tensa, mas ele apenas fez surgir um lenço e me entregou.

– Você está horrível. – ele falou e em seguida me segurou pelo pulso – Vem, vou te levar para a Ala Hospitalar.