A Thousand Years escrita por Swan


Capítulo 1
Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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*Elena*

Antes de tudo você deve saber como tudo isso começou. Meus pais, Miranda e Grayson Gilbert, morreram num “estranho ataque de animal” como descreve a policia todas as vezes em que alguém os questiona a respeito. Se eu acredito nessa hipótese? Sim, eu sou obrigada a acreditar. Não existe outra explicação cabível a essa tragédia. Meus pais a quem eu e meu irmão tanto amávamos foram encontrados com o pescoço totalmente destruído e o sangue totalmente drenado de seus corpos. As manchetes daquele mês de todos os jornais eram: “Onde se encontram os Gilbert’s?” depois “Encontrados os corpos dos Gilbert’s” e até “Qual será o destino dos órfãos Gilbert?”. Tudo isso foi horrível, tanto para mim quanto para Jeremy, mas juntos resolvemos descontar o sofrimento de forma não muito sadia nos fechando e nos excluindo de tudo ao redor.

Apesar de tudo, estávamos lidando bem com toda a história da maneira que era possível. Se eu fosse maior de idade nada do que está prestes a acontecer existiria, mas bem ou mal, não é assim que as coisas são. Estou agora na sala do juiz de nossa cidade, o nome dele é Bill e, como todos os outros habitantes de Mystic Falls, sabe de toda a história e conhece a mim e a Jeremy desde que éramos crianças.

- Elena, como você sabe, eu não posso deixar você e seu irmão morarem sozinhos, pois, você e ele são menores e precisam de um responsável legal. – Assenti sabendo que não posso fazer nada a respeito. – Como em nossa cidade não existe nenhum parente seu, – ele continuou – a pessoa mais próxima e que ficará com a guarda de vocês será o padrinho de Jeremy, Klaus. – Gelei assim que escutei o nome, um calafrio tomou todo meu corpo eriçando os pelos de minha nuca.

- Bill, você não pode fazer isso conosco. Nós estamos bem sozinhos, nada de ruim vai acontecer. – Desesperei-me.

- Quem vai sustentar a casa? Sustentar vocês dois? Vocês não têm idade nem para trabalhar ainda, não podem ter tanta responsabilidade.

- Eu começo a trabalhar, arrumo um emprego no Mystic Grill. Dou conta de trabalhar e estudar ao mesmo tempo. – Senti meus olhos se encherem de lágrimas.

-Não posso permitir Elena. Sinto muito que você e Klaus não tenham um bom relacionamento, mas ele é o mais próximo de vocês e a única opção que eu tenho.

-Não. – minha voz saiu como um sussurro.

-Sinto muito Elena, não há nada que eu possa fazer. Klaus está lá fora esperando por você junto a Jeremy.

-Apesar de tudo, obrigado Bill. Você é uma ótima pessoa. – dei um sorriso, o mais sincero que pude fazer.

- Qualquer coisa que precisar, a qualquer hora não importa, me ligue tudo bem? – disse entregando-me um cartão.

-Obrigado por tudo Bill. – ele sorriu e eu retribui antes de sair da sala.

Lá fora, meu futuro me espera com a mão pousada no ombro esquerdo de meu irmão. Entenda, eu nunca gostei de Klaus, ele sempre me deu calafrios, e sempre foi muito estranho comigo. Acontece que ele é padrinho de Jeremy, mas sempre esteve mais interessado em mim do que nele. Não que haja realmente algo de errado, mas é muito estranho o jeito que ele me olha de uma maneira estranha, como se eu tivesse algo de que ele precisasse muito, como se ele não fosse humano.

- Olá Elena, quanto tempo. – Sorriu sarcástico fitando-me com aquele olhar diabólico.

- Não finja que é meu pai ou algo parecido, vamos embora. – Cuspi as palavras olhando diretamente para ele.

- Ora amor, agora seremos uma família, você, Jeremy e eu. – Disse como se fosse a pessoa mais inocente do mundo. Revirei os olhos.

- Vamos ou não? – perguntei. Klaus indicou o caminho com a mão livre, a outra ainda no ombro de meu irmão, e eu passei sem olhar em seus olhos.

Klaus conduziu o carro até nossa futura-antiga casa para que pudéssemos arrumar nossas malas. Eu não queria morar com ele, na verdade, não queria nem ficar perto dele, mas eu não tinha como fugir e além de tudo Jeremy não vê como Klaus é estranho e adora o padrinho. Não posso ir embora, tenho de proteger meu irmão. Arrumei todas as minhas coisas em duas malas e comecei a descer as escadas quando cheguei na metade Klaus veio rapidamente e pegou uma das malas.

- Permita que eu te ajude amor. – sorriu e eu revirei os olhos.

- Você não precisa ser legal Klaus, eu nunca vou mudar minha opinião sobre você. Jeremy pode ser como uma criança que não enxerga nada perto de você, mas eu sei que você não é uma boa pessoa. Fique longe de mim. – Desci o que faltava das escadas antes que ele respondesse.

- Nunca é muito tempo Elena, – ele disse num tom alto para que eu pudesse escutar – eu acho que sua opinião irá mudar muito em breve. – sai de casa, coloquei minha mala no porta-malas e entrei no carro para esperar. Rapidamente Jer e Klaus chegaram com as malas e fomos para a nossa “nova casa”.

A casa de Klaus é enorme, e eu não estou exagerando. Tem vários quartos, um saguão gigantesco onde ele gosta de dar festas, uma sala de estar com uma lareira, uma sala de jantar, etc. É como uma daquelas construções antigas medievais e seria linda se não fosse aterrorizante. Entrei sem nada, pois, Klaus disse que alguém levaria minhas malas e arrumaria pra mim, eu não disse nada, pois, não queria discutir. Klaus começou parecendo a melhor pessoa do mundo, nos deixando em paz e ficando na dele, mas isso durou apenas o primeiro mês.

*Stefan*

Tudo o que eu conseguia me lembrar era de dois olhos negros penetrantes me olhando e dos seguintes dizeres: “Você vai manter-se vivo, e daqui a exatamente 100 anos, irá à procura de uma garota. Elena Gilbert. Ela se tornará uma vampira e precisará de sua ajuda, você precisa mostrá-la como voltar para o caminho do bem.” E era isso. Cem anos se passaram e de alguma maneira eu vim parar em uma cidade chamada Mystic Falls. Antes de tudo você deve saber, eu sou um vampiro. Não sou do estilo que sai por aí matando qualquer um para me divertir e também não brilho se você quer saber, eu me queimaria no sol se não fosse o anel que tenho de usar a todo instante. Sou do tipo solitário, não totalmente solitário graças a Lexi minha melhor amiga. E sim, nós somos só amigos e nunca tivemos nada além disso. Lembro-me do dia em que Lexi me encontrou naquele beco escuro com uma dor infernal na cabeça e no pescoço, isso foi logo depois de eu ser transformado por Amara Petrova. Eu não sei o que ela realmente era, mas sei que sua espécie foi extinta a mais ou menos 50 anos atrás. Amara tinha um dom especial, ela podia ver o futuro e ela me disse pra ajudar uma garota. Eu poderia ignorar o que ela me disse se não fosse a única coisa em que eu penso desde o nosso encontro. Enfim, agora estou em um quarto de hotel junto com Lexi e desde que nos conhecemos ela decidiu me ajudar a encontrar Elena e a ajudá-la.

- Stefan, nós temos que sair para procurar. Ou você acha que sua Eleninha vai vir bater na sua porta e dizer que precisa de um psicólogo de vampiros? – Lexi estava enrolada numa toalha e secando os longos cabelos loiros com a outra sentada numa cadeira em frente ao espelho.

- Você pode me dar um tempo, eu estou pensando em como encontrá-la. – Disse com um tom severo.

- Que droga Stefan, você fica insuportável quando o assunto é essa garota. Vê se relaxa, a cidade é pequena, basta perguntarmos por ela que vamos descobrir. – Ela disse enquanto entrava no banheiro com as roupas em mãos e saiu num piscar de olhos vestida com uma calça preta, uma regata verde por baixo de uma jaqueta de couro e botas de salto nos pés. Eu ri.

- Eu acho que se você se trocasse na minha frente assim eu não conseguiria ver. – Ela também deu uma risada.

- Não vou correr esse risco meu querido, além do mais, se quer ver mulher pelada vai procurar outra pra você. – Me deu um tapa na cabeça e virou-se quando puxei seu braço e a joguei na cama, ela riu.

- Posso ter a mulher que eu quiser Lexi, mas não estou interessado no momento, obrigado. – pisquei.

- Tá, tá, tá bem. Mas que você está precisando... Ah isso com certeza. – disse tirando sarro.

- Falou a que dorme com um cara diferente por noite. – ironizei.

- Um por noite não, mas não to sentindo falta. – piscou.

- Você fica linda quando está calada, sabia? – ela me mandou um beijo e eu ri – Enfim, amanhã saímos pra procurar o meu encost... digo, Elena.

- Claro, mas hoje não vai fazer nada? – balancei a cabeça negativamente e num piscar de olhos Lexi estava com a mão na maçaneta, pronta para sair – Pois então, boa noite bom menino. Não me espere acordado. – fiz um sinal com a cabeça e sorri quando Lexi já havia deixado o quarto.


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Notas finais do capítulo

;)