The Lost Princess escrita por vadiaoriginal


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi!!! Eu espero de todo o coração que gostem, sério. Não vou prolongar porque nem sei o que falar aqui, na verdade, então vamos à história!



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Hoje conheci a jovem dama Katerina Petrova, uma doce donzela vinda da Bulgária, que de maneira não intencional lembrou-me Nia, a encantadora princesa das terras do norte europeu, esta que invadiu nossa habitação em meados de 1200, roubando não somente nossa comida, mas também nossos corações. Entendo bem que em meu irmão, Niklaus, não há intenções puras para com nossa nova hospede. Katerina é a junção de duas paixões que surgiram em nossa família e se foram de maneira cruel, tenho a convicção de que este fato não agrada nenhum pouco ao meu irmão. Em minha mente predomina a memória de Nia como se tudo houvesse ocorrido dias atrás, lembro-me de maneira clara, como a adorável jovem de cabelos escuros chegou à nossas vidas, e neste dia de hoje, resolvi abrir-me, pois não consigo mais carregar tanta culpa e pesar dentro de meu peito. Meu irmão, Finn, está devidamente empalado, e meu irmão, Kol, se encontra distante daqui, o que me leva a crer que nada do que disser irá cair em ouvidos errados e não prejudicarei Niklaus, acredito em sua redenção, e se Kol soubesse de tudo o que sei, tenho minhas dúvidas se Niklaus iria suportar...

Europa, 1210:

Seus cabelos enrolados esvoaçavam com a enorme ventania causada pelo trotar acelerado de seu cavalo, as tranças laterais entrelaçadas com a tiara de pedras preciosas saltitavam sobre sua cabeça. A jovem moça galopava correndo contra o tempo. Vez ou outra seu rosto se virava a fim de ver a distância em que seus perseguidores se encontravam, em sua frente só havia escuridão, a noite estava em seu ápice. Com toda certeza se seu pai lhe visse naquele exato momento, com o vestido lilás bordado em seda e pedras preciosas acima de seus joelhos e suas pernas atravessadas em cada lado do cavalo, a puxaria pelas orelhas, dizendo que aquele não é o modo correto para uma dama se portar, como já o fez tantas vezes que Georgia nem mais podia contar. Isto é, se ele ainda estivesse vivo para vê-la.

Com o passar do tempo mais próxima da assustadora floresta negra a menina ficava, aquele lugar era temido por todos, pois em sua volta corriam boatos de criaturas medonhas, demônios enviados pelo próprio satã. Ela temia aquele lugar, entretanto se voltasse seria seu fim. A em breve ex-princesa não podia crer em tamanha maldade exercida por seu tio, Alexandre III, ele armara uma emboscada e matara toda sua família, tudo isso ocasionado pelo nascimento de seu primogênito, a sede por poder deixava as pessoas cegas e dispostas a cometerem atrocidades, sem dúvidas. Por pouco a moça de cabelos escuros não morreu, e tudo isso se deve graças à sua serviçal, Maria, que a acordou assim que ouviu os gritos de desesperos vindos dos aposentos do rei, a mulher, de seus 50 anos, sacrificou sua vida para salvar a princesa e essa divida nenhuma riqueza do mundo poderia pagar.

Algumas lágrimas molhavam seu rosto e serviam de cola para os cabelos que se prendiam em suas bochechas. Cavaleiros apontavam seus crossbows em direção à menina, sem dó nem piedade, esperando a distância certa para acertá-la de maneira exata, acabando com a vida de Nia Georgia Salazar I de uma vez por todas.

Chegando na entrada da floresta escura seu cavalo foi atingido por várias flechas seguidas, como uma maneira de impedir que a princesa adentrasse o lugar, – até os mais bravos e cruéis cavaleiros tinham medo de lá, a igreja sempre dissera que quem entrasse nunca iria sair – o animal caiu no chão em poucos minutos, as flechas continham veneno e Nia sabia disso, por esse motivo abandonou sua fiel companheira, agora desfalecida, apenas soltando um pequeno beijo de afeto e sussurrando um “Perdoe-me, amiga. Agradeço-te por tudo.”, voltando a correr.

Os galhos caídos das árvores se prendiam em seu vestido, rasgando-o e cortando as pernas da jovem. Ela tinha certeza de que se corresse bastante conseguiria salvar-se – ao menos pelo resto da noite –, já que os cavaleiros possivelmente ainda estavam fazendo apostas sobre quem iria caçá-la naquele local. A moça de cabelos escuros não via nada, só conseguia sentir pequenas madeiras perfurarem seus pés e baterem em seus braços – estes que estavam erguidos em frente de seu rosto, como uma forma de impedir que machucasse ali –, ela tropeçava nas pedras e plantas, por pouco não caía, buscava resgatar o equilíbrio que de fato nunca tivera. Em sua mão esquerda carregava um canivete que roubou de seu pai semanas antes, nunca havia usado uma arma em toda sua vida, porém as vezes que ficou espiando os cavaleiros treinarem deveriam servir para alguma coisa.

Em meio a toda sua correria e desespero Georgia não pôde notar alguém aproximar-se dela, e quando enfim notou já havia batido no homem que se punha parado em sua frente, caindo no chão por conta do impacto demasiadamente forte para seu pequeno corpo.

— Deverias olhar por onde anda, pequena. — observou ainda parado em meio a escuridão. Nia levantou-se de maneira tão rápida que a fez se perguntar como conseguira realizar tal ato.

— Identifique-se, homem. — ordenou de maneira firme, erguendo seu canivete de forma defensiva, fazendo o homem rir.

— Não sabes nem ao menos segurar um inútil canivete, achas mesmo que pode meter medo? — indagou, mirando a morena e percebendo que a mesma não parava de intercalar seus olhares entre ele e a entrada da floresta nem um minuto. — De quem foge? Não me diga que é uma ladrazinha?!

— Não seja leviano! Oras! Que absurdo! — respondeu-o parecendo indignada com tal pergunta e como consequência arrebitando o nariz.

— Não se ofenda, perdoe-me. — tratou de desculpar-se, soltando um breve sorriso não percebido por Nia, já que o homem ainda continuava escondido na escuridão. — Como se chamas? Se me permite saber, claro.

— Chamo-me... Bom, ér... Maria Antonieta. — respondeu confiante, mexendo levemente no manto de cor branca que estava preso em seu vestido por uma fivela de prata e rubi. Logicamente o rapaz sabia que se tratava de uma mentira, e uma bem nítida, porém preferiu não falar nada, estava se divertindo com tal situação. – Pois então, ajuda-me fugir ou não? – retomou sua pose de intimidadora, que mais parecia cômica, pelo simples fato de fazê-la parecer ainda mais inofensiva.

— Sim, sim. Sempre ajudo ladrazinhas a fugirem. — respondeu-a zombeteiro, começando a andar. – A proposito, pode chamar-me de Kol, Kol Mikaelson.

A princesa começou a seguir o som das passadas do tal Kol Mikaelson, ainda assustada e admirada pelo fato de não ter encontrado nenhum soldado da corte pronto para assassinar a ela e quem a ajudasse, assim como ele estava a fazer... "Oh! Kol!", sentiu o medo lhe arrepiar por completo. Não seria nada nobre de sua parte entregar a vida do rapaz de bandeija só para salvar-se.

— Acho melhor parar por aqui, cavalheiro. — pronunciou-se, de maneira cuidadosa. – Se meus perseguidores o acharem tu morrerá comigo. Não seria justo deixar alguém perder a vida por minha culpa, isso seria egoísta! — tragou a saliva e esperou a resposta, ao invés disso, o homem apenas correu de uma forma que ela nunca havia visto outro correr, trazendo ao voltar uma cabeça e uma espada, o que fez a moça ficar horrorizada. Demônios!

— Santo Deus! O que você é? — novamente foi cuidadosa com as palavras, emitindo-as de forma doce e compreensiva.

— Um imortal... Demônio... Vampiro. — relatou vagarosamente, esperando gritos de medo, correria e a deixa para matá-la, entretanto, ela apenas murmurou um "Oh", deixando-o um tanto intrigado. — Por que não sai correndo? Sou um dos demônios sem alma e coração que foram contados a ti através de lendas, pequena tola! Posso te matar agora se me der vontade! — Kol estava frustrado, não haveria graça matar alguém que não o teme nem implora por viver, ele já estava acostumado em ser tratado como um monstro abominável e sanguinário, que de fato era, e uma reação como a de Maria Antonieta, de certo modo, deixava-o em choque.

— Talvez os verdadeiros demônios sejam outros. — dava para notar seu tom triste e o olhar distante, em sua mente passavam imagens do massacre que ocorrera horas antes.

Creio que Nia foi a primeira a não nos abominar ao descobrir o que éramos, nem nossa mãe aguentou observar os monstros que meus irmãos e eu nos tornamos. Este muito provavelmente havia sido o motivo de meu irmão, Kol, não tê-la matado naquele instante na floresta, porque tenho minhas certezas de que era isso que ele iria fazer se não houvesse se encantado por ela.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Fui aprovada? (Sim! Sim! Sim!) mereço comentários? (Sim! Sim! Sim!) Confesso que romance não é muito a minha praia, por isso posso ser maldosa muitas vezes (muahahahaha), então se preparem! (Okno)