Predestinados - Perina escrita por Amellie Lawson


Capítulo 9
Nove


Notas iniciais do capítulo

Oooi! Vou começar pedindo mil desculpas pela demora. Esses ultimos dias tem sido complicados,e a inspiraçãp acabou me abandonando. Não queria escrever um capitulo ruim e estragar a fic. Nem sei se voces vao gostar deste aliás,mas o final eu amei fazer! Muito obrigada pelos comentários e favoritos,pessoal! Mais uma vez,o cap está dividido em 1a e 3a pessoa. Eu sei que é chato,mas a história está se desenvolvendo,então é preciso. Enjoy xx



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Minha mente demorou para processar o que acontecia ali. Num instante,estava conversando com Bianca. No outro,estava prestes a presenciar uma briga entre Pedro e Cobra.

– Olha só quem resolveu dar as caras por aqui,Karina..... – Cobra disse,sem me soltar e com o olhar fixo em Pedro,que agora estava mais próximo. – Qual é o teu problema,mermão? Não tá vendo que o papo aqui é reto?

Pedro riu,seco.

– Eu não tenho nenhum,mas você vai ter muitos se não soltar ela agora.

Não conseguia desviar meus olhos de Pedro,que estava pronto para descontar sua raiva em Cobra.

– Isso é o que vamos ver.

Cobra se aproximou para acertar Pedro em cheio,mas eu o impedi.

– Não! Chega! – Gritei,me colocando entre eles. Senti braços fortes me puxarem,mas dessa vez não impedi. Era Pedro quem estava do meu lado agora.

– Calma,loirinha. Eu só ia te dizer que se você quiser,pode fazer melhores amizades aqui dentro.

Cobra me olhava de uma forma que eu não conseguia entender,mas sabia que não era nada boa. Pedro também pareceu notar,apertando seu braço envolto em minha cintura.

– Eu acho que sei escolher quem são meus amigos. – Respondi,mas ele não pareceu se abater e voltou sua atenção para Pedro.

– E não se preocupa,Karina. Eu e o Pedro aqui temos outras maneiras de resolver nossos problemas. – Ele sorria sarcástico. Senti Pedro se mover para avançar sobre ele,mas mais uma vez o impedi,segurando o pelo braço.

– Não vale a pena. – Sussurrei.

Cobra passou por nós,eu evitei encará-lo enquanto Pedro mantinha o olhar a altura.

– Te vejo no sábado,Ramos. Se prepara pra comer poeira.

O olhar de Pedro transbordava raiva,assim como o de Cobra. Do que eles falavam?

Quando ele se afastou de nós,Pedro voltou seu olhar para mim.

– Como você tá? – perguntou. Não pude evitar me sentir segura quando meu olhar se cruzou com o dele. – Ele te machucou? Se ele te fez alguma coisa,me fala agora que eu vou atrás daque....

– Tá tudo bem sim,ele não me fez nada. – Respondi com calma,para que ele se acalmasse também,minhas mãos foram parar automaticamente em seus ombros. – Obrigada por hoje. Nem quero imaginar o que teria me acontecido se você não tivesse aparecido.

Ele nada respondeu,ficou apenas me fitando. Percebi que ainda estávamos muito próximos e me afastei,para ir embora.

– Karina,espera. – Ouvi ele dizer,me puxando de novo. – Eu,erm....também quero te agradecer,por ontem.

Ele estava visivelmente desconcertado com o assunto,mas seu meio sorriso ainda estava ali.

– Não precisa agradecer,Pedro. Qualquer um teria feito a mesma coisa....

– É mesmo? Olha que há controversas,não sei não..... – Ele riu e foi inevitável não rir junto. Em questão de segundos conseguimos fazer aquele clima tenso ir embora. – Acho que agora estamos quites.

– É,acho que sim. – Começamos a andar pelos corredores,em direção ao refeitório,e dessa vez sem interrupções.

A frase de Cobra não saía da minha cabeça. Do que eles falavam? O que aconteceria no sábado a ponto de soar como uma ameça para Pedro? Ele percebeu que fiquei calada durante o caminho,e me perguntou se eu estava bem mais uma vez,quando chegamos a mesa.

– Pedro....O que foi aquilo que o Cobra falou,antes de ir embora? – questionei,um pouco apreensiva. Sabia que era um território novo,e que poderia colocar tudo a perder com aquela pergunta,mas precisava arriscar.

– Ah,você ouviu né? – retrucou,enquanto brincava com a comida de aparência duvidosa do refeitório. – Eu e o Cobra temos algumas diferenças,por causa de umas coisas que aconteceram no passado,nada demais.

Percebi que seria mais difícil do que pensava descobrir o que se passava com ele. Pensei em falar com Bianca sobre o assunto,mas também seria complicado,já que ela não sabe o que realmente o irmão está passando.

– Agora vamos falar de coisa boa. O que a Bianca te contou sobre a Ribalta?

– Ah,ela me contou como funcionam as aulas por aqui,me falou da sua banda. Coisas assim.

– Hum,sei. – Ele tentou ficar sério,mas não conseguiu e logo seu sorriso já estava de volta. – Agora eu vou te contar da parte boa disso aqui.

Então ele começou a me contar dos micos que o pessoal de lá já pagou. Sabia que não fazia parte da missão,mas foi impossível não rir quando ele me contou da vez que o Duca perdeu uma aposta com ele e teve que dançar com aquelas saias de balé na aula de dança,ou da vez que ele a banda fizeram audições para escolher uma(a) vocalista.

– Cê acredita que a doida da Joaquina começou a declamar Hamlet no meio do show? – Ele disse e eu ri.

– E o que vocês fizeram?

– A nossa atual vocalista,a Sol,acabou salvando a gente,e entrou no lugar daquela maluca. Eu falei pra ele que era roubada escolher ela,mas ele não me ouviu. Se não fosse por ela....

– E você,não canta? – perguntei.

– Não,meu lance é a guitarra mesmo. Meus pais já tiveram um restaurante,quando eu cantava lá até as moscas pediam a conta. – Ele riu e foi inevitável não rir junto.

– X –

– Onde será que o Pedro se enfiou? – Perguntou Bianca,procurando o irmão em meio a aglomeração de alunos. – Não apareceu nas aulas,nã....

– Algo me diz que ele tá mais perto do que você imagina,Bianquinha.

Bianca não acreditaria nas palavras de Duca se não estivesse vendo com os próprios olhos. Viu,de longe,o irmão conversando em meio a risadas com a nova vizinha. Já era um milagre ele não estar com Priscila. Devido aos problemas com a peça acabou se esquecendo da loira,mas pelo o que podia ver,Pedro resolvera dar as caras na hora certa.

– E você não fez nada? – Ouviu Karina perguntar.

– Fiz sim,ri muito da cara dele. – Respondeu,rindo junto com ela. – E teve aquela vez que.....

– E aí,galerinha do mal. – Duca disse,se sentando ao lado de Pedro. – Do que vocês estão rindo?

– Eu tava contando pra Karina da vez que você dançou balé na aula da Lucrécia. – Disse e viu a irmã rir ao lembrar do dia.

– Pô,que amigão tu é,hein. A mina vai pensar o quê de mim,agora? – Disse Duca de cara fechada.

– Ah Du,aquele dia foi divertido,vai! – Disse Bianca,e Duca negou entre risos. – Que saudade daquela época....

Duca percebeu o olhar saudoso da menina e o silêncio repentino de Pedro. Sabia a falta que faziam aqueles tempos,numa época em que os três eram unidos.

– Mas fala aí,a Karina já fez o ritual de iniciação da Ribalta? – perguntou Duca.

– Que ritual? – Karina perguntou,enquanto Bianca e Pedro se olhavam cúmplices por algum segundo.

– O Pedro e o Duca inventaram essa brincadeira e fazem quando algum novato começa a estudar aqui. Preparada?

Karina ficou apreensiva por um segundo,enquanto Pedro e Duca se seguravam pra não rir. O que eles fariam com ela?

– Tá,mas...O que eu vou ter que fazer? – questionou.

– Pergunta errada,loirinha. – Respondeu Duca,e empurrou uma bandeja da cantina pra perto de mim. – A prova de fogo daqui é encarar essa gororoba da cantina. Se você sobreviver,te damos as boas vindas.

A loira olhou pra Bianca,que se dividia entre rir da ideia dos dois ou os encarar,incrédula.

– Ok,eu topo. - Mas assim que fez,desejou nunca ter topado. Agora todos na mesa riam,enquanto Bianca ficava repetindo que não deviam ter feito aquilo com ela.

– E aí,gostou? – Ouvi Duca perguntar.

– Nãao! Isso é horrível! – Quase gritou,entre risos.

– Agora é oficial,bem vinda a Ribalta! – Pedro gritou de volta,chamando a atenção de todos que estavam ali.

– X –

No caminho de volta pra casa – mais cedo que de costume,porque a tal professora de teatro teve um imprevisto e não pode dar aula -,começamos a jogar ''o que você prefere’’,ideia do Duca.

– O que você prefere,ser um pirata ou ser um ninja? – Era a minha vez de perguntar.

– Ah,difícil essa. Mas acho pirata mais legal. – Pedro respondeu. – O que você prefere,poder ler mentes ou saber voar?

Ah,essa era fácil! Ler mentes poderia até ser divertido,mas poder voar eu sabia como era,e era o que eu mais sentia falta na Terra.

– Poder voar,com certeza! Bianca,o que você prefere,unicórnios ou dinossauros?

– Unicórnios,são muito mais fofos! – Bianca respondeu,e os meninos reviraram os olhos. – Minha vez! Duca,o que você...

– Não maninha,deixa que eu pergunto. Duca,o que você prefere,dançar balé ou....

– Ih,pode parar cara! – Respondeu Duca de imediato,arracando risos de todos. – Cê sabe que eu não gosto dessas coisas. - Respondeu,se referindo a Ribalta.

– Não sei porquê,você canta tão bem. Podia até cantar na banda do Pê. – Bianca disse.

Estávamos quase chegando em casa quando uma chuva começou a cair.

– Ah não! Chuva? – Bianca praguejou,se pondo a correr logo para a varanda de casa para não se molhar.

Percebi que os dois fizeram o mesmo enquanto eu fiquei. Uma das coisas que eram muito diferentes quando vista da Terra era a chuva. Sentir os pingos tocando o meu corpo com certeza estaria na minha lista de melhores sensações do mundo,se eu tivesse uma.

Comecei a correr e girar e círculos,sorria para a chuva que caía. Percebi que os três me olhavam com cara de interrogação.

– Por quê vocês não vem logo? – Berrei,enquanto me molhava cada vez mais.

– Eu não tô a fim de me molhar não,Ka. – Respondeu Bianca. - Vem logo você pra cá,sua doida!

Olhei para Pedro,que me fitava com curiosidade e ria do que eu fazia. Não sei o que me deu,mas logo me vi dizendo:

– Vem looogo,Pedro! – Eu sorri e ele devolveu o sorriso,negando com a cabeça. – Foi feito de açúcar,é?

Agora ele fingia estar ofendido,e eu não podia deixar de rir. Estava quase entrando na varanda quando ouvi ele dizer:

– Quer saber? Eu vou e vai ser agora!

Senti Pedro se aproximar de mim e fiz o mesmo. Quando meu corpo se tocou com o dele,senti uma corrente elétrica atravessar meu corpo,e podia jurar que nada tinha a ver com a chuva.

– Sabe correr? – Pedro sussurrou,e eu apenas assenti. – Então começa a correr,porque eu vou te pegar!

Comecei a correr em meio a risadas e gritos,pisando nas poças que se formaram.

– Não adianta correr,Karina! – Pedro gritou,eu podia ouvir Bianca e Duca rindo na varanda.

– Parecem duas crianças,meu Deus. – Bianca disse,e Duca concordou.

– Você não me pega! - Cantarolei,mas acabei me distraindo e quase tropecei. – Me ajuda,Bianca! – Gritei.

Logo vi Duca arrastar Bianca pra chuva,e os gritos contrariados dela. Ele começou a correr atrás dela e logo estávamos os quatro encharcados. Fui correr para o lado contrário de Duca e senti meu corpo ir de encontro ao de Pedro.

– Peguei! – Ele disse,me abraçando e me girando,fazendo meus pés saírem do chão.

– Pedro seu doido,me sooolta! – Gritei tentando não rir,mas era impossível.

– Seu pedido é uma ordem.

Ele me soltou,mas nossos corpos continuaram próximos. Nossos olhares se cruzaram e foi o suficiente para a corrente elétrica voltar. Ele me fitava de uma maneira que eu não conseguia decifrar. Tentei me afastar,mas não consegui dar mais que um passo.

– O que houve? – Perguntei,e ele sorriu sem graça.

– Os seu olhos....Eles...

– Pedro? – Ouvi uma voz desconhecida perguntar,seguido do barulho de uma porta de carro batendo. Bianca e Duca,que estavam afastados,também se aproximaram. – O que você tá fazendo aqui?! E na chuva?

– Priscila?


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Notas finais do capítulo

E aí,gostaram? Priscila tinhe que chegar e estragar tudo,tsc tsc. Sobre os capitulos de malhação dessa semana: não quero que perina acabe quero mais pegação quero mais perina não quero vickiranha hkdhlçdfkjf~]j pq sim!! O que vcs esperam pro proximo capitulo? comentemm que eu vou tentar não demorar tanto,juro! Bjs < 3