Predestinados - Perina escrita por Amellie Lawson


Capítulo 29
Vinte e nove


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MEUS XUXUS!!! Como eu avisei no twitter,tô viajando de novo e devo voltar domingo ou segunda,mas arranjei um tempinho pra postar pra vcs. Aqui no sitio ta um calor infernal,cheio de mosquito,e eu tô a hooooras sentada num colchão horroroso digitando esse cap lindo pra vcs,então me amem muitoooo hahahahah parei! eu amei o cap e espero que vcs tbm gostem. E ME DÁ LICENÇA QUE EU AINDA TGO SURTANDO COM ESSA QUINTA FEIRAAAAAAAAA BDKMFN.FKGV É PERINA É CHAT SANTOVITTI É BASTIDORES É CHAMADA EU AINDA NÃO SUPEREEEEEEI! socorro,gente hahah. Bora pro cap agora,ne? Boa leitura! Enjoy xx



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/557863/chapter/29

Bianca passou tempestuosamente pelo grande salão,tentando encontrar Duca.

Ela sentira sim,raiva dele,ao vê-lo tão entretido com outra bem ali na sua frente. Mas,depois do beijo com João,quando viu sua reação,ela não pode evitar se sentir a pior pessoa do mundo. Ainda que não conseguisse entender o porquê do término,eles tinham uma história,e ela não queria que acabasse daquele jeito.

Por quê tudo tinha que ser tão difícil? Não pode evitar pensar aquilo,quando conseguiu encontra-lo,sentado em um banco na praça perto da Ribalta.

– Duca.... – sussurrou contra a noite.

Quando o lutador se virou para olhá-la,ela por um segundo preferiu não ter ido atrás dele. Seu olhar era difícil de ser sustentado,tinha um misto de tristeza e decepção estampados. Ele tentou secar as lágrimas,mas era nítido que ele havia chorado por ela.

– Du,me ouve por favor. – pediu,se aproximando dele e se sentando no banco. – O-o que você viu,n-não foi nada do que você tá pensando....

– Você não tem que me dar nenhuma explicação,Bianca. – Ele a cortou,ríspido,e sem coragem de encará-la. Respirou fundo e continuou. – Fui eu que terminei,e você tem todo o direito de seguir com a sua vida...

– Não! – Pôs para fora o grito que estava preso em sua garganta. – Eu não quero isso pra mim! Eu não quero....

– Sim,você quer. – Afirmou contra os lábios trêmulos da atriz,que chorava desesperada. – Talvez você só não queira agora.

– Eu quero você.... – Choramingou,e viu o moreno encarar o céu,impedindo as lágrimas de cair. Viu Duca engolir o bolo que se formava em sua garganta e beijar sua testa,antes de tentar se afastar dela.

Viu ele se afastar,e gritou:

– Eu sei porque você terminou comigo! – Blefou,e viu ele se virar para ela,assustado.

– Eu não sei do que você tá falando.

– Ah,sabe sim. – Afirmou,tentando convencê-lo. Recordou-se daquela tarde com a psicóloga e continuou,aproximando-se dele. – A doutora Luiza me disse que você tem um....motivo. E que é para o meu bem.

Ele permaneceu sério,sem dar chance a ela de descobrir o que se passava com ele.

– Por quê eu não posso saber? – Acarinhou seu rosto. – Du,o que tá acontecendo com a gente?

– A doutora tá certa,Bi. Eu tenho um motivo para ter terminado com você. – Respondeu,após longos minutos de silêncio. – E a única coisa que eu posso te dizer é que...

Parou a frase ao ver que não conseguiria dizer aquilo olhando em seus olhos. Desviou seu olhar,mas ela se aproximou dele.

– Você......não me ama mais,é isso? – Indagou,sem ter certeza se era erra a resposta que queria ouvir. Riu descrente,ao constatar uma certa verdade. – Você nunca me amou,não é?

– Foi o certo a ser feito. – Ele foi frio ao respondê-la,e a atriz teve ainda mais certeza que estava certa: Duca nunca a amou de verdade.

– Me promete que vai ficar bem? – Pediu,mas ela não respondeu,ainda estava atônita com o que acabara de deduzir.

Ele nada disse,tampouco insistiu em sua resposta. Apenas beijou seu rosto,saindo dali com a dor de não poder lhe contar a verdade.

– X –

– Então quer dizer que você fez uma música pra mim? – Karina perguntou,quando voltava abraçada com Pedro para casa.

Depois do show,ele desceu do palco e,juntos,aproveitaram a festa. Dançaram ao som da Galera da Ribalta – Nando substituiu o namorado da loira -,e Sol,que não estava mais brava com o amigo,pois ele lhe explicou o que tinha realmente acontecido,dedicou várias músicas ao mais novo casal.

– O que eu posso fazer se você me inspira,linda? – E beijou a ponta de seu nariz. – Você gostou?

– Eu amei,Pê! – O guitarrista a abraçou,ele nunca cansaria de olhar o brilho dos olhos dela.

– Você ainda não respondeu minha pergunta,esquentadinha. – Ele disse,num falso tom sério.

– Acho que você sabe a minha resposta.

– Eu gosto de ouvir você dizer.

Ela riu e respondeu,em alto e bom som:

– Sim! Mil vezes sim! – E o beijou,se entregando aquela felicidade que era tê-lo ao seu lado. – Eu aceito ser sua namorada,Pedro.

Ele a puxou pela cintura e a girou,sob os gritos e risadas dela. Quando a colocou no chão,seus corpos ainda estavam próximos,suas testas unidas por um beijo de esquimó.

– Eu nunca vou me cansar de ouvir isso,sabia? – Ela negou em descrença,sorrindo para ele. – Olhinho bem fechado,sorriso assim de laaaado.... – gritou a letra da música,daquele jeito desafinado que só ele sabia fazer quando queria.

– Ahh não,Pê! – Reclamou brincalhona,mas ele continuou cantando. – É sério,se não parar de cantar vai acordar os vizinhos!

Continuaram o resto do caminho assim,cantarolando e rindo. Quando chegaram em casa,Karina não conseguiu repreender o grito de raiva ao ver quem estava com João.

– O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI,HENYA? – Gritou,e só então os dois perceberam a presença deles ali.

– Oi pra você também,anjinha da asa quebrada. – A ruiva destilou seu veneno,sem medir suas palavras. Karina torceu para que Pedro interpretasse como uma provocação,e não o seu real sentido.

– Você ainda não me respondeu,sua ruiva falsa! O que tá fazendo aqui? – Ela a fuzilava sob o olhar assustado de João,enquanto Pedro não entendia nada.

– Eu sabia que ia dar problema.... – João reclamou.

– Você fica quieto aí! Meu problema agora é com essa filha de Judas.

Karina estava a ponto de avançar sobre Henya,que tinha um sorriso irônico estampado nos lábios avermelhados.

– Calma,loirinha. Eu só passei pra dar um recadinho pra vocês. – Sorriu falsamente,se divertindo com o pavio curto da pequena anjo. – E quanto ao Joãozinho.....nós só unimos o útil ao agradável.

– Fale por você,Henya, - João bradou entredentes.

A ruiva andou lentamente até a porta,só parando quando ouviu Karina gritar por ela.

– Espera,Henya! Que recado é esse que você tem pra dar?

Ela se virou para eles e disse:

– Vocês vão receber visitas muito em breve. – Respondeu,e os dois se entreolharam,chegando a mesma conclusão,antes de ela precisasse dizer.

A vida deles na Terra estava para ficar pior,e eles nada poderiam fazer para evitar.

– X –

Karina se despediu de Pedro – João lhes deu alguns minutos sozinhos,a contragosto. Depois do acontecido,tinha perdido os argumentos com a loira – e voltou para casa,trancando a porta.

– Será que dá pra me explicar o que aconteceu aqui? – a loira indagou,se referindo a presença de Henya. – Não me diz que você a trouxe pra cá....

– Alto lá,Karina! – Gritou,irritado com as perguntas da amiga. – Eu errei sim,mas você errou muito mais. Que história é essa de pedido de namoro?!

Karina emudeceu com a pergunta. O que diria a ele? Ainda que tentasse explicar,ele nunca iria entender o que se passava com ela,tampouco os sentimentos dela por um humano.

– Eu perguntei primeiro. – Retrucou,se sentando ao lado do amigo. – Anda,pode desembuchar senhor certinho.

– Foi ela que me procurou,ok? – Ele se deu por vencido e respondeu. – Eu cheguei em casa e ela apareceu aqui do nada,e eu......Eu não resisti. – Sussurrou a última parte,como se alguém lá de cima pudesse ouvi-lo e recrimina-lo da mesma forma. – Satisfeita?

– Não tô,não. – Retrucou,entrelaçando suas mãos as dele. – Eu reagi desse jeito porque eu sei que ela te faz mal,e eu não suporto ver você assim. Cê sabe que eu só quero o seu bem,né maninho?

– Eu sei,maninha. – Sorriu cúmplice e apertou suas bochechas. – E eu agradeço por isso. Se você não tivesse chegado,eu nem sei o que teria acontecido...

– Mas eu sei. – Afirmou,e João arregalou os olhos. – O anjo Gael ia aparecer e ia arrastar ela pelos cabelos de volta lá pra cima. – Viu João rir com sua resposta,e a loira percebeu que ele tinha imaginado a cena.

– Mas falando nele,onde é que ele tá? –Ela perguntou.

– Quando nós saímos ele ainda tava na academia,agora eu não sei. Deve estar lá em cima. – Deu de ombros. – Sua vez.

Refletiu sobre o que diria por alguns instantes. Não sabia por onde começar,porque nem ela realmente sabia quando ou como aquele sentimento tinha surgido. Mas ele estava ali,vivo e pronto para saltar de seu peito,e essa era a única coisa que importava naquele momento.

– Eu não sei como explicar.... – Sussurrou,deixando a sinceridade a guiar. – Nós fomos nos aproximando aos poucos – ela sorriu fraco – e quando eu dei por mim,eu...e-eu...

– Você já estava apaixonada. – Concluiu por ela,sem querer imaginar aonde aquilo tudo ia dar.

Ela respirou fundo e deixou uma lágrima cair,prevendo o sermão que receberia do amigo.

– E-eu não sei muito bem o que eu estou sentindo agora. – Tentou disfarçar. – A única coisa que eu sei é que eu não consigo mais me imaginar sem ele,sem o sorriso dele pra mim todas as manhãs,sem...

Parou a frase ali,deixando o choro e o desespero as consumirem por inteiro.

– Você pode não saber,mas eu sei K. – João disse,secando as lágrimas da loira. – Isso é amor.

Sua voz não tinha um pingo de ironia ou insatisfação. A única coisa perceptível ali era a verdade exposta em suas palavras.

– Ai João,o quê que eu faço? – Indagou,e o amigo a amparou. Ela se deitou nas pernas dele,e ele afagava seus cabelos.

– Eu não sei,K. Nunca me senti assim. – Respondeu,prometendo a si mesmo que não sairia do lado dela. – A única coisa que me importa agora é você. Eu não quero te ver sofrer.

– Eu não vou,prometo. – Ela se levantou e o fitou. – E por falar em promessa.....você promete que não conta nada pro Gael?

Ele pareceu analisar o pedido dela. João se importava com ela,mas tinham muito mais coisas em jogo que um simples amor proibido.

– Eu prometo que vou te ajudar,a medida do possível,ouviu? – Jurou sob o olhar aliviado dela. – Eu não vou sair do seu lado. Você ainda vai me aturar por muito tempo,sua doida.

– E eu mal posso esperar por isso,meu certinho preferido. – Deu um beijo estalado em sua bochecha,antes de subir as escadas.

– X –

Eu não conseguia parar de rir. Pedro me fazia cócegas,sem se importar com a falta de ar que começava a me afligir ou com meu ataque de risos,que agora ecoava pelo Amparo.

– Par-a Pe-dro. – Consegui sussurrar entre uma risada e outra e tentei afastá-lo,em vão.

Ele riu junto a mim e depositou um beijo estalado no meu rosto.

– A tia K é uma sem graça,né gente? – Vi Alice e Gui concordarem,e eu fechei a cara. – Ah,nem vem. Pode desfazer esse bico.

– Eu não fiz bico.

– Fez sim.

– Não fiz,seu chato. – Dei a língua,e ele se fingiu ofendido.

– Chato,é? – Me puxou pra perto dele,voltando com as cócegas. Pedi para ele parar,já sem ar,e ele sussurrou:

– Só se você dizer.

– D-dizer o quê,seu doido? – Perguntei,quase sem fôlego.

– Só paro se você dizer....

– Dizer o quê? – Gritei,gargalhando e tentando acertá-lo.

– Que eu não sou chato.

– Mas você é! – Gritei de volta,mas ele aumentou a velocidade das cócegas.

– Resposta errada,esquentadinha!

– Tá,tá bom! Você não é nada chato,guitarrista. – Respondi,e ele parou,com um meio sorriso de vitória estampado no rosto. - Satisfeito agora?

– Não. – sussurrou em meu ouvido,mordiscando o lóbulo da minha orelha.

– Pedro.... – arfei,tentando afastá-lo a contragosto. – As crianças.

– Ahn? – Indagou,e eu apontei para os dois pequenos que brincavam de desenhar do nosso lado. – Ah K,eles nem estão olhando pra cá.... – Reclamou,mas eu o calei com um selinho.

– Depois a gente continua. – sussurrei ao pé de seu ouvido.

– Posso cobrar? – Assenti e o beijei.

Ouvi um pigarro perto da porta e me afastei de Pedro rapidamente.

– Karina? – Uma menina morena e com mechas loiras nas pontas dos cabelos curtos me chamou,e eu assenti. – A Regina tá te chamando.

– Pode deixar Vicki,já tô indo.

Vi Pedro bufar do meu lado e ri,me despedindo discretamente antes de rumar para a sala da coordenadora do Amparo.

– X –

Quando terminei a conversa com Regina e saí de sua sala,tinha um enorme sorriso no rosto. Precisava encontra-lo,mas não o vi no grande salão.

Pensei em perguntar para algum funcionário,mas não precisei. Eu o encontrei no jardim,jogando futebol com os meninos. Vi Gui fazer um gol e Pedro comemorou com ele,enquanto eu ria toda boba pra ele.

– GOOOOL! – Pedro gritou. O jogo recomeçou e vi ele se aproximar de mim. – Como é que foi lá,esquentadinha?

– Nós conseguimos,Pedro! – Gritei,e ele me abraçou,me girando no ar e gritando que nem um doido. – Nós salvamos o Amparo!

Graças ao sucesso da festa e do show da banda de Pedro,o Amparo conseguira juntar dinheiro suficiente para cobrir a proposta e manter a casa. Eu mal podia acreditar,e vi nos olhos de Pedro que ele estava do mesmo jeito que eu.

– Aaaah moleque,eu sabia! – Nós rimos e chocamos nossas mãos. – É parceira,acho que nós formamos uma bela dupla.

– Eu não conseguiria sem você,Pê. – Me derreti quando ele sorriu pra mim.

– Eu sei que você não vive sem mim,gata. – E piscou pra mim.

– Mas é muito convencido mesmo! – Tentei bater nele,mas ele me segurou e me beijou.

– É sério,Pê! – Me soltei dele e olhei para cada uma das crianças,que agora continuariam a ter seu lar são e salvo. – Eu não acredito que nós salvamos as crianças!

Ele riu em concordância e me abraçou por trás,observando as crianças junto comigo.

– Nem eu,pequena. Eu nunca imaginei que fosse me apegar tanto a elas.

Uma ideia me passou pela cabeça,e eu não pude deixar passar. Podia jurar que meus olhos brilhavam quando eu me virei para ele e disse:

– Isso merece uma comemoração! – Exclamei. Ele pareceu animar com a ideia e perguntou:

– Taí,também acho! O que você tem em mente?

Sussurrei a ideia baixinha para ele,que gostou e começou a me ajudar com os preparativos.

– Só depende das crianças,se elas vão gostar. E nós vamos precisar da ajuda do João...

– E eu posso chamar a Bi e o Duca também. E o Mestre Gael? – Sugeriu,mas ao mesmo tempo fizemos um sonoro ‘’não’’.

– Será que esses três trabalhando junto vai dar certo? Não sei não....

Ainda que João não tivesse me dito nada,ou muito menos Bianca,eu já havia reparado na mudança de comportamento dos dois,só não sabia muito bem o porquê.

Bianca odiava o lugar,Duca era atrapalhado e João não iria conseguir ficar longe dos vídeo games nem por uma tarde. Ri internamente imaginando a cena e Pedro me olhou confuso.

– Tá rindo de quê,esquentadinha?

– Só tô pensando alto. Agora vem comigo,precisamos dar a notícia a eles!

Pedro me abraçou de lado e juntos entramos no Amparo,ansiosos para contar a novidade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí,gostaram do capitulo? O AMPARO FOI SALVO MINHA GEENTE! de quem será que a henya falou? eu amei fazer o momento da k com o joão,hihi. E esse lugar que eles vao levar as crianças,qual será? alguém aí ansioso? Me contem o que esperam pro proximo capitulo,vou amar ler e responder todos! Comentem,favoritem,acompanhem e recomendem pra fazer a autora felizzz,me sigam no twitter @vittiverfeliz e me amolem muitooo hahah. Agora eu ja vou,beeeijos e até o próximo < 3