Caos Irresistível escrita por Ana Lima


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Deu erro no meu computador gente e apagou o capítulo que postei ontem, então estou postando novamente
corrigi alguns erros que percebi só hoje, espero que gostem!



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– Diana? - alguém dissera. Um pouco longe. Talvez longe demais.

Diana estava ocupada demais para prestar atenção. Estava no meio de uma aula de pintura. Pintura? É isso mesmo? Ela nem sabia pintar, mas estava ali. Tinha um cavalete de madeira a sua frente e um quadro recentemente pintado. Faltava ainda alguns acabamentos para terminar sua obra de arte. E ao contrário da maioria das pinturas feitas pelos principiantes, Diana não pintou uma maçã ou uma árvore com frutos. Ela foi ousada. O garoto era alto, mas não podia se notar veemente na pintura, o corpo bronzeado estava deitado sobre um altar de madeira. Apenas um tecido de seda branco cobria-lhe as partes impróprias. Partes que Diana adoraria ver em alguma ocasião mais oportuna, claro. Fora isso, da cintura ao topo da cabeça ele se encontrava totalmente desnudo. Parecia um modelo grego que estampavam desenhos antigos e esculturas da Grécia antiga. Mas não era nenhuma dessas opções. Era somente o Hans. Isso.

Diana estava trancafiada numa sala de paredes escuras puxadas para o marrom com Hans, o garoto que aparentemente ela odiava. Ele estava sorrindo e inclinando o corpo para o lado de forma ascendente que deixava seus músculos contraídos e belos. Seu corpo era uma tentação. Seus lábios de comprimiam num sorriso de lado, sarcástico e cheio de si, sua característica ímpar às três vezes que Diana esbarrou com ele. Apesar de que isso fosse o que mais a irritava, na pintura parecia tão sedutor e tentador que ela não parava de sorrir.

– Fique quieto. - ela disse, repreendendo sua tentativa de mover os ombros.

– Estou entediado. - ele murmurou, bufando.

– Está nada. Em alguns minutos ficará pronto. Aguente.

– Eu quero fazer outra coisa, Diana. - ele disse, seu tom de voz diminuiu consideravelmente.

Os olhos de Diana se ergueram até ele.

– Quê?

– Você me ouviu. - ele sorriu para ela. - Você bem que podia sair daí e vir até aqui.

– Não, não.

– Diana. - Hans se moveu. - Não me faça apelar.

– Fique ai. - mas no fundo, o que ela queria mesmo era que ele realmente saísse dali e fizesse o que seus pensamentos perambulantes estavam imaginando.

Ela queria que Hans saísse dali e viesse até ela, e se porventura suas imaginações fossem as mesmas que as dela, ele viesse mais rápido ainda.

Por questões de segundos, Hans pareceu ouvir seus pensamentos mais profundos e se mexeu, deixando o tecido de seda deslizar por sua pele lisa aos poucos. Ele se levantou num súbito e tudo que Diana pode ver, antes de uma luz branca inundar sua visão, foi o tecido cair aos seus pés e nada mais.

– Diana?! Diana! Acorde! - alguém lhe sacudiu os ombros.

Diana acordou num súbito. O coração acelerado, a respiração falha e uma ligeira dor de cabeça. O que diabos havia acontecido? Havia sido um sonho? Tudo isso?

Diana não sabia o que era pior: se era ter sonhado com Hans ou ter sido interrompida na melhor parte do sonho. Ela balançou a cabeça. Acabara de pensar nisso? Isso não podia estar certo. Ai! Sua cabeça ardeu novamente fazendo com que ela tivesse que colocar as mãos em volta da face, interrompendo que as luzes através da janela chegassem até ela impedindo que seus olhos frágeis a luz a irritasse mais.

– Que merda, heim Abby. - ela resmungou, sua cabeça parecia explodir.

– Desculpe, não ia adivinhar que acordaria logo de mal humor, miss simpatia. - Abby ironizou, mas não riu.

Diana revirou os olhos.

– Tanto faz. - ela se ajeitou na cama, abrindo os olhos para se focarem em Abby. - Vai direto ao assunto. O que foi? - sua amiga estava em pé ao lado da sua cama e com as mãos na cintura.

– O que foi? - ela ironizou. - Aconteceu que você está atrasadíssima, Diana.

Ela piscou os olhos, meio perdida.

– Quê?! Eu? Atrasada? - e depois riu. O corpo de Diana estava bem treinado a sempre acordar cedo, nunca passava do horário previsto, na verdade, tinha até uma certa antecedência em horários já programados.

– É claro que é você. Está dormindo ainda?

Diana riu-se.

– Impossível. Quando eu passo um pouquinho que for do meu horário meu despertador sempre alarma para me fazer lembrar em caso de urgência... - Diana se virou para o pequeno relógio eletrônico no criado mudo a direita. - É só você ver aq... Puta merda.

Diana pulou da cama no mesmo momento. Seu relógio passava das sete e meia e sua aula começava as oitos horas em ponto, tinha dez minutos para tomar banho, tomar seu café, pegar o metrô para sua escola e ainda andar mais alguns metros a pé até sua faculdade. Ela não podia acreditar que perdera sua pontualidade. Era o apocalipse.

– O que foi aconteceu? - Abby apareceu atras dela.

Diana se trancou no banheiro, por sorte sua toalha e sua necessaire já estavam todas organizadas ali. Ela se enfiou dentro do chuveiro e o ligou.

– Eu não faço ideia. Dormi no horário normal ontem, não foi? - nessa última parte ela perguntou a si mesmo. Era claro que havia se demorado para dormir porque tivera vários lampejos de pensamentos ridículos sobre Hans, odiou ter perdido quase uma hora da sua noite de sono por pensar nele e se enraivar por isso.

– Não é nada normal, Diana. - Abby disse. Diana passou os dedos pelo cabelo, alisando-o, tinha acabado de passar o shampoo.

Claro que não era normal, Diana era uma exímia fã de pontualidade. Raras eram à vezes que isso acontecia, a de se atrasar para algum lugar.

– Você está bem? Estava preocupada com alguma coisa? - Diana enxugou o cabelo. Acabara de tirar o shampoo.

– Não. - ela nem pensou duas vezes ao responder. - Eu estava bem. Não sei porque me desconcentrei, eu estava... - Diana se interrompeu rapidamente.

– Estava? Estava o quê? - Abby parecia acampar na porta do seu banheiro.

Estava bem... Até aquele maldito Hans se infiltrar nos seus pensamentos e as lembranças do seu terrível dia retornarem. Não estava preocupada naquele noite, ela estava furiosa.

– O que foi, Diana? O que aconteceu? - Abby bateu na porta. Diana saiu de dentro do boxe e se cobriu com a toalha. - Espere aí. - houve uma pausa silenciosa. - Estava preocupada com aquele garoto, não era?

– G-garoto? - Diana riu-se. Ainda bem que Abby não podia ve-la, pois estava corando.

– Sim, sim. Aquele da moto. Que te trouxe. Você passou a noite pensando nele, não foi? - houve silêncio. - Existe poucas explicações para uma garota perder o sono durante a noite. E no seu caso é raríssimo isso acontecer. Ou são os testes da faculdade. Ou é o emprego que você ama na escola. Ou é um garoto.

– Quanta bobagem, Abby. - Diana enfiou a escova dentro da boca. Preferia ficar sem responder do que ousar a dizer algo comprometedor.

– Bobagem nada. Ele era um gato. Você com um garoto daqueles não é natural. Logo você.

– Ah, e o que que tem? - Diana respondeu meio desengonçada enquanto escovava os dentes. - Não tenho capacidade de sair com garotos, é isso?

– Claro que não é isso, Ana. Quer dizer, capacidade não, mas garotos como aquele que veio te trazer com certeza não fazem seu tipo. - ela explicou. - Primeiramente porque você tem uma lista de perigosidade. E motos estampam ela como meios perigosos de usar.

Diana quase riu. Era verdade. Tinha mesmo uma lista de perigosidade, coisas que ela sempre evitaria. Mas acabara de riscar uma delas. Andou de moto pela primeira vez. E com um garoto como Hans. Riscou mais uma segunda linha da lista. Não se enturmar com pessoas estranhas e certamente perigosas.

– Você não se daria bem nesse ambiente. - Abby disse por último. - Você é ingênua e boa demais. Você não combina com os caras maus e as esquinas perigosas da vida.

Diana limpou o rosto e saiu do banheiro.

– Você tem razão. - ela deu um meio sorriso. - Nas duas afirmações. Eu estava pensando sim no garoto.

Abby arregalou os olhos.

– Quê? Serio? - ela quase gritou num surto de animação. Era difícil Diana confessar algo sobre garotos.

– Mas não é isso que você está pensando. - Diana deu meia volta e voltou para seu quarto. - Ele me irrita. Eu imagino sua morte lenta e dolorosa. Espero nunca mais vê-lo na vida.

– Oh, Deus. Você está interessada.

– Não estou não. Não posso gostar de alguém que não suporto.

– Ainda!

– Ainda nada. - Diana fez birra. - Agora dê um fora daqui que eu vou me arrumar.

– Hm, Ok. Eu vou direto para meu curso. - ela respondeu, meio desanimada. Queria continuar falando sobre o garoto com Diana. - Boa sorte hoje.

Diana fez que sim. Realmente precisava para chegar em ponto na sua faculdade. Quando Abby foi embora, ela nem se importou de pensar numa roupa para vestir, pegou a primeira coisa que viu e montou sua combinação. Calça jeans preta e uma blusa de alças finas azul ceu. Por conta do clima na cidade, ela decidiu pegar uma jaqueta por precaução.

Assim que terminou, ajeitou o cabelo num rabo de cavalo e juntou seus matérias. Nem se importou de tomar seu café. Sabia que sua dor de cabeça aumentaria consideravelmente. Era uma viciada em cafeína e sempre estava mais dispostas quando tomava alguns goles de café fresco logo de manhã.

Assim que pegara suas coisas, notou se o cordão com a chave estava em volta do pescoço e depois da confirmação ela apagou as luzes dos corredores que Abby fazia questão de ascender sempre porque não costumava abrir as cortinas e saiu do apartamento. Correu até o elevador e esperou chegar até o térreo. Foram os sete segundos mais frustrantes da sua vida. Depois de sair do elevador, Diana acenou para o porteiro e correu porta fora. Nenhum táxi. Andaria mais alguns metros até o metrô. O clima estava até quente. Diana tirou o casaco que lhe cobria os ombros. Andou mais apressadamente. Algumas pessoas se mantinham em volta do metrô quando finalmente chegou. Eram, no mínimo, vinte.

Ela reconheceu uma senhora de cabelos brancos ali parada.

– O que aconteceu? - Diana se aproximou, o coração um pouco ainda em descompasso.

Era Guilda. A mulher idosa olhou para Diana. Algumas vezes ela a ajudou a cuidar de sete gatinhos que a senhora tinha, por isso Guilda tinha um enorme apresso por Diana.

– Você não soube, querida? - Guilda manuseava um echarpe de crochê da cor rosa. - Mataram um garoto no metrô na madrugada dessa terça.

Os olhos de Diana se alarmaram.

– O que? Como?

– Não disseram como foi. Mas a polícia está lá, tiveram que fechar os portões para a entrada e saída de gente do metrô. Ninguém mais entra e ninguém mais chega aqui.

Diana xingou mentalmente. Sentia muito pela tragédia que acontecera, mas no fundo sentiu que o destino estava lhe pregando uma peça, impedindo-a de ir para a faculdade.

– Nunca pensei em dizer isso, mas o bairro está ficando perigoso. - Guilda disse, encolhendo os ombros.

– É verdade. - Diana respondeu meio aluada ao que sua vizinha dizia. Estava tentando pensar numa maneira de chegar em sua universidade o mais breve possível.

– Todos nós teremos que não precaver agora. Você também mocinha. - a senhora lhe olhou. - Ei, a senhorita nao tinha aula hoje?

– É, ainda tenho. Mas agora que o metrô quebrou não tem como eu chegar com rapidez até começar minha aula. - Diana disse de cara feia. O garoto não podia ter morrido num final de semana? Ela pensou, mas logo abandonou o pensamento. Estava sendo insensível, alguém tinha morrido ali e podia ser alguém com família e com um futuro enorme pela frente.

– Se quiser, posso pedir para um dos meus netos te levarem.

Os olhos de Diana brilharam.

– Sério, Guilda?

– Sério, querida. - Guilda sorriu abobalhada, era uma senhora muito gentil. - Bill estará aqui em alguns minutos, ele foi deixar a irmã na escola. Ele volta rápido.

Diana teve um ligeiro momento de alívio. Era só esperar calmamente que a ajuda chegaria. Parou ao lado de Guilda e esperou ansiosamente a aparição de alguém, qualquer que fosse, mas que fosse o tal do Bill. Diana espiou algumas vezes a movimentação em volta do metrô. A sensação que naquele lugar havia morrido alguém lhe trazia ondas de calafrios. Usava-o todos os dias e agora teria sempre a lembrança que alguém fora assassinado ali. Mal gostava de pensar nisso. Tentou abandonar o pensamento. Diana observou as horas. Oito horas em ponto. Quanto o Bill demoraria?

– Guilda? - Diana a cutucou gentilmente. - Seu neto demorará muito?

– Não sei dizer, na verdade, ele já deveria ter chegado.

Diana fez que sim. Não queria mais perturbar a senhora, ela já tinha oferecido a carona do filho, que infelizmente não aparecera. Ela nem estava acreditando que perderia um dia de aula. Nunca aconteceu isso. Era uma tragédia. Esse dia já começara cem vezes pior do que terminara o dia anterior. E isso era enormemente considerável de acordo que fora ontem que conhecera Hans. Não podia realmente ficar pior do que já estava. A não ser que passassem alguma prova avaliativa na escola, ai sim seu dia seria tenebroso.

Alguém buzinou as suas costas. Guilda virou na mesma hora. Diana achou que finalmente o neto chamado de Bill da Guilda havia chegado. Mas estava totalmente enganada.

– Olá de novo.

Se o dia podia piorar, ele piorou.

– Quem é esse? - Guilda sussurrou para Diana.

– Alguém que não é importante. - Diana revirou os olhos e ignorou a chegada de Hans em sua moto mortífera.

Ela achou que assim poderia se livrar dele. Mas estava enganada. Ouviu passos em sua direção. Hans estava do seu lado agora.

– O que aconteceu?

– Um garoto foi assassinado nessa madrugada. - Guilda lhe respondeu, olhando-o dos pés a cabeça.

Diana o encarou pela lateral do olho. Muito disfarçadamente, ela notou que ele estava muito mais bem vestido que ontem. Sem aquela roupa ridícula, a combinação de jeans e regata branca. Agora ele estava socialmente vestido com jeans e uma blusa azul escura de mangas compridas coberta por uma jaqueta preta.

– Que trágico. Encontraram alguma coisa? Um suspeito?

– Ninguém ainda.

Diana olhou rapidamente para Hans. Seu rosto antes preocupado, agora parecia lívido, limpo, aliviado. O que isso queria dizer?

Nesse momento, Hans percebeu que Diana lhe encarava. Ele sorriu ao pegá-la olhando-o.

– E você, está feliz em me ver?

– Certamente não.

Hans riu.

– Ah, pois eu estou. Como você está? Dormiu bem?

Diana lhe olhou feio.

– Isso não é da sua conta. - Diana se virou para Guilda. - Eu vou indo, obrigada de qualquer forma Guilda.

– OK, querida. Desculpe por não ter conseguido lhe ajudar.

– Tudo bem. Até mais. - Diana beijou sua testa e ignorou a presença da Hans. Ela começou a andar.

– O que aconteceu? - ele lhe perguntou.

Diana fingiu não ter escutado. Atravessou a rua.

– Diana está sem carona, o metrô foi interrompido e meu neto não apareceu para ajudá-la.

– Então está sem carona, é? - Hans voltou a encará-la. Diana adorava Guilda, mas nesse momento odiou-a por ter dito aquilo ao Hans. - Monta ai, eu posso te levar.

Diana parou. Virou-se e o encarou.

– Vamos, não banque a dificil.

Havia um certo humor no que ele dizia que a irritava, como se ele soubesse de alguma coisa que ela não sabia. Mas nesse momento, ignorar uma carona seria um tiro no pé. Mesmo que fosse numa moto ridícula e com um motorista idiota. Diana teve que engolir vários sapos para aceitar. Hans já estava parado na sua moto quando ela decidiu.

Diana não disse nada, andou em direção a moto e segurou fracamente na cintura de Hans para ganhar equilibro e montá-la.

– Sem piadinhas. Me leve para a Columbia. Se mudar o trajeto eu vou saber, entendeu? - ela resmungou para ele.

– O que? Acha que vou te levar para outro lugar? Um lugar mais específico? - Hans a encarou de lado, seu sorriso malicioso parecia ser matinal. Diana corou, mas tentou não mostrá-lo. - Estava brincando.

Diana bufou.

– Eu disse sem piadinhas.

– OK general. – ele murmurou, rindo-se.

Hans lhe passou o capacete. Infelizmente ela teve que desfazer do seu rabo de cavalo para poder colocá-lo, agora nem se importava mais se estava toda desgrenhada, só queria chegar o mais rápido possível na faculdade.

– Segure-se em mim, loirinha. - foi a única coisa que ele disse depois de ligar aquela geringonça e acelerar muito.

Parecia mais um borrão de prédios quando eles passaram pelo centro de Manhattan e em pouco mais de oito minutos finalmente chegarem a Columbia. Diana cambaleou um pouco depois que saiu de cima da moto, o capacete parecia lhe pesar na cabeça. Ela o retirou e jogou o cabelo para trás, tentando alinhá-lo. Ela devolveu o capacete ao Hans.

– Obrigada.

– Foi um prazer. Você sabe disso.

Diana o ignorou. Pegou suas coisas e se afastou.

– Você fica melhor sem ele. - ele apontou para seu casaco. Diana já o havia tirado a algum tempo.

– Não perguntei nada.

– Sempre tão doce quanto um limão. Queria saber como deve ser a sensação de ganhar algum elogio seu.

– Vai ficar esperando por um bom tempo.

– Ou pode está mais perto do que imagina. - Hans saiu de cima da moto, parando de frente a ela.

– Que que é que está querendo dizer?

– Nada, - ele se aproximou. - Diana.

Ela apertou os olhos, apreensiva.

– Agora estamos quites, pelo jeito. - ela disse.

– Sobre o que?

– Agora você sabe meu nome. - ela o lembrou. - E eu sei o seu. Hans.

– Este nem é meu nome.

– E não? - ela fingiu interesse. Queria sair dali o mais depressa possível.

– Um dia eu poderei até lhe dizer.

– Isso não é justo.

– Claro que é.

– Desde quando é você que ditas as regras?

Hans se aproximou num súbito passo. Diana sentiu o ar fugir os pulmões. Ele estava perto demais.

– Eu sou sempre quem dita as regras, Diana. - ele sussurrou. Os dois ficaram se encarando por um longo tempo, agora sem nada para dizer. O silêncio parecia dominar quando Hans tocou-lhe a face. - O que acha de pegar um cinema comigo?

Diana despertou. Afastou-se na mesma hora. O que ele queria chamando-a para sair? Era alguma brincadeira de mal gosto?

– Tchau, Hans.

– Eu te pego as 7 horas.

– Não, não vamos sair. - ela se virou para ele.

– Não quebro encontros.

– Isso não é um encontro. Eu disse não.

Ele se moveu até a moto.

– Nem pense em me seguir.

Hans não estava nem prestando atenção.

– Te vejo mais tarde. - ele piscou para ela e ligou a moto. Diana iria persuadi-lo a mudar de ideia se ele não tivesse acelerado assim que ligara a moto. Partindo para em longe dali.


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