Mad escrita por Lih Carvalho


Capítulo 1
Oneshot


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira oneshot e resolvi compartilhar com vocês um pedacinho de mim, que é a escrita.
Baseada na musica Mad essa história envolve uma tragédia entre o nosso querido casal InuxKag.



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MAD

24 de outubro de 2014 em Londres.

- Inuyasha eu não aguento mais! – Gritei. Nossas brigas já tinham virado rotina.

- O que você quer dizer com não aguento mais Kagome? – Puxou meu braço de maneira brusca fazendo-me bater na parede ao lado do quarto.

- Cansei Inuyasha. – Suspirei. – Cansei disso. Nossas brigas já não fazem sentido algum. – Abaixei o olhar. Sabia que ia magoá-lo. Simplesmente não dava mais, afinal nem eu mesma tinha forças para continuar.

- Então é assim? Depois de tudo você quer terminar Kagome!

Soltou meu braço enquanto dava alguns passos para trás com as mãos esfregando com força os longos fios de cabelo prateado tentando se acalmar. Ele não aceitava o fim do relacionamento. Sua expressão dizia tudo. Três anos juntos eram três anos casados, mas ela sempre ficava no nosso caminho tentando destruir-nos. E o pior ele gostava.

- Por que isso agora Kagome? Me de um bom motivo? – Ele me fitava suplicando por uma resposta, sempre fora teimoso desde que nos conhecemos.

- Eu encontrei vocês dois juntos Inuyasha.

Flash Back POV ON:

Imagens apareciam diante de seus olhos. Lembrou-se daquele dia. Tarde demais. Ela o flagrou com a ex-namorada em um de seus encontros românticos quando estavam em um barzinho no centro da cidade, mas naquele dia ele havia acabado com tudo. – Eu te amo Inuyasha. – Dizia ela segurando sua mão sobre a mesa enquanto bebia um gole de cerveja.

Nesse momento Kagome entrava no bar a procura do marido, todos os domingos ele ia ali beber com os amigos. Era o que ela pensava. Arrependeu-se de ter entrado, presenciou outra mulher segurando as mãos de seu marido, os dois estavam próximos demais. Antes que ele a visse ela se retirou as pressas do local – Eu não posso continuar com isso Kikyou. – A mulher ao lado franziu o cenho esperando ele continuar – Eu a amo Kikyou! Não posso fazer isso, ela não merece ser traída. – Sentiu um forte tapa em seu rosto e a mulher se levantou em seguida com faíscas nos olhos. – Eu te odeio Taisho Inuyasha.

Flash Back POV OFF

Atualmente...

- Você prometeu que não ia mais procura-la Inuyasha. Você mentiu pra mim. – Gritei com lágrimas nos olhos. Não queria demonstrar o quanto estava sofrendo com a separação, só queria que ele fosse embora da nossa casa. Precisava ficar sozinha.

Vi a mulher que eu mais amo escapar por entre os meus dedos como a areia da praia. Eu estava partindo e estava a perdendo, e dessa vez eu era o culpado. A menininha que vi crescer ao meu lado convivendo com meus vícios e defeitos. A garotinha por quem eu me apaixonei é essa mulher que está parada a minha frente me mandando embora. Sei que se eu sair por aquela porta não vou mais voltar.

De um lado para o outro ela começa a andar nervosa. Fitava o chão na esperança de não me encarar. Por fim ela para. – Acabou, Inuyasha. – Eu sabia o que ela ia dizer só não estava pronto para ouvir.

Peguei minha jaqueta de couro que estava jogada na cama e sai de casa batendo a porta sem ao menos despedir-me, sabia que estava errado e não teria volta, mas não queria chorar na frente dela. Ela me avisou. As duas se odiavam e isso foi o motivo pelo qual Kikyou me procurou aquele dia. – Eu te amo Kah. – Sussurrei atrás da porta mesmo que ela não fosse me escutar.

Ouvi a trancar a porta e segundos depois o som de choro. Sentia imensa vontade de abrir aquela porta e correr aos seus braços, queria abraça-la, sentir seu doce aroma de sakuras que me embriagava, queria coloca-la em meu colo e leva-la para a cama como sempre fazíamos, nossas brigas sempre terminavam na cama com beijos e carícias, mas dessa vez eu era o motivo de suas lágrimas. Senti vergonha de mim mesmo e sai do apartamento às pressas.

Andava desatento pelas ruas de Londres, liguei para Miroku e contei a ele sobre a nossa separação, no começo ele pensou que se tratava de uma brincadeira. Apesar de mulherengo ele era o meu cunhado e era um cara legal.

Andei com a visão embaçada devido às lágrimas, nem sei como, mas atravessei várias vezes à rua sem olhar os carros que vinham. Por várias vezes quase fui atropelado, os carros que passavam buzinavam e muitos motoristas às vezes gritavam dos veículos, mas como dizem o que é bom, sempre dura pouco. E comigo foi exatamente assim. Minha sorte durou pouco tempo.

Do outro lado da rua alguns garotos entre sete e oito anos jogavam bola enquanto os carros movimentavam vez ou outra por ali. Um carro vinha em alta velocidade e provavelmente atingiria o garoto que foi buscar a bola. Disparei a correr. Joguei seu corpo contra a calçada. O carro veio em questão de segundos. Um barulho foi ouvido. Senti meu corpo ser arremessado do outro lado. Uma dor forte tomava conta do meu corpo.

Ouvi o motorista gritar enquanto as crianças corriam desesperadas. – Você está bem moço? – O homem tentava de todas as formas me acudir. Um carro parou logo em seguida e a porta foi escancarada de forma bruta. Sons de passos aproximaram do meu corpo. – Inuyasha?! Por Kami-sama o que houve? – Ele apertava meus pulsos gritando desesperadamente e afundava seu rosto sobre meu peito.

Não sabia ao certo o que acontecia, as fortes dores se esvaiam do meu corpo e a escuridão tomava conta de mim. Acostumei me com a sensação de paz. Era Miroku. Ele tirou algo do meu bolso. A dor foi sumindo. Mergulhei na imensa escuridão.

- Ele está morrendo. – Gritava Miroku pressionando seu peito com as mãos tentando estabilizar os batimentos cardíacos. Logo em seguida a ambulância chegou e colocaram o corpo em uma maca. Realizaram os primeiros socorros ali no chão diante dos olhos de Miroku. – Alguém é parente da vitima? – Perguntou um dos paramédicos.

– Eu sou o cunhado dele. – Respondeu. – Lamento dizer senhor, mas esse homem já está morto. – Colocaram o corpo na ambulância e o levaram para o IML em seguida.

Acompanhou a ambulância em seu carro. Não sabia o que dizer a irmã. Não sabia qual seria sua reação quando soubesse da tragédia e muito menos sabia se iria conseguir continuar sem o grande amor de sua vida. O celular tocou, mas não era o seu celular que tocava... Era ela. Ligando pra ele.

- Inuyasha atende. – Pensava do outro lado da linha. – Onegai.

– Eu não posso fazer isso. Eu não consigo. – O celular tocava sem parar. Por fim resolveu atender.

– Inuyasha? – Silêncio do outro lado da linha. O irmão suspirou.

– Kagome? – A garota ficou muda. – Miroku? O que está fazendo com o celular do Inuyasha? – Perguntou. – “Os dois devem estar juntos, sempre que brigamos ele procura meu irmão”. – Pensou com um sorriso triste. – O Inuyasha está com você? Diga a ele que precisamos conversar.

- Então Kagome eu tenho uma coisa pra te falar sobre ele. – O irmão falou baixo. Como iria explicar a ela sobre a morte do marido. – Diga logo Miroku.

– Ele... Ele sofreu um acidente e não resistiu. – Kagome congelou.

But we won't let it go
For nothing
(No not for) Nothing

This should be nothing
To a love like what we got

Oh, baby, I know sometimes
It's gonna rain (It's gonna rain)
But baby, can we make up now
Cause I can't sleep through the pain
(Cant sleep through the pain)

Kagome POV ON:

Chamou a doutora Sango, à médica encontrou a jovem caída no chão. Ao lado do seu corpo um celular quebrado. O inesperado aconteceu. Devido as fortes emoções desmaiou com a notícia.

Seu mundo desabara com a tragédia. Encontrava-se desolada ao lado do irmão no cemitério chorando todas as lágrimas que tinha, não se importando com a presença do irmão. Seus delicados dedos trêmulos deslizavam sobre a lápide do túmulo dele. Inuyasha morrera jovem, aos vinte e quatro anos, salvando a vida de um garoto. Prestaram suas últimas homenagens alguns minutos atrás. Só ficara ela ao seu lado como sempre fizera. Seu cunhado lhe dando apoio a ela.

Seu espírito encontrava-se presente abraçando a garota. – Shi... Eu te amo Kah. Tudo vai ficar bem. – Ela não ouviria. Sabia disso.

Soluçava alto. Alguns pingos de água começaram a cair, logo estaria chovendo. Com as mãos e o corpo trêmulo a jovem abraçava seu próprio corpo chorando compulsivamente. – Inu-Inuyasha por que? Por que o destino quis ser tão cruel em nos separar. – Sussurrava na esperança dele ouvir.

Ele ouvira, ouvira cada palavra e cada soluço que ela dava. O chuvisco dava lugar a grossos pingos d’água, que molharam a garota. O irmão a chamou e deixou-a sozinha despedindo-se dele. Imaginava que estaria sendo difícil pra ela. A pancada de água durou algumas horas deixando a completamente encharcada a mercê do resfriado. Tossia. O resfriado já começara aparentar sinais, mas não se importava, desde que estivesse ao lado dele, nada importaria. Daria sua vida para tê-lo de volta. – Inuyasha eu te amo e sempre vou te amar. – Sussurrou colocando uma flor branca sobre o tumulo. Olhou em volta mais uma vez. – Você me fez a mulher mais feliz do mundo e... E eu estou grávida Inuyasha. Queria que você fosse o primeiro a saber, mas o destino nos impediu.

Agora que descobrira sobre a existência do filho, sentira um nó formando na garganta e mesmo morto nada impediu-o de chorar, ele não poderia desfrutar desses momentos, morreu antes mesmo de ouvir seu filho dizer as suas primeiras palavras.

Morto? Sim, ele estava morto ao lado do próprio túmulo, e nada poderia mudar essa trágico destino.

Mas não vamos desistir
Por Nada
(Não para não)

Isto deve ser nada para um amor
Tal como o que temos

Ohhh, baby...Eu sei que às vezes
Vai chover...
Mas, querida, é que podemos fazer as pazes agora
Porque eu não posso dormir com essa dor
(Não consigo dormir com essa dor)


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Então comentem e se não, me digam o que precisa ser melhorado nela. Conto com o apoio de vocês.
Bjss



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