Things That People Say escrita por Bia Stowe


Capítulo 1
Things That People Say


Notas iniciais do capítulo

Tive a ideia de fazer essa estória há um tempo, mas só ontem resolvi por em pratica, é baseada em uma música linda de uma das minhas bandas favoritas, Lady Antebellum, espero que gostem e desculpem qualquer erro. Boa leitura :)



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Já era tarde quando David chegou de mais um dia cansativo de trabalho na delegacia. E como de costume fui tomar um banho para relaxar, a casa estava quieta demais, pensou que sua ainda não tinha chegado em casa. Foi no geladeira procurar alguma coisa para comer logo depois do banho, mas não conseguiu nem abrir la, havia um bilhete na porta da geladeira, eram as letras de sua mulher.

Estou partindo, já não aguento mais essa vida de brigas, será melhor assim, tanto para mim como para você, eu e você merecemos a felicidade, pensamos que ela viria com o casamento, mas ela desapareceu a cada briga e palavras ditas de jeitos errados ou palavras não ditas, espero que entenda, te desejo tudo de bom, e mais vez, você não errou sozinho, a culpa foi minha também. Regina”

David não queria acreditar naquele bilhete, ele se encosta no balcão, com o bilhete em mãos ele não pode fazer muita coisa, pois só lia e relia o pedaço de papel, de repente sentiu um medo muito grande, um aperto enorme em seu peito. Sua mulher partiu. Ele se senta no chão, e começa pensar em tudo o que fez ou deixou de fazer.

Devia ter provado a você que é tudo o que eu preciso para viver, devia ter acreditado em você, devia ter demonstrado o meu amor todos os dias, e nunca levantar a voz para você ao ponto de ver você chorar, devia ter aceitado tudo o que vinha de você, devia ter te escutado quando queria conversar – ele disse ainda sentado e chorando.

De repente David se levanta, corre até a sala e pega o telefone, disca o número de sua mulher. O telefone só dá caixa postal. Então o único jeito foi deixar mensagens.

Regina ? Como pode me deixar, e só com um papel me avisando isso ? Olha isso não importa agora, por favor volte, pelo nosso casamento, ou pelo que resta dele, podemos resolver isso, podemos passar por essa péssima fase juntos.... – David foi interrompido o tempo de mensagem acabou, mas ele não desiste – Alo, sou eu novamente. Por favor volta, ou diga onde você está ? Eu posso ir ai te pegar, vamos resolver isso. Você me prometeu que nunca iria embora, e enquanto aos votos que fizemos na frente de todos naquela igreja ? E os planos que fizemos ? Te construir um lar para passarmos o resto de nossos dias quando envelhecermos ? De ter um bebê ? Por favor me diga que ainda quer isso tudo... não pode ser coisas que as pessoas simplesmente falam...

E outra vez ele é interrompido, desta vez ele larga o telefone. A noite nunca foi tão longa para David, que esperou sentado no sofá olhando para a porta com esperança de ver Regina passar por ali dizendo que cometeu um erro e eles poderiam tentar recomeçar, mas esse momento nunca chegou. E os dias se passaram, David se quer saia de casa para jogar o lixo fora, queria estar ali caso ela voltasse. As pessoas já estavam preocupadas, ninguém via David ou Regina, até que um amigo do casal passou por lá. David correu para abrir a porta todo esperançoso quando escutou a campainha, mas a alegria acabou quando viu um ruivo de óculos que segurava a coleira do cachorro. Depois de conversar com Archie, David voltou para o seu lugar no sofá e mais alguns dias se passaram, era madrugada quando David pegou o telefone e fez outra ligação.

Hey... sou eu, você está bem ? Me diga onde eu errei, talvez eu possa reparar isso, Archie passou aqui Terça passada, me perguntou se eu estava bem, acho que a cidade toda já sabe, mas eu não ligo pois quando você voltar tudo ficará bem, Storybrooke é uma cidade pequena, pessoas comentam mas nada mais vai nos abalar... nós conversamos um pouco, ele tentou me fazer sorrir, mas nada é tão legal sem você aqui, não consigo demonstrar nada. Já é 3 da manhã, sei que você está dormindo, mas eu não consigo pregar o olho, fico esperando você... – maldito telefone – Droga ! Mas que porcaria ! – ele joga o telefone longe.

Logo depois foi até o telefone, e faz a ultima chamada.

Eu me perguntou, onde você está e se eu passo por sua cabeça... Eu te amo, Regina. – desta vez David não foi interrompido ele desliga o telefone.

Mal sabendo que do outro lado, Regina escutava tudo calada, todas as mensagens que ele mandou, todas as palavras que ele disse, ela memorizou, tudo.

Liga para ele – disse Belle.

Não – Regina pega o celular e joga na mala.

No outro dia, David precisou ir comer no Granny's pois a comida de sua casa tinha acabado, sabia que ia ser difícil caminhar por aquelas ruas com tantos olhos lhe fitando, então respirou fundo e saiu de casa. Caminhou sofre olhares de curiosos, e escutou pessoas cochicharem. Enfim chegou na lanchonete o sino toca avisando a entrada dele. Todos param de conversar ou trabalhar e prestam a atenção em David que tenta caminhar normalmente até a bancada.

Olá, Ruby – disse ele de cabeça baixa.

Bom dia, David … o que vai querer ? – perguntou a moça examinando o homem com um olhar cauteloso.

Panquecas e café. Por favor.

Vai levar ? – perguntou já sabendo que a resposta seria sim.

Não, vou comer aqui.

Ok – Ruby assentiu e foi preparar o pedido.

David manteve a cabeça baixa até a garçonete trazer o pedido.

Obrigado – disse David.

Por nada – Ruby volta a trabalhar na bancada, passava pano e servia café, mas parou quando viu David ficar incomodado com um grupo de pessoas que cochichavam sobre ele, a garçonete largou o pano e foi até a mesa do pequeno grupo – Posso ajudar ?

Não, nós já fomos atendido – disse um rapaz.

Certo, então porquê continuam falando e olhando para a bancada ?

Não é sobre você o assunto – disse uma moça.

Tudo bem é o seguinte, aqui é um local de trabalho, não um bar qualquer que vocês podem sentar e bater papo enquanto tomam seus drinks, já foram atendidos, já comeram, já pagaram então fora, liberem a mesa para outras pessoas.

Está nos expulsando ?

Estou – disse Ruby – querem fofocar sobre a vida alheia façam isso em outro lugar, aqui não.

O grupo saiu da mesa e deixou o Granny's enquanto xingavam Ruby que voltou para o seu trabalho atrás da bancada, a moça voltou a passar o pano como se nada tivesse acontecido. David a olhou, e a moça lhe deu um olhar de cumplicidade. O homem abaixou a cabeça, tirou o dinheiro do bolso deixou algumas notas sobre o balcão, se despediu de Ruby e foi embora do Granny's. O cotidiano de David seguiu assim por mais duas semanas. Mas na tarde daquele dia, Ruby aproveitou o seu horário de almoço para falar com Regina.

Agora você vai me escutar – disse Ruby batendo a porta de seu próprio quarto – Eu vi o David hoje, e ele não tá nada bem, Regina !

E... – Regina ia falar mas foi interrompida.

Eu disse que eu ia falar e você ia ficar quieta ! – disse Ruby – Ele está pálido, perdeu peso, está com os cabelos e barba grande, os olhos estão fundo, ele parece um zumbi, pelo amor de deus, você diz que ele não é o mesmo de quando namoravam mas você também está se saindo uma tirana ! Ele te deixou mais de 200 mensagens e ainda se importa com você...

O celular de Regina toca, era David, Ruby parou de falar.

Hey...Regina por favor, me responda, hoje faz quase um mês desde que você saiu de casa, não sei se você está viva ou não, não faço ideia onde você está, e o que eu tenho mais medo e de você estar com um outro alguém, podemos concertar isso, não joga fora, nós fomos contra tudo e todos desta cidade não joga fora isso tudo... – a mensagem foi interrompida.

Ruby olha para Regina que não tem nenhuma reação.

Você diz tanto que ele é o errado, mas tem certeza que é só ele ? Ao menos ele está tentando, você está fugindo, errar todo mundo erra, Regina, mas o que você está fazendo é pior do que as brigas que vocês tiveram – Ruby sai do quarto e deixa Regina sozinha.

E o dia se passou, Regina precisava pensar, então resolver caminhar, já estava tarde e era melhor assim, não queria ser incomodada, estava garoando mas ela não ligou, pegou o seu casaco e saiu, ela não estava totalmente decidida, queria voltar para casa e para David mas estava aflita com ela mesmo.

Regina ? – ela escuta alguém chamar por seu nome – Regina !

Era David, ela sentiu uma alegria ao ver o seu marido, mas foi interrompida, quando David começou a correr em sua direção, ele não olhou para os dois lados da rua, a pista estava molhada por causa da garoa, ela só escutou a preada e o barulho do corpo de seu marido batendo contra o carro. David foi arremessado para longe.

DAVID ! – ela corre até ele – David – ela se agacha e segura em sua mão – eu estou aqui, eu estou aqui, tudo vai ficar bem, calma... socorro !

Regina – ele olha para ela, a garoa se transformou em chuva.

Socorro !! David, não durma, fica comigo, fica acordado ! Socorro !

Logo o carro da policia chegou no local, David ainda estava deitado na pista o motorista estava com a testa sangrando e Regina não parava de chorar, a chuva estava forte, Emma precisou ter cautela.

Emma, socorro, não deixa o David morrer Emma, por favor !

Calma, Regina. A ambulância já está a caminho – ela disse agachada perto de David – O que aconteceu ?.

Ele entrou na frente do meu carro, não tive tempo de frear direito – disse o motorista em panico.

David, fica comigo – Regina beija a testa do marido.

Logo a ambulância veio e levou David e Regina até o hospital. Dias depois Regina acordou, vestiu um vestido e desceu as escadas de sua casa, Ruby a esperava na porta. A morena entra no carro, o caminho todo é silencioso.

Vou esperar aqui – disse Ruby.

Regina caminha em um longo campo verde, ela chega até o tumulo de seu marido, coloca uma rosa.

E agora, como vou explicar para o bebê que o pai dele morreu tentando salvar o casamento ? – ela passa a mão na pedra que dizia “ David Nolan Mill's, xerife, marido, pai mas sobre tudo um grande homem”

Regina se ajoelha e chora mais ainda sobre o tumulo de seu marido.

Me perdoa.


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Notas finais do capítulo

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