Natasha escrita por Sarah


Capítulo 2
Lia


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Seu coração estava quase saindo pela boca. Ela havia roubado um carro. Ela havia roubado um carro!

Riu. Gargalhou na verdade. Acelerou o carro ainda mais e abriu as janelas. O vento batia em seus cabelos roxos. Havia fugido de casa, e mesmo que sua mãe a achasse não poderia fazer nada, porque ela, Olivia, quero dizer, “Lia” era maior de idade. Riu ainda mais com esse pensamento.

Fechou as janelas e entrou pela quase invisível estrada de terra. Havia descoberto aquele lugar por acaso enquanto ainda estava com uma bicicleta. Parou em frente à velha construção abandonada que antigamente costumava ser um armazém.

Desceu do carro e começou o seu trabalho. Trocou a placa. Colocou alguns adesivos. Nada muito grande, só o básico para ninguém desconfiar, até porque logo trocaria por outro carro. Riu ainda mais com esse pensamento.

Nunca esteve tão feliz. Ok, ela admitia, às vezes se sentia solitária e ficava com muito medo. Fugir de casa não era fácil, muito que pelo contrário, fora a coisa mais difícil que já tinha feito, na primeira semana quase voltara. Quase. Nunca teria coragem de voltar e nem queria.

Resolveu que começaria a trabalhar nesses bares de beira de estrada. E roubaria carros. Se afastando cada vez mais da antiga casa. De sua antiga vida.

Olhou no relógio de pulso. 17:45h. Quase cometera o deslize de levar o antigo celular junto, felizmente se lembrara de última hora que o celular era facilmente rastreado.

Suspirou e começou a guardar todas suas coisas, não voltaria mais ali. Pegou o mapa e a máquina fotográfica. Tirou uma foto daquele velho armazém e o marcou no mapa comprado numa lojinha de conveniência.

Entrou no carro e acelerou, assim que saiu da estrada de terra abriu as janelas. Amava aquele vento que batia em seu rosto e bagunçava os seus cabelos. Dava a sensação de liberdade.

— / / -

Virou o terceiro copo de tequila. A partir daquele dia amava bares de beira, identidades falsas e tequila. Pelo canto do olho viu que um moreno a encarava. Devia ter 22 anos no máximo, até que não era tão feio assim e estava acompanhado de mais dois amigos.

Deus graças por ter se lembrado das pílulas. Sorriu de canto. A noite seria longa e ela ia aproveitar ao máximo possível.


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