Natasha escrita por Sarah
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura
Seu coração estava quase saindo pela boca. Ela havia roubado um carro. Ela havia roubado um carro!
Riu. Gargalhou na verdade. Acelerou o carro ainda mais e abriu as janelas. O vento batia em seus cabelos roxos. Havia fugido de casa, e mesmo que sua mãe a achasse não poderia fazer nada, porque ela, Olivia, quero dizer, “Lia” era maior de idade. Riu ainda mais com esse pensamento.
Fechou as janelas e entrou pela quase invisível estrada de terra. Havia descoberto aquele lugar por acaso enquanto ainda estava com uma bicicleta. Parou em frente à velha construção abandonada que antigamente costumava ser um armazém.
Desceu do carro e começou o seu trabalho. Trocou a placa. Colocou alguns adesivos. Nada muito grande, só o básico para ninguém desconfiar, até porque logo trocaria por outro carro. Riu ainda mais com esse pensamento.
Nunca esteve tão feliz. Ok, ela admitia, às vezes se sentia solitária e ficava com muito medo. Fugir de casa não era fácil, muito que pelo contrário, fora a coisa mais difícil que já tinha feito, na primeira semana quase voltara. Quase. Nunca teria coragem de voltar e nem queria.
Resolveu que começaria a trabalhar nesses bares de beira de estrada. E roubaria carros. Se afastando cada vez mais da antiga casa. De sua antiga vida.
Olhou no relógio de pulso. 17:45h. Quase cometera o deslize de levar o antigo celular junto, felizmente se lembrara de última hora que o celular era facilmente rastreado.
Suspirou e começou a guardar todas suas coisas, não voltaria mais ali. Pegou o mapa e a máquina fotográfica. Tirou uma foto daquele velho armazém e o marcou no mapa comprado numa lojinha de conveniência.
Entrou no carro e acelerou, assim que saiu da estrada de terra abriu as janelas. Amava aquele vento que batia em seu rosto e bagunçava os seus cabelos. Dava a sensação de liberdade.
— / / -
Virou o terceiro copo de tequila. A partir daquele dia amava bares de beira, identidades falsas e tequila. Pelo canto do olho viu que um moreno a encarava. Devia ter 22 anos no máximo, até que não era tão feio assim e estava acompanhado de mais dois amigos.
Deus graças por ter se lembrado das pílulas. Sorriu de canto. A noite seria longa e ela ia aproveitar ao máximo possível.
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