P.O.V. Frank Zang

Dezembro... 30 de dezembro de 2014... Exatamente 14 horas e 42 minutos. Dentro de um carro rumo a Manhattan para passar o Ano Novo. Olhando pelo vidro da janela cujo sol é refletido lembro-me de quando a janela era outra, de um outro carro, indo para um outro local a alguns anos quando a única coisa que eu queria era minha mãe de volta. Lembro-me principalmente das árvores meio nebulosas pelas lágrimas que caiam, afinal era apenas um menino sendo arrastado para longe da sua mãe.

Suspiro atraindo a atenção de Hazel que me olha confusa, apenas sorrio e volto a olhar para frente, acredito que dirigir talvez não seja uma boa hora para reflexões ou recordações, mas a janela me remota tantas lembranças... Há as ruins, mas também as boas, lembro desta com perfeição olhava um outro caminho onde ia sorrindo, claro que estava sorrindo estava indo morar com ela, aquela que me trouxe alegria e felicidade após um grande período triste e solitário. Desta vez sorrio sozinho e novamente atraio a atenção dela que me olha e balança a cabeça como se já estivesse acostumada com meu comportamento estranho, o que provavelmente não deixa de ser verdade.

Agora olhando para o céu que atravessa a janela lembro-me também de outros momentos alegres, todos compartilhados com ela. Como o piquenique no parque de Nova Roma em comemoração ao final da guerra onde finalmente conseguimos a tão esperada paz, espero, agora que já a temos, que consigamos mantê-la, principalmente com o intercâmbio entre os acampamentos ocorrendo sem descanso. Suspiro novamente, agora Hazel nem olha mais, está concentrada falando com a Annabeth ao telefone, estamos quase chegando e preciso de uma orientação para seguir em frente.

Quando finalmente chegamos, vou em direção ao lugar em que ficaremos, entro e olho pela janela, ah a janela... Me remota tantas lembranças umas boas outras não!