POV Ally

Já era quase noite e como já estava tarde, eu e Ellington nos despedimos e levamos Trish e Dez para casa, e enfim chegamos na nossa.

Entramos e a casa estava silênciosa, parece que minha mãe já havia ido dormir, mas mesmo assim o burro ao meu lado resolve gritar:

— Mãe chegamos!

— Cala boca seu idiota, ela já deve estar dormindo, e sugiro que façamos o mesmo. - Digo subindo as escadas e indo para meu quarto, porém meu irmão resolveu atacar a geladeira.

Meu quarto era cheio de torres eiffels pintadas na parede, meu armário tem um vidro enorme refletindo a cama em sua frente que tem lencóis brancos com pequenas flores vermelhas espalhadas por ele todo, meu computador fica ao lado da cama e várias fotos com meus amigos espalhadas pela parede.

Joguei minha mochila no canto do quarto e fui tomar um banho demorado, mas só conseguia pensar no que poderia acontecer com a volta de Austin. Será que ele pode ter mudado realmente? Ou continua o mesmo idiota de sempre? Perguntas rodavam em minha mente, até que sai do banho e logo pus meu pijama, me joguei na cama e começei a mexer no celular, depois de alguns minutos ouvi alguém abrindo a porta, era Ell.

— Esta tudo bem? - Perguntou.

— Sim, por que? - Respondo e ele se senta na beira da cama.

— Ally, eu sei que você não ficou nada feliz com a notícia que Mimi deu.

Bom, eu não estou com raiva por Austin voltar, só estou nervosa com o que pode acontecer, e com medo de que todas aquelas brigas se repitam e ele ainda seja aquela mesma pessoa fútil e grossa.

— E-Eu estou bem Ell, só um pouco insegura, agora quero dormir. - Disse tentando cortar o assunto, ele me deu um beijo na testa e foi para seu quarto que ficava no começo do corredor, enquanto o meu ficava no fim dele.

...

6:30 AM

Acordo com a luz do sol batendo em meu rosto e com o som do toque do meu despertador, logo me levanto sonolenta e tropeço em uma caixa no meio do quarto.

— Que merda é essa? - Digo para mim mesma olhando para a caixa com uma expressão confusa.

Pego-a embrulhada em um papel de presente branco com uma fita dourada, e coloco encima da cama, começo a desembrulha-lá rapidamente curiosa para ver o que tem dentro, me deparo com uma foto moldurada em um quadro, mas fico espantada ao ver a imagem:

Era eu e ele sentados no banco do calçadão na praia sorrindo, e ele com o braço apoiado em meu ombro.

Me lembro desse dia, foi um dos momentos mais amigáveis que tivemos, bem quando nos conhecemos. Meus olhos marejaram, percebi que havia uma coisa escrita no canto da foto:

'' Eu podia viver cem vidas e ainda sim eu não te mereceria, sabia?'' -
Assinado A.M

Reconheci essa frase do meu filme favorito '' The Hunger Games - Catching Fire '' .

Não sabia o que sentia, não tinha expressão nenhuma, minhas mãos apertavam com força a foto, sentei-me na cama e acabei de perceber que sim, ele podia ter mudado. Meus sentimentos estão confusos, mas só sei de uma coisa:

ESTOU EM CHOQUE!

POV. Riker

Desci as escadas já pronto para a faculdade indo pegar meu carro em seguida, mas fui parado por Rydel.

– O que? - Perguntei.

Minha irmã parecia não saber direito o que dizer.

– Onde você vai? - Perguntou ainda com uma cara suspeita.

– A faculdade e levar vocês na escola, o que você acha? - Exclamei ainda confuso.

– Mas você vai de carro?

– É claro que sim, Rydel o que está havendo? - Olhei já desconfiado para a loira que usava um arco rosa na cabeça.

– Okay... - Se rendeu e colocou as mãos na cintura, molhou os lábios e olhou para o chão, depois voltou seu olhar para mim. - Eu... sai com o seu carro - Disse gesticulando com as mãos - E... digamos que eu dei uma personalizada nele, sabe... - Ela tentou inventar as palavras certas para não sofrer tantas consequências. - Ele ganhou uma forma mais original, acho. - Terminou em tom autrôista.

— Você bateu o meu carro? - Ainda calmo perguntei de braços cruzados.

— Não! Não, não bati, ele apenas se chocou com outra coisa que fez com que ele sofresse uma mudança bem radical. - Gaguejou enquanto encostava seus dedos um no outro rapidamente.

— Dessa vez você me convenceu.

— Sério? - Rydel animou-se.

— Claro que não. - Exclareci tascando a chave da mão da garota. - Vamos ver como você se sai usando o ônibus pela primeira vez.

— O quê??? - Contestou.

— É isso ai, sem carona pra escola loirinha.

– Não, Riker por favor, irmãozinho querido do meu coração, eu faço qualquer coisa! - Disse desesperada, minha irmã odiava pegar ônibus.

– Qualquer coisa? - Ela afirmou com a cabeça com um olhar de piedade. - Primeiro você vai ter que contar pra mamãe que foi você que bateu antes dela vir pra cima de mim dando bronca e segundo. - Pensei em outra coisa rapidamente. - Vai falar bem de mim para a Nath.

– Nath? Por que você mesmo não fala com ela? - Perguntou surpresa.

– Não interessa, apenas fale.

– Tudo bem...

– E mais uma coisa, vai ter de lavar meu carro uma vez por semana durante o ano todo. - Rydel bufou.

– Mais alguma coisa rei da inglaterra? - Irônizou.

– Hmmm.... Vai ter de ir sem maquiagem pra escola o resto do ano. - Começei a rir freneticamente e a loira me estapeou. - Mostre sua beleza natural maninha.

– Eu não vou fazer isso Riker. - Resmungou.

– Ta bom, ta bom... Agora vamos marrenta, já está atrasada, e não ouse tocar no meu carro denovo. - Ryland vamos!

Não fiquei tão bravo com Rydel, apenas não consigo, ela além de minha irmã é minha melhor amiga, mas se fosse Rocky concerteza ele já estaria num hospital. Logo vi o garoto gordinho descendo as escadas, maneira de dizer, pois ele é o único o caçula e diferente de todos aqui de casa ele é o mais cheinho.

– Ellington gosta de você Rydel. - Falou derrepente.

– Que? - A loiro se virou rapidamente para o baixinho. - Onde você ouviu isso?

– Ele comentou com o Rocky ontem e eu ouvi. - Minha irmã corou.

– To de olho. - Avisei e a garota olhou sem entender.

Ell era meu amigo, mas mesmo assim, sempre tive ciúmes da minha irmã com garotos desde pequeno, mas nunca a privei de nada.

  Enfim, fomos para o carro e depois direto para a Marino.