After the Dark Days - The first Hunger Games. escrita por FanFicHunger


Capítulo 30
I Just Want to Be Strong


Notas iniciais do capítulo

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Cada gole era sagrado. A sede era tanta que nem mesmo pensamos em purificar a água antes de beber. Estávamos os três debruçados sobre o rio com a cabeça submersa, lembrando muito algum tipo de animal saciando a sede. Gole após gole, as forças pareciam retornar imediatamente até que fico satisfeito. Me sento e começo a analisar os estragos. Tenho arranhões e cortes por todo o corpo. Testo a flexibilidade da minha costela e fico feliz em saber que continua intacta.

– Chester.- Nafftaly me chama. Assim que me aproximo, meu coração dispara. No início achei que Taly tinha uma fratura exposta na canela, mas ao me aproximar e conseguir ter uma visão melhor do ferimento, vi a ponta de um galho se projetando de sua perna. A calça estava rasgada aonde o galho entrou envolto por um círculo de sangue.

– Taly? - Peter se aproxima e começa a entrar em desespero sem saber o que fazer. Ele ergue as mão na cabeça e as lágrimas começam a rolar. - Sua perna!

– Peter calma! - Digo erguendo a mão em um gesto pedindo que se acalme. - Ela vai ficar bem. Vamos ajudar ela e vai ficar tudo bem! - Disse no intuito de acalmá-lo, porém nem eu acredito nessas palavras. Me agacho ao lado de Nafftaly e puxo a faca da cintura, e com movimentos lentos vou cortando a calça de baixo para cima. Vejo Taly fazendo caretas de dor assim que me aproximo do galho. Está tentando ser o mais forte possível para o irmão. Com todo o cuidado, rasgo a calça revelando o ferimento. O galho entrou na sua canela, mas não fundo o suficiente para prejudicar um músculo ou osso.

– Viu só? - Ela se dirige ao irmão tentando manter a calma. - Parece pior do que realmente está. - Peter começa a se acalmar e se aproxima.

– Peter, vou precisar que você faça uma fogueira e coloque um pouco de água para ferver. Vamos ter que limpar isso. - Ele pareceu nem escutar. - Peter! - Chamo novamente despertando-o do torpor. - Posso contar com você?

– Sim claro! - Ele consente rapidamente com a cabeça. - Água! - E com isso começa a trabalhar.

Tento desesperadamente lembrar de todo o treinamento de primeiro socorros que recebi no acampamento. O que devo fazer em casos semelhantes a esses? Se Lucy ou Geremy estivessem aqui saberiam o que fazer.

– Chester! - Nafftaly segura minha mão apertada e diz entredentes: - Tira isso.

– Taly eu não sei... e se eu te machucar ainda mais!

– Não vai machucar! Mas por favor, tira isso! - Noto que lágrimas começam a se juntar nos olhos. Não posso fazer isso enquanto Nafftaly está concentrada em mim. A dor vai ser nocauteante para ela.

– Estava aqui lembrando do meu pai. Como ele sabia lidar com qualquer situação, não importa a dificuldade. - Nafftaly me olha fundo nos olhos, um tanto confusa pela mudança súbita de assunto. - Sempre quis saber qual era o segredo. O que fazia ele sempre ter uma solução pra tudo. E infelizmente quando eu descobri... - Engulo um seco ao lembrar do meu pai. - Já era tarde de mais. - Nafftaly ficou alguns segundos me encarando e então perguntou:

– E qual era o segredo?

– Apenas seguir em frente. - Digo olhando novamente pra ela. - Nunca desistir, pois isso já é perder. E seguindo em frente pelo menos você vai ter uma chance. - Ela me fitou nos olhos e então sorriu.

– Eu só quero poder ser forte pra ele. - Ela disse olhando para Peter que estava debruçado sobre um cantil metálico na fogueira. - Eu não entendo porque isso está acontecendo com a gente. Ele é um garoto bom. - E as lágrimas começaram. Taly ainda está com o olhar fixo em Peter. Este é o momento. - Vou poder descansar apenas quando... - Não deixei ela terminar a frase. Com um puxão rápido, arranco o galho de sua perna. Nafftaly grita de dor e se curva agarrando a gola da minha camiseta. Estão ela se escora em meu peito e soluça.

– Me desculpa! - Digo acariciando os cabelos negros enquanto lágrimas encharcavam minha camiseta.

_|/_

A faixa na perna de Taly não ficou profissionalmente perfeita, mas vai ajudar a parar o sangramento. Utilizei pedaços da calça cortada e alguns cipós. Melhor que nada. Assim que termino, ela suspira.

– Eu vou atrasar muito vocês.

– Ninguém fica pra trás, lembra? - Digo sorrindo. Ela retribui o sorriso e ergue a mão pedindo apoio.

– Taly! - Peter alcança a ela um galho no tamanho perfeito para sustentar o peso da irmã. - Isso vai ajudar até a perna ficar melhor.

– Obrigado Peter. - Ela desarruma o cabelo do garoto.

– É melhor sairmos daqui. Podem ter escutado os gritos. - Os dois consentem e então seguimos caminho, rumo à lugar nenhum.

_|/_

"Onde vocês estão?" Era tudo no que eu pensava. A preocupação em achar Nautylus e Lucy era tanta que me sufocava. Às vezes me pegava com os olhos cheios de lágrimas pensando no pior. Mas desvio esses pensamentos indesejáveis com memórias de Lucy sorrindo

Quando decidimos trocar de lugar, abrimos uma discussão para resolvermos se iríamos seguir o rio. Poderia ser arriscado, pois os outros tributos também teriam a mesma ideia, mas depois da experiência de quase-morte-por-sede que tivemos, abandonar o rio ficou impensável, então decidimos segui-lo. Estava sentado em um tronco enquanto Taly fazia, com o canivete, lanças improvisadas para as armadilhas de Peter, que procurava incessantemente algo nas mochilas. Ele se levanta com a rede de pesca nas mãos.

– Achei! - Ele diz eufórico.

– Vai fazer o que com isso? - Taly questiona.

– Bom, é uma rede de pesca então...

– Nem pensar, Peter!

– Taly, se não escutaram os seus gritos, que não foram baixos por sinal, acho meio difícil me ouvirem.

– Peter, não sei não.

– Eu sei me cuidar, tá bom? - Ele diz já virando as costas.

– Não vá muito longe!

– Sim, mãe! - Ele debocha. Taly deixa escapar um suspiro então volta a fazer o que estava fazendo. Me estico,ergo as mãos atrás da cabeça e deito no tronco.

– Aquilo que você estava me falando, sobre ser forte. - Taly joga sua atenção em mim. - Nunca vi ninguém ser tão forte assim. - Ela me manda um sorriso lindo com gratidão estampada.

– Obrigado, Chester. - Ela tira a franja dos olhos com um movimento rápido de cabeça. - Enquanto eu tiver ele para proteger, serei forte.

– Eu te entendo bem. Mesmas responsabilidades, lembra? - Sorrio para ela também. Mas ao lembrar de Lucy o sorriso desaparece. - Agora eu nem sei onde Lucy está. - Deixo escapar um suspiro. - Fui tão idiota! Porque aceitei essa ideia de nos separarmos?

– Chester, tenho certeza de que tudo o que você fez foi pensando no bem dela. - Ela também suspira. - E sabe de uma coisa? Tenho certeza absoluta de que ela está viva.

– Taly! - A voz de Peter me faz levantar com o arco na mão. Começo a temer o pior quando vejo o garoto correndo na nossa direção. Trazia algo nas mãos. - Olhem o que peguei! - Ele ergue a rede de pesca com um peixe preso. O sorriso em seu rosto demonstra entusiasmo, então começo a me acalmar.

– Sabia que podia contar com você! - Taly diz também sorrindo para o irmão. Então uma sombra se moveu atrás de Peter entre as árvores. Uma sombra, duas, três. Eu e Nafftaly gritamos em uníssono:

– Peter! - Então a ponta de uma lança se projetou do peito do garoto.


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