I Love My Best Friend escrita por Leh


Capítulo 4
Capitulo 3: Rhyea


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem demorar para postar, mas agora nas ferias prometo tentar postar com amais frequencia.



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Eu estava em um lindo lugar, uma clareira pequena mais não deixava de ser linda, tinha um lindo riacho passando no meio, e ao redor do riacho o chão era coberto por um tapete de amores-perfeitos, o que era estranho, pois aquelas flores gostavam de inverno e na clareira estava mais com o clima de primavera, tudo estava perfeito, o sol brilhava em uma intensidade quase que calculada especificamente para aquele dia, para aquela paisagem, que quando seus raios tocavam minha pele era como se eu estivesse sendo afagada, como se eu estivesse sentindo que o toque do sol era real, que era meu pai.

Me lembrei imediatamente que eu não poderia me dar ao luxo agora de me sentir feliz, eu tinha acabado de perder meu pai, meu porto seguro, meu herói. Fechei os olhos tentando controlar as lagrimas que insistiam em transbordar de meus olhos assim que vinha à minha mente lembranças de meu pai. Quando ouvi uma voz.

– Rhyea, minha filha.

Era a mesma voz que embalará inúmeras vezes meu sono, a voz que recitava historias antes da minha mente cair em sono profundo.

Abri os olhos rapidamente e vi a figura de meu pai, mas ele não vestia as mesmas roupas que eu o vi vestindo da ultima vez que estivemos juntos. Ele estava todo vestido de branco, mas não era um branco comum, era um branco quase sobrenatural, um branco que eu nunca vi na Terra.

Me aproximei e lhe abracei com medo de que aquilo nunca mais voltaria acontecer, o abracei com tanta força, uma força que dizia que se eu o soltasse nunca mais o teria por perto novamente.

– Papai, papai... – Comecei a chorar novamente, eu pude sentir seu cheiro de novo.

– Minha pequenina, não se preocupe eu estou aqui, e preciso falar com você. – Sua voz era calma e tinha um som de conformação. – Rhyea, de agora em diante tudo vai mudar, eu já temia o que aconteceu, por isso tomei providencias para que você fique em segurança, e também fará Mac e Stella muito felizes.

– O que está querendo dizer com isso, papai. – Eu disse em meio à soluços.

– Você saberá na hora exta minha filha. Agora tenho que ir, e não se preocupe se você não me vê, isso não vai significar que eu não estarei cuidando de você, em seus pensamentos, em seu coração e constantemente ao seu redor.

– Você não pode ir, não pode me deixar. Por favor.

– Lamento, me doí ver você sofrer, mas quanto à isso eu não posso fazer mais nada.

Ele se afastou com os olhos vermelhos e sumiu na claridade que o sol refletia nos limites da clareira. Fiquei parada por um momento, depois não aguentei o me ajoelhei para chorar, chorei creio eu que por horas, até cair no sono na clareira.

Acordei de volta no hospital, mais eu ainda estava com os olhos fechados, senti um cheiro conhecido, era café, seu cheiro era inconfundível. Eu aprendi a gostar de café com meu pai ele sempre dizia que ele, minha mãe e meus padrinhos costumavam ir todas as manhas até uma cafeteria que havia no campus para tomarem uma xicara de café e comer alguma coisa antes de irem para as aulas, então resolvi adotar o café para minha vida.

Abri meus olhos e vi uma bandeja recheada com coisas gostosas e é claro uma xicara de café ao lado, havia mais duas bandejas iguais as minhas, inicialmente me perguntei por que, mas me lembrei que meus padrinhos haviam dormido no hospital comigo.

Imediatamente olhei em direção ao pequeno sofá que havia no quarto e me deparei com uma cena peculiar, que me fez pensar no amor que reunia os dois, no amor que meu pai sempre mencionava que não importa o que acontecesse sempre os reunia. Mac estava sentado no sofá com a cabeça sobre a da Stella que estava sentada logo ao lado, mas com a cabeça apoiada no ombro de Mac, e com os braços dele ao redor dela, com o casaco a cobrindo do frio.

Uma enfermeira passou pela porta do quarto, a movimentação os fez acordar, ainda anestesiados pelo sono a enfermeira se desculpou.

– Me desculpe por ter acordado vocês eu só vim retirar o soro da senhorita McCarty, logo o doutor virá fazer uma visita e provavelmente libera-la. – Disse rapidamente a enfermeira.

– Não se preocupe, então está tudo bem com ela? – Disse Stella com um rosto aliviado.

– Sim, não deu nada de anormal nos exames, está tudo em ordem. Já trouxeram o café da manhã de vocês. – Ela se direcionou para mim para retirar o soro e a agulha de meu braço, olhou por um instante para meu rosto, baixou a cabeça e deu um sorriso de satisfação. – Rhyea se parece muito com vocês, sua filha é a divisão perfeita dos dois, tudo nele lembra vocês, só não os olhos. Me pergunto Por que.

Mac e Stella se entre olham e sorriem.

– Nós não somos pais biológicos dela, somos os padrinhos, a mãe morreu no 11 de setembro junto com minha falecida esposa, e o pai acaba de ser assassinado. – Ele baixou a cabeça, era difícil para eles também relembrar aqueles momentos dolorosos em nossas vidas.

– Lamento, achei que ela fosse sua filha, pela semelhança. – Ela olhou novamente em meu rosto tentando encontrar as diferenças, mas se chateou, pois somente de diferença encontrou os olhos, os meus eram castanhos iguais os de meu pai, os de Mac era de um tom lindo e vibrante de azul enquanto os de Stella eram de um lindo tom de esmeralda, um verde encantador, e quando eles se olhavam o verde com o azul se encontravam.

Tentei me levantar, Stella veio até minha cama e me ajudou à desce-la. Fui até o banheiro onde tomei um banho e escovei meus dentes, quando saí já vestida com um dos meus vestidos, Stella e Mac me ajudaram a ir até uma pequena mesa que havia no canto do quarto onde tomamos café da manhã.

– Enquanto você estava no banho recebi uma ligação do Brasil.- Disse Mac olhando para mim. – Era o advogado do seu pai, o dr. Weber, ele já marcou uma passagem para Nova York, para tratar da questão do testamento e de sua guarda, ao que parece seu pai deixou explicito em um documento para quem devia ser passado sua guarda se algo o acontecesse.

– Rhyea, não importa para quem vai sua guarda, já que você ainda é menor de idade, mas nós ainda seremos seus padrinhos e ainda estaremos do seu lado te protegendo. – Disse Stella com os olhos ainda vermelhos.

– Eu sei, papai sempre contou historias sobre vocês, sobre tudo o que vocês passaram e eu sei que vocês sempre estarão ao meu lado. – Dei o melhor sorriso que eu poderia dar á aquela altura do campeonato, eu queria reconforta-los, ajuda-los, assim como eles estão me ajudando.

Terminamos o café e uma mulher entrou e recolheu as coisas. Logo que ela saiu voltei para minha cama onde Mac e Stella ficaram posicionados um de cada lado da cabeceira da cama. E logo um medico que aparentava ter uns 40 anos entrou no quarto.

– Bom dia sou o Dr. Barton, sou o médico da Rhyea. Vocês devem ser os tutores dela?

– Padrinhos. – Respondeu rapidamente Stella.

– Tudo bem, é.... Os exames não deram nada de anormal, mas vou recomendar descanso, ontem você presenciou algo que ninguém deveria presenciar , mas com a ajuda da família você ficará bem. Vocês sabem como vão as investigações? – Dr. Barton perguntou se direcionando agora para Mac e Stella.

– Minha equipe está processando a cena ainda, mas descobriremos quem fez isso com Peter e levaremos a justiça não se preocupe.

– Vocês estão no comando das investigações? Detetives...?

– Bonasera.

– Taylor.

– Vocês não usam o mesmo sobrenome? Achei que usassem.

– Nós não somos casados. – Diz Stella com o rosto agora vermelho de vergonha, pois aquela já era a segunda confusão só naquela manhã. O que me remete a pensar, qual é o real sentimento entre meus padrinhos?

– Me desculpe novamente. Achei que.... Deixa quieto. Bom Rhyea você está dispensada para ir para casa de seus padrinhos. Vou receitar alguns remédios para insônia e para você relaxar. Mas você vai ficar bem. Agora me deem licença tenho que ver mais pacientes. – Ele acenou com a cabeça em direção a Mac e Stella.

Ele se retirou do quarto. E Stella virou animada para mim.

– Está na hora de ir para casa.


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