Hermione acordou e passou a mão pela cama. Quando sentiu que o espaço ao seu lado estava vazio, ela abriu os olhos. Harry não estava mais na cama. Suspirando, ela se levantou e foi para o banheiro. Quando entrou, viu que ele estava no banho. Ela parou na porta e ficou olhando para ele. Ás vezes, ainda era difícil para ela acreditar que eles estavam juntos, que eram um casal. Quando Harry comentou que gostava dela mais do que um amigo no terceiro ano e depois de assumir que ela também tinha fortes sentimentos por ele, ela nunca pensou que eles ainda estaria namorando dez anos depois.

Hermione ainda se lembrava como foi difícil no começo. Como foi complicado por causa de Ron. No primeiro momento, o ruivo não aceitou. Ele disse que o namoro estragaria a amizade deles, que agora que eles estavam juntos, o deixariam de lado. Depois de passarem umas semanas sem falar com eles, Ron finalmente viu que eles estavam para bem dizer do mesmo modo com todos, a única diferencia é que agora eles andavam de mãos dadas, se beijavam algumas vezes na frente dos outros e que sumiam misteriosamente, e quando apareciam estavam com as roupas amassadas, cabelos bagunçados e um sorriso bobo no rosto. Ela também se lembrava como o namorado precisou dela depois daquele ano. A cada ano que passava ele ficava mais sobrecarregado e principalmente, mas preocupado com tudo. Ela se lembrava como a cada dia que se passava as coisas ficavam mais sombrias e em como ela ajudou o namorado a superar isso.

– Oi. – Harry disse tirando ela de seus pensamentos. – Vai entra? Já estou saindo. Ou quer tomar banho comigo?

– Hum... – ela disse pensativa. – Acho que vou me juntar a você, sabe? A água do mundo está acabando.

Ela disse tirando a camisola e indo até ele. Harry a recebeu de braços abertos. Ele a beijou enquanto ela sentia a água cair pelos seus corpos. Harry se separou dela com um selinho e passou a beija o pescoço dela.

– Dormiu bem? – ele sussurrou.

– Sim. Com você do meu lado, não tem como não dormi.

– Hum... Digo o mesmo. – ele disse levantando a cabeça.

Eles tomaram banho entre beijos e caricias. Depois saíram e foram se arrumar para o trabalho. Quando chegaram na cozinha Dobby estava terminando de colocar a mesa. Desde que eles tinham saído da escola tinham contratado o elfo, que ficou simplesmente radiante quando Harry falou com ele.

– Bom dia, Dobby. – Harry disse puxando a cadeira para Hermione.

– Bom dia. – Hermione disse sorrindo para ele.

– Bom dia. – ele disse sorrindo. – O café está pronto. Eu posso servi?

– Não precisa, Dobby. – Hermione disse. – Por que não se senta com a gente? Assim, você toma café também.

– Não precisa, senhorita Mione. – ele disse corado.

Desde que eles levaram Dobby para morar com eles, Hermione tentava fazer com que ele a chamasse pelo nome ou pelo apelido, mas ele sempre a chamava de senhorita. Quando Hermione perguntou por que isso agora, já que ele sempre a chamava pelo nome antes. Ele simplesmente disse que agora ele servia ela e não podia simplesmente a chamar ela pelo nome. Ela disse que isso não importava, ela ainda era amiga dele. Depois de muito conversar com ele, conseguiu que ele lhe chamasse de senhorita Mione. Era melhor do que nada. Mas ela ainda não tinha perdido a esperança de fazer com que ele a chamasse apenas pelo nome.

– Ron já acordou? – Harry perguntou se servindo.

– Não sei. Ele ainda não saiu do quarto. – o elfo respondeu parado ao lado deles, caso eles precisassem dele, ele estaria por perto.

– Hum... – Harry disse terminando de engoli seu pão. – Que horas vai sair do trabalho hoje, Mione?

– As sete já devo estar em casa. – ela respondeu. – Por que?

– Nada. Não posso quer saber que horas minha namorada vai chegar em casa?

– O que você quer, Potter?

– Nossa Mione. – ele disse rindo. – Até parece que sou interesseiro.

– Não, amor, imagina. – ela disse ironicamente.

– Apenas quero passar um tempo com você. – ele disse pegando a mão dela. – Falei com John ontem, ele está pensando em me mandar em uma missão. Eu quero passar um tempo com você, antes de ir.

– Missão? – ela perguntou preocupada. – Sabe onde?

– Ainda não. Mas ele me disse que se o informante dele passar as informações que ele quer, vamos sair no máximo amanhã à noite.

Hermione não disse nada, apenas mordeu os lábios. Ela odiava o fato dele ser auro. Toda vez que ele saia em uma missão, ela mal conseguia dormi. Passava os dias se remexendo na cama com medo de receber a notícia que ele foi ferido ou coisa pior. Ela olhou para Harry. A morena ainda se lembrava da primeira missão dele. Em como ela não conseguia dormi sozinha. Ron teve que dormi com ela, já que já fazia uma semana que ela não conseguia pregar os olhos. Toda vez que cochilava via uma imagem de Harry sendo ferido e se levantava assustada. Depois de ver como ela estava abatida e cansada, ele dormiu no quarto com ela. Ron fez uma barreira de travesseiro para não se senti traindo o amigo. Apesar de só conseguir dormi a noite inteira com os braços do namorado em sua volta, ela conseguia dormi melhor. Quando chegou em casa no dia seguinte e viu Harry sentado no sofá correu até ele e quase o sufocou de tão apertado que o abraçou. Naquela noite eles tinham se amado com se não houvesse amanhã. Sem se importa com nada, nem ninguém. A única coisa que importava era que estavam juntos e que assim que ficariam.

– Acho que tenho que arrumar suas coisas. – ela disse ainda mordendo os lábios com mais força. – Quando chegar hoje à noite arrumo sua mala.

– Sabe que não precisa, Mione. Posso arrumar.

– Sou sua namora, faço questão disso.

– Bom dia, pessoal. – Ron disse entrando na cozinha.

– Bom dia. – os dois responderam desanimados.

Ron olhou para os amigos notando que eles estavam estranhos. Ele viu que eles estavam de mãos dadas em cima da mesa, mas isso não era estranho, ele já tinha se acostumado com isso, ainda no tempo de escola. Até mesmo em pegar os dois em uma cessão de amasso bem empolgados, vez ou outra pela casa. Mas, eles pareciam triste, e Hermione olhava para Harry com um olhar distante.

– Outra missão? – perguntou se inclinando um pouco em direção a eles.

– Sim. – Harry respondeu olhando para ele. – Parto amanhã, se tudo sair como planejado. – ele passou a mão pelo rosto da namorada. – Você cuida da teimosa para mim? Faz com que ela coma e saia daquele escritório? Também a ajuda na hora de dormi?

– Claro. – Ron disse revirando os olhos. – É meu dever cuidar dela. Mesmo quando você está aqui.

– Sei me cuidar muito bem. – Hermione disse apertando a mão do Harry antes de se levanta. – Vou escovar meus dentes e pegar minhas coisas. Com licença.

– Cuide dela. Sabe como é teimosa. – Harry disse quando ela saiu da cozinha.

– Pode deixar comigo. – Ron disse apertando o ombro do amigo. – Não se preocupe com ela, apenas pense em sua missão. Ela vai ficar bem.

O dia se passou rapidamente, assim como à noite. Hermione passou a maior parte do tempo quieta. Apesar de que quando estava com Harry tentava se animar. Naquela noite ela passou o máximo de tempo que pode com ele. No dia seguinte ele recebeu um coruja cedo. Antes mesmo do sol nascer. Ele se despediu da namorada e foi se encontra com seu chefe. Hermione passou o resto da semana preocupada. Ela sabia que ele dificilmente lhe escreveria alguma coisa. Ou seja por que seria muito perigoso, ou por não ter tempo. Ela trabalhou o máximo que podia, o que não era muito mais do que trabalhava normalmente, já que Ron não a deixava abusar.

Era tarde. Depois de ter tido um dia cansativo no trabalho, Hermione tinha ido para casa e tomado um banho demorado, agora estava trancada em seu quarto. Ela tinha acabado de comer, por que Dobby levou comida para ela e ficou até ela termina, se não, não teria comido nada.

– Hermione? – ela escutou a voz de Ron a chamando.

Ron abriu a porta do quarto e a viu sentada na cama lendo, como Dobby disse que ela estaria. Ele entrou no quarto e sorriu ao notar que ela estava com uma das blusas de Harry, o amigo sempre falava que a acha sexy com suas roupas. Ron brincou uma vez dizendo que iria empresta alguma roupa para ela, Harry tinha fechado a cara e disse que o único que podia dá roupas de homem para ela usar, era ele. Ele, e mais ninguém. Ron nunca mais tocou no assunto.

– Oi. – ela disse tirando os olhos do livro que lia.

– Oi. Queria te avisar que uma amiga minha vai vim passar uns dias aqui.

– Quando?

– Ela chega em três dias. – ele respondeu. – Ficará uma semana.

– Tudo bem.

– Era isso. – ele disse se levantando.

...

Harry chegou em casa três da manhã. Ele abriu a porta com cuidado, já que não queria acorda ninguém. Ele estava morto de cansaço. Queria unicamente um banho e cama. A missão não foi tão complicada quanto seu chefe temia, mas isso não queria dizer que tinha sido fácil. O jovem bruxo foi em direção ao seu quarto. Quando abriu a porta não pode deixar de suspirar ao ver sua namorada abraçada com seu travesseiro. Ele colocou sua mala no canto, pegou uma cueca e foi tomar banho. Quando saiu do banheiro, foi para a cama. Com cuidado para não acorda Hermione, ele começou a tirar o travesseiro dela.

– Não. – ela disse baixinho apertando o objeto. – Ron, me deixa dormi em paz com o travesseiro do Harry.

– Não sou o Ron, meu bem. – ele disse sorrindo. – Apenas quero meu travesseiro e dormi um pouco.

– Harry? – ela perguntou abrindo olhos e olhando para ele. – Harry.

Hermione pulou em cima dele. Harry riu e a abraçou. Ele respirou fundo sentindo o cheiro da namorada. Durante esses dias, ele queria unicamente ter ela em seus braços. Ele sabia que Hermione se preocupava com ele, assim como ele se preocupava com ela. E sabia que ela deveria ter sentido tanta falta dele, quanto ele sentiu dela.

– Eu fiquei tão preocupada. – ela disse contra o pescoço dele. – Eu te amo.

– Eu também te amo. – ele disse se afastando um pouco dela. – Deixe-me te ver.

Harry passou os olhos pelo rosto dela. Hermione estava abatida, mas não muito. Ela parecia um pouco cansada, mas dava para ver que diferente das outras vezes ela tinha dormido melhor. Hermione também olhou para ele atentamente. Ela passava os olhos pelo rosto dele tentando encontra alguma ferimento. Ele tinha um pequeno corte na sobrancelha. Ela olhou para o peito dele e viu que estava bem. Ela teria analisado o corpo todo dele, se Harry não tivesse puxado o rosto dela para o seu e a beijado. Eles se beijaram lentamente. Hermione passou as mãos pelo cabelo dele e depois as desceu até o peito. Harry a deitou na cama e se deitou por cima. Hermione soltou um gemido, o que fez com que Harry risse.

– Eu senti saudades. – ela disse baixinho.

– Sentiu? – Harry perguntou sorrindo.

– Muita. – ela disse passando a mão no rosto dele.

– E você poderia me mostra o quanto sentiu minha falta?

– Claro.

Os dois passaram boa parte da noite se amando. O cansaço esquecido. Hermione acordou e soltou um gemido. Ela tinha tido um sonho tão bom, e não queria acorda. Ela sonhou que Harry tinha voltado, que ele estava em casa novamente. Ela se virou para voltar a dormi, como era sábado, ela não tinha que ir trabalhar, então poderia ficar até mais tarde na cama. Quando se virou sentiu um braço em sua cintura. Ela pensou que fosse Ron, mas seus olhos se abriram de repente quanto sentiu que estava sem roupa. Ela olhou para cima e viu que Harry dormia calmamente ao seu lado.

Ela sorriu e passou a mão no rosto dele. Não sido um sonho. Harry tinha mesmo chegado de viagem. Ela olhou atentamente para ele. Ele estava a cada dia que se passava mais bonito. Ali estava o cara que tinha sido o primeiro em tudo na sua vida. Seu primeiro amigo de verdade, seu primeiro e único amor, seu primeiro beijo, seu primeiro namorado, seu primeiro e único amante. Ela suspirou e se aproximou mais dele. Era tão bom estar nos braços dele novamente. Era tão bom está em casa.

– Hum... – Harry se mexeu e a puxou mais para si.

Agora, Hermione estava para bem dizer toda em cima dele. A única parte de seu corpo que ainda estava repousada na cama era sua perna esquerda, o resto estava em cima do namorado. Com cuidado, ela tentou sair de cima dele, já que se achava pesada.

– Não. – Harry disse rouco. – Fiquei muito tempo sem você.

– Eu sou pesada, Harry. – ela disse descansando a cabeça no pescoço dele.

– Não é nada. – ele disse sorrindo ainda de olhos fechados. – Você é tão leve que parece uma pena. Não sinto qualquer incomodo de ter você em cima de mim, muito pelo contrário.

– Como foi sua missão? – ela perguntou olhando para ele.

– Foi bem. Foi mais fácil do que pensamos que seria. – ele sorriu para ela. – Acabamos bem antes do que tínhamos pensando que iriamos primeiramente.

– Isso é uma boa notícia. – ela disse beijando o peito dele. – Vai ter que ir hoje para o escritório?

– Não. Posso fazer o relatório em casa. – ele disse passando a mão pelas costas dela. – Hoje sou todo seu.

– É bom ouvi isso. – ela disse sorrindo. – Está ferido? Tirando a testa.

– Não. E antes que me perguntou, apenas escorreguei e cair. Batia a cabeça em uma pedra. Nada demais. Cuidei assim que aconteceu. E você? Comeu, dormiu e não deixou Ron louco?

– Sim para as duas primeira, não para a última. – ela disse rindo. – Ele tentou me fazer deixar um relatório que tinha que entregar terça à tarde, de lado segunda à noite. Ele não quis entender que o relatório era enorme e se deixasse para o outro dia não teria tempo para acabar. Perdi dez preciosos minutos explicando para ele como o meu trabalho a mais não era por sua causa e sim por que tinha que fazer. Que se você estivesse aqui, eu teria feito a mesma coisa. Depois disso ele me deixou em paz.

– Entregou em tempo o relatório? – ele perguntou beijando o topo da cabeça dela.

– O que você acha? É, claro. – ela disse sorrindo. – Apesar de ter quase terminado em cima da hora por causa do Ron. Se eu tivesse ido dormi na hora que ele mandou, eu não conseguiria terminar.

– Mione, está acordada? – Ron disse abrindo a porta.

Rapidamente, Harry rolou os dois na cama, ficando por cima dela de modo com que o amigo não pudesse ver nada, apesar que da posição que Hermione estava deitada antes, não dava para Ron ver nada demais. Mas como ela estava descoberta, ele não queria ariscar.

– Ron, não sabe bater? – Harry perguntou olhando feio para o amigo que estava com a mão em cima dos olhos.

– Desculpa. Não sabia que você já tinha chegado. – ele disse prendendo o riso. – Não sabia que vocês passaram horas fazendo sexo.

– E se eu estivesse me trocando? – Hermione perguntou com a voz abafada. – Poderia estar pelada.

– Desculpa. Não pensei nisso. – ele disse pensativo. – Cara, eu teria sido azarado.

– Com certeza. – Harry disse. – E quando eu chegasse teria te matado.

– Quanto amor por mim. – Ron disse se virando. – Falo com vocês depois. Podem voltar para o que estavam fazendo.

– Não se preocupe, nós vamos. – Harry disse e esperou a porta se fechar para sair de cima da namorada.

– Ele deve querer falar sobre a amiga dele que passará uma semana aqui.

– Outra? – Harry perguntou beijando a bochecha dela.

– Sim. Venha, vamos tomar banho. – Hermione disse levantando da cama.

Depois de terem tomado banho e se trocado, os dois saíram do quarto. Dobby ficou radiante quando viu que Harry tinha chegado. Ele ficou tão feliz que queria refazer o café da manhã. Mas, Harry disse que não precisava, que o que ele fez já estava de bom tamanho. Eles começaram a tomar café em pouco tempo Ron se juntou a eles. Eles conversaram sobre o que aconteceu nos últimos dias. Coisa que eles sempre faziam quando algum deles passava alguns dias fora de casa. Harry e Hermione passaram o café inteiro de mãos dadas, o que fez com que Ron revirasse os olhos. Aqueles dois sofriam demais quando ficavam separados, isso por passarem tanto tempo juntos quando estavam em casa. Ele tinha certeza que sempre que iam tomar banho, tomavam juntos, já que sempre que saíram do quarto depois de um deles falar que ia tomar banho, os dois estavam com os cabelos molhados. Uma vez ele perguntou para Harry se estava certo. O amigo apenas disse que isso era meio que isso era uma coisa que ele nunca saberia. Depois de ver a cara de espanto que Ron fez, riu e falou que na maioria das vezes sim, eles tomavam banho juntos.

– Então, casal, o que vão fazer hoje? – Ron perguntou enquanto devorava seu café.

– Nada demais. – Hermione disse. – Harry acabou de chegar, deve estar cansado, e tem que fazer o relatório. Eu tenho que fazer umas pesquisas, nada muito elaborado, mas mesmo assim, é bom adiantar. Então, vamos ficar em casa mesmo. E você? Quando vai buscar sua amiga?

– A tarde. – ele disse sorrindo. – Ver se não tem outro ataque de ciúme. Sabe, não pega bem.

– Olha aqui Ronald, eu não terei um ataque de ciúme se sua amiga não tivesse se jogar em cima do meu namorado. Ainda não sei por que concordamos em deixar você trazer suas amigas para cá. Elas passam mais tempo tentando levar Harry para a cama do que com você. E se eu tenho ataque de ciúme é por que elas me provocam, por que mesmo sabendo que Harry é meu namorado, ainda dão em cima dele e tentam o comer na minha frente. E isso, querido Ron, eu nunca vou permitir. Harry James Potter é meu. E de mais ninguém.

– Nossa, possessiva. – Ron disse rindo. – Não se preocupe, vou avisar para ela apenas dá cantadas nele, nada de tentar arrancar pedaço.

– Eu vou fingir que não escutei isso. – Hermione disse. – Mas sempre tem o plano b caso isso não dê certo.

– Qual é? – Ron perguntou curioso.

– Agarrar Harry na frente dela. Sempre fico feliz ao ver a cara de raiva delas. – ela disse com um sorriso malvado.

– Quando eu te vi pela primeira vez no Expresso, nunca pensei que fosse tão vingativa. – Harry disse rindo. – Não precisa se preocupar, ela pode se jogar em cima de mim, você é a única que eu realmente quero. Acho que isso é até mesmo maldade com ela, já que sou capaz de deixar ela cair no chão para ir correndo atrás de você caso me chamar.

– É bom mesmo. – ela disse sorrindo para ele. – Ron, acho melhor avisar para sua amiga não chagar perto do meu quarto. Se ela tentar entra lá quando o Harry estiver, como a última fez, eu acabo com ela. E nunca mais deixo você trazer outra para cá.

– Mione...

– Não, Ron. – Harry disse. – Ela está certa. Estou com Hermione e não gosto que suas amigas fiquem se jogando em cima de mim na frente dela. Aquele quarto é onde eu e Hermione dormimos. É nosso. Não quero que suas amigas entrem lá e fiquem fazendo suposições. Da última vez, quando Amanda disse que ela tinha passado a noite comigo, ela não sabia que eu dormia com Hermione, nem que eu estava fora da cidade naquela noite. Eu não quero que isso aconteça novamente. Hermione sabe que eu jamais a trairia, mas mesmo assim é uma situação desconfortável. É uma coisa que deixa o clima chato. Eu amo minha namorada e não quero que pessoas estranha fiquem falando coisas para fazer com que a gente brigamos. Eu não quero que ninguém fique colocando coisas na cabeça dela. Hermione e eu nos conhecemos a muito tempo, ela sabe como eu sou e nunca, mais nunca mesmo, a trairia aqui ou em qualquer lugar. Mas mesmo assim, aqui é nossa casa, para ter pessoas tentando fazer com que a gente nos sentimos desconfortáveis.

– Tudo bem. Vou falar para ela que o quarto de vocês é território restrito. Não pode ir.

– Obrigada. – Hermione disse sorrindo.

Eles terminaram o café e foram para seus afazeres. Harry e Hermione foram para a sala. Depois de se sentarem no chão, começaram a trabalha. Parando as vezes para namorarem um pouco. Eles almoçaram na sala mesmo, e voltaram ao trabalho.

– Como você fez isso? – Hermione perguntou lendo o relatório do namorado por cima dos ombros dele. – Harry, você disse que foi fácil.

– E foi, amor. Eu apenas usei feitiços mais, como posso dizer? Complicados, para me proteger. Eu estou bem. Nada de muito grave. E me ferir apenas na testa. Nada mais. Como você mesmo pode ver.

– Mas poderia ser mais grave. – ela disse sem olhar para ele. Ela simplesmente odiava o trabalho dele.

– Estou bem e em casa. Nada com o que se preocupar. – ele disse sorrindo.

Harry segurou o rosto dela entre suas mãos e a beijou lentamente. O que era para ser um beijo calmo se transformou em um beijo urgente. Lentamente Harry inclinou seu corpo contra o de Hermione até que ela foi abrigada a se inclinar para trás. Em pouco tempo ela estava deitada no chão com o namorado em cima dela. Harry quebrou o beijo para que eles pudessem respirar, mas começou a distribuir beijos pelo pescoço da namorada. Ele, distraidamente, levou a mão em uma das pernas dela e apertou, fazendo com que ela soltasse um gemido.

– Oi pessoal, essa é... Minha nossa, que falta de vergonha é essa? – Ron perguntou fazendo com que eles se separassem, mesmo que Harry ainda estivesse praticamente deitado em cima de Hermione.

– Isso, sou eu beijando minha namorada. – Harry disse olhando para ele com raiva. – Se não for pedir muito, saiam e voltem daqui a dez minutos.

Dizendo isso, ele voltou a beijar Hermione, que riu antes de se entregar ao beijo. Ron apenas balançou a cabeça.

– Venha, vou mostra o seu quarto. – Ron disse deixando os dois sozinhos.

Eles voltaram depois de dez minutos e encontraram Harry e Hermione sentadas lada a lado, com sorrisos bobos no rosto.

– Finalmente pararam de se comer? – Ron perguntou rolando os olhos. – Serio, vocês tem que parar com isso, imagine se minha mãe estivesse comigo.

– A gente não estávamos fazendo nada demais. – Harry disse. – Apenas nos beijando.

– Sei. Então, essa é Amy. Amy, esses são Harry e Hermione. – Ron disse apontando para os dois.

– É um prazer. – ela disse olhando para o Harry, o que fez com que Hermione rolasse os olhos. – Não posso acreditar que finalmente posso conhecer Harry Potter.

– É igual a todas. – Hermione disse baixinho. – Bom, eu já terminei aqui. Vou tomar banho. – ela fez um gesto com a varinha e todas as suas coisas e saiu da sala.

– Então, você estão juntos a muito tempo? – Amy perguntou se sentando no sofá perto de Harry, enquanto Ron foi para a cozinha.

– Sim. Dez anos. – ele disse sem presta muita atenção, mas educadamente. – Começamos a namorar no terceiro ano. E estamos juntos até hoje.

– Nossa. – ela disse surpresa. – Pensa em pedir ela em casamento? Sabe, já faz dez anos. Uma mulher espera que depois de tanto tempo juntos, aja um pedido.

– Sim, penso em casar com ela. – ele respondeu sem olhar para cima. – E ela sabe disso. Estou apenas esperando mais um pouco por que seus pais estão fora da cidade, e ela vai querer falar com a mãe assim que eu fizer o pedido. E também, quero fazer um jantar para falar com os pais dela, acho importante os pais dela estarem presente nesse momento.

– Sei. Eu queria que mais rapazes pensassem como você.

Eles ficaram em silêncio por um tempo. Harry estava tentando se manter concentrado, mas agora que Hermione não estava ali era difícil.

– Com licença. – ele disse se levantando.

Harry correu para seu quarto e chegou a tempo de tomar banho com a namorada.

– O que você achou da Amy? – Harry perguntou abraçando a namorada pelas costas e colocando o queixo no ombro dela.

– Ainda não sei. Por que? – ela disse colocando as mãos em cima das dele, enquanto sentia a água cair sobre ela.

– Nada. Apenas uma pergunta que ela me fez que me incomodou. – ele disse pensativo.

– O que foi?

– Ela perguntou a quanto tempo estamos juntos. – ele respondeu. – Depois que eu respondi, me perguntou se eu ia te pedir em casamento. – ele a virou e olhou para ela. – Você sabe que eu vou fazer o pedido formal assim que seus pais voltarem, não sabe?

– Claro, Harry.

– Eu te amo. – ele disse passando a mão no rosto dela.

– Eu te amo.

– Ei, pessoal. – eles escutaram a voz de Ron do outro lado da porta. – Dobby fez um lanche. Vocês vem?

– Claro. – Harry disse olhando para a namorada. – Já estamos saindo.

– Certo.

– Vamos logo.

Depois de se secarem, eles saíram.

Eles tinham a certeza que não importava quantas vezes ou quantas pessoas falassem sobre o relacionamento deles, eles se amavam e sabiam disso. E Hermione sabia, que em menos de um mês, ela passaria de namorada, para noiva de Harry Potter.