Whole Lotta Love escrita por mlleariane


Capítulo 39
Badass Kate / Sweet Kate


Notas iniciais do capítulo

Preparadas para o acerto de contas?
E para ver a família Castle toda junta de novo?

Esse capítulo traz os dois lados de Kate, e, não sei vocês, mas eu amo os dois :)

Beijo, Ari ;)



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Kate: Cuidado com os cacos de vidro!

As crianças desviaram da vasilha quebrada no meio da cozinha e se sentaram na mesa. Martha e Alexis haviam preparado um lanche para os dois. Kate e Castle se sentaram próximo aos filhos e os observaram comer avidamente. Eles só estavam esperando que Jack chegasse, pois apesar de estarem em casa, um lugar seguro, preferiam que houvesse alguém além das mulheres ali.

Cerca de 20 minutos depois Jack chegou, trazendo o dinheiro de Castle.

Kate chamou os filhos para perto de si.

Kate: Meus amores, eu e o papai vamos ter que sair rapidinho. Vocês ficam aqui com a Lex, o vovô e a vovó?

Johanna: Mamãe, eu queria ficar com você.

Kate: Eu sei princesa, eu também quero, mas olha, eu prometo que volto logo.

Alexander: Onde você vai?

Kate: Eu vou prender os homens que fizeram tudo aquilo com vocês.

Johanna e Alexander trocaram um olhar.

Alexander: Então ta.

Johanna: Prende eles, mamãe. Aqueles homens maus!

Kate e Castle abraçaram os dois. Era difícil se distanciar deles, ainda que fosse por pouco tempo, mas precisavam. Kate não dormiria em paz se não fizesse aquilo.

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Ryan: Tinha certeza que você vinha ainda hoje.

Kate: Ainda por aqui?

Ryan: Relatórios, Beckett. Relatórios... Quebrei o galho para Espo e fiquei com trabalho em dobro.

Kate: Lanie está bem?

Ryan: Sim, mas anda um pouco cansada. Final de gravidez, um moleque atentado para cuidar...

Kate: Eu sei. – Kate riu, mas logo ficou séria – Eles estão lá?

Ryan: Aham. O maior é o que arquitetou tudo. O outro só cumpria ordens.

Kate assentiu e entrou por um corredor. Castle a acompanhou. Ela conversou com o carcereiro, e ele foi até a cela, destrancando-a.

Jake: Se arrependeu e resolveu nos soltar é?

Paul: Já disse que nós não tivemos nada com isso. Jamais pegaríamos duas crianças tão fofinhas.

Jake olhou para Paul, pensando como tinha encontrado uma pessoa tão estúpida para ajudá-lo eu seu plano.

Carcereiro: Vocês têm visita.

Jake: Visita? Impossível. Eu não tenho ninguém nesse mundo.

Paul: Será que arrumaram um advogado para nós?

Jake: É verdade, nós temos direito a um advogado. Cadê nosso advogado?

O carcereiro saiu de vista, deixando a porta da cela aberta. Cada um dos homens estava algemado às grades da cela, um ao lado direito, outro ao lado esquerdo.

Kate: O advogado virá amanhã, mas não poderá fazer muito, já que foram presos em flagrante.

Kate parou na entrada da cela, e encarou os dois.

Paul: Quem é você?

Jake encarou Kate, a reconhecendo da foto da revista, e seu sangue gelou, lembrando-se de ouvir um dos policiais questionando como eles tinham sido audaciosos em sequestrar os filhos de uma das detetives mais temidas de NY.

Kate: Eu? – Kate deu alguns passos em direção a Paul – eu sou a mãe das crianças que você sequestrou.

Paul encarou Kate com olhos de perdão.

Paul: Moça, eu não tive a intenção, eu juro, eu só fui colocado no plano. Seus filhos são uma graça.

Kate: Você não precisa me dizer isso.

Paul: Não, claro que não.

Paul levantou os olhos e reconheceu o tal Richard Castle parado na entrada da cela, observando a cena. Jake não falava nada. Ele já sabia que a mulher era policial, mas o parceiro não.

Paul: Me desculpa, moça.

Kate: Te desculpar? Não... eu não vou te desculpar.

Paul: E o que a senhora veio fazer aqui então?

Kate: Eu? Eu vim fazer isso!

Kate chutou com força as partes íntimas de Paul, que gritou alto.

Paul: A senhora é louca?

Kate: Loucos são vocês, de mexerem com os filhos de uma policial.

Paul: Você... você é policial?

Kate sorriu para ele.

Paul: Seu idiota! Como você me faz um plano desses?

Jake: Eu não sabia!

Castle: Que pena.

Os dois encararam Castle, que só assistia.

Paul: Moça, me perdoa, olha, nós não fizemos nada com as crianças. Eu até cuidei delas.

Kate: Jura?

Paul: Sim, é verdade.

Kate: Não foi o que eles me disseram. – Kate deu outro chute, fazendo Paul se retorcer.

Paul: Moça, a senhora vai me matar!

Kate: Vontade não falta. – ela chutou de novo.

Paul: Socorro, alguém em ajuda!

Kate: Você vai cansar de chamar, ninguém aqui vai me impedir de fazer o que eu quiser com vocês.

Paul: Cara, se a gente sair vivo dessa, eu vou te matar! Te matar!

Jake ouvia as ameaças e esperava apreensivo sua vez. A mulher estava enfurecida, e ele já se arrependia até o último fio de cabelo de ter traçado aquele plano.

Kate deu ainda um tapa na cara de Paul, e o largou. Sabia que o pior tinha sido o que estava a seu lado, não só pelo que as crianças haviam dito, mas também pelo que Ryan a havia informado.

Ela parou em frente a Jake e o encarou.

Jake: Moça, eu posso explicar. Eu tenho família, eu tenho filhos passando fome, eu precisava de um dinheiro. Eu tenho um filho doente.

Kate avançou no pescoço dele com as duas mãos, o forçando contra a grade da cela.

Kate: Você acabou de dizer que não tem ninguém no mundo.

Jake: Moça... – ele tentava falar.

Kate: E se você tivesse um filho, jamais faria o que fez.

Jake respirava devagar, perdendo o ar.

Kate: Seu verme! Inútil! A minha vontade é acabar com você aqui agora. E sabe o que é mais legal? Que eu nem seria culpada. Sairia daqui da mesma forma que entrei.

Jake ficava vermelho e estava quase desmaiando.

Castle: Kate?

Kate soltou as mãos ao ouvir Castle. Jake respirou recuperando o ar. Ela continuou o encarando. Quando ele se recuperou um pouco mais e levantou os olhos, encontroou-a com olhos sedentos por continuar.

Jake: Você não quer me matar.

Kate: Ahh eu quero sim. Mas eu não vou fazer isso. Eu quero te ver sofrer, preso para o resto de sua miserável vida.

Jake: Você não tem provas de que fomos nós.

Kate: Sim, eu tenho provas. E eu tenho muitas provas. A começar por uma gravação onde vocês trocaram as crianças por dinheiro.

Jake: Não dá para provar que é algum de nós nesse vídeo. Nem que mantínhamos seus filhos conosco.

Kate: Você me subestima demais. Se houvesse pesquisado um mínimo sequer sobre mim, jamais me questionaria isso. Lamento te informar, mas eu sou a melhor.

Jake: E a mais insuportável. Não sei como você consegue ser casado com ela.

Castle: Não é tão ruim quanto parece.

Jake: Não é a toa que tem crianças tão chatas.

Kate avançou nele de novo, quase o enforcando. Quando ele estava quase desfalecendo, implorou.

Jake: Moço, manda ela parar, manda ela parar.

Castle: É... não. Ela para se quiser. É o que eu sempre digo: “Não há nada pior do que a fúria de uma mulher”.

Jake estava quase roxo Kate o soltou. Ela ainda deu um chute em suas partes íntimas e o socou no estômago.

Kate: Você vai pensar duas vezes antes de chegar perto de outra criança novamente.

Kate saiu da cela, chamando o carcereiro.

Kate: Você pode chamar alguém da enfermaria, se quiser. Se não quiser também, tanto faz.

Kate saiu com Castle pelo corredor. Ele permanecia em silêncio.

Kate: Assustado?

Castle: Não, eu já esperava. Na verdade fiquei um pouco quando você quase o enforcou.

Kate: Não me faltou vontade. Mas eu jamais sujaria minhas mãos com um sangue tão imundo.

Ryan: E aí, judiou demais? – Ryan se aproximou, enquanto Kate lavava as mãos e limpava com álcool em gel.

Castle: Eu só te diria para nunca decepcionar essa mulher.

Kate: O mais alto talvez precise de atendimento.

Ryan: Eu faria o mesmo, Kate. Qualquer um de nós faria.

Kate: Eu sei... – Kate respirou fundo – Eu ainda não te agradeci. Obrigada.

Ryan: Você sabe que pode contar comigo, assim como eu sei que posso contar com você.

Kate sorriu e o abraçou. Os três saíram juntos da delegacia.

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Johanna: A mamãe e o papai voltaram!

Kate e Castle sorriram e foram até os dois, que estavam sentados no tapete da sala.

Kate: Meu Deus, o que é isso?

Alexander: A vovó disse que a gente podia comer bombom.

Johanna: E sorvete.

Kate: E bala, pirulito, cookies, danone, pipoca... – Kate riu olhando tudo que estava pela sala.

Johanna: Toma mamãe, você gosta desse – Johanna entregou um bombom de cereja para Kate.

Kate: Obrigada, princesa.

Os olhos de Kate encheram-se de lágrimas. Ela olhou para Castle, e todos os adultos trocaram olharem emocionados, enquanto as duas crianças faziam a festa no tapete da sala.

Eles ficaram por ali mais um tempo. Depois, Martha e Jack foram embora.

Alexis: Pai, será que eu posso dormir aqui hoje?

Castle: E isso lá é coisa que você me peça?

Alexis sorriu e abraçou o pai.

Alexis: Não quero ficar longe deles.

Kate: Alexis, essa casa é sua também. E seu quarto está lá, do mesmo jeitinho.

Alexis: Obrigada, Kate.

A família ainda ficou junto por mais uma meia hora, mas já era tarde, e todos precisavam tomar banho. Enquanto Jo tomou banho com Kate, Alex tomou banho com Castle, e os quatro chegaram juntos ao quarto do casal. Ninguém precisava dizer que dormiriam todos juntos aquela noite.

Kate: E aí, quem vai dormir do lado de quem?

Johanna e Alexander se olharam indecisos. Kate e Castle trocaram um olhar de cumplicidade.

Castle: Sem querer influenciar... olha quem apareceu aqui do meu lado...

Johanna: O Fluffy!

Johanna pulou para cima do pai, pegando o urso de suas mãos e o beijando.

Johanna: Papai, você cuidou do Fluffy?

Castle: Claro, princesa! Ele dormiu aqui com a gente!

Johanna abriu um imenso sorriso e se aninhou nos braços do pai.

Kate: Ei, parece que tem alguém querendo o meu lugar... o que é isso?

Alexander: É o Capitão América, mamãe!

Alex correu para os braços da mãe.

Alex: Ele estava aqui com você?

Kate: Sim, ele dormiu aqui também, acho que ele sentiu sua falta...

Alexander: Eu também senti falta dele...

Castle piscou para Kate, que sorriu.

As crianças não tinham preferência, apesar de Alex dividir mais interesses com o pai, enquanto Jo era apegada à mãe. Mas Kate havia decidido que deveria ser assim hoje. Castle sempre dizia ao filho que ele tinha que ser forte e protetor, e de fato Alex sempre agira de tal forma. Ele se inspirava no pai, e queria ser igual ele, sempre se esforçando para não decepcioná-lo. Mas ainda assim ele era uma criança, com medos e inseguranças, e que nos braços da mãe encontraria toda a proteção que precisava.

E assim os quatro se deitaram.

Johanna: Mamãe, você deixa o abajur aceso?

Kate: Claro, princesa.

Alexander: Mamãe, eu te amo. – Alex se apertou mais nos braços de Kate.

Johanna: Eu também te amo, mamãe. – Jo esticou a mãozinha até encontrar a mão da mãe.

Castle: Eu também te amo, mamãe. – Castle sorriu para ela.

Kate: Eu também amo vocês. Muito, muito, muito.

Johanna: Do tamanho do céu?

Kate: Muito maior!

Alexander: Maior?

Kate: Maior! Do tamanho do mundo inteiro!

Johanna e Alexander sorriram.

Kate: Mas... e o papai, ninguém ama?

Johanna: Eu amo muito muito o papai!

Alexander: Eu amo do tamanho do mundo!

Kate: Eu também amo do tamanho do mundo.

Kate sorriu para ele, ganhando um beijo no ar. As crianças beijaram o pai e a mãe, e depois de todas as declarações, se ajeitaram na cama, aconchegando-se a cada um deles. Kate esticou a mão direita, e Castle a esquerda, que se encontraram por cima dos filhos. E assim, como que formando uma barreira de proteção, dormiram os quatro, juntos novamente.


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