Whole Lotta Love escrita por mlleariane


Capítulo 28
Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Passamos das 10 mil visualizações! Obrigada :))

Esse capítulo é dedicado à Marcela, que faz aniversário hoje. Parabéns querida!

Quem quer ver nosso casal se entendendo? Já estava na hora, não é? Afinal, eles têm duas crianças que precisam muito dos dois. Aliás, ainda bem que se entenderam, porque no próximo capítulo já vem outro problemão que olha, se não estivessem juntos, seria difícil viu? rs

Beijo, Ari ;)



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A família passou a semana dormindo na sala, todos juntos. As crianças apresentaram uma incrível melhora, as bolhas já tinham secado e formado pequenas feridas com casquinhas. Agora era a hora da coceira, mas Kate e Castle estavam ali, eram atenciosos e os distraíam o máximo possível.

Por fim, sobreviveram aos momentos mais difíceis daquela semana. Era manhã de sábado quando decidiram voltar os colchões para as camas, pois Castle havia inventado que naquele dia eles montariam uma grande barraca na sala para “acampar”.

Como as crianças estavam no estágio final da doença, e essa era a hora em que ela era mais contagiosa, ainda não podiam frequentar lugares com outras crianças, então passeios em parques ou no zoológico estavam fora de cogitação.

Foi quando Castle teve a ideia do acampamento, ao que Kate prontamente concordou, já que os dois não tinham mais ideias, pois tinham gasto todas naquela semana de tempo integral dedicado aos filhos.

E assim foi feito. Enquanto Castle montou a barraca, Kate preparou lanches, frutas, garrafinhas de água e suco, tudo como se fossem partir para um acampamento de verdade. As crianças quiseram pegar lanternas, e outros apetrechos. Alexander levou seu Capitão América e Johanna, Fluffy, o urso.

E assim os quatro se divertiram o dia todo, brincando de pescar, tomar banhos de cachoeiras e passeios na floresta. A imaginação deles os levava a lugares incríveis.

No meio do dia, as crianças e Castle adormeceram, e Kate ficou observando os três. Os filhos tinham apresentado uma excelente melhora, o que a deixava imensamente feliz. Quanto à Castle, desde o beijo na cozinha, não haviam tido mais nenhum contato. Ela não cedia, e ele mantinha certo recuo, embora ambos estivessem se dando muito bem quanto às crianças. Kate não podia negar que Castle era o melhor pai que ela poderia ter escolhido para seus filhos.

Quando os três acordaram, já era hora do banho. Feito isso, desistiram da barraca e foram ver um filme. O jantar ficou por conta de uma pizza, ideia das crianças, que já tinham o apetite normal.

Quando Castle saiu do banho, encontrou Kate arrumando a cama para ela e as crianças dormirem.

Kate: Você acha que eles já podem voltar pra escola segunda?

Castle: Acho que sim.

Castle ficou observando-a. Kate só falava com ele assunto relativo às crianças, e a questão dos dois ia se arrastando, sem ser colocada em pauta. Ele sentia seu afastamento, pois numa situação normal, ela já estaria dando-lhe um beijo e dizendo algo sexy pelo fato dele estar só de toalha pelo quarto. Agora ela simplesmente não dizia nada, agia com naturalidade arrumando as coisas. Ele então saiu e acabou se trocando no closet, pensando no quanto queria por um fim àquela situação.

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Kate: Hora de dormir.

Johanna: Ahh não mamãe! Nós estamos fazendo uma fazenda para passar as férias.

Kate: É, estou vendo!

As crianças tinham pegado um jogo de Fazendinha de Alex e levado para dentro da barraca. Havia uma grande casa, um celeiro, um lago, plantações, cercas e animais para todo lado.

Kate: Vocês têm que dormir cedo, amanhã é domingo, e domingo é dia de...?

“Almoço em família!” – os dois responderam juntos, empolgados.

Johanna: O vovô Jim vem?

Kate: Aham. E ele está morrendo de saudade de vocês!

Alexander: Nós também.

Johanna: Todo mundo vem?

Kate: Todo mundo. E então, que tal nós montarmos essa fazenda amanhã?

Alexander: Não... vamos deixar pronta hoje.

Johanna: Amanhã você pode visitar nossa fazenda, mamãe.

Kate desistiu. As crianças haviam dormido um bom tanto à tarde e não teriam sono tão cedo. Ela então saiu da barraca e começou a ler um livro no sofá. Castle fez o mesmo, mas seus olhos sempre saíam das páginas e encontravam Kate.

Um tempo depois...

Kate: Seus pais confirmaram que vem?

Castle: Sim. Seu pai?

Kate: Aham. Chegou de viagem hoje, falei com ele agora pouco.

Castle: Certo.

Kate: Você pensou em algo para o almoço?

Kate não o encarava muito.

Castle: Na verdade eu encomendei algumas coisas.

Kate levantou os olhos para ele.

Castle: Nós dois andamos cansados, principalmente você. Acho melhor tirar uma folga da cozinha.

Kate: Eu agradeço.

Castle: Pensei também em comprar sorvete para a sobremesa, assim, por ser algo fácil.

Kate: Bom. Você acha que eles podem?

Castle: Acho que não tem nenhum problema.

Os dois se olharam ao citarem os gêmeos. Estava silêncio demais na sala. Castle se ajoelhou e olhou dentro da barraca. Os dois haviam adormecido ali.

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Kate ajeitou as crianças na cama, beijando-os. Castle fez o mesmo.

Castle: É... você já vai se deitar?

Kate: Não, eu vou arrumar aquela bagunça da sala primeiro, senão amanhã ninguém passa por lá.

Castle: É verdade. Eu vou te ajudar.

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Castle começou recolhendo os brinquedos fora da barraca, enquanto Kate pegava os de dentro. Havia um grande silêncio na sala. Castle se perguntava se era a hora de falar algo. Ele não queria brigar, só queria dizer o quanto a amava e queria pelo menos um olhar dela, mas não sabia como começar. Depois de alguns minutos, tomou coragem e parou na porta da barraca, olhando-a.

Kate: Já estou terminando aqui. É peça que não acaba mais dessa fazenda heim?

Castle: Eu sei que eu não devia odiá-lo tanto. Ele ajudou a salvar a sua vida. Se você está aqui hoje para mim, ele tem parte nisso.

Kate soltou os brinquedos e o encarou.

Castle: Você levou aquele tiro por minha causa, e eu não pude fazer nada...

Kate: Castle...

Castle: Eu não consigo aceitar isso. No momento em que eu mais queria estar com você, no momento em que eu mais queria... dizer o quanto eu sentia por ter te feito passar por aquilo e dizer o quanto eu te amava... você estava com ele, e não comigo. E é por isso que eu tenho tanta raiva dele. Mas a culpa foi minha. Você me afastou porque a culpa foi minha.

Kate: Castle...

Castle: Eu nunca vou me perdoar por aquilo.

Kate: Rick!

Ele parou de falar e esperou.

Kate: Por que você nunca me disse isso?

Castle: Porque... eu não gosto de lembrar dessa parte da nossa história.

Kate: Você não foi o culpado.

Castle: Fui sim. E ele jogou isso na minha cara.

Kate: Josh?

Castle: Enquanto você lutava para viver. Por minha culpa.

Kate: Enquanto eu lutava para viver por você. Rick, quando eu acordei, eu estava muito confusa, magoada e também machucada com tudo que havia acontecido. Você quer saber por que eu te afastei? Porque eu já te amava e não conseguia lidar com isso. Eu estava com medo.

Os dois se olharam por um minuto.

Kate: E eu não estava com ele. Eu terminei antes mesmo de sair do hospital.

Castle: Porque...

Kate: Porque eu te amava – ela concluiu com um olhar de obviedade.

Castle: Eu sei que falei besteira. Você jamais me trairia, você... jamais faria aquilo de propósito. Eu sou estúpido mesmo, e eu sei que se eu te perder foi pela minha estupidez. Mas eu não quero te perder, Kate...

Kate: Você só vai me perder se continuar causando essas brigas por coisas que não existem.

Castle: Eu não vou fazer mais isso, juro.

Kate: E respondendo à sua pergunta, eu disse a Johanna que você não o conhecia porque eu não quero nossos filhos envolvidos em histórias do passado.

Castle: Eu confio em você. Você não precisa me explicar, nem me dizer mais nada sobre essa conversa.

Kate: Nem que Johanna disse que ele ia adorar te conhecer, porque você é muuuito legal?

Castle: Ela disse isso? – ele perguntou com um sorriso.

Kate: Aham. Você é o melhor pai do mundo, Rick. Não precisa ficar com ciúmes porque eles nunca vão gostar de alguém mais do que gostam de você.

Castle: Você acha?

Kate: Eu tenho certeza.

Castle: E você? Ainda vai gostar de mim depois de tudo isso?

Kate: Vou pensar no seu caso – ela se virou e recomeçou a pegar os brinquedos de propósito. Ele ficou parado, esperando. Ela então se virou de volta pra ele.

Kate: Eu te amo, Rick. Só que você esquece disso.

Castle: Eu não esqueço. Foi o medo de te perder, o medo de imaginar minha vida sem você, porque eu simplesmente não consigo. Eu não consigo viver sem você. Eu te amo tanto, Kate. Tanto...

Kate: Eu também, Rick. Quase o mesmo tanto que você me ama, porque eu acho que não existe amor maior que o seu por mim. Se sentir culpado pelo tiro? Rick, você me salvou de todos os meus problemas. Você é meu herói.

Castle: Um herói tonto que quase estraga tudo.

Kate: Ainda assim um herói.

Ela sorriu e ele se aproximou, começando um beijo calmo e demorado. Quando se soltaram, não precisaram dizer nada, seus olhos falavam por si. E outro beijo aconteceu. E mais outro. E ainda outro. E Kate se sentiu abraçada por aqueles braços fortes que sempre a protegeram.

Kate: Eu sou sua, Rick. Sempre sua.

Castle: Assim como eu sou seu... – ele disse colocando uma mecha do cabelo dela para trás, antes de beijá-la com vontade, e fazerem amor como se fosse a primeira vez.


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