Whole Lotta Love escrita por mlleariane


Capítulo 14
Amor maior


Notas iniciais do capítulo

Chegou o grande dia! Todas preparadas?

Quando tive a ideia da fic, pensei mais pelo lado dos gêmeos já crescidos e aprontando. Mas tão logo comecei a escrever, senti confiança com os comentários de vocês, e acabei entrando afundo na fase da gravidez. Confesso que gostei de ter feito isso!
Muitas estão comentando que adoram ver Castle todo cuidadoso e, principalmente, Kate mãezona. Esse capítulo vai trazer bem isso, e meio que dá uma explicada no apego de Johanna a Kate (lembram do cap. 1?).

Mas... sem demoras, vamos ler! E que venham os gêmeos :))

Beijo, Ari ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/557386/chapter/14

Kate e Castle chegaram rápido ao hospital, e Castle agradeceu ao destino que seus filhos tenham escolhido nascer num domingo, quando não havia o trânsito enlouquecedor de NY. Ele estava visivelmente mais agitado que Kate.

Enquanto Kate estava sendo preparada para a cirurgia, Castle fez os telefonemas para sua mãe, Alexis, Jim e Lanie, pedindo para que ela avisasse os meninos. Feito isso, ficou andando de um lado para o outro na recepção, atraindo os olhares de quem estava por ali.

Atendente: O senhor está bem?

Castle: Defina bem.

A atendente olhou para Castle sem entender.

Castle: Eu estou bem. Estou feliz e calmo. Muito calmo. Cadê minha mulher que ninguém me chama e me dá notícia?

Enfermeira: Senhor Castle?

Castle: Sou eu – ele disse num pulo.

A enfermeira encaminhou Castle até a sala de cirurgia. Nem sempre permitiam que os pais assistissem ao parto, mas naquele caso não havia essa opção. Kate perguntava pelo marido sem parar, da mesma forma que Castle necessitava estar junto dela. Quando ele entrou na sala, correu até seu lado e segurou sua mão.

Kate: Que bom que você chegou, meu amor.

Castle, que estava muito agitado, de repente se acalmou. Sorriu para Kate passando-lhe muita tranquilidade, e ela sentiu-se muito mais segura.

A cirurgia correu bem. Quando ouviu o primeiro choro, Kate se perguntou de quem seria, mas muito depressa uma enfermeira lhe trouxe para que ela visse. Kate sorriu e sentiu as lágrimas escorrerem de seus olhos. Seu filho era a cara do pai, e Castle passaria a eternidade se gabando daquilo. Logo depois veio Johanna, tão pequeninha que Kate se perguntou como ela tinha força para chorar tanto.

Kate: Eles são lindos, Rick.

Castle: Sim, eles são.

As enfermeiras nunca viram um pai tão emocionado e babando pelos filhos.

Enfermeira: Nós vamos levá-los agora.

Kate: Não...

Enfermeira: Logo você os terá de volta.

Kate: Amor, vai com elas... vê se eles vão ficar bem?

Castle deu um beijo em Kate, dizendo que a amava, e acompanhou as enfermeiras.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Um tempo depois...

Kate estava no quarto quando Castle entrou sorridente.

Castle: Como você está? – ele disse beijando-a.

Kate: Bem. Dolorida, mas bem. Cadê eles?

Castle: Calma, já vão trazê-los.

Kate: Você os acompanhou?

Castle: Sim, eles já fizeram todos os testes e exames necessários. Eles são saudáveis e estão muito bem.

Kate sorriu aliviada e feliz.

Castle: Eles são tão lindos, Kate.

Kate: Eles pareciam tão pequeninhos...

Castle: Sim, Johanna nasceu com 2,500, e Alexander com 2,700.

Kate: Isso não é muito pouco?

Castle: Comparando com Alexis, que nasceu com 3,600, é. Mas a médica disse que geralmente gêmeos nascem pequenos, afinal, eles dividiam o mesmo espaço aí – ele apontou para a barriga dela, que havia sumido.

De repente a porta se abriu e as enfermeiras chegaram com os bebês. Kate se ajeitou na cama.

Enfermeira: Qual a mamãe quer segurar primeiro?

Kate: Eu quero os dois!

As enfermeiras riram e colocaram os bebês no colo de Kate. Depois elas saíram e disseram que voltariam em pouco tempo.

Kate inclinou-se e beijou cada um dos bebês.

Castle: Ela é toda você.

Kate: E ele é a sua cara. Nós fizemos um bom trabalho.

Castle: Sem dúvidas!

Kate: Eu te amo, Rick. Obrigada por tudo que você me fez. Se eu sou feliz hoje, é por causa de você.

Castle: E você acha que eu era feliz antes de você?

Os dois sorriram e se beijaram. Foram interrompidos por batidas na porta.

Martha: Com licença...

Martha, Alexis e Jim esperavam na recepção. Castle havia providenciado para que as visitas se dessem a qualquer hora do dia. Os três entraram e era difícil dizer quem ficou mais boquiaberto.

Alexis: Ai meu Deus, como eles são lindos!

Castle: Você gostou? – Castle disse orgulhoso, mostrando Alexander à filha.

Alexis: Eu posso pegar?

Castle: Claro que pode.

Castle colocou Alexander no colo de Alexis.

Martha: Richard, ele é todo você!

Castle sorriu orgulhoso. Jim havia se aproximado da filha, que segurava Johanna.

Jim: Você está bem, minha querida?

Kate: Sim, pai. Quer conhecer sua neta?

Jim: Ela é linda, Kate – ele disse pegando a menina. – Me lembra tanto você.

Kate e Castle se olharam e olharam a cena à sua volta. Martha e Alexis babavam por Alexander, enquanto Jim continha as lágrimas ao segurar Johanna.

Castle: Vocês não vão querer saber os nomes?

Na noite em que Kate e Castle se decidiram pelos nomes, prometeram que só diriam quando os bebês nascessem. Martha e Alexis fizeram todos os tipos de ameaças, mas não conseguiram arrancar essa informação deles.

Martha: Claro!

Castle: Família, conheçam Alexander...

Martha o lançou um olhar, emocionada.

Kate: E Johanna.

Kate e Jim se olharam. Os dois não conseguiram esconder mais as lágrimas.

Jim: Johanna?

Kate: Sim. Johanna. O nome de uma grande mulher, a mais importante da minha vida. Eu espero que possa ser para eles o que ela foi para mim.

Jim: Você vai ser, minha querida, eu tenho certeza disso.

Castle: Eu também.

A família ainda ficou ali por um bom tempo, e os bebês passaram de mãos em mãos. Depois deles, vieram Ryan, Espo e Lanie, que também babaram pelas crianças. Os bebês Beckett-Castle agora faziam parte da vida de todos eles.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Martha: Calma, me dá aqui que eu a seguro.

Kate: Eu não sei mais o que fazer, Martha, não sei – os olhos de Kate encheram-se de lágrimas.

Castle: Calma, amor.

Kate: Ela não para de chorar, Rick!

Castle: A médica disse que pode ser normal, ela só está assustada. Se ela apresentar algum outro sinal, é para levarmos pra ela ver.

Kate: Outro sinal? Ela está chorando há horas!

Fazia apenas dois dias que Kate havia voltado para casa com os bebês recém-nascidos. Alexander se mostrou uma criança calma, ia com todos e só chorava se estivesse com fome ou com a fralda suja. Mas Johanna tinha passado os últimos dois dias chorando. Era inexplicável: a menina chorava no banho, chorava quando a seguravam, chorava quando trocavam a fralda, chorava para tudo. Kate estava desesperada já. Seu corpo estava dolorido da cirurgia, e Castle tentava poupá-la ao máximo. Mas não havia como ela descansar, sua filha chorava o tempo todo. Kate já tinha olheiras, mas na verdade ela nem ligava mais para si, só queria que sua filha parasse de chorar por uns minutos.

Quando Martha segurou a menina, um silêncio se fez na sala. Johanna respirava ofegante ainda, mas foi se acalmando.

Castle: O que você fez?

Martha: Nada. Acho que ela não tinha mais fôlego para chorar. Vocês dois estão muito agitados, têm que se acalmar. Os bebês sentem isso.

Castle: Alexis era tão calminha...

Martha chacoalhou Johanna mais um pouco, e a menina pegou no sono, provavelmente por estar mesmo cansada. Kate ainda achava que tinha algo errado com a filha.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Mais tarde...

Johanna acordou chorando de novo. Todo bebê acorda resmungando, mas a menina chorava insistentemente. Castle trocou a fralda dela, mas parecia que ela chorava mais ainda. Era um choro sem fim.

Alexis: Isso não ta normal...

Alexis carregava Alexander pela casa toda. O menino era calmo e já tinha se acostumado com ela.

Martha: Nem fala isso pra Kate, ela já está pensando mil coisas.

Alexis: Eu também pensaria.

Martha: Ela não tem nada, Alexis. Acabou de ser toda examinada no hospital.

Alexis: Então o que é isso, vó?

Martha: Não sei, talvez ela só seja geniosa mesmo. Os dois têm que ter paciência.

No meio da tarde, as crianças dormiram e Kate e Castle aproveitaram para descansar também. Alexander acordou primeiro, e Castle o pegou já levando para o banho. Kate continuou ainda deitada, mas não demorou muito e Johanna acordou, chorando muito mais uma vez.

Kate: O que você tem meu amor? – Kate pegou a filha, mas quando fez isso, ela chorou mais alto ainda. – Calma... calma... – Kate a chacoalhava com cuidado, mas não resolvia. Castle entrou no quarto, tinha deixado Alexander com a mãe e a filha na sala.

Castle: De novo?

Kate: De novo – Kate já disse com voz de choro.

Castle: Vamos dar um banho, quem sabe ela se acalma.

Castle foi preparar a banheira e Kate começou a tirar a roupa da filha quando...

Kate: Ai meu Deus!

Kate a virou com o bumbum para cima, e ela parou de chorar por um instante.

Kate: Rick, corre aqui.

Castle chegou correndo e se assustou quando viu a filha.

Kate: Eu acho que ela tem alergia da fralda, Rick!

Johanna estava toda vermelha e empipocada, mas só na região da fralda.

Kate: Ai tadinha... Como é que nós não percebemos isso antes?

Castle: Não estava assim da última vez que a troquei, eu juro.

Kate: Com certeza foi piorando. É por isso que ela chora quando a gente a segura!

Castle: E quando toma banho. Deve arder.

Kate: Como é que eu fui deixar isso acontecer, Rick? Olha só!

Castle: Amor, a culpa não é sua. Como é que a gente ia imaginar isso?

Martha entrou no quarto nesse momento, e também se espantou.

Castle: Descobrimos o problema.

Martha: Coitadinha...

Kate: E agora?

Castle: Agora perguntamos pra médica o que passar para melhorar.

Martha: E, claro, comprar fraldas de pano.

Castle: Vixi, isso vai dar uma trabalheira...

Kate: Não importa. Você pode sujar quantas fraldas quiser meu amor – Kate pegou a filha com cuidado – Desde que fique boa, não é? Vai sim, vai ficar boa. E vai ficar linda. Você é tão linda!

Johanna olhava para a mãe com seus grandes olhos azuis. Foi a primeira vez que Kate conseguiu prender a atenção da filha.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Mais tarde...

Castle: Pronto, está tudo aqui: a pomada, a loção e as fraldas.

Kate tinha dado banho na filha e a deixado sem nada em cima da cama, esperando Castle voltar da farmácia. Ela pegou então a pomada e passou, depois tirou uma fralda da caixa e olhou para Castle.

Castle: O que?

Kate: Como é que a gente faz isso?

Castle: E eu que sei?

Castle foi até a porta do quarto.

Castle: Mããããe!

Martha: Que foi?

Castle: Temos um serviço para você.

Martha pegou a fralda e ensinou os dois a dobrar. Depois colocou-a em Johanna.

Martha: Cadê o alfinete?

Castle: Que alfinete?

Martha: O alfinete para prender a fralda, ora.

Kate: Rick, me diga que você comprou o alfinete.

Castle: Eu nem sabia que tinha que ter alfinete!

Kate: Pronto! Agora vamos fechar que jeito?

Martha: Eu acho que tenho um, esperem.

Martha foi até o quarto e voltou com um alfinete.

Martha: É um pouco pequeno mas dá pra hoje. Amanhã você compra alguns.

Castle: Certo.

Martha prendeu a fralda e os três olharam para Johanna sorrindo. Castle se adiantou em pegá-la, mas ela começou a resmungar.

Kate: Não, amor, assim, com cuidado – Kate tirou a filha dos braços dele.

Johanna ficou quietinha no colo da mãe, depois mamou e adormeceu ali. Descoberto o problema, Kate se sentiu aliviada, e foi a primeira noite que ela dormiu tranquila. A menina ainda estava sensível, e até que ela melhorasse, Kate não deixava que ninguém a pegasse. Só ela tinha o jeito certo de segurá-la, e agora passava uma tranquilidade que Johanna não sentia com mais ninguém. Kate ainda não sabia, mas seria assim para sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!