O Diário de Lizzie Hearts escrita por Mint Boy


Capítulo 5
Capítulo V - O Diário de Kitty Cheshire


Notas iniciais do capítulo

Eu postei o capítulo cinco, mas eu não me empenhei tanto para fazê-lo.
AGORA VAI!
MANO, ALGUÉM JÁ LEU O DIÁRIO DA KITTY?
MANO
Ele canoniza Kitzie! E este capítulo foi quase totalmente baseado nele, só que eu adaptei a história (claro). Vou deixar o link para lê-lo nas notas finais.
Boa Leitura!



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Querido diário,

Aqui quem fala é a Kitty, e hoje eu vou relatar alguns acontecimentos importantes das últimas semanas.

*

É estranho, totalmente estranho! – Pensei enquanto observava os olhares que Lizzie jogava para Daring. – Por que você está olhando pra ele?

Já faz algum tempo desde que eu tenho lido secretamente o diário de Lizzie. Na verdade, é um pouco mais do que isso.

Como prometi a ela, e a mim mesma, eu vivo protegendo-a para que ela consiga seguir seu destino sem se desviar. Foi uma promessa que fizemos assim que chegamos a Ever After High.

Eu ainda me lembro bem daquele tempo, e do quanto levamos para nos enturmar. E também me lembro de quando estávamos fugindo do País das Maravilhas e quando eu “poof” para o quarto de Lizzie e “poof” a levei para fora do castelo.

Só tínhamos uma à outra.

E durante todo esse tempo, eu sempre soube o que quis. Queria protege-la e, mesmo que secretamente, estar ao lado dela.

Não tem nada a ver com destino, royals ou rebels. Tem haver com sentimentos.

E eu sei que é por causa desses malditos sentimentos que ela está assim!

Eu não quero que ela goste de Daring. Eu quero que ela goste de mim!

Depois daquele encontro tudo mudou. TUDO! Seu jeito de agir e falar. É como se ela tivesse perdido a cabeça.

E eu já não estou conseguindo mais conter tudo isso!

*

Era de manhã quando ela entrou rodopiando novamente no quarto, falando o quanto Daring era maravilhoso.

– Por que você insiste em continuar falando no Daring. Está começando a ficar boring!

– Achei que pudéssemos falar essas coisas. Somos melhores amigas, não somos?

E então eu respirei fundo, sorri e puf.

*

Encontrei Daring conversando com Duquesa. Estavam marcando de ir ao cinema.

Mas que...! ARG!

Eu não fiz questão de aparecer. Fiquei apenas ali parada escutando a conversa.

Após saí de perto fiquei me questionando se contar à Lizzie era ou não uma boa ideia. Afinal, ela havia “perdido sua loucura” apenas para se encaixar no meio desses... normais. Certamente discutiríamos, o que só pioraria as coisas.

*

Ela aparentemente não estava tão nervosa aponto de recusar uma ida ao cinema comigo, o que realmente me deixou um tanto estressada.

Era pra ela estar fervendo como um bule de chá de tanta raiva! Ela não sente mais nada além de uma paixãozinha boba pelo “príncipe encantado”.

Agradeceria muito se no lugar de Hopper, Daring fosse um sapo.

Mais tarde, quando já se passava das seis da tarde, eu fui busca-la em seu quarto. Por mil charadas! Ela estava linda.

Eu sorri e desapareci da sua frente, reaparecendo ao seu lado e segurando sua mão direita.

– Vamos? - e “poof” para o cinema.

Estava lotado, mas ainda assim consegui avistar Daring e Duquesa. Pedi para que Lizzie fosse buscar os petiscos e ela voltou um tanto sobrecarregada.

Agradeci e peguei meu refrigerante tamanho “máximo de dragão”, gritando logo em seguida: - Minha bebida! – E derramando o líquido por completo em Daring.

Quando ele se levantou, apenas se perguntando “Mas por Grimm! O que...?”, Lizzie olhou para ele e tudo o que pode falar foi:

– Daring? - fez uma expressão confusa e então olhou para quem estava ao lado do rapaz – Duquesa? - Duquesa Swan deu um sorriso sarcástico e um pequeno aceno.

E foi quando eu pensei que tudo voltaria ao normal e que Lizzie iria gritar e querer cortar fora a cabeça de Daring.

Mas não. Ela fez como eu: respirou fundo e “poof”, saiu da sala correndo.

Daring não fez nada além de tirar a jaqueta ensopada e colocar no braço da poltrona de cinema, depois se acomodou ao lado da Duquesa para apreciar o filme. Boring.

Puf, fui atrás dela.

Ela estava sentada em um banco, debruçada sobre ponte Troll, que ligava a cidade à escola.

– Lizzie? - a chamei.

– Você sabia, não é? - ela perguntou entre soluços.

– Eu sabia que ele não era bom o bastante pra você. Eu tentei lhe avisar! Vamos esquecer tudo isso. Que tal um pouco de chá? - Sorri colocando a mão sobre seu ombro.

– Não! Você não é minha amiga. – Ela disse, tirando minha mão de seu ombro e se levantando. – Cortem-lhe a cabeça! – gritou e saiu andando sem olhar para trás em direção ao dormitório.

Foi quando, pela segunda vez em minhas nove vidas, o meu sorriso desapareceu.

*

Tudo aquilo só estava me enlouquecendo cada vez mais! E agora mais do que nunca. Lizzie me evitava e ignorava quando eu tentava me aproximar. Eu havia realmente a magoado muito, creio.

Tudo aquilo era minha culpa e pela primeira vez eu sabia disso!

Eu nunca a tinha visto tão chateada, principalmente comigo. Eu não queria isso! Eu só queria que ela visse que ele não era o cara certo. Eu só queria que ela entendesse que ele iria magoá-la!

E foi quando a minha ficha caiu. Ele poderia até magoá-la, mas eu era quem deveria estar lá para apoiá-la depois.

Eu havia feio o total contrário do meu papel!

E lá eu estava: cabisbaixa, sem sorriso, sem vontade de fazer travessuras com as pessoas. Foi quando Maddie me convidou para tomar um pouco de chá, o que realmente me parecia uma boa proposta. Aceitei.

*

O cheiro de chá de menta pairava sobre o ar do nosso quarto, o que era realmente muito agradável. Maddie estava terminando de arrumar as xícaras quando o barulho das batidas na porta ecoaram pelo quarto.

– Finalmente você chegou! – Maddie disse com seu entusiasmo habitual. – Venha, venha. – ela andava sorridentemente na frente, enquanto Lizzie vinha seguindo-a atrás. Ela me olhou e disse:

– Eu não vou me sentar com ela. – disse ríspida – Você deve ter perdido sua cabeça, Maddie.

Ervilhas e biscoito, é hora de parar de lutar! – Maddie bateu com tanta força na mesa que quase quebrou seus bules de porcelana.

E foi quando eu entendi o plano dela: A melhor forma de resolver as coisas no País das Maravilhas era tomar chá de chapéu.

– Daring não era um príncipe pra você. – disse enquanto colocava o chapéu, observando Maddie nos servir o chá.

– Você tem ideia do quanto eu fiquei envergonhada? Quase perdi a cabeça na frente de todos! – ela disse colocando o seu chapéu.

– Você fala como se fosse algo ruim. – Maddie disse baixinho, sentando-se em uma cadeira ao lado de Lizzie.

Nós conversamos sobre algumas coisas, mas ainda sem me desviar do assunto “Boring”, acabei dizendo:

– E quanto ao seu destino? Não há príncipe na sua história. – ela me fitou.

– Desde quando se preocupa com destino? - parei para pensar por alguns segundos, sorri e a respondi

– Eu não me preocupo com o meu destino, mas me preocupo com o seu. Afinal, você é nossa rainha e minha amiga. – pude ver seu rosto corar enquanto ela desviava o olhar. – Me desculpe por tudo aquilo, Lizzie. – toquei sua mão quente por debaixo da mesa.

– E-Eu sinto muito também. Quero dizer... Uma vez que não consiga enxergar o borrão, esta pata estará sempre lá. – ela disse, em charadês, como deveria ser.

Eu sorri e bebi um pouco do meu chá. Ela fez o mesmo.

Maddie saiu para ver se Raven não queria beber chá conosco e eu aproveitei para dizer:

Quando o sol se por sobre o Castelo da Rainha de Copas, todo o País das Maravilhas ficará do mesmo tom vermelho das rosas.

Basicamente disse que a amava. Ela ficou tão vermelha que a marca de coração em seu rosto quase ficou camuflada.

Foi quando eu sorri e puf.

Continua.


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Notas finais do capítulo

WAHAHAHAHAH, eu adorei esse capítulo