POV América

– Filha- minha mãe disse assim que cheguei da escola- Está na hora do almoço. Vá chamar o Príncipe Maxon para almoçar.

– Tá- respondi- Mas eu não sou adivinha- falei isso com ironia- Onde ele está?

– Na biblioteca- Lina se manifestou. Ela estava em um canto do quarto, quieta- Está lendo O Ladrão de Raios.

– E como você sabe?- perguntei a ela.

– Eu o vi lá- vi que ela estava escondendo alguma coisa, mas resolvi não perguntar.

– Tá- respondi de mau- humor. Depois do que a May disse hoje sobre o Príncipe estar caidinho por mim, não estou mais muito animada pra falar com ele.

Saí do meu quarto e fui em direção a minha biblioteca. Parei em frente as portas gigantes que tinham lá. Empurrei a porta e entrei devo tê-lo assustado pois quando a porta bateu atrás de mim ele deu um pulo e deixou o livro cair no chão. Quando olhou pra mim arregalou os olhos.

– Hã...- eu não sabia o que falar- Esta na hora do almoço. Mandaram eu te chamar.

–C- certo- ele gaguejou, agora porque eu não faço ideia- J- já v- vou

– Okay- eu disse e já iria sair quando ele me chamou.

– Princesa América?- ele parecia hesitante.

– Me chame de América. Ou de Ames. Estamos no Brasil e não em Illéa- falei com um sorriso- O que deseja?

– É verdade que vocês podem sair nas ruas como pessoas normais?- parecia com medo da resposta.

– Sim- ele pareceu surpreso com a resposta- Por que?- perguntei.

– Eu... Eu queria poder sair nas ruas. Em Illéa nós não podemos sair- ele disse com pesar.

–Por que?- como assim ele não podem sair? Isso não faz sentido.

– É muito perigoso- ele disse se levantando e nós andamos até a porta.

– Como assim?- eu não estava entendendo nada.

– Você faz muitas perguntas sabia?- ele disse rindo.

– Sim, eu sou muito curiosa, agora reponde.

– Tá. É por causa dos rebeldes.

– Que rebeldes?- sim eu fazia muitas perguntas. Reconheço.

– Rebeldes nordistas e sulistas. Eles não estão satisfeitos com alguma coisa, e atacam o palácio. Os sulistas fazem ataques mais fatais, para matar mesmo- Arregalei os olhos. Era tão ruim assim?- Mas os nordistas são mais calmos. Seus ataques não são fatais. Por isso não podemos sair nas ruas. Mas eu queria muito.

Pensei e tive uma ideia.

– Você quer mesmo sair na rua?- eu perguntei e ele assentiu- E que tal se eu realizar esse sonho?

– Como assim?- ele perguntou.

– Depois do almoço nó vamos dar um passeio por Brasília- falei sorrindo- E quando voltarmos você vai me ajudar em um trabalho pra escola, certo? Ah, eu vou achar uma roupa normal pra você usar. Não pode sair por ai vestido assim.

– Okay- ele disse sorrindo.

Nem vimos mas já tínhamos chegado ao salão. Entramos e Kenna disse:

– Até que em fim!

Nós sentamos e começamos a comer.

Eu só pensava na tarde que teríamos.